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DIREITO AGRÁRIO
AULA 1
Apresentação da disciplina (plano de ensino):
- aulas
- ementa
- bibliografia
- carga horária/ cronograma
- avaliação
Legislação
- Estatuto da Terra – Lei 4.504/64
- Lei da Reforma Agrária – Lei 8.629/93
- LC 76/93
- Decreto 59.566/66
Estatuto da Terra
128 artigos
- Reforma Agrária
- Terras Públicas e Particulares
- Distribuição de Terras
- Financiamento RA/ execução e administração
- Zoneamento
- Cadastros
Origem do Direito Agrário
Direito Agrário nasceu quando homem começou a trabalhar a terra.
Cód. Hamurabi – 1° Cód. Agrário (séc. XVII a.c.)
	
Denominação
D. Rural/ da reforma agrária/ da agricultura/ agrícola
D. agrário – tem relação com o seu objeto, caráter dinâmico do conteúdo = relação do homem com a terra, visando à exploração econômica= produção de alimentos.
Nome oficialmente utilizado pela CF – art. 22, I
Definição
D. agrário é o conjunto de normas que visam a disciplinar as relações do homem com a terra, tendo em vista o progresso social e econômico do trabalhador rural e a produção racional de alimentos, com base na função social da propriedade.
 Objeto: atividades agrárias
- explorações rurais típicas: lavoura, pecuária, extrativismo animal e vegetal, hortigranjeira.
- explorações rurais atípicas: agroindústria.
- atividade complementar: transporte e comercialização.
Autonomia
- legislativa: EC n. 10/64, 10/11/64 – ET 30/11/64
- científica: princípios e regras próprios, objeto diferenciado.
- didática: disciplina em cursos de graduação e pós, res. n° 03 cons. Fed. Educação 72.
- jurisdicional: art. 126 – EC 45/04. Criação da Justiça Agrária.
1975 – seminário Ibero-americana de D. Agrário.
D. Agrário no Brasil
– Tratado de Tordesilhas – 1494. 370 léguas das Ilhas de Cabo Verde 
d. – Portugal, e – Espanha. 
Brasil: 1.500 direita 
– Sesmarias: Martin Afonso de Sousa – 1531
100 léguas = 660km na linha horizontal; a oeste, interior “quanto pudessem entrar”.
Herança = latifúndio.
Sesmarias – 1375 em Portugal, mau uso causou a falta de alimentos.
No Brasil: cláusula resolutiva; intenção de colonização, proteção contra invasões.
Vigorou até 1822.
Trabalhadores: regime deixava “sobras” = pequenas posses minifúndios.
Positivamente: colonização do interior.
– Lei de Terras: 
1822 a 1850: sem lei.
1850: Lei de terras, marco histórico.
Const. 1824: nenhuma disciplina a respeito.
Período “sem lei”: apossamento desenfreado que gerou o seguinte quadro:
- Proprietários legítimos: com títulos confirmados de sesmarias, com obrigações adimplidas.
- terras não confirmadas de sesmarias, em razão da inadimplência.
- possuidores sem nenhum título.
- devolutas: dadas em sesmarias, foram devolvidas porque os sesmeiros caíram em comisso.
Lei de Terras:
- Proibiu investidura no domínio de terras devolutas; outorgou títulos a sesmarias não confirmadas; outorgar títulos a outros casos de possuidores sem títulos; assegurar a aquisição do domínio de terras devolutas a quem tivesse posse mansa e pacifica. 
CF 1891: art. 64 – transferir terras devolutas aos estados.
1912: Projeto de Código Rural.
1946: cc individualista e aristocrático.
CF 1934: normas D. rural, usucapião pro labore. Leis extravagantes.
CF 1946: avanços significativos – criação desapropriação por int. social. INIC- embrião do – INCRA – Lei 2.183/54.
1964 - Lei avançada, recepcionada pela CF/88.
- Espanha/França/Itália – Europa: interesse nele América Latina toda.
- surgiu no Regime militar – Pres. Castelo Branco.
- surpresa: aprovação pelo CN em regime militar.
- contexto: Déc. 50/60 – conflitos agrários/ tensões no campo na América Latina.
Roberto Campo - Min. da Economia – coordenação dos trabalhos
Influência EUA.
- Congresso FAO/OEA – 1960 – México.
ELABORAÇÃO:
Equipe de alto nível: juristas e agraristas selecionados nas melhores universidades.
Filosofia: tudo está baseado no princípio da função social da propriedade.
Tendência do mundo – Alemanha 1919 (Constituição de Weimar).
Art. 2°: Assegurar a todos o acesso à terra.
Bem-estar dos trabalhadores.
Níveis satisfatórios de produtividade.
Conservação dos recursos naturais.
Justas relações de trabalho entre os que possuam e a cultivem.
24 anos depois art. 186, CF.
IMPORTÂNCIA: serviu de base para toda a legislação agrária.
Disciplina os direitos e obrigações relativos aos bens imóveis rurais: finalidade execução da reforma agrária e da política agrícola.
CONTEÚDO:
Reforma Agrária: Tít. II – arts. 16 a 46.
Política de Desenvolvimento Rural: Tít. III – arts. 47 a 102.
DIREITO AGRÁRIO
AULA 2
1. Princípios
- Monopólio legislativo da União (art. 22, par. 1°, CF)
- sobreposição do uso da terra à questão dominial
- propriedade condicionada á função social- art. 2° ET, art. 5°, CF
- dicotomia do DA: reforma agrária e desenvolvimento (pol. Agrária)
- prevalência do interesse público
- combate ao latifúndio e ao minifúndio
- proteção à propriedade familiar
- proteção à propriedade consorcial indígena
- dimensionamento eficaz das áreas exploráveis
- conservação e preservação dos recursos naturais
- função social da propriedade
2. Função social da propriedade rural
- artigo 186, CF.
- regulamentação – Lei 8.629/93 – art. 9°.
- origem: santo Tomás de Aquino. Summa Teológica –bem comum como Direito natural
 Propriedade: Cód. Napoleão, d. absoluto. Influência no CC 1916.
 Marx – 1850 – coletivização dos bens
Deguit – Comte – função social - (França) propriedade não como d. subjetivo, mas a subordinação da utilidade de um bem a um fim.
1911- Faculdade de Buenos Aires.
Encíclicas papais: Rerum Novarum (1891), Quadragésimo Anno (1931), Mater et Magistra (1962).
Brasil: CF art. 5°, XXIII; 170, III; 186, 2° par. 1°, ET.
- Requisitos legais para cumprimento da função social – art. 9° Lei 8.629/93:
Aproveitamento racional e adequado: grau de utilização e aproveitamento mínimos (80% e 100%), propriedade produtiva. Art. 6° da Lei 8629.
Adequada utilização dos recursos naturais (preservação do meio ambiente).
Observância das disposições que regulam as relações de trabalho.
Bem – estar dos proprietários e dos trabalhadores rurais (possuidores).
3. A Constituição Federal e o Direito Agrário:
- art. 184 a 191:
184 – desapropriação 
185 – livres de desapropriação
187 – políticas agrícolas.
188 – destinação das terras públicas
189 – beneficiários imóveis RA – 10 anos
190 – arrendamento/aquisição estrangeira. (Lei 5.709/71, IN n° 76 INCRA)
191- usucapião – 5 anos
4. Institutos Jurídicos Agrários:
Imóvel Rural: art. 4°, ET, I e 4º, I, Lei 8.629/93
Critério de destinação:
Dir. civil, critério de localização.
Art. 29 CTN – IPTU – localização.
Dec. 59.428 – destinação.
Lei. 8.629/93 – regulamenta arts. 184 a 186 da CF
Art. 4°, I.
Lei 9.393/96 – ITR – localização
Características:
Prédio rústico: propriedade destinada á atividades rurais: terra, benfeitorias, construções destinadas ao recolhimento do gado, guardar frutas, insumos, etc.
Área contínua: continuidade da utilidade do imóvel. Continuidade econômica e não física.
Atividades agrárias
Classificação:
1.Minifúndio: art. 4°, IV, não cumpre sua função social. Imóvel deficitário, menor que um módulo rural.
Formação: histórica, sucessão hereditária. 
Instrumentos de combate:
- desapropriação: art. 20, I, ET.
- proibição de alienação de área menor que a módulo rural: art. 8° Lei. 5868/72.
2. Propriedade familiar: art. 4°, II, ET.
- titulação: mas não só, como na RA, concessão de uso.
- exploração direta e pessoal entidade familiar.
- área ideal para cada tipo de exploração.
- ajuda eventual de terceiros.
3. Módulo Rural: ART. 4°, III, ET
Fixação: INCRA.
O módulo rural serve de parâmetro para definir o enquadramento sindical rural, definir os limites da dimensão dos imóveis rurais no caso de aquisição por pessoa física estrangeira residente no país, determinar a fração mínima de parcelamento DFMP e por fim, definir os beneficiários do Fundo de Terrase da Reforma Agrária junto ao Banco da Terra.
Dimensão situação geográfica forma e condição de aproveitamento.
Fração mínima de parcelamento.
Módulo Fiscal é uma unidade de medida agrária usada no Brasil, expressa em hectares e instituída pela Lei nº 6.746, de 10 de dezembro de 1979, destinada a estabelecer um parâmetro para a classificação fundiária do imóvel rural quanto à sua dimensão.
Esta dimensão é variável, sendo fixada para cada município, levando em conta o tipo de exploração predominante na área, a renda obtida com tal exploração, outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam significativas em função da renda ou da área utilizada, e finalmente, o conceito de propriedade familiar. O tamanho específico de cada módulo fiscal, para cada município, está fixado na Instrução Especial de 1980 do INCRA.
O módulo fiscal serve também de parâmetro para definir os beneficiários do PRONAF (pequenos agricultores de economia familiar, proprietários, meeiros, posseiros, parceiros ou arrendatários de até 4 (quatro) módulos fiscais).
4. Pequena propriedade: art. 4°, II da Lei 8.629/93 e art. 185 da CF.
1 a 4 módulos fiscais
Veto presidencial: exploração direta, absorção mão de obra, pode ser de pessoa jurídica. 
Difere da definição da CF art. 5°, XXVI “desde que trabalhado pela família”
da Lei 8.009/90 e inciso X art. 649 CPC impenhorabilidade.
Art. 2° Lei 9.393/96 – ITR, imunidade.
5. Média propriedade: art. 185 CF e 4º, III, a Lei 8+629/93: 4 a 15 módulos fiscais.
Pessoa jurídica ou física. 
6.Latifúndio: art. 4°, V, ET/ DEC. 84.685/80 art. 22.
600 vezes o módulo fiscal – por extensão 
Menos mas com fins especulativos - por exploração (sem exploração ou com exploração deficiente = improdutiva.)
- par. único art. 4°: exploração florestal e preservação florestal.
Instrumento de combate:
- desapropriação – art. 17, a e 20, I da Lei 76/93.
-progressividade e regressividade.
7.Empresa rural: art. 4°, VI e 22, III Dec. 84.685/80.
- empreendimento
- finalidade lucro
- natureza civil (não comercial/nem industrial)
Grau de utilização – mínimo 80% e eficiência 100%
DIREITO AGRÁRIO
AULA 3
REFORMA AGRÁRIA:
Arts. 184 a 185
Arts. 16 a 42 ET
Lei 8.629/93
Dados sobre concentração 
O problema fundiário do país remonta a 1530, com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias – grandes glebas distribuídas pela Coroa Portuguesa a quem se dispusesse a cultivá-las dando em troca um sexto da produção. Aí nascia o latifúndio.
Em 1822, com a Independência do País, agravou-se o quadro: a troca de donos das terras se deu sob a lei do mais forte, em meio a grande violência. Os conflitos não envolviam trabalhadores rurais (praticamente todos eram escravos), mas proprietários e grileiros apoiados por bandos armados. Só em 1850 o Império tentou ordenar o campo ao editar a Lei das Terras. Contudo, um dos dispositivos (a proibição de ocupar áreas públicas e a determinação de que para adquir terras só mediante pagamento em dinheiro) reforçou o poder dos latifundiários ao tornar ilegais as posses de pequenos produtores.
A instauração da República, em 1889, um ano e meio após a libertação dos escravos, tampouco melhorou o perfil da distribuição de terras. O poder político continuou nas mãos dos latifundiários, os temidos coronéis do interior. Apenas no final dos anos 50 e início dos anos 60, com a industrialização do País, a questão fundiária começou a ser debatida pela sociedade, que se urbanizava rapidamente.
Surgiram no Nordeste as Ligas Camponesas e o Governo Federal criou a Superintendência de Reforma Agrária (Supra). Ambas foram duramente combatidas pelo establishment, dentro do quadro que resultou no golpe militar de 1964. Contraditoriamente, logo no início, o regime militar deu o primeiro passo para a realização da reforma agrária no País. O Estatuto da Terra é editado (Lei nº 4.504, de 1964) e são criados o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (Ibra) e o Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (Inda), em substituição à Supra.
Em 4 de novembro de 1966, o Decreto nº 59.456 instituiu o primeiro Plano Nacional de Reforma Agrária, que não saiu do papel. Em 9 de julho de 1970, o Decreto nº 1.110 criou o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), resultado da fusão do Ibra com o Inda.
À época da criação do Incra, mais do que reforma agrária, o governo incentivou a colonização da Amazônia. Levas de migrantes de vários estados do Brasil foram levados a ocupar as margens da estrada Transamazônica e empresas de variados ramos receberam incentivos fiscais para grandes projetos agropecuários. A experiência não foi bem sucedida. 
A redemocratização, em 1984, trouxe de volta o tema da reforma agrária. O Decreto nº 97.766, de 10 de outubro de 1985, instituiu novo Plano Nacional de Reforma Agrária, com a meta utópica de destinar 43 milhões de hectares para o assentamento de 1,4 milhão de famílias até 1989. Criou-se para isso o Ministério Extraordinário para o Desenvolvimento e a Reforma Agrária (Mirad), mas quatro anos depois os números alcançados eram modestos perante a meta: 82.689 famílias assentadas em pouco menos de 4,5 milhões de hectares.
Esses números refletiam o intenso debate político e ideológico em torno da reforma agrária na Assembléia Nacional Constituinte. Do embate, resultaram a extinção do Incra, em 1987, e a do próprio Mirad, em 1989. A responsabilidade pela reforma agrária passou para o Ministério da Agricultura. Em 29 de março de 1989, o Congresso Nacional recriou o Incra, rejeitando o decreto-lei que o extinguira, mas a falta de respaldo político e a pobreza orçamentária mantiveram a reforma agrária quase paralisada.
A questão foi, então, vinculada diretamente à Presidência da República com a criação, em 29 de abril de 1996, do Ministério Extraordinário de Política Fundiária, ao qual imediatamente se incorporou o Incra.
Em 14 de janeiro de 2000, o Decreto nº 3.338 criou o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), órgão ao qual o Incra foi vinculado.
Função social: requisitos, se não cumpridos – desapropriação.
Primeira tentativa de reforma agrária – donatários – pagamento pelo uso, um dos motivos da declaração de Independência. Lei 601/1850.
Conceito: art. 1°, parágrafo 1°/ art. 17, caput
Distribuição de terras, busca da justiça social e aumento da produtividade.
Desapropriação: herança romana
Ex: perigo público iminente, utilidade pública, necessidade.
Tanto móveis quanto imóveis poderiam ser desapropriados.
Como d. de propriedade era tido como natural/sagrado, e havia a possibilidade de renúncia à expropriação mediante recusa/ negativa do titular.
Corpus Iuris Civilis – Idade Média 
No Brasil – CF 1946 – EC n.10, 10/11/64. ET art. 20.
- minifúndios: 2 a 120 hectares.
- latifúndios: 600 módulos ou mais
Dec. 2362/87 – 1.500 ha – Amazônia; 1000 ha – centro-oeste
 500 ha – nordeste; 250 ha – sul/sudeste
Desde que improdutivas.
CF 1988 – não cumpra função social – art. 184 com exceção art. 185.
Insuscetíveis de desapropriação: pequena, media artigo 4° parágrafo único Lei 8.629, e produtivas art. 6°, Lei 8.629.
- desapropriação por interesse social: artigo 18 ET, “a”, art. 2°, Lei 8.629/93
- finalidade: art. 18, ET.
a) pequena propriedade: ate 4 módulos fiscais.
PF: 16 há	Sarandi: 20 ha		Carazinho: 16 ha
Lagoa Vermelha: 25ha	Casca: 20ha		Soledade: 18ha
b) média propriedade: 4 a 15 módulos fiscais.
Desapropriáveis: apenas grandes propriedades improdutivas.
Competência: União, art. 2° parágrafo 1° da Lei 8629/93 
6. Prévia e justa indenização: art. 5°, XXIV CF, 5° Lei 8.629/93/ art.154 caput.
- proibição do confisco – exceção: art. 243 CF
- TDA – parágrafo 3° (orçamento união – art. 25)
- benfeitorias em dinheiro
- necessidade de ação judicial
 “Prévia”: depósito com petição inicial. Artigo 5°, IV, “c”, V e VI, cc 76/03.
“Justa”: conceito econômico – art. 12, parágrafo 3° - laudo.
Valor atual, prejuízos.
Indenizar diferentede compensar, pagar preço, mais ampla, substituição do bem expropriado.
Orçamento 2017 – Lei 13.414 (10/01/17)
Art. 9° - 27.623.774 TDD (mesmo desde 2013)
R$ 98,00 – 2017 
Sec. TN= tesouro.fazenda.gov.br
Out. 2013 – 100 áreas foram decretadas
Cadastro – parágrafo 7°, art. 18
Beneficiários – art. 19
Não podem ser – art. 20
DIREITO AGRÁRIO
AULA 4
CONTRATOS AGRÁRIOS
Legislação: ET - arts. 92 a 96
Lei 4.974/66 - arts. 13 a 15
Decreto 59.566/66
Código Civil - art. 421 + aplicação subsidiária (art. 92 parágrafo 9° ET)
Histórico:
Até 1916: nenhuma regulamentação sobre o uso ou a posse temporária da terra
1850 – Lei de Terras – 601 – silenciou
1916 – CC - arts. 1.2011 a 1215 – prédios rústicos
a 1.423 – parceria agrícola
 ET – 1964 – regulamentação efetiva – limitou a liberdade de contratar
CC – 2002 – não disciplina em razão do ET que é lei específica. 
“Locação” do prédio rústico, parceria.
COMODATO E EMPREITADA – CC
FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO – ART. 421
Como os contratos agrários contribuem para tal princípio?
ET – art. 2°: acesso à terra
Art. 16: justiça social c/c Art. 103 ET
Em verdade - posse torna-se mais importante que a propriedade.
Com art. 421 do CC, ficaram mitigados os princípios da autonomia da vontade e o da pacta sunt servanda.
Constituição Federal: art. 5°, XXIII e 170, III.
Características dos CA:
- consensualidade: manifestação da vontade.
- bilateralidade: obrigam reciprocamente; há interdependência de obrigações.
- onerosidade: visa-se á obtenção de benefícios e há obrigações para ambas as partes.
- comutatividade: equivalência nas prestações.
- trato sucessivo: obrigações continuadas e não se esgotam numa só relação.
- formalidade: forma escrita e registrada; mas não há forma rígida – art. 92 ET
(podem ser provados por testemunhas independentemente do valor).
- limitabilidade da liberdade de contratar: a lei exige cláusulas obrigatórias e, por outro lado, irrenunciabilidade de direitos.
Conceito:
Por contrato agrário, devem ser entendidas todas as formas de acordo de vontade que se celebrem, segundo a lei, para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos vinculados à produtividade da terra (Otávio M. Alvarenga, apud MARQUES, Benedito Ferreira. Direito Agrário Brasileiro).
Modalidades
- nominados (ou típicos): arrendamento e parceria.
- inominados (ou atípicos): comodato, empreitada.
Princípios
Supremacia do interesse público sobre o privado: imposição de cláusulas obrigatórias / proibição de renúncia de direitos / estabelecimento de prazos mínimos e preço de arrendamento
Função social do contrato – art. 421 CC: promoção do interesse social e proteção do hipossuficiente
Liberdade de forma – art. 92 ET e art. 11 Reg.
Equivalência das prestações – art. 423 CC – prestações equilibradas e justas / vedação da desproporção que acarrete oneração excessiva
Proteção ao hipossuficiente – art. 13 Reg.: interpretação das cláusulas; assistência jurídica – art. 78 Reg.; assistência creditícia;
Proteção dos recursos naturais – art. 13, II, b e c Reg.
 
Elementos obrigatórios: obrigações legais – independentemente da forma e da modalidade.
- preservação ambiental
- equilíbrio contratual – art. 13 ET (citar casos do material).
 
Partes: é ato jurídico, então, requer agente capaz, objeto lícito, forma prescrita em lei
Art. 1° Reg.: proprietário (arrendante/parceiro outorgante) x arrendatário/parceiro outorgado (pessoa ou conjunto familiar)
Objeto: produtividade
- terra (arrendamento ou parceria agrícola)
- gado: parceria pecuária
Espécies típicas
- Arrendamento: uso e gozo do imóvel rural – locação. Pagamento de preço em quantia certa – art. 18 – risco exclusivo do arrendatário.
- Parceria: apenas uso, com partilha dos resultados. Os riscos são suportados pelos parceiros.
Prazos mínimos legais
- indeterminado ou determinado: 3 anos mínimo como regra básica
- em caso de não determinação, presume-se o mínimo legal:
- Arrendamento: art. 95, I e II ET e art. 21 Reg.
- Parceria: art. 96, I ET e art. 37 Reg
* ultimação da colheita
* lavoura permanente – 5 anos
Espécies:
ARRENDAMENTO – art. 3° Reg.
- não há definição de atividades a ser exercida, desde que seja lícita e agrária;
- valor máximo: 15% do valor da terra nua mais benfeitorias;
- limites legais: art. 95, XII ET e art. 17, §1º Reg. 
* se for de alta rentabilidade pode chegar a 30%
- ajuste e pagamento: valor certo; pagamento pode ser em produto – art. 18 Reg.
- obrigações das partes: arts. 40 e 41 Reg.
PARCERIA – art. 4° Reg. 
- agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa e mista
- percentuais de participação: arts. 96, VI ET e 35, §3º Reg.
- falsa parceria: art. 96, § único
- retomada para uso próprio: art. 95, V
- renovação: nos contratos por prazo indeterminado, renova-se pelo mínimo, após o mínimo
- direito à renovação: preferência – art. 95, V
Alienação do imóvel
- contrato não se interrompe – art. 92, §5º
- direito de preferência – art. 92, §3º - arrendamento e art. 92 c/c 96, VII – parceria
- silencia importa renúncia tácita
Extinção dos contratos: art. 26 a 34 Reg.
- término do prazo
- retomada – art. 22, §2º e 26, II, Reg.
- confusão
- distrato
- resilição – uma das partes; inadimplemento
- resolução – extinção de direitos
- força maior
- sentença judicial – ex. anulação de contrato por vício de origem
- perda do imóvel
- desapropriação
- morte do arrendatário
- cessão do contrato a terceiros
- falta de pagamento – mora
- dano à terra ou às colheitas
- mudança da destinação do imóvel
- abandono do cultivo
* ação de despejo – art. 32 Reg.
Indenização por perdas e danos
- benfeitorias – art. 6° Reg (rol exemplificativo: plantações, frutos)
- espécies – art. 24: 	Necessárias: reparação de defeitos; conservação das coisas 
			Úteis: melhoram o uso e o aproveitamento
			Voluptuárias: embelezamento e conforto
- art. 96, VIII ET: uteis e necessárias, ao final do contrato de arrendamento
- parceria – autorização prévia
- direito de retenção: 95, VIII, in fine ET; art. 25, §1º Reg.
- prejuízos: dano emergente e lucro cessante
DIREITO AGRÁRIO
AULA 5 e 6
ZONEAMENTO, CADASTROS E TRIBUTAÇÃO DO IMÓVEL RURAL 
(ITR E CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA)
1. Zoneamento
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. A técnica é de fácil entendimento e adoção pelos produtores rurais, agentes financeiros e demais usuários.
Na realização dos estudos de ZARC são analisados os parâmetros de clima, solo e ciclos de cultivares, a partir de uma metodologia validada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e adotada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dessa forma são quantificados os riscos climáticos envolvidos na condução das lavouras que podem ocasionar perdas na produção. O resultado do estudo é publicado por meio de Portarias da Secretaria de Política Agrícola do MAPA, por cultura e Unidade da Federação, contendo a relação de municípios indicados ao plantio e seus respectivos calendários de plantio ou semeadura.
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático foi publicado pela primeira vez na safra de 1996 para a cultura do trigo. Atualmente, os estudos de Zoneamentos do MAPA já contemplam 25 Unidades da Federação e mais de 40 culturas divididas entre espécies de ciclo anual e permanente, além do ZARC para o consórcio de milho com braquiária.
Para fazer jus ao Proagro, ao Proagro Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observar as recomendações desse pacote tecnológico. Além disso, alguns agentes financeiros já estão condicionando a concessão do crédito rural à observância aos indicativos do ZARC.
As portariasde Zoneamento Agrícola de Risco Climático são divulgadas anualmente no Diário Oficial da União para a vigência na safra indicada. Nelas é possível encontrar um resumo do estudo, a lista de cultivares indicadas para cada região e a relação de municípios com os respectivos calendários de plantio. Constam os seguintes itens de cada portaria: 
Nota técnica: apresenta resumidamente a metodologia do zoneamento para cada cultura na região.
Tipos de solos: os solos são agrupados em três categorias quanto à capacidade de retenção de água: arenoso (Tipo 1); textura média (Tipo 2); e argiloso (Tipo 3), conforme disposto na Instrução Normativa nº 2, de 09 de outubro de 2008.
Tabela de períodos de plantio: indica a época para o início da semeadura por decênios (períodos de dez dias). De 1° a 10 de janeiro é o primeiro decênio. De 11 a 20 de janeiro, o segundo. E assim sucedem-se os decênios até o último do ano (o “período 36”, de 21 a 31 de dezembro).
Cultivares indicadas: no caso de culturas anuais são listadas todas cultivares indicadas pelos produtores de sementes, reunidas em grupos com características homogêneas. Todas as cultivares devem estar inscritas no Registro nacional de Cultivares - RNC.
Tabela de municípios: relação das cidades indicadas para o plantio da cultura no estado a que se refere a portaria. Nas colunas seguintes são indicados os períodos de plantio (início e fim) para cada município, por tipo de solo e por grupo de cultivar.
Metodologia
No documento cujo link segue abaixo está a metodologia, validada pela Embrapa, utilizada nos estudos de Zoneamento Agrícola de Risco Climático: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/riscos-seguro/risco-agropecuario/documentos/Parametrosderiscoclimatico.pdf 
Portarias por Unidade Federativa
As portarias de Zoneamento Agrícola de Risco Climático por Unidade da Federação são o resultado de análises e modelagem de clima e informações fenológicas (relacionadas às culturas). A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolve um estudo sobre as exigências mínimas de cada cultura a ser zoneada. Em seguida, com os estudos e as séries climáticas diárias, mínimo de 15 anos, há a elaboração do calendário de plantio por tipo de solo e por cultivar, em cada município. O produto final é publicado em portarias no Diário Oficial da União e no site do Ministério.
Para ter acesso às portarias vigentes do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, deve-se acessar o site www.agricultura.gov.br 
Fonte: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/riscos-seguro/risco-agropecuario/zoneamento-agricola
2. Cadastro Rural
CCIR - Cadastro no Incra
O Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) é o documento expedido pelo Incra que comprova a regularidade cadastral do imóvel rural.
O certificado contém informações sobre o titular, a área, a localização, a exploração e a classificação fundiária do imóvel rural. Os dados são declaratórios e exclusivamente cadastrais, não legitimando direito de domínio ou posse.
O CCIR é indispensável para legalizar em cartório a transferência, o arrendamento, a hipoteca, o desmembramento, o remembramento e a partilha de qualquer imóvel rural. É essencial também para a concessão de crédito agrícola pois é exigido por bancos e agentes financeiros.
Para emitir o CCIR é necessário que o imóvel rural já esteja regularmente cadastrado no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR).
CAR - Cadastro Ambiental Rural
A Inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) é obrigatória para todos os imóveis rurais do país e é um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. Consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública, com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental.
Ferramenta importante para auxiliar no planejamento do imóvel rural e na recuperação de áreas degradadas, o CAR fomenta a formação de corredores ecológicos e a conservação dos demais recursos naturais, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental, sendo atualmente utilizado pelos governos estaduais e federal.
No governo federal, a política de apoio à regularização ambiental é executada de acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que criou o CAR em âmbito nacional, e de sua regulamentação por meio do Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, que criou o Sistema de Cadastro Ambiental Rural - SICAR, que integrará o CAR de todas as Unidades da Federação.
Na Amazônia, o CAR já foi implantado em vários estados, constituindo-se em instrumento de múltiplos usos pelas políticas públicas ambientais e contribuindo para o fortalecimento da gestão ambiental e o planejamento municipal, além de garantir segurança jurídica ao produtor, dentre outras vantagens. O Ministério do Meio Ambiente tem trabalhado ativamente para a implementação do CAR na região, por meio de projetos tais como: Projeto de Apoio à Elaboração dos Planos Estaduais de Prevenção e Controle dos Desmatamentos e Cadastramento Ambiental Rural; Projeto Pacto Municipal para a Redução do Desmatamento em São Félix do Xingu (PA) e Projeto de CAR, em parceria com a TNC (The Nature Conservancy), este último, encerrado em dezembro de 2012.
Além desses, o MMA, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), desenvolveu programa específico voltado às instituições públicas e privadas interessadas em elaborar projetos de de CAR, no âmbito do Fundo Amazônia, cujo gestor é o próprio banco.
Fonte: www.car.gov.br
CAFIR - Cadastro para fins de ITR (Receita Federal)
O Cadastro de Imóveis Rurais - Cafir é o cadastro administrado pela Receita Federal do Brasil, com informações referentes aos imóveis rurais do país, seus titulares e, se for o caso, os condôminos e compossuidores.
Para os efeitos da Lei 9.393, de 19 de dezembro de 1996, considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras localizadas na zona rural do município.
Considera-se área contínua a área total do prédio rústico, mesmo que fisicamente dividida por rua, estrada, rodovia, ferrovia ou por canal ou curso de água. A expressão "área contínua" tem o sentido de continuidade econômica, de utilidade econômica e de aproveitamento do imóvel rural.
Zona rural é aquela situada fora da zona urbana definida em lei municipal.
Titular é o proprietário, titular do dominío útil ou possuidor a qualquer título do imóvel rural.
Estão obrigados à inscrição no Cafir todos os imóveis rurais, mesmo os que gozam de imunidade ou isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).
3. ITR
Art. 153 Constituição Federal
Art. 29 Código Tributário Nacional
Lei n. 9393/1996
Decreto 4.382, de 2012
Comitê gestor ITR
- fato gerador: propriedade rural, domínio útil, posse
- imunidade: propriedade familiar – 30ha
DIAC – Documento de informação cadastral do ITR
DIRT – Documento de informação e apuração do ITR
- responsável: art. 128 a 133 CTN
- valor: art. 11 VtnT
4. Contribuição Previdenciária
Lei 8.212/1991
Decreto 3048/99
Segurado Especial – art. 12, VII da Lei 8.212/91 
Contribuinte individual – art. 12, V da Lei 8.212/91

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