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Direito Empresarial Prof. Renato Negretti Cruz e-mail: renatonegretticruz@gmail.com fev. 2018 Teoria Geral do Direito Empresarial – Parte 1 - Teoria da Empresa e a evolução da regulamentação estatal da atividade econômica - Fontes normativas do Direito Empresarial Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 2 PLANO DE AULA Denominações: Direito Comercial Direito Empresarial EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE DIREITO COMERCIAL Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 Conceito antigo: “é a parte do Direito privado que tem principalmente por objetivo regular as relações jurídicas que surgem do exercício do comércio.” (Cesare Vivante) Conceito Moderno: “é a designação tradicional do ramo jurídico que tem por objetivo os meios socialmente estruturados de superação dos conflitos de interesse entre os exercentes de atividades econômica de produção ou circulação de bens ou serviços de que necessitamos para viver.” (Fábio Ulhoa Coelho) 3 Origem do Direito Comercial (séc. XII ao XVIII) Relações mercantis (centros comerciais europeus mercados e feiras medievais) Burguesia 4 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIR. COMERCIAL “Auto-regulação” do comércio por corporações de ofício Critério subjetivo para definir o Direito Comercial - como regras coorporativas e direito costumeiro dos comerciantes Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 Transformações do Direito Comercial pelos Estados Modernos Revoluções Burguesa e Industrial (sécs. XVIII a XX) Direito Corporativo Direito Estatal (Estado de Direito) Novo critério objetivo descrito em leis para regular o Direito Comercial (Teoria dos Atos de Comércio) EVOLUÇÃO DO DIREITO COMERCIAL NO BRASIL 1808 – Vinda da família real e abertura dos portos Uso de leis portuguesas, do Direito Canônico e de leis estrangeiras (“Lei da Boa Razão” de 1769) 1850 – Código Comercial (Lei n. 556 de 25 junho) D. Pedro II cria o Decreto n. 737 de 25/11/1850 Leis Especiais para diferentes negócios comerciais Adota-se no Brasil, inicialmente, o critério objetivo da Teoria dos Atos de Comércio 2002 – NOVO CÓDIGO CIVIL: altera-se a regulação do Direito Comercial com critério subjetivo da Teoria da Empresa (Fim da teoria dos atos de comércios) OBS: Tramitam no Congresso projetos de lei (PL 1572/2011 e PLS 487/2013) para a criação de novo Código Comercial 5 Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 EXTINTO ROL TAXATIVO DE ATOS DE COMÉRCIO Decreto n. 737 de 25/11/1850 “Art. 19. Considera-se mercancia: § 1º A compra e venda ou troca de effeitos moveis ou semoventes para os vender por grosso ou a retalho, na mesma especie ou manufacturados, ou para alugar o seu uso. § 2º As operações de cambio, banco e corretagem. § 3° As emprezas de fabricas; de com missões ; de depositos ; de expedição, consignação e transporte de mercadorias; de espectaculos publicos. § 4.° Os seguros, fretamentos, risco, e quaesquer contratos relativos ao commercio maritimo. § 5.° A armação e expedição de navios.” OBS: extinto, ou seja, sem efeito, com o Novo Código Civil de 2002! 6 Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 “Art. 966. Considera-se empresário quem exercer profissionalmente uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços. (...) TEORIA DA EMPRESA EM VIGOR NO NOVO CÓDIGO CIVIL ATOS DE COMÉRCIO X TEORIA DA EMPRESA Código Comercial de1850 Inspiração francesa Rol taxativo de atividades reguladas no extinto Decreto 737/1850 Critério objetivo Novo Código Civil de 2002 (Lei 10.406/2002) Influência italiana Amplia a regulação e proteção do Direito Comercial para prestação de serviços Critério subjetivo 7 Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 FONTES E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO COMERCIAL Primárias: Constituição, leis e regulamentos executivo. Ex: Código Civil (Lei n. 10.406/2002); Código Comercial (Lei n. 556/1850); Leis comerciais especiais (LC 123/2006 e LC 147/2014; Lei n. 11.101/2005; Lei n. 8.934/94; Lei n. 6.404/76 alterada pela Lei n. 13.129/2015 etc.); Tratados Internacionais (Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969, Dec. N. 678/1992); Decretos do Executivo (ex.: Dec. n. 1.800/96); Instruções Normativas (ex.: IN/DREI n. 05/2013 sobre cancelamento do registro dos empresários e sociedades inativos e perda do nome; IN/DREI n. 11/2013 – sobre validade da escrituração; IN/DREI n. 15/2013 – sobre nome empresarial; IN/DREI n. 25/2014 – sobre autorização de filiais de sociedades estrangeiras; IN/DREI n. 32/2015 – sobre o Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas - RLE) Secundárias: Usos de costumes Classificação Fontes materiais: são os fatos reais, sociais e econômicos que influenciam na criação do Direito (são objeto da Sociologia) Fontes formais: são as formas de exteriorização do Direito através de normas jurídicas (ex.: Constituição, leis, costumes) Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 8 INTERPRETAÇÃO E HIERARQUIA DAS NORMAS JURÍDICAS CONSTITUIÇÃO FEDERAL (CF/88) LEIS (Ordinárias ou Complementares) Regulamentos do Poder Executivo (Ex: Decretos, Instruções normativas ministeriais) OBS: A Constituição Federal é a norma de hierarquia superior! 9 Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 “Constituição Federal (CF/88) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (...) 10 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM DIREITO COMERCIAL Exemplos: - Lei Federal 10.101/2000 sobre a participação dos trabalhadores nos lucros e trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal; - Vetos aos projetos de gratuidade de estacionamento em shopping centers e mercados em razão de sua veiculação em leis municipais ou estaduais e discussão judicial de leis que regulam o horário de entregas e sua cobrança Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 ONDE BUSCAR AS NORMAS DE DIREITO DE COMERCIAL? Publicações atualizadas (Compilações da Revista dos Tribunais – RT, Saraiva ou de outras editoras jurídicas) Sites oficiais do governo: www.planalto.gov.br ou www.presidencia.gov.br www.senado.gov.br http://drei.mdic.gov.br/ https://www.jucesponline.sp.gov.br/ 11 Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 1 CONTATOS Prof. Renato Negretti Cruz e-mail: renatonegretticruz@gmail.com
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