Buscar

Teoria Geral do Direito Empresarial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Empresarial
Prof. Renato Negretti Cruz
e-mail: renatonegretticruz@gmail.com
fev. 2018
Teoria Geral do Direito Empresarial –
Parte 2
DISTINÇÕES CONCEITUAIS IMPORTANTES ENTRE:
EMPRESA X EMPRESÁRIO 
(ATIVIDADE) (INDIVIDUAL/SOC. EMPRESÁRIA/EIRELI)
EMPRESÁRIO X SÓCIOS OU 
ADMINISTRADORES
EMPRESAX ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
2
MAS O QUE É “EMPRESA”?
 Conceito jurídico econômico:
Bulgarelli: “Empresa é a atividade econômica 
organizada de produção e (ou) circulação de 
bens e (ou) serviços para o mercado, exercida 
pelo empresário em caráter profissional através 
de um complexo de bens”
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
3
MAS, AFINAL, O QUE(M) É EMPRESÁRIO?
Código Civil:
“Art. 966. Considera-se empresário quem exercer
profissionalmente uma atividade econômica organizada para a
produção ou circulação de bens ou serviços.
DISTINÇÃO ENTRE EMPRESA X EMPRESÁRIO 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa.”
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
4
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO 
EMPRESÁRIO
 Profissionalismo:
- Habitualidade
- Pessoalidade
- Monopólio da informação
 Atividade econômica organizada:
- sistematiza os “bens de produção”
 Finalidade:
- produção ou circulação de bens ou serviços
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
5
EMPRESÁRIO X SÓCIO X ADMINISTRADOR
O “Empresário”
pode ser tanto
Pessoa física 
(empresário individual)
Pessoa jurídica
(sociedade empresária 
OU
empresa individual de 
responsabilidade limitada - EIRELI)
OBS: Como PJ, entender por 
“empresário” a própria 
sociedade ou a EIRELI!
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
6
CONDIÇÕES PARA SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
 Capacidade civil: arts. 1°a 5° e 972 a 980 do Código Civil
- Requisito: maioridade civil e gozo dos direitos civis e políticos
OBS: Os menores de idade emancipados entre 16 e 18 anos ou
independentes economicamente ou casados são considerados capazes!
OBS: tais pessoas podem ser apenas sócio-cotista (Ltda.), sócio-acionista
(S.A.) ou comanditário de sociedades empresária. Portanto, não podem ser
sócios-administradores, simples administradores ou titulares de EIRELI!
militares da ativa 
funcionários públicos
juízes e promotores
médicos em relação a
farmácias e laboratórios
estrangeiros não residentes no país
cônsules remunerados
corretores e leiloeiros
falidos não reabilitados
Condenados por crimes listados no art. 
1.011 do Código Civil
 Pessoas impedidas por lei de exercer a empresa como empresário:
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
7
CÓDIGO CIVIL 
CAPÍTULO II — DA CAPACIDADE
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por
seus pais ou pelo autor de herança.
(…)
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com
terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão
universal de bens, ou no da separação obrigatória.
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal,
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o
patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.”
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
8
ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL
Definição legal; direito à renovação 
compulsória de locação não residencial e 
suas exceções
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
 Definição legal - Art. 1142 do Código Civil:
O estabelecimento como “conjunto organizado de bens 
corpóreos e incorpóreos (bens de industriais e o ponto) 
para o exercício da empresa, por empresário ou 
sociedade empresária”
OBS1: O direito garante o valor agregado de sua organização
ou seja o fundo de comércio ou fundo de empresa
(sinônimos: goodwill of a trade ou aviamento).
OBS2: A transferência desse direito, a venda apenas do
estabelecimento, se dá pelo contrato de trespasse (art. 1.144
do Código Civil)
OBS3: O fundo de comércio é também protegido pelos art. 51 a 57 da
Lei n. 8.245/91, que tratam da locação de imóveis para fins
comerciais/empresariais!
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
10
Regra geral para o exercício do direito à renovação 
compulsória de locação não residencial
Art. 51 da Lei n. 8.245/91: “Nas locações de imóveis destinados ao
comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo,
desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo
determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos
dos contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo
mínimo e ininterrupto de três anos.
(...)
§ 4º O direito à renovação do contrato estende-se às locações celebradas por
indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituída,
desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo.
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no
interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores
à data da finalização do prazo do contrato em vigor.”
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
11
Exceções ao direito à renovação compulsória 
prevista no citado art. 51 da Lei n. 8.245/91
Art. 54. Nas relações entre lojistas e empreendedores de shopping
center, prevalecerão as condições livremente pactuadas nos
contratos de locação respectivos e as disposições procedimentais
previstas nesta lei.
(...)
Art. 54-A. Na locação não residencial de imóvel urbano na qual o
locador procede à prévia aquisição, construção ou substancial
reforma, por si mesmo ou por terceiros, do imóvel então especificado
pelo pretendente à locação, a fim de que seja a este locado por
prazo determinado, prevalecerão as condições livremente pactuadas
no contrato respectivo e as disposições procedimentais previstas
nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.744, 19 de dezembro de 2012)
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
12
NOME EMPRESARIAL
Conceito; função; espécies; proteção 
jurídica e distinção entre Nome empresarial 
e Marca
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
NOME EMPRESARIAL
� Conceito:
é a designação utilizada pelo empresário (individual ou 
sociedade empresária) para se identificar, enquanto sujeito 
de direito exercente de uma atividade econômica
� Funções:
 Tradicional ou mercadológica: referência no mercado de
consumo - identificação do sujeito (comerciante) em relação
aos seus “clientes”
Moderna: referência no meio empresarial, relacionada à
reputação do empresário entre fornecedores e financiadores
14
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL
� Firma
(contém como base 
ao menos o sobrenome 
obrigatoriamente)
� Denominação
(contém como base um 
“elemento fantasia” e a 
indicação do objeto social)
Individual 
(ex.: “Bruno de Almeida Cruz”; “B. de A. Cruz 
Lanchonete” ou “Cruz – Lanches”; “J. A. 
Cardoso Comércio de Alimentos em Geral 
EIRELI”)
Coletiva (“razão social”)
(ex. sócios Ricardo Ferreira e José da Silva Filho: 
“Ricardo Ferreira e José da Silva Filho Ltda.”; “R. 
Ferreira & J. Silva FilhoLtda.” ou “Ferreira & 
Silva Filho Ltda.” ou “Ferreira & Cia. Comércio 
de Antiguidades Ltda.)
(Ex: “Antiquários Bruno Rocha Sociedade 
Anônima” ou “Via Varejo S/A”; “Companhia
Siderúrgica Nacional”; “Maxmix Comercial Ltda.”; 
“FGL Transportes EIRELI”; 2.0 Hoteis Palmas SPE 
Ltda.; Michael Kors do Brasil Comércio de 
assessórios e vestuário Ltda.) 
15
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
FIRMA X DENOMINAÇÃO
(DIFERENÇAS QUANTO À ESTRUTURA E À FORMA)
 Tem por base um nome civil
(ex.: “B. Rocha” ou “Rocha”
ou “Rocha e Pereira”)
 Essa forma de nome é
obrigatória para os
empresários individuais e
facultativa para sociedades e
para a EIRELI
OBS1: Admite a menção ou não ao
ramo da atividade (ex.: “Rocha”
ou “Rocha – Antiguidades”)
 Pode ter por base qualquer
expressão lingüística (ex.:
“Rocha e Pereira S/A” ou RP –
Antiguidades Ltda.)
 Essa forma de nome é
obrigatória para as sociedades
anônimas
OBS2: “elemento fantasia” é
chamada a expressão
escolhida pelos sócios
diferente do nome civil
OBS3: Apenas a Firma serve de assinatura do empresário!
16
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
 Art. 34 da Lei n. 8.934/1994: “O nome empresarial
obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade.”
 Princípio da Veracidade:
 Código Civil:
“Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação,
integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.
§ 1o (...).
§ 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido
nela figurar o nome de um ou mais sócios.”
“Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar,
não pode ser conservado na firma social.”
Exceção: Se tal nome fizer parte da denominação das Sociedades Anônimas
(Art. 1.160 § único e art. 3º § 1o da Lei das S/As)
17
� Princípios para a formação do nome empresarial
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
 Princípio da novidade (garante o uso exclusivo do nome)
 Código Civil:
“Art. 1158. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das
pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio,
asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.”
“Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a
inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato.”
18
Continuação: Princípios para a formação do nome empresarial
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
 Arts. 1.155 a 1168 do Código Civil
 Arts. 33, 34, 35, inciso V, 59, 60, § 1º da Lei n. 8.934/1994 (Dispõe
sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá
outras providências)
 Arts. 53, III - alíneas “d” e “e”, VI, 61 e 62 do Decreto n. 1.800/1996
(Regulamenta a Lei nº 8.934/1994)
 IN/DREI n. 15, de 05 de dezembro de 2013 (Dispõe sobre a formação do
nome empresarial e sua proteção e dá outras providências)
19
� Base normativa da formação e proteção do nome 
empresarial
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
“Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do
arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades,
ou de suas alterações.
Art. 35. Não podem ser arquivados: (...)
V - os atos de empresas mercantis com nome idêntico ou semelhante a
outro já existente; (...)
Art. 59. Expirado o prazo da sociedade celebrada por tempo
determinado, esta perderá a proteção do seu nome empresarial.
Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder a qualquer
arquivamento no período de dez anos consecutivos deverá comunicar à
Junta Comercial que deseja manter-se em funcionamento.
§ 1º Na ausência dessa comunicação, a empresa mercantil será considerada
inativa, promovendo a Junta Comercial o cancelamento do registro, com a
perda automática da proteção ao nomeempresarial.”
20
Aspectos importantes acerca do Nome 
Empresarial na Lei n. 8.934/94
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
� Espécies de marca segundo o art. 123 da Lei n. 9.279/96:
I - marca de produto ou serviço;
II - marca de certificação;
III - marca coletiva.
� Formas de Proteção e o Princípio da Especificidade:
“o direito de exclusividade de uso de marca, decorrente do seu registro no INPI 
[Instituto Nacional da Propriedade Industrial], é limitado à classe para a qual é 
deferido, não sendo possível a sua irradiação para outras classes de atividades” 
(STJ - RESP 142.954/SP)
Exceções:Marca de Alto Renome e Marca Notoriamente Conhecida
� Prazo de vigência e proteção:
� 10 anos da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais;
OBS: “Art. 143 - Caducará o registro, a requerimento de qualquer pessoa com
legítimo interesse se, decorridos 5 (cinco) anos da sua concessão, na data do
requerimento: I - o uso da marca não tiver sido iniciado no Brasil; ou II - o uso da
marca tiver sido interrompido por mais de 5 (cinco) anos (...)”.
21
MARCA COMO PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
NOME EMPRESARIAL X MARCA
 Identifica o sujeito de direito:
empresário (pessoa física ou
jurídica)
� Proteção jurídica:
 Decorre do registro na Junta
Comercial (Lei n.º 8.934/94)
 Limite territorial: estadual
(exceto se pedir proteção em
outras Juntas Comerciais)
 Proteção independente do ramo
de atividade econômica do
empresário
 Prazo de proteção indeterminado
(exceto nos casos de inatividade)
 Identifica direta ou indiretamente
produtos ou serviços
� Proteção jurídica:
 Decorre do registro no Instituto
Nacional da Propriedade Industrial –
INPI (Lei n.º 9.279/96)
 Limite territorial: nacional
 Proteção limitada ao princípio da
especificidade (segmento dos
produtos ou serviços)
 Prazo de proteção: 10 anos,
renovável por iguais períodos
com o pedido de prorrogação
22
Teoria Geral do Dir. Empresarial – Parte 2
CONTATOS
Prof. Renato Negretti Cruz
e-mail: renatonegretticruz@gmail.com

Outros materiais