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RESUMO ESQUEMATIZADO Direito Civil Contratos

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CONTRATOS: 
 - negócio jurídico: contrato (declaração de vontades) é negócio jurídico (tem efeitos jurídicos) 
 - acordo de vontades: 
 - efeitos obrigacionais: 
1) a transitoriedade: são efêmeros/têm vida curta	
2) o valor econômico: para viabilizar a responsabilidade patrimonial do inadimplente se o contrato não for cumprido
ELEMENTOS, REQUISITOS E PRESSUPOSTOS CONTRATUAIS
1 – capacidade das partes: (incapaz é nulo ); (relativamente incapaz é anulável ) 
2 – objeto do contrato: prestação lícita, possível, determinada e de valoração econômica
3 – contrato precisa ter valor econômico para se resolver em perdas e danos em caso de descumprimento
4 – forma: é livre, a vontade prevalece sobre a forma, salvo expressa previsão em lei 
5 – legitimidade: é o interesse ou autorização para agir em certos contratos previstos em lei. 
6 – causa: viabiliza trocas úteis e justas, além de cumprir a função social do contrato 
7 – prestação: é uma conduta humana (ato ou omissão de dar, é um fazer ou é um não-fazer)
8 – elementos acidentais: estes não são obrigatórios, mas facultativos, ou seja as partes inserem se quiserem (ex: cláusula penal, 408; encargo na doação, 562, etc). 
FORMAÇÃO DO CONTRATO
- Acordo de vontades: (Expressa ou Tácita)
Emitente: Proponente/Policitante
Aceitante: Oblato
Nota: Oferta ao público devem assegurar informações: corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
O contrato, uma vez concluído, faz lei entre as partes, e se uma delas posteriormente desistir terá que indenizar a outra pelas perdas e danos causados (430, 389). As referidas minutas não são contratos ainda, então pode se desistir sem problemas. Mas para justificar uma indenização tem que ter havido dano concreto, material ou moral, afinal já foi estudado em Civil 2 que não existe dano hipotético ou eventual (403). 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
unilateral e bilateral: (BILATERAL Partes) (UNI ou BILATERAL Efeitos
onerosos e gratuitos: (ONEROSOS ambas as partes têm vantagem e proveito econômico) ( Gratuitos só beneficiam uma das partes *UNILATERAL->doação)
comutativos e aleatórios: 
- contratos comutativos: equivalência entre a prestação (vantagem) e a contraprestação (sacrifício), ex: compra e venda, troca, locação, etc.
- contratos aleatórios: uma das partes vai ter mais vantagem do que a outra, a depender de um fato futuro e imprevisível chamado "alea" = sorte, destino. Ex: contrato de seguro.
principais e acessórios:
- contrato principal é aquele que tem vida própria e existe por si só. Ex: Contrato de Locação
- contratos acessórios seguem os principais trazendo segurança ao contrato. Ex: Contrato Fiador
instantâneos e de duração:
- instantâneo, ter vida curta
- duradouros e se prolongam por dias, semanas e meses
Em suma: os contratos devem ser no máximo duradouros e não permanentes.
pessoais e impessoais: 
- contrato pessoal: OBRIGAÇÃO DE FAZER - em virtude de suas qualidades pessoais “intuitu personae” –
- contrato impessoal: OBRIGAÇÕES DE DAR UMA COISA
típicos e atípicos: 
- contratos típicos têm previsão no tipo/na lei (Ex: Direitos Reais)
- contratos atípicos, como o leasing, devem ser escritos e minuciosos já que não há lei para regulamentá-los.
 solenes e informais: 
- solenidades - Ex: na compra e venda de imóvel, o contrato além de escrito deve ser feito por tabelião e celebrar uma escritura pública
- informais podem ser verbais
 reais e consensuais: já dissemos que todo contrato é consensual, quer dizer, exige acordo de vontades. Mas em alguns contratos, só o consenso é insuficiente, então além do acordo de vontades, a lei vai exigir a entrega da coisa ( = tradição), por isso se dizem contratos reais. Podem até ser verbais/informais, mas não nascem antes da entrega da coisa. Ex: doação de bens móveis (pú do 541), comodato (579), mútuo, depósito (627). Porém na compra e venda, troca, locação, etc., já vai existir contrato após o acordo de vontades e mesmo antes da entrega da coisa, de modo que uma eventual desistência pode ensejar perdas e danos ou até a execução compulsória do 475. Então se A promete emprestar sua casa de praia para B passar o verão (= comodato), só haverá contrato após a ocupação efetiva da casa por B. Já se A se obriga a alugar sua casa de praia a B durante o verão (= locação), o contrato surgirá do acordo de vontades, e eventual desistência de A, mesmo antes da entrega das chaves, ensejará indenização por perdas e danos (389). A tradição não é requisito de validade, mas de existência dos contratos reais.
civis e mercantis: os contratos civis visam satisfazer uma necessidade particular, sem visar diretamente ao lucro (53); já os contratos mercantis serão estudados em Direito Empresarial e têm fins econômicos (981). É fundamental preservar a informalidade dos contratos mercantis para estimular sempre o comércio entre as empresas, com a geração de emprego e renda. Afinal quem produz riqueza é o particular, e não o Estado.
CONTRATO DE ADESÃO 
- contrato previamente pronto por uma das partes, cabendo à outra parte aceitar/aderir ou não. 
PRINCÍPIOS DOS CONTRATOS
1 – Autonomia da vontade
- ordem pública: (PACTA CORVINA – Contratar contanto com a herança)
- bons costumes: (Desfile no quarteirão do Bispo)
- função social: (Cumprir Função Social determinada pelo Estado sob pena de ser Tomado)
 
 2 – Princípio do consentimento ou consensualismo
- Exige acordo de vontades, aquilo que realmente se desejava com o contrato.
 
3 – Princípio da Força Obrigatória: 
- contrato faz lei entre as partes, deve ser cumprido por uma questão de segurança jurídica e paz social.
- Pacta sunt servanda (= contrato deve ser cumprido)
- Celebrado o contrato, ele se torna intangível, não podendo ser modificado unilateralmente
- Exceção contratos comutativos de longa execução, diante de um fato novo, o Estado modifique o contrato para manter a igualdade entre as prestações, afinal ninguém contrata para ter prejuízo . Ex: Inflação Teoria da Imprevisão (ou cláusula rebus sic stantibus = revogável se insustentável), 
- Teoria da imprevisão permite ao Juiz modificar o contrato a fim de restabelecer o equilíbrio entre as partes em face de um caso fortuito (ex: compro um carro com prestações atreladas ao dólar, eis que o dólar triplica)
4 – Princípio da boa-fé: obriga as partes a agirem num clima de honestidade e colaboração recíproca 
5 – Princípio da relatividade: o contrato é relativo às partes celebrantes, ou seja, não interessa a terceiros/não é absoluto/não é erga omnes (= contra todos). Diziam os romanos: res inter alios acta, aliis neque nocet neque prodest (a coisa contratada entre uns, nem prejudica e nem beneficia terceiros). Este princípio tem exceções, de modo que terceiros não celebrantes podem participar dos contratos, vejamos:
a) os herdeiros: nas obrigações de fazer personalíssimas o contrato não se transfere aos herdeiros, mas nas obrigações de dar sim. Então se A toma cem reais emprestado com B e vem a falecer, os herdeiros de A terão que pagar a dívida a B, dentro dos limites da herança recebida de A. Se A não deixar herança, os filhos não terão obrigação de pagar a dívida (arts. 1792 e 1997).
b) na estipulação em favor de terceiro, quando se pode beneficiar um terceiro com um contrato (ex: alugo minha casa e determino que o aluguel seja pago a meu irmão desempregado; outro ex: faço um seguro de vida para beneficiar meu filho). Tanto o contratante como o beneficiário poderão exigir a prestação se a outra parte atrasar (436). Na estipulação, a qualquer momento o beneficiário pode ser substituído, bastando comunicar ao outro contratante (438).
c) nas convenções coletivas: no Direito do Trabalho e no Direito do Consumidor se permitem quesindicatos e associações negociem relações de trabalho e de consumo com os patrões e os fornecedores. Tais convenções irão obrigar todos os trabalhadores filiados àquele sindicato e todos os consumidores filiados àquelas entidades, e não apenas os dirigentes signatários da convenção. Depois leiam o art. 611 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, e o art. 107 do Código do Consumidor.
HERMENÉUTICA CONTRATUAL
a) busca da vontade real: 
b) senso médio: 
c) fim econômico:
d) uma cláusula em destaque prevalece sobre as outras: 
e) dirigismo contratual: é uma política do Estado para dar superioridade jurídica a classes economicamente fracas como o consumidor, o devedor, o trabalhador e o inquilino “in dubio pro misero
f) contratos benéficos: são aqueles unilaterais e gratuitos (ex: doação, empréstimo, fiança). Proteger a parte que fez o benefício.
 
EFEITOS DOS CONTRATOS
1 – obrigatoriedade: o contrato cria um vínculo jurídico entre as partes dotado de obrigatoriedade
2 – irretratabilidade: uma vez perfeito e acabado, o pacto só pode ser desfeito por outro contrato chamado distrato 
3 – intangibilidade: o contrato não pode ser alterado por apenas um dos celebrantesExcepcionalmente admite-se modificação feita pelo Juiz
4 – efeito pessoal: O credor exige do devedor o cumprimento da prestação sob pena de perdas e danos, em alguns caos, a parte inocente exija o cumprimento forçado do contrato
 CONTRATO PRELIMINAR
 - no contrato preliminar o objeto é fazer oportunamente o contrato principal.
INSTITUTOS RELATIVOS AOS CONTRATOS BILATERAIS
1 – exceção do contrato não cumprido ou exceptio non adimpleti contractus: 
	
2 – arras: As arras são um sinal de pagamento para a firmeza do contrato, inibindo o arrependimento das partes. Quanto o contrato é fechado, as arras são devolvidas ou abatidas do preço (417). Se o contrato não for concluído por culpa/desistência da parte que deu as arras, elas serão perdidas em favor da parte inocente. Se quem desistir for a parte que recebeu as arras, terá que devolvê-las em dobro, devidamente corrigida (418)
3 – vícios redibitórios: vício contemporâneos, ocultos e graves que desvalorizam ou tornam imprestável a coisa objeto de contrato bilateral e oneroso.
Consequências
a) desfazer o negócio, rejeitar a coisa e receber o dinheiro de volta; 
b) ficar com a coisa defeituosa e pedir um abatimento no preço 
 4 – evicção: é a perda da coisa em virtude de sentença que reconhece a outrém direito anterior sobre ela.
Diferenças: a evicção garante o comprador contra os defeitos jurídicos da coisa, enquanto os vícios redibitórios garantem o adquirente contra os defeitos materiais.
CONTRATOS ALEATÓRIOS 
 a) emptio spei: é a compra de uma esperança, quando o comprador assume o risco da existênciada coisa (ex: pago cem reais a um pescador pelo que ele trouxer no barco ao final do dia.
 b) emptio rei speratae: aqui o risco é na quantidade, então se não vier nada, ou se nada for produzido, o preço não será devido, depende do que for combinado entre as partes (459 e pú).
 c) risco na destruição: no art 460 a alea decorre não de coisas futuras, mas de coisas existentes, contudo expostas a risco (ex: compra em região sob guerra ou terremoto, maremoto, como comprar um navio que está viajando para o Brasil com defeito no motor e vazamento no casco, e o adquirente assume o risco do naufrágio). 
EXTINÇAO DOS CONTRATOS
 
 1 - Resilição bilateral ou distrato: é o contrato feito para extinguir outro contrato 
 2 – Resilição unilateral: tem caráter de exceção, pois rompe o vínculo sem a anuência do outro contratante 
 3 – Resolução: o contrato se extingue pelo inadimplemento
 4 – Arrependimento: não é comum na lei, então as partes devem prever no contrato o exercício do direito de arrependimento para desfazer o contrato (420). O Codigo do Consumidor admite o arrependimento no art 49 quando a compra é feita por telefone.
 5 – violar o art. 104 do CC (ex: compra e venda de cigarro, eis que o Estado criminaliza o fumo, extinguindo-se o contrato, 104, II); a morte também extingue os contratos personalíssimos, mas as obrigações de dar transmitem-se aos parentes do morto dentro dos limites da herança (1.792).

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