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Abordagem Comportamentalista: Caracterizada pelo estudo do comportamento e a relação que ele mantém com o meio ambiente em que ocorre. Estímulo e resposta são unidades básicas da descrição e o ponto de partida para uma ciência do conhecimento. O homem passa a ser estudado como um produto do processo de aprendizagem pela a qual passa desde a infância, ou seja, como produto de associações estabelecidas durante sua vida entre estímulos (do meio) e respostas (manifestações comportamentais). Ao sujeito atribui se o papel insignificante na elaboração e aquisição do conhecimento. Também se evidencia o caráter cumulativo do conhecimento humano, adquirido pelo indivíduo por meio de transmissão. A base da abordagem comportamentalista está na formulação do condicionamento operante e conceitos da história do empirismo, introduzindo as noções de comportamento reflexo e condicionamento respondente para então chagar ao condicionamento operante. O indivíduo é passivo e determinado pelo meio, produto de um processo evolutivo, o comportamento humano pode ser ordenado ou controlado e todo organismo ou se adequa ao meio ou morre. Livro Pinóquio as Avessas: No livro “Pinóquio às avessas”, nota se este tipo de abordagem no personagem Felipe, na qual já é introduzido no menino desde sua infância pela sociedade, família que o verdadeiro conhecimento, aquele que o torna “gente de verdade”, é adquirido apenas na instituição de ensino, desconsiderando a subjetividade, curiosidades e desejos do indivíduo. Neste caso, o menino sempre foi apaixonado por pássaros, mas logo após entrar na escola, sua curiosidade e desejos foram reprimidos. Nota se a abordagem comportamentalista, quando após Felipe entrar na escola, suas curiosidades são substituídas por uma forma de controle, de acordo com o comportamento que se está querendo instalar ou manter, ou até mesmo modificar. Os comportamentos mantidos nele na escola, são aqueles considerados úteis e desejáveis pela sociedade, instituição escolar, família, cultura e aqueles que lhe conferem o poder. Já é estabelecido em sua família, qual a definição e expectativa da do que é ser um adulto, denominados, o que eles fazem para ganhar dinheiro, ou seja, sua profissão e diploma, ignorando então o potencial e capacidades individuais. Vão se instalando na escola, contingências de reforços, sistemáticos e preestabelecidos com cada vez mais rigor, com o intuito de modicar seu jeito e adequa lo as regras. Um bom exemplo que ilustra bem estas características é quando Felipe percebe que tem que olhar “em direção dos livros e do professor”, quando foi chamada sua atenção pelo professor por estar “distraído”. Foi utilizado o controle aversivo, e o menino foi ficando “engessado” em sua subjetividade com a finalidade apenas de cumprir o caráter social do que lhe era imposto. O menino mudou seu comportamento escolar, mas a escola limitou sua individualidade, seu comportamento foi sendo preenchido pelas expectativas de caráter social, neste quesito se saiu bem, começou a tirar boas notas e foi sabendo cada vez mais coisas em toda a sua vida acadêmica até entrar no mercado de trabalho com muito louvor. Felipe tornou se bem sucedido financeiramente e intelectualmente dento das normas da sociedade e cultura, mas em sua individualidade não se sentia satisfeito e completo. Já adulto, procurou a ajuda de um profissional, disse a um psicanalista que não se sentia feliz, passou então a voltar a gostar do quem lhe ensinaram não ser desejável, que eram os pássaros que sempre continuavam a aparecer em seus sonhos, mas que ele não conseguia lembrar seu nome, da mesma forma aquilo o incomodava como sua insatisfação em dizer não se sentir feliz, mesmo tendo atingido sucesso profissional e financeiro. A partir do momento em que Felipe, mesmo depois de velho ter se lembrado no sonho do nome do pássaro, voltou a ser o menino que fora um dia e a sentir a tão desejada felicidade. As características da abordagem comportamentalistas notadas neste enredo são de o quanto o homem não é livre e consequência de influencias e forças do meio ambiente e da sociedade. O quanto o conjunto de contingência de reforços ditados pela sociedade e cultura podem inibir a subjetividade e desejos do sujeito.
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