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RESUMO ESQUEMATIZADO TGP Geral 1

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INTRODUÇÃO
O Estado vedou os individuas de fazer justiça com as próprias mãos e assumiu a jurisdição.
Surgiu duas obrigações: 
A) Prestar a tutela jurídica aos cidadãos
B) Um verdadeiro e distinto direito subjetivo- o de ação- oponível ao estado- juiz,que se pode definir como o direito à jurisdição
AÇÃO- DIREITO SUBJETIVO À PRESTAÇÃO JURISDICIONAL
O direito de ação é de natureza pública, por referir-se a uma atividade pública, oficial, do Estado.
“Ação é, portanto, o direito subjetivo que consiste no poder de produzir o evento a que está condicionado o efetivo exercício da função jurisdicional”- Liebman
EXERCE NA VERDADE NÃO SOMENTE AUTOR MAS O RÉU TAMBÉM
É o aspecto bifrontal do direito de ação
AUTONOMIA DO DIREITO DE AÇÃO
O direito subjetivo, que o particular tem contra o Estado e que se exercita pela ação, não se vincula ao direito material da parte, pois não pressupõe que aquele que o maneje venha sempre a ganhar a causa
ASSIM EXISTE DIFERENÇA NITIDA ENTRE O DIREITO SUBSTANCIAL E O DIREITO SUBJETIVO PROCESSUAL (AÇÃO)
O direito substancial dirige contra a parte adversária e é de natureza privada, e a ação que se volta contra o Estado, tem por isso mesmo, sempre a natureza pública.
AÇÃO É DIREITO ABSTRATO(DIREITO A COMPOSIÇÃO DO LITIGIO. “O EXERCÍCIO DA AÇÃO NÃO FICA VINCULADO AO RESULTADO DO PROCESSO.
Teoria Imanentista
Segundo a definição de Celso, a ação seria o direito de pedir em juízo o que nos é devido.
Assim pela escola denominada clássica ou imanentista, a ação seria uma qualidade de todo direito ou o próprio direito reagindo a uma violação.
Três consequências: não há ação sem direito; não há direito sem ação; a ação segue a natureza do direito. ( SAVIGNY)
POLÊMICA DE WINDSCHEID-MUTHER
Demonstraram que eram realidade distintas o direito lesado e ação, pois, esta cria, a par do direito subjetivo material da parte prejudicada, dois outros direitos públicos:
A) um para o ofendido, que é o direito á tutela jurisdicional, e que é dirigido contra o Estado.
B) outro, para o próprio Estado, que o direito de eliminar a lesão jurídica, e que se volta contra a parte que a causou.
 A PARTIR DESSA NOVA VISÃO, FORMARAM DUAS CORRENTES, AMBAS FUNDADAS NA AUTONOMIA.
AÇÃO DIREITO AUTÔNOMO E CONCRETO
Direito público subjetivo, embora diverso do direito material, só existe quando também exista o próprio direito material a tutelar.
Ação seria, então o direito à sentença favorável, isto é, o direito público voltado contra o Estado, de obter uma proteção pública para o direito subjetivo material.
AÇÃO COMO DIREITO AUTÔNOMO E ABSTRATO
É o direito a composição do litígio pelo Estado, que por isso, não depende da efetiva existência do direito material da parte que prova atuação do Poder Judiciário. Mesmo quando é negada a procedência do pedido do autor, não deixa de ter havido ação e composição da lide.
É assim, suficiente, para o manejo do direito público da ação, que o autor invoque um interesse abstratamente protegido pela ordem jurídica.
“SENDO AÇÃO DIRIGIDA AO ESTADO, É ELE O SUJEITO PASSIVO DE TAL DIREITO”
É, por isso, abstrato. É ainda autônomo, porque é exercitada sem seque relacionar-se com a existência de um direito subjetivo material, em casos como o da ação declaratória negativa.
É ainda instrumental, porque se refere sempre a decisão a uma pretensão ligada ao direito material (positiva ou negativa)
TEORIA LIEBMAN
Para essa teoria o autor define como direito subjetivo instrumental, é mais do que um direito é, um poder ao qual não corresponde a obrigação do Estado, igualmente interessado na distribuição de justiça.
1) PODER esse correlato com a sujeição e instrumentalmente conexo a uma pretensão material
2) O direito de ação de natureza constitucional, em sua extrema abstração e generalidade
CONDIÇÕES DA AÇÃO
1- LEGITIMIDADE
É a titularidade ativa e passiva da ação
Liebman: É a pertinência subjetiva da ação
LEGITIMIDADE ORDINÁRIA
Em regra, só está autorizado a demandar o titular do interesse deduzido em juízo. Nesse caso, fala-se em legitimação normal ou ordinária, hipótese em que as partes do processo coincidem com as partes da relação substancial.
LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA
A legitimidade extraordinária é também denominada substituição, já que ocorre em casos excepcionais, que decorrem de lei expressa ou do sistema jurídico, em que admite-se que alguém vá a juízo, em nome próprio, para defender interesses alheios. Assim, substituto processual é aquele que atua como parte, postulando e defendendo direito de outrem. 
2- INTERESSE DE AGIR
Não se confunde com o interesse substancial ou primário, para cuja proteção se intenta a mesma ação.
O interesse de agir, aqui é instrumental e secundário, surge da NECESSIDADE de obter por meio do processo a proteção ao interesse substancial.
A parte tem que sofrer prejuízo e necessitar exatamente da intervenção dos órgãos jurisdicionais.
O interesse processual, a um só tempo, haverá de traduzir numa relação de necessidade e também numa relação de adequação de provimento postulado, diante do conflito de direito material trazido à solução judicial.
CARÊNCIA DA AÇÃO
Quando faltar uma só que seja das condições da ação, diz-se que o autor é carecedor desta. Há quem diga que, nessa situação, ele não tem o direito de ação. A consequência é que o juiz, exercendo embora o poder jurisdiciona, não chegará a apreciar o mérito, ou seja o pedido do autor. (NÃO VAI DECLARAR AÇÃO PROCEDENTE, NEM IMPROCEDENTE)
IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃO (ELEMENTOS)
Partes
São pessoas que participam do contraditório perante o Estado Juiz. É aquele que, por si próprio ou através de representante, vem deduzir uma pretensão à tutela jurisdicional, formulando pedido(autor), bem como aquele que se vê envolvido pelo pedido feito (réu), de maneira que uma situação jurídica será objeto de apreciação judiciária.
Causa de pedir
Vindo a juizo, o autor narra os fatos dos quais deduz ter o direito que alega. A causa de pedir subdivide-se em: causa de pedir remota e causa de pedir próxima, vejamos:
CAUSA DE PEDIR REMOTA
Fatos- Deve descrever os fatos que tem relevância para a causa. Cada fato uma nova causa de pedir 
Ex: bater o carro.
CAUSA DE PEDIR PRÓXIMA
Fundamentos- são consequências jurídicas provocadas por aqueles fatos 
(resultado jurídico)
Ex: indenização por dano, lucros cessantes.
EXEMPLO - AÇÃO DE COBRANÇA DE DÍVIDA
CAUSA DE PEDIR REMOTA: EMPRÉSTIMO
CAUSA DE PEDIR PRÓXIMA: LESÃO AO SEU CRÉDITO
Pedido
Não se justificaria o ingresso de alguém em juízo se não fosse para pedir do órgão jurisdicional uma medida, ou um provimento.
Pretensão-mérito- objeto
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO
O instrumento pelo qual a jurisdição atua é o processo.
AÇÃO DE CONHECIMENTO
O processo de conhecimento provoca o juízo, sem seu sentido mais restrito e próprio: através de sua instauração, o órgão jurisdicional é chamado a julgar, declarando qual das partes tem razão. Objeto do processo de conhecimento é a pretensão ao provimento declaratório denominado sentença de mérito.
Essa sentença, coroando o processo de conhecimento ou ao menos definindo o litígio mediante o julgamento da pretensão do autor, formula positiva ou negativamente a regra jurídica especial do caso concreto: concluirá pela procedência, quando acolher a pretensão do autor; pela improcedência, quando a rejeitar.
Os processos de conhecimento se subdivide-se de acordo com a natureza do provimento pretendido pelo autor, três categorias: 
Processo meramente declaratório, Processo condenatório e processo constitutivo.
AÇÃO DECLARATÓRIA
O processo meramente declaratório visa apenas à declaração da existência ou inexistência da relação jurídica; excepcionalmente, a lei pode prever a declaração de meros fatos. A incerteza jurídica determina ou pode determinar a eclosão de um conflito entre as pessoas; existe, portanto, no estado de incerteza jurídica um conflito atual ou ao menos o perigo de conflito.
Declaratória Positiva:
Proferida par acolher a demanda do autor concede a este atutela jurisdicional postulada, a que rejeita tal demanda concede a tutela ao réu
Declaratória Negativa:
São todas as sentenças que rejeitam o pedido do autor
AÇÃO CONDENATÓRIA 
O processo condenatório tende a uma sentença de condenação do réu. Acolhendo a pretensão do autor, a decisão afirma a existência do direito e sua violação, aplicando a sanção correspondente à inobservância da norma reguladora do conflito de interesses. Proferida a sentença condenatória, passa a ser admissível o processo de execução, que antes não era.
AÇÃO CONSTITUTIVA
O Processo constitutivo chega-se à declaração peculiar a todas as sentenças de mérito(provimentos jurisdicionais de conhecimento), com o acréscimo da modificação de uma situação jurídica anterior, criando-se uma nova. Chama-se, pois, processo constitutivo aquele que visa a um provimento jurisdicional que constitua, modifique ou extinga uma relação ou situação jurídica. 
Sentenças constitutivas necessárias:
Quando o ordenamento jurídico só admite a constituição, modificação ou desconstituição do estado ou relação jurídica por via jurisdicional (Ex: anulação do casamento).
Sentenças constitutivas não-necessárias:
Para a produção de certos efeitos jurídicos que também poderiam ser conseguidos extrajudicialmente (Ex: rescisão de contrato por inadimplemento).
COMPETÊNCIA
Conceito: Quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão ou grupo de órgãos.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA / RELATIVA
ABSOLUTA
As partes não podem dispor da justiça, sendo assim, o juiz recebendo uma causa que está fora de sua competência, declara a sua incompetência e envia à justiça respectiva para julgamento, ainda que nada aleguem as partes. Esta competência é improrrogável.
RELATIVA
É prorrogável, isto é, a vontade das partes ou a eleição de foro pode modificar as regras da competência. O valor da causa é também um fator importante para determinação de competência, este é um fator relevante. Pois há justiças que só julgam causas até determinadas quantias, tal qual se dá nas justiças de pequenas causas.
Prorrogação voluntária
É ligado ao poder dispositivo das próprias partes ( aquele que era beneficiado pelas regras ordinárias de competência, com um foro onde lhe fosse mais fácil demandar, renuncia à vantagem que lhe dá a lei.
Prorrogação Legal ou Necessária
Nos casos em que, entre duas ações, haja relação de conexidade e continência. Em ambos os casos a semelhança das causas apresentadas ao Estado-juiz (mesmos fatos a provar, mesmo bem como objeto de dois conflitos de interesse), aconselha que, a propósito de ambas, forme o juiz um única convicção, de modo a evitar decisões contraditórias em dois processos distintos e, em qualquer hipótese atendendo ao princípio da economia processual.
Conexas: duas ou várias demandas, ou causas, quando tiverem em comum o objeto ou os fundamentos do pedido
Continência: quando uma causa é mais ampla e contém outra 
PRESSUPOSTO PROCESSUAL
Para a prestação jurisdicional ser posta à disposição da parte- subordina-se ao estabelecimento válido da relação processual, que a doutrina denomina-se de pressupostos processuais.
Pressupostos Processuais são aquelas exigências legais sem cujo atendimento o processo, com relação jurídica, não se estabelece ou não se desenvolve validamente.
PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS – Relacionam-se com os sujeitos do processo: JUIZ E PARTES:
A) Competência do juiz para a causa, bem como não haver suspensão
B) Capacidade Civil das partes
C) Sua representação por advogado
PRESSUPOSTOS OBJETIVOS- Relacionam-se com a forma procedimental e com a ausência de fatos que impeçam a regular constituição do processo:
A) A demanda do autor e a citação do réu- nenhum processo pode ser instaurado sem a provocação da parte interessada, e citação do réu- elemento causal necessário.
B) A observância da forma processual adequada à pretensão
C) A existência de instrumento de mandato conferido a advogado
D) A inexistência de litispendência, coisa julgada, convenção de arbitragem, ou de inépcia da petição inicial
E) Inexistência de qualquer das nulidades prevista na legislação processual 
NULIDADE
Nulidade: é o vício que impede o ato jurídico de produzir efeitos.
	NULIDADE ABSOLUTA
	NULIDADE RELATIVA
	NULIDADE
	ANULABILIDADE
	Atinge interesse de ordem PÚBLICA
	Atinge interesse de ordem PRIVADA
	Opera-se de pleno direito
	NÃO opera de pleno direito
	NÃO convalesce com o tempo
	CONVALESCE com o tempo
	Sentença declaratória
	Sentença desconstitutiva
	Não desconstitui o ato, mas apenas declara a nulidade
	
Desconstitui o ato
	Pode ser alegada a qualquer tempo, não há decadência
	Há prazos decadenciais: 04 anos, regra geral; 02 anos, art. 179, salvo norma específica
	Pode ser arguida pela partes, terceiro interessado, MP e pelo juiz (de ofício)
	Arguida somente pelos interessados e por via judicial (art. 177)
	Efeito da sentença é ex tunc, isto é, retroage desde a data da prática do ato, porque o mesmo já nasce nulo.
	Efeito da sentença é ex nunc, isto é, não retroage, pois essa nulidade contamina o ato a partir da sentença, porque antes era reputado válido.
	
Também opera efeito erga omnes
	Opera efeitos somente a quem alegar, salvo caso de solidariedade ou indivisibilidade (art. 177 do CC
	
	
EXEMPLOS DE NULIDADE ABSOLUTA
ARTIGO 166 CC
- celebrado por pessoa absolutamente incapaz
- for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto
- o motivo determinante , comum a ambas as partes, for ilícito
- não revestir a forma prescrita em lei
EXEMPLOS DE NULIDADE RELATIVA
ARTIGO 171 do Código Civil:
Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
- por incapacidade relativa do agente;
- por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

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