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Marcas e Patentes

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TRABALHO DE DIREITO EMPRESARIAL I
MARCAS E PATENTES
ISCA FACULDADES - INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS APLICADAS 
CURSO DE DIREITO
MARCAS E PATENTES
Andreza Degan Falcão
Daniele Cristina do Carmo Souza
Francisco Mariano Ramos
Gabriel Cassiano Jimenez
Karla Verônica Oliveira Santos
Renata Aparecida Pereira
Limeira – SP 
2018
Andreza Degan Falcão
Daniele Cristina do Carmo Souza
Francisco Mariano Ramos
Gabriel Cassiano Jimenez
Karla Verônica Oliveira Santos
Renata Aparecida Pereira
MARCAS E PATENTES
Trabalho de Direito Empresarial I do 5º semestre da Faculdade de Direito - ISCA Faculdades, como requisito obrigatório para compor a nota semestral.
Professor: Dr. Antônio Francisco Montanagna
Limeira - SP 
2018
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa estudar marcas e patentes, trabalhando os conceitos básicos e doutrinários que norteiam o tema jurídico com suas distintas matrizes.
Em todas as empresas, independentemente do seu porte, é altamente aconselhável o registro das marcas e patentes nos órgãos competentes, evitando assim, que terceiros apropriem-se delas.
Entende-se como marca todo sinal especial de forma variável e legalmente registrado, que o fabricante e o comerciante adotam para distinguir e caracterizar os produtos de sua indústria ou os artigos do seu comercio.
Os empresários que pretendam constituir uma empresa visando sucesso e um longo período de atuação no mercado deve de imediato providenciar o registro de sua marca, nome empresarial, não apenas na Junta Comercial de seu Estado, mas também no órgão de proteção das marcas e patentes, evitando assim, que terceiros apropriem-se dela. Desta forma, terão protegido seu nome, assegurando o direito de seu uso.
O empresário (sociedade empresária ou empresário individual) para desenvolver uma atividade econômica, utiliza-se de um complexo de bens (estabelecimento comercial). Estes bens podem ser materiais ou imateriais. Dentre os imateriais estão às marcas e patentes.
Entende-se que patente é um título provisório de propriedade concedido pelo Estado ao(s) inventor (es), ou àqueles que tenham direito derivado do mesmo, tais como venda, comercialização, fabricação, entre outros. 
O ramo do direito empresarial que protege as marcas e patente é o direito da propriedade industrial, que está dentro do chamado “direito da propriedade intelectual”, que além daquele, abrange também o “direito autoral”. Então, direito da propriedade intelectual é gênero – os demais são espécies.
A marca é um patrimônio da empresa, na hora de angariar empréstimos bancários, garantir crédito para negociação com outras empresas, penhorar ou dar como garantia para aquisição de produtos e serviços, penhorar para liberação de crédito em ação trabalhista, dentre outras situações, por isso é necessário ter o registro da marca e agregá-lo ao patrimônio ativo da empresa.
 As patentes, não menos importantes que as marcas, também devem ser requeridas quando da invenção de novos produtos ou processos, visando assim sua proteção. Um produto ou processo patenteado impedirá sua utilização por terceiros pelos prazos previstos em lei.
Marcas 
Entende-se como sinal especial de forma variável e legalmente registrado, que o fabricante e o comerciante adotam para distinguir e caracterizar os produtos de sua indústria ou os artigos do seu comercio. 
Muito se discutiu se a marca é bem material, ou se caracteres na propriedade; a este respeito, o código civil no artigo 1.228, sobre o direito a propriedade enuncia que: "O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha”.
 Mauro Calixta Tavares conceitua marca como: “A marca é o sinal ou expressão exterior da propriedade da empresa, que se presta a individualizar o produto, o serviço, da sociedade seja ela individual, ou de grande porte econômico com o seu nome comercial”.
O artigo 122 da Lei de Propriedade Industrial – LPI enuncia que: "são suscetíveis de registro como marcas, os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais". Trata-se, pois, de sinal aposto a um determinado produto ou no resultado de um serviço, na embalagem, nas notas fiscais expedidas, etc., com a finalidade de identificá-lo.
Nos dizeres de André Ramos a marca deve ser “individualizadora do produto ou serviço que identifica, para que possa distingui-lo dos demais”.
A marca, se não for do mesmo ramo, pode conviver com o nome empresarial de outro empresário. O STJ diz que tem os seguintes requisitos para a “convivência entre marca e nome empresarial”: o nome empresarial não pode ter proteção nacional (como regra tem proteção estadual na junta que foi registrada – a marca é nacional) E não pode se gerar confusão ou associação entre coisas com sinais. Se se enquadrou nesses casos, mesmo com identidade, é permitida a convivência. Se não houver possibilidade de convivência, daí prevalece quem foi registrado primeiro (anterioridade registral).
Não é possível registrar como marca sinais sonoros ou cheiros/odores, haja vista que a lei diz que a marca tem que ser “visivelmente perceptível”.
No ordenamento jurídico pátrio, os sinais sonoros e determinados cheiros e odores não são registráveis, visto que não houve previsão dessa possibilidade. Portanto, são registráveis como marca no INPI apenas sinais visualmente perceptíveis.
Formas de apresentação da Marca
A doutrina tem por hábito classificar as marcas levando em conta a sua forma de apresentação. Nesse sentido elas podem ser: nominativas, figurativas, mistas ou tridimensionais. Todavia, tal classificação não possui fins jurídicos, visto que quaisquer dessas espécies de marcas são protegidas de maneira idêntica.
As nominativas: são criadas a partir de palavras e/ou números. Podem ser expressões já existentes ou criações originais. Ex. Revista dos Tribunais
 Figurativas: são aquelas consistentes de desenhos, símbolos, logotipos ou figuras que demonstram configuração gráfica decorativa, diferente, não usuais. Ex: Gravatinha da Chevrolet.
Mistas: mistura de nominativas e figurativas. São as formadas por palavras escritas com letras dispostas de uma forma particular, ou inseridas em logotipos. Ex: Coca-Cola.
Tridimensionais: são aquelas que são feitas pela configuração física. Ex: Um vidro de Perfume.
 Espécies de Marca
De acordo com o art. 123 da Lei da Propriedade Industrial, há três categorias de marcas: de produto/serviço, de certificação e a coletiva.
De produto/serviço: usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa, tendo a função de distinguir diferentes prestadoras do mesmo serviço; É registrada pelo próprio empresário. 
 De certificação: é aquela que atesta qualidade de determinado produto/serviço, por entidades técnicas, respeitadas as normas estabelecidas (ex: certificado do INMETRO), governamentais ou credenciados pelo governo. Ela é registrada pela entidade certificadora (aqui qualquer um que atenda as especificações pode usar a marca).
Coletiva: é aquela que atesta a proveniência de determinado produto. É certificada pela entidade que congrega todos aqueles que irão utilizá-la, usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade – o titular do registro será sempre uma associação empresarial. (só aqueles que a pertençam e que preencham os requisitos podem usá-la). Ex: car servisseBosch. 
Patentes
Patente é um título provisório de propriedade concedido pelo Estado ao(s) inventor(es), assegura a seu titular o direito de explorar determinada invenção ou modelo de utilidade com exclusividade. 
Conforme reza o artigo 11, da LPI, “só é considerado novo aquilo que não está compreendido no estado da técnica”, então, a patente é o instrumento que materializa a concessãoda proteção específica à invenção e ao modelo de utilidade pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI.
Por exemplo, comercializar uma invenção antes de promover seu registro é divulgá-la correndo o risco de se perder a possibilidade de exploração econômica. 
Assim, inovador é aquele produto que não se tornou acessível ao público antes da data do depósito do pedido de patente. Destarte, a difusão de informação a respeito da invenção ou modelo de utilidade, em qualquer parte do mundo, torna inválido pedido de patente. 
Patente de Modelo de Utilidade
É concedida para o objeto de uso prático, ou parte deste, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.
Trata-se de uma inovação em equipamento ou produto já existente e não protegido por patente.
A Lei nº. 9729/96 – LPI não trouxe definição para a invenção, dispondo apenas, em seu art. 10, “quais manifestações da inteligência humana não são invenções ou modelos de utilidade”. Todavia, André Ramos definiu invenção como “um ato original decorrente da atividade criativa do ser humano”. A LPI apenas estabeleceu, em seu art. 8º, que “é patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial”. Por outro lado, a referida lei definiu modelo de utilidade em seu art. 9º:
 É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.
O pedido de proteção da invenção ou modelo de utilidade deve ser feito junto ao INPI, o artigo 6º, § 2º, da LPI fala que: “A patente poderá ser requerida em nome próprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade”.
No entanto, não são todas as invenções e os modelos de utilidade que são patenteáveis. A LPI estabelece condições necessárias para a concessão da proteção da invenção ou do modelo de utilidade, ou seja, requisitos para o bem ser patenteado. São elas: i) a novidade; ii) a atividade inventiva; iii) a industrialidade; iv) ilicitude (ou desimpedimento).
	 
Requisitos de Proteção de Novidade
O requisito da novidade encontra-se preenchido, segundo a LPI, conforme reza o artigo 11:
Art. 11 – A Invenção e o Modelo de Utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da técnica. 
§ 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de Patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvando o disposto nos arts. 12, 16 e 17. 
§ 2º Para fins de aferição da novidade, o conteúdo completo do pedido depositado no Brasil, e ainda não publicado, será considerado estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que subsequentemente. 
§ 3º O disposto no parágrafo anterior será publicado ao pedido internacional de Patente depositado segundo tratado ou convenção em vigor no Brasil, desde que haja processamento nacional.
A pesquisa e o desenvolvimento para elaboração de novos produtos requerem, na maioria das vezes, grandes investimentos. Proteger esse produto através de uma patente significa prevenir-se de que concorrentes copiem e vendam esse produto, praticando um preço mais baixo, uma vez que não foram onerados com os custos da pesquisa e do desenvolvimento do produto. A proteção conferida pela patente é, portanto, um valioso e imprescindível instrumento para que a invenção e a criação industrializável se tornem um investimento rentável.
Requisitos de Proteção de Atividade Inventiva
Para preencher este requisito, o inventor tem de demonstrar que alcançou um resultado novo em decorrência específica de um ato de criação do seu intelecto, sendo um verdadeiro fruto da sua inteligência. A referida lei dispõe em seus art. 14 e 15 sobre esse requisito:
 Art. 14. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica.
Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria.
A nova forma ou disposição é o resultado do ato inventivo. Para um objeto já existente no estado da técnica, o ato inventivo caracteriza a diferença incomum ou não vulgar entre esses dois objetos, o proposto pelo pedido e o antecipado pelo
estado da técnica. Ou seja, a diferença não deve ser corriqueira, habitual, normal, trivial ou ordinária para um técnico no assunto.
Na avaliação de ato inventivo deverá ser preferencialmente, utilizado apenas um único documento de anterioridade. Em algumas situações em que detalhes construtivos do objeto sejam encontrados de forma complementar em outro documento de anterioridade, este poderá ser usado contra o ato inventivo do pedido em exame, desde que tal documento contemple detalhes construtivos do objeto.
Requisitos de Proteção a Industrialidade
A invenção ou o modelo de utilidade deve pertencer ao domínio das realizações, ou seja, deve se reportar a uma concepção operável na indústria, e não a um princípio abstrato. Assim, uma invenção ou modelo de utilidade será considerado como suscetível de aplicação industrial se o seu objeto for passível de ser fabricado ou utilizado em qualquer tipo de indústria.
Requisitos de Proteção a Ilicitude/desimpedimento 
Para que este requisito seja atendido, faz-se necessário que o bem industrial não esteja elencado no rol de invenções ou modelos de utilidade não patenteáveis, previsto no art. 18, da LPI, como por exemplo, os que, mesmo preenchendo os demais requisitos, forem contrários à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas. Em observância ao dispositivo, há impedimento em atenção a valores sociais, éticos e morais que suplantam a simples técnica.
CONCLUSÃO
Falar-se em propriedade industrial significa falar, acima de tudo, em proteção visando à conquista de mercados consumidores. Ramificando-se por todo o conhecimento tecnológico alcançado pelo homem, a propriedade da imaterialidade industrial tornou-se objeto de poder, ao promover uma mudança de paradigmas: saímos de uma sociedade meramente industrial de consumo, que detém a informação de como fazer, para adentrarmos em uma sociedade que tem a informação detentora do porque fazer. Hoje não é apenas o know-how que move a busca da tecnologia, mas, também, o tentar fazer produtos diferentes de forma diferente. 
A propriedade de uma patente reveste-se em bem econômico, em negócios que têm no registro a certeza de defesa extraterritorial, sob penas de sanções econômicas. Abarcando as invenções em todas as áreas do saber, desde microrganismos, cultivares etc. até aqueles tidos como convencionais, têm, ainda, os registros da propriedade imaterial de um país sido o indicador da entrada desse país com sucesso na economia globalizada. Assim, Propriedade Industrial visou não somente à proteção jurídica, mas também servir de instrumento de política da sociedade como o intuito de promover seu desenvolvimento socioeconômico. Mas não se pode esquecer-se da função publica da propriedade e que a patente não possa ultrapassar o bem estar comum e publico da sociedade. 
A justiça na aplicação do caso concreto deve harmonizar com preceito da função social da propriedade e não permitindo que grandes corporações possa dominar poder atrás de suas patentes.
BIBLIOGRAFIA
LPI. Lei da Propriedade Industrial. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9279 .htm. Acesso em: 11/03/2018 as 15:40.
RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Curso de Direito Empresarial: o novo regimejurídico-empresarial brasileiro. 4. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Editora Jus Podivum, 2010.
STJ. Anterioridade de nome empresarial não basta para justificar anulação de marca registrada. http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica% C3%A7%C3% A3o/noticias/ Not%C3%ADcias/Anterioridade-de-nome-empresarial-n%C3%A3o-basta-para-justificar-anula%C3%A7%C3%A3o-de-marca-registrada. Acesso em: 12/03/2018 as 14:41 
TAVARES, Mauro Calixta. GESTAO DE MARCAS: CONSTRUINDO MARCAS DE VALOR. São Paulo: Editora Harbra, 2008.

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