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Manual de Elaboração Legislativa - Câmara dos Deputados

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Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados
Centro de Documentação e Informação
Coordenação de Biblioteca
 http://bd.camara.gov.br
"Dissemina os documentos digitais de interesse da atividade legislativa e da sociedade.”
MESA DA
CÂMARA DOS DEPUTADOS
5~a Legislatura - 4aSessão Legislativa
2002
Presidente: AÉCIO NEVES (PSDB-MG)
Primeiro-VIce-Presidente: EFRAIM MORAIS (PFL~PBr
Segundo-VIce-Presidente: BARBOSA NETO (PMDB-GO)
Primeiro-Secretário: SEVERINO CAVALCANTI (PPB-PE)
Segundo-Secretário: NILTON CAPIXABA (PTB-RO)
Terceiro-Secretário: PAULO ROCHA (PT-PA)
Quarto-Secretário: CIRO NOGUEIRA (PFL-PI)
Suplentes de Secretário
Primeiro-Suplente: PEDRO VALADARES (PSB-SE)
Segundo-Suplente: SALATIEL CARVALHO (PMDB-PE)
Terceiro-Suplente: ENIO BACCI (PDT-RS)
Quarto-Suplente: WILSON SANTOS (PSDB-MT)
Diretor-Geral: Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida
Secretário-Geral da Mesa: Mozart Vianna de Paiva
MANUAL DE ELABORAÇÃO LEGISLATIVA
cÂMARA DOS DEPUTADOS
MANUAL DE ELABORAÇÃO LEGISLATIVA
MODELOS E INFORMAÇÕES
Elanita Maria Lima Corrêa
Adilson Conceição
Waldemar Villas Bôas Filho
Coordenação de Marcos Magro Nardon
48 edição revista e ampliada por
Maria Diogenilda de Almeida Vilela
Centro de Documentação e Informação
Coordenação de Publicações
Brasília - 2002
CÂMARA DOS DEPUTADOS
DIRETORIA LEGISLATIVA
Diretor: Afrísio Vieira Lima Filho
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Diretora: Suelena Pinto Bandeira
COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÕES
Diretora: Nelda Mendonça Raulino
CONSULTORIA LEGISLATIVA
Diretor: Ricardo José Pereira Rodrigues
1991, I" edição;
1995, 2" edição;
1998, 3" edição; 2001, I" reimpressão; 2002, 2" reimpressão
Câmara dos Deputados
Centro de Documentação e Informação - CEDI
Coordenação de Publicações - CODEP
Anexo II - térreo
Praça dos Três Poderes
70160-900 - Brasília (DF)
Telefon!l: (61) 318-6865; fax: (61) 318-2190
publicacoes.cedi@camara.gov.br
SÉRIE
Fontes de referência Consultoria
n.H
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de ~\blioteca Seção de Catalogação.
Corrêa. Elanita Maria Lima
Manual de elaboração legislativa : modelos e informações I Elanita Maria Lima Corrêa, Adilson
Conceição, Waldemar Villas Bôas Filho; coordenação de Marcos Magro Nardon. - 4. ed. rev. e ampl. I por
Maria Diogenilda de Almeida Vilela. - Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002.
334 p. - (Série fontes de referência. Consultoria ; n. 11)
ISBN 85-7365-265-9
1. Elaboração legislativa 2. Técnica legislativa. r. Conceição, Adilson. lI. Villas Bôas Filho, Waldemar.
1II. Nardon, Marcos Magro. IV. Vilela, Maria Diogenilda de Almeida V. Título. VI. Série.
CDU 340.134(81)
ISBN 85-7365-265-9
SUMÁRIO
Apresentação 7
Introdução 9
1- Projetos 15
Modelos 21
11 - Pareceres ; 61
Modelos ; i 67
111 -.Outros documentos~.i ; ..· i 189
Núcleo de Informações 191
Modelos 235
IV - Anexo
Introdução 281
Lei Complementar nO 95, de 26 de fevereiro de 1998 283
V - Índices
Índice de Projetos 297
Índice de Pareceres , 299
Índice de Outros Documentos 301
Índice Geral 313
7
APRESENTAÇÃO
o exercício da atividade legislativa pressupõe o atualizar
constante dos aspectos formais que lhe dãà vida e corpo, não fosse ela
própria um remoinho de idéias que a todo momento se permeiam e se
enriquecem umas às outras, vencendo algumas, perdendo outras, ora se
agregando, ora se fragmentando pelo debate democrático, que as depura
para atender às demandas da sociedade. Assim é em todos os
parlamentos do mundo livre. Assim também é na Câmara dos Deputados.
A Carta Magna proclamou-lhe as competências, o escopo
de atuação, bem como a forma de relacionamento com o Senado Federal,
com os demais Poderes e com à Nação. É à sua luz que, a partir de 1988,
o Estado Democrático de Direito tornou-se uma realidade irreversível,
sobre a qual passou a se desenhar um novo projeto nacional de
desenvolvimento e justiça, que desde então segue um curso firme. Não
obstante as dificuldades, algumas até compreensíveis, por se tratar de um
processo a ser aprendido e reaprendido, vamos todos - povo e
instituições - saindo-nos bem.
Nesse contexto mais amplo, está o dia-a-dia da Casa, cuja
complexidade só a vivência parlamentar e administrtiva é capaz de
esquadrinhar com o necessário rigor e acerto. Dentro de normas
preestabelecidas, o formato de apreesntação de projetos, pareceres,
resofuções e demais documentos previstos no Regimento Interno da
Câmara dos Deputados, para a consecução dos objetivos legiferantes,
constitui um dos aspectos que viabilizam o trabalho de todos aqueles a
quem, de alguma maneira, concernem esses objetivos.
Eis, portanto, a relevância do presente Manual de
Elaboração Legislativa, agora chegando à quarta edição. Esta vem atender
às mudanças às quais aqui me refiro. No caso, trata-se das alterações
configuradas na Emenda Constitucional nO 32, que introduziu mudanças
na sistemática de tramitação das medidas provisórias; na Lei
Complementar nO 107, de 2001, que, alterando a Lei Complementar nO
95, de 1998, trouxe novas regras sobre a elaboração, a redação, a
alteração e a consolidação das leis; no Regimento Interno, que criou as
Comissões Permanentes de Legislação Participativa e de Segurança
Pública e Combate ao Crime Organizado, Violência e Narcotráfico.
8
A presente edição surge em um momento muito especial,
exatamente no fechamento da Legislatura, quando também darei por
finda a dignificante missão a mim confiada de conduzir os destinos da
Câmara dos Deputados, nos últimos dois anos. Surge, assim, para logo
recepcionar os novos membros da Casa, que chegam com a energia
sempre bem-vinda dos que querem fazer melhor.
Possa o Manual de Elaboração Legislativa ajudar a todos,
nessa tarefa.
Aécio Neves
Presidente da Câmara dos Deputados
Dezembro de 2002
9
INTRODUÇÃO
o objetivo do presente trabalho é sistematizar a grande
variedade de documentos previstos no Regimento Interno da Câmara dos
Deputados para o processo legislativo e propor uma padronização para
parte deles.
o regimento não abordou tal sistematização ao definir
mais de uma dezena de instrumentos de ação legislativa. Afora os
projetos, pareceres, requerimentos e recursos - os instrumentos
mais utilizados no processo legislativo -, existe um elenco de outros
documentos como, por exemplo, a reclamação escrita, a solicitação, a
proposta e outros. No total, excluídos os projetos e os pareceres, o
regimento explicita, pelo menos, mais doze tipos de documentos.
Julgamos, então, conveniente englobar na classificação de ofícios tais
formas. Uma reclamação escrita, para exemplificar, de presidente de
comissão a um de seus membros, encarecendo a devolução de papéis
pertencentes à comissão, não receberá, neste trabalho, a denominação de
reclamação escrita, mas de ofício. Um ofício no qual o Presidente reclama,
por escrito, tal devolução.
Buscamos esta sistematização e temos a certeza de que,
com isso, serão enormemente simplificados os trabalhos dos funcionários
da Casa e dos parlamentares. Recomendamos, entretanto, que o usuário
dedique algum tempo para assimilar a estrutura deste trabalho: isso irá
produzir economias substanciais no futuro, no dia-a-dia de suas
atividades. Para tanto, é necessário que o leitor atribua aos índices de
assuntos a grande importância estrutural que lhes é devida.
Nesse sentido, suponhamos que o usuário esteja
interessado no conhecimento do mecanismo regimental para que seja
convocada uma reunião extraordinária em comissão. No índice de
assuntos de Outros Documentos (pois não se trata de um projeto ou de
um parecer), basta procurar no título Comissão o subtítulo convocaçãó
de reunião extraordinária (pág. 302). Esta localização remete o leitor
para a página 193, dentro do que chamamos Núcleo de Informações.
Ali, pois, na página 193,
constam os seguintes dados:
a) o documento regimental para esta convocação é o
requerimento;
10
b) é necessário o apoiamento de um terço dos
membros da comissão para formalizar este requerimento;
c) o documento é dirigido ao presidente da comissão;
d) o dispositivo regimental que embasa o requerimento é
o § 4° do art. 46 do Regimento Interno;
e) menção a observações diversas, que drientam o
usuano sobre a possibilidade, conveniência ou oportunidade de
apresentar o requerimento;
f) finalmente, quando cabível, consta a fndicação da
página do presente trabalho em que existe um modelo de tal
requerimento.
As formas que aqui propomos não são novas. Os projetos
e pareceres têm formas, por assim dizer, atemporais; a praxe da Casa
praticamente já definiu os modelos desde muito. Alguns documentos -
seja porque ainda não foram exercitados de fato, seja porque têm sido
utilizados incorretamente, ou mesmo porque são utilizados
subjetivamente, pecando, inclusive, quanto à sua natureza - são objeto
fundamental dessa proposta de padronização e uniformização. O presente
trabalho consolida estas formas.
* * * * *
Esta quarta edição do Manual de Elaboração Legislativa se
justifica em face da promulgação da Lei Complementar nO 107, de 26 de
abril de 2001, que introduz modificações na Lei Complementar nO 95, de
26 de fevereiro de 1998, que "dispõe sobre a elaboração, a redação, a
alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo
único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a
consolidação dos atos normativos que menciona".
Esta última lei, que entrou em vigor em 28 de maio
subseqüente, tem o mérito de haver transformado em normas jurídicas
regras até então disponíveis somente em publicações especializadas em
técnica legislativa, escassas no País.
Traz ela algumas inovações no tocante à prática de
elaboração de leis que se vinha adotando nesta Casa. Por esse motivo,
julgamos de todo conveniente reproduzi-Ia na presente publicação, sob a
11
forma de anexo. O texto consolidado da lei será precedido de algumas
considerações que, por certo, poderão facilitar a sua aplicação.
Outros motivos justificam esta edição: o primeiro diz
respeito à nova sistemática de tramitação das medidas provisórias,
determinadas pela Emenda Constitucional nO 32, de 11 de setembro de
2001; o segundo, à criação de novos órgãos técnicos nesta Casa, quais
sejam a Comissão Permanente de Legislação Participativa e a Comissão
Permanente de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
Ao atualizar este livro, substituímos aqui e ali alguns
exemplos, e adaptamos os já existentes à Lei Complementar nO 95, de
1998, alterada pela Lei Complementar nO 107, de 2001, e às modificações
do Regimento Interno.
Mantivemos, porém, suas características básicas, que são
a de servir de fonte de consulta e de instrumento de trabalho no dia-a-dia
dos servidores e parlamentares desta Casa, esforçando-nos no sentido de
não o alongar demasiadamente.
Desse modo, esperamos que este manual continue a
contribuir para facilitar a elaboração dos textos legislativos.
Devemos esclarecer, por fim, que os exemplos, colhidos
para dar uma amostra da variedade de documentos previstos no
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, poderão ter, por vezes,
conteúdo polêmico. Mantidos justamente como forma de enriquecer este
manual, o conteúdo desses exemplos não representa, necessariamente, a
posição da Mesa nem a dos autores sobre os assuntos ali tratados.
* * * * *
A quarta edição do Manual de Elaboração Legislativa
contou com o apoio do Sr. Diretor Legislativo, Dr. Afrísio Vieira Lima Filho,
e do Diretor da Consultoria Legislativa, Dr. Ricardo José Pereira
Rodrigues.
I - PROJETOS
15
Projeto é o instrumento pelo qual as duas Casas do
Congresso Nacional exercem a sua função legislativa. Neste caso, pode
constituir projeto de lei (ordinária ou complementar), de decreto
legislativo e de resolução, além da proposta de emenda à
Constituição.
Os projetos de lei, de decreto legislativo e de resolução
podem ser apresentados por qualquer Deputado, individual ou
coletivamente, ou comissão, desde que, nos dois últimos casos, não
sejam de iniciativa privativa da Mesa ou outro colegiado específico e, no
primeiro caso, não sejam de iniciativa privativa de outro poder da União.
Já a proposta de emenda à Constituição exige quorum
qualificado para apresentação: um terço, no mínimo, da composição da
Câmara, ou seja, cento e setenta e um Deputados.
Destinam-se os projetos de lei a regular matérias de
competência do Poder Legislativo, com a sanção do Presidente da
República; os de decreto legislativo, as de exclusiva competência do
Poder Legislativo, sem submissão à sanção; finalmente, os de resolução,
a regular assuntos de competência privativa da Câmara dos Deputados,
nos termos do inciso UI do art. 109 do Regimento Interno.
Cumpre ressaltar a existência de certas particularidades,
no que se refere aos projetos de decreto legislativo. Primeiramente,
quando este instrumento aprova ato internacional, lato sensu, celebrado
pelo Poder Executivo e submetido ao Congresso Nacional, deve conter
dispositivo no qual se mencione expressamente a obrigatoriedade de
sujeição ao Congresso Nacional dos atos que possam resultar em revisão
do ato internacional considerado, bem como dos ajustes complementares
que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio
nacional, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição Federal.
Por outro lado, tendo em vista o dispositivo constitucional
citado, que atribui ao Poder Legislativo a prerrogativa de resolver
definitivamente sobre os atos internacionais firmados pelo País, e
considerando que uma emenda aposta a esses implicaria sua
renegociação junto à nação estrangeira, cabe aqui uma ressalva quanto
ao entendimento que coloca o Congresso Nacional na condição de aprovar
ou rejeitar o ato, equiparando o emendamento à rejeição. Em verdade, é
possível ao Congresso Nacional balizar a forma de adesão do País ao ato
internacional, indicando ao Poder Executivo que proceda, no momento da
ratificação, às reservas que forem facultadas no instrumento considerado.
16
É importante notar que o Congresso Nacional somente poderá indicar a
aposição de reservas sob a condição e nos termos de sua previsão no
texto do ato internacional. Assim, o Legislativo dimensiona o
comprometimento internacional que entende conveniente, nos termos do
ato a ser ratificado pelo Executivo.
Quanto aos seus aspectos formais, os elementos
constitutivos dos projetos são os seguintes:
a) cabeçalho ou preâmbulo:
- epígrafe: indica a e$pécie de proposição, o número
de ordem e o ano de apresentação;
- o autor da proposição;
- ementa: resumo claro, fiel e conciso do conteúdo
do projeto, devendo, se alterar dispositivo de lei, a
ele fazer referência1, transcrevendo a ementa da lei
modificada;
b) fórmula de promulgação:
- órgão legiferante;
- ordem de execução: traduz-se nas formas verbais
"decreta", "sanciona", "resolve", ou "promulga",
consoante o tipo ou a tramitação do projeto;
c) contexto: compreende a matéria de que trata a
proposição; divide-se em artigos, que podem ser
subdivididos em parágrafos, incisos, alíneas e itens;
d) cláusula de vigência: artigo determinando a data
em que a lei entrará em vigor;
e) cláusula revogatória: quando necessária, deve
indicar expressamente as leis ou disposições legais
revogadas;
f) justificação: série de argumentos visando a
demonstrar a necessidade ou oportunidade da
proposição. De acordo com o art. 103 do Regimento
Interno, a proposição poderá ser fundamentada por
escrito ou verbalmente, pelo autor;
g) fecho: encerramento do projeto, abrangendo:
- o local ("Sala das Sessões", "Sala da Comissão" ou
"Sala das Reuniões", conforme o caso) e data de
apresentação;
- nome do autor.
17
Na elaboração dos projetos atentar-se-á também para o
art. 3° da Lei Complementar nO 95, de 26 de fevereiro de 1998
(reproduzida em anexo), que está assim redigido:
"Art. 30 A lei será estruturada em três partes básicas:
I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a
ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do
âmbito de aplicação das disposições normativas;
II - parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria
regulada;
III parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das
normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias,
se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de
revogação, quando couber."
A seguir, poderão ser encontrados modelos para as
ocorrências mais comuns no processo legislativo, além de um modelo de
formulário para emenda (pág. 21) adotado pelo Departamento de
Comissões, o qual poderá ser opcionalmente empregado.
MODELOS
21
fORMULÁRIO OPCIONAL
ICOMlSSÃO DE
cÂMARA DOS DEPUTADOS
PROJETO DE LEI N"
EMENDA N°
I
CLASSIFICAÇÃO
[ 1SUPRESSIVA [ 1SUBSTITUTIVA [ 1ADITIVA
[ 1AGLUTINATIVA [l MODIFICATIVA
IL..D_E_P_UT_AD_O A_UT_O_R ...;I'-p_AR_T_ID_O_...JU~
TEXTO/JUSTIFICAÇÃO
/ /
DATA
PARLAMENTAR ]
-----:A~SS;;-:IN~A7';TURA~-;-------
22
COMISSÃO ....
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
EMENDA MODIFICATIVA N° ....
Dê-se ao art. 2° do projeto a seguinte redação:
"Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário."
Sala da Comissão, em ..
Deputado .
Relator
23
COMISSÃO ....
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
EMENDA ADITIVA N° ....
Acrescente-se à parte final do art. 2° do projeto a seguinte
expressão:
"Art. 2° .... , bem como o que se encontre sujeito ou
propenso a interferir nas relações do consumo."
Sala da Comissão, em ..
Deputado .
Relator
24
COMISSÃO ....
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
.................................................
............................................................
............................................................
EMENDA AGLUTINATIVA1 N° ....
Dê-se ao art. 2° do projeto a seguinte redação:
"Art. 20 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final,
bem como o que se encontre sujeito ou propenso a interferir
nas relações de consumo."
Sala da Comissão, em .
Deputado .
Relator
1 Emenda resultante da fusão das emendas modificativa (pág. 22) e aditiva
(pág. 23) apresentada pelo relator em seu parecer.
25
COMISSÃO ....
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
EMENDA SUBSTITUTIVA N° ....
Substitua-se no art. 40 do projeto a referência a "Decreto-Lei
nO 24.559, de 3/7/1934" por "Decreto nO 24.559, de 3 de julho de 1934".
Sala da Comissão, em .
Deputado .
Relator
26
COMISSÃO ....
PROJETO DE lEI N° ...., DE ....
EMENDA SUPRESSIVA N° ....
Suprima-se o parágrafo único do art. lOdo projeto.
Sala da Comissão, em ..
Deputado ..
Relator
27
COMISSÃO DE RELACÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° ...., DE ....
(MENSAGEM N° .... )
Aprova o texto da Convenção
Interamericana Relativa ao Tráfico Ilícito
de Entorpecentes.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 1° É aprovado o texto da Convenção Interamericana
Relativa ao Tráfico Ilícito de Entorpecentes.
Parágrafo único. Serão sujeitos à aprovação do Congresso
Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão à referida
convenção, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos
termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2° A adesão do País a esta convenção se dará mediante
a formulação de reservas aos arts. 20, 50 e 80, nos termos da previsão
contida no art. 35 do texto convencional.
28
publicação.
Art. 3° Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
Sala da Comissão, em ..
Deputado .
Relator
29
COMISSÃO DE RELACÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° ..•., DE ..•.
(MENSAGEM N° •... )
Aprova texto do Acordo de
Cooperação Cultural e Educacional entre o
Governo da República Federativa do Brasil
e o Governo da República do Equador,
celebrado em Quito, em .... (data).
o -Congresso Nacionai decreta:
Art. 10 É aprovado o texto do Acordo de Cooperação Cultural
e Educacional entre o Governo da Republica Federativa do Brasil e o
Governo da República do Equador,. celebrado em Quito, em .... (data).
Parágrafo único. São sujeitos à aprovação do Congresso
Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do- referido
acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do
inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio.
Art. 20 Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
Sala da Comissão, em .
Deputado ..
Relator
30
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICACÃO E
INFORMÁTICA .
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° ""1 DE ""
(MENSAGEM N° ",,)
Aprova o ato que renova a
concessão outorgada à Rádio Meridional
Ltda., para explorar serviço de
radiodifusão sonora em onda média, na
cidade de Cachoeira do Sul, Estado do Rio
Grande do Sul.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 Fica aprovado o ato a que se refere o Decreto de 13
de outubro de 1995, que renova, por dez anos, a partir de 10 de maio de
1994, a concessão outorgada à Rádio Meridional Ltda., para executar,
sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda
média, na cidade de Cachoeira do Sul, Estado do Rio Grande do Sul.
Art. 20 Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
Sala da Comissão, em .
Deputado .
Relator
31
COMISSÃO DE RELACÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° ...., DE .•..
(MENSAGEM N° .... )
Autoriza o Senhor Presidente da
República a ausentar-se do País.
o Cong resso NacionaI decreta:
Art. 10 É o Senhor Presidente da República autorizado a
ausentar-se do País em visita oficial a .... , no período compreendido entre
.... (data) e .... (data).
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
Sala das Sessões, em
Deputado .
Relator
32
COMISSÃO MISTA ....
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° ...., DE ....
(MENSAGEM N° .... )
Disciplina os atos praticados na
vigência da Medida Provisória nO 45, de 31
de março de 1989.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 1° Consideram-se válidos, para todos os efeitos legais,
os atos praticados pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Conselho
Nacional do Comércio Exterior, pelo Conselho Nacional de Seguros
Privados e pelo Conselho Interministerial de Preços, durante a vigência da
Medida Provisória nO 45, de 31 de março de 1989, mantidos os efeitos
deles decorrentes.
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
Sala das Sessões, em ..
Deputado .
Relator
33
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICACÃO E
INFORMÁTICA
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° ...., DE ....
(MENSAGEM N° .... )
Rejeita o ato que outorga
concessão ao Sistema .... para explorar
serviço de radiodifusão de sons e imagens
(televisão), na cidade de .... , Estado de ....
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 Fica rejeitada a outorga de concessão ao Sistema ....
para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens (televisão), na
cidade de .... , Estado de .... , objeto do Decreto nO ....
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
Sala das Sessões, em ..
Deputado ..
Relator
34
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° ...., DE ....
(Do
Sr. .... )
Susta a aplicação do disposto no
art. 10, inciso III, parte final, do Decreto
nO 97.888, de 29 de junho de 1989.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 Fica sustada a aplicação do disposto no art. 1°, inciso
III, parte final, do Decreto nO 97.888, de 29 de junho de 1989, in verbis:
"hipótese em que não se aplicará ao renunciante a disposição do art. 23,
parágrafo único, do Decreto-Lei nO 227, de 28 de fevereiro de 1967
(Código de Mineração)".
Art. 20 Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
......................................................................................
Sala das Sessões, em ..
Deputado .
35
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° ...., DE ....
(Do Sr.....)
Disciplina as relações jurídicas
decorrentes da perda de eficácia do
disposto no art. 20 das Medidas Provisórias
nOs 1.523, de 1996, 1.523-1, de 1996, e
1.523-2, de 1996, no tocante à alteração
do art. 148 da Lei nO 8.213, de 24 de julho
de 1991.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 1° São assegurados aos empregados que obtiveram o
benefício da aposentadoria sob a vigência das Medidas Provisórias de nOs
1.523, de 1996, 1.523-1, de 1996, e 1.523-2, de 1996, todos os direitos
trabalhistas decorrentes do vínculo empregatício até então existente.
Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
......................................................................................
Sala das Sessões, em .
Deputado ..
36
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr.....)
Acrescenta parágrafo ao art. 197
da Consolidação das Leis do Trabalho.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 1° O art. 197 da Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-Lei nO 5.452, de 1° de maio de 1943, passa a
vigorar acrescido do seguinte § 20, transformando-se o parágrafo único
do artigo mencionado em § 10:
"Art. 197 .
§ 1° ;.; ; ; .
§ 2° As empresas sujeitas às disposições deste artigo que
adotam processos de automação, inclusive com a utilização
de robôs, deverão instalar esses equipamentos,
preferencialmente, nas áreas ou atividades insalubres ou
perigosas definidas no art. 189."
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
......................................................................................
Sala das Sessões, em .
Deputado ..
37
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Dispõe sobre o salário mínimo
profissional dos professores de ensino
fundamental e ensino médio e dá outras
providências.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 O salário mínimo profissional dos professores de
ensino fundamental e ensino médio é o fixado pela presente lei.
Art. 20 O salário mínimo profissional fixado por esta lei é a
remuneração mínima obrigatória pela atividade dos professores de ensino
fundamental e ensino médio com relação de emprego nos termos da
Consolidação das Leis do Trabalho e uma carga horária de trinta horas
semanais.
Parágrafo único. Quando a carga horária não atingir o limite
estabelecido neste artigo, o salário mínimo profissional de que trata esta
lei será pago proporcionalmente à carga horária efetiva.
Art. 3° Para os efeitos desta lei, os professores de ensino
fundamental e ensino médio são classificados como abaixo:
I - professores portadores de diploma de nível superior, com
licenciatura plena;
11 - professores portadores de diploma de nível superior,
com licenciatura curta; e
III - professores com diploma de ensino médio.
Art. 40 Para a execução das atividades referidas no art. 20, é
fixado o salário mínimo profissional de .... , para os professores
classificados nos incisos I, 11 e 111 do art. 30, respectivamente.
Art. 5° Considerar-se-ão extraordinárias, e como tais
remuneradas com um acréscimo mínimo de 50% (cinqüenta por cento),
38
as horas-aulas que excederem a carga horária estabelecida no art. 2°
desta lei.
Art. 6° A remuneração do trabalho noturno será acrescida de
30% (trinta por cento) em relação à do trabalho diurno.
Art. 70 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Sala das Sessões, em .
Deputado .
39
PROJETO DE lEI N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Dá nova redação ao inciso III do
art. 109 da Lei nO 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, que "dispõe sobre as
sociedades por ações".
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 O inciso III do art. 109 da Lei nO 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, passa a viger com a seguinte redação:
"Art. 109 .
III - fiscalizar, na forma prevista nesta lei, a gestão dos
negócios sociais, especialmente quanto ao exame das
despesas da sociedade, direito assegurado a todos os
acionistas, ainda que lTlinoritários." (NR)
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
......................................................................................
Sala das Sessões, em ..
Deputado .
40
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Altera a Lei na 9.294, de 15 de
julho de 1996, que "dispõe sobre as
restrições ao uso e à propaganda de
produtos fumígenos, bebidas alcoólicas,
medicamentos, terapias e defensivos
agrícolas nos termos do art. 220 da
Constituição Federal.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 O § 20 do art. 20 da Lei na 9.294, de 15 de julho de
1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 20 .
.................................................................................
§ 20 É vedado o uso dos produtos fumígenos mencionados
no caput deste artigo nos veículos de transporte coletivo e
nas aeronaves, em vôos comerciais regulares ou não." (NR)
Art. 20 Acrescentem-se os seguintes artigos à Lei na 9.294,
de 15 de julho de 1996:
"Art. 2°-A. As empresas concessionárias do serviço de
transporte ficam obrigadas a dar conhecimento aos
passageiros da proibição de que trata o artigo anterior
mediante:
I - a fixação de avisos em locais visíveis no interior dos
veículos e aeronaves; e
II - a impressão, nos bilhetes de passagem, do
dispositivo legal referente à proibição de fumar, de forma
ostensiva e de fácil leitura.
Parágrafo único. No caso do transporte aéreo, as
empresas deverão, adicionalmente, informar os passageiros
acerca do dispositivo legal relativo à proibição de fumar,
quando da exposição das instruções de segurança exigida
pela legislação internacional.
Art. 2°-S. A inobservância da proibição de que trata o § 20
do art. 20 desta lei sujeita o usuário de produtos fumígenos a
41
multa, em valor a ser definido em regulamento, a ser
aplicada pela empresa concessionária do serviço.
Parágrafo único. O montante arrecadado com as multas
será repartido nos termos da regulamentação, observados os
seguintes critérios:
I - no mínimo, 20% (vinte por cento) destinado a
campanhas publicitárias que advirtam sobre os malefícios
causados pelo consumo de produtos fumígenos; e
II - no mínimo, 40% (quarenta por cento) destinado a
entidades de saúde pública para tratamento das doenças
causadas pelo uso de produtos fumígenos.
Art. 20-C. A fiscalização do disposto no § 20 do art. 20
desta lei caberá à autoridade responsável pela concessão dos
serviços, que estabelecerá a punição a ser imposta às
empresas concessionárias que deixarem de aplicar a multa de
que trata o artigo anterior." (NR)
Art. 3° Esta lei entra em vigor após decorridos 30 (trinta)
dias de sua publicação oficial.
JUSTIFICAÇÃO
......................................................................................
Sala das Sessões, em '" ..
Deputado ..
42
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Revoga os incisos IV, V, VI e VII
do art. 28 da Lei nO 8.906, de 4 de julho
de 1994.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 São revogados os incisos IV, V, VI e VII do art. 28 da
Lei nO 8.906, de 4 de
julho de 1994, que "dispõe sobre o Estatuto da
Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB".
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIfICAÇÃO
......................................................................................
Sala das Sessões, em ..
Deputado .
43
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Extingue o feriado nacional de 21
de abril, dedicado à memória de Tiradentes
e dá outras providências.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 Fica extinto o feriado de 21 de abril, dedicado à
memória de Tiradentes.
Art. 20 Ao Congresso Nacional fica reservado o dia 21 de abril
para sessão solene, na qual serão feitas homenagens ao mártir da
Independência, sem Ordem do Dia.
Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4° Revoga-se o art. 3° da Lei nO 1.266, de 8 de
dezembro de 1950.
Sala das Sessões, em .
Deputado .
44
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Regulamenta o art. 5°, inciso
XXXIII, da Constituição Federal,
estabelecendo prazo para prestação de
informações requeridas aos órgãos
públicos.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 1° O prazo para a prestação, pelos órgãos públicos, de
informações de interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral,
previsto no art. 5°, inciso XXXIII, da Constituição Federal é de 10 (dez)
dias úteis.
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Sala das Sessões, em .
Deputado .
45
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr.....)
Altera o art. 10 da Lei nO 7.408, de
25 de novembro de 1985.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 O art. 1° da Lei nO 7.408, de 25 de novembro de
1985, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 10 Fica permitida, na pesagem de carga em veículos
de transporte, a tolerância máxima de:
I - 5% (cinco por cento) sobre os limites de peso bruto
total;
II - 10% (dez por cento) sobre os limites de peso bruto
transmitido por eixo de veículos à superfície das vias
públicas." (NR)
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Sala das Sessões, em .
Deputado .
46
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr.....)
Acrescenta inciso ao art. 50 da Lei
nO 8.436, de 25 de junho de 1992,
alterado pelo Lei nO 9.288, de 1° de julho
de 1996.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 O art. 50 da Lei nO 8.436, de 25 de junho de 1992,
com a redação dada pela Lei nO 9.288, de 10 de julho de 1996, fica
acrescido do seguinte inciso IV:
"Art. 5° .
IV - 1% (um por cento) da arrecadação bruta de cada
sorteio oneroso concorrido por meio de ligações telefônicas."
(NR)
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Sala das Sessões, em ..
Deputado .
47
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr.....)
Dá nova redação à alínea e do
inciso I do art. 23 da Lei nO 8.977, de 6 de
janeiro de 1995.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 Dê-se à alínea e do inciso I do art. 23 da Lei nO 8.977,
de 6 de janeiro de 1995, a seguinte redação:
"Art. 23.· .
I - .
e) um canal universitário, reservado para o uso
compartilhado entre universidades, centros universitários e
faculdades integradas localizados no município ou municípios
da área de prestação do serviço;" (NR)
Art. 2° Esta lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta)
dias de sua publicação oficial.
JUSTIFICAÇÃO
Sala das Sessões, em ..
Deputado ..
48
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Estabelece limite para a despesa
com pessoal ativo e inativo da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão despender, anualmente, com seu pessoal ativo e inativo, até o
máximo de 60% (sessenta por cento) das respectivas receitas correntes.
Parágrafo único. Ultrapassado o limite estabelecido neste
artigo, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão a
ele retornar, reduzindo o percentual excedente à razão de um quarto por
ano.
Art. 20 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
......................................................................................
Sala das Sessões, em .
Deputado .
49
PROJETO DE RESOlUÇÃO N° ...., DE .... - CN
(Do Sr..... )
Altera a redação do § 3° do art. 45
da Resolução nO 1, de 1970 - CN,
Regimento Comum.
o Congresso Nacional resolve:
Art. 10 O § 30 do art. 45 da Resolução nO 1, de 1970 - CN,
passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 45 ..
§ 3° Procedida a verificação da votação e havendo número
legal, não será permitida nova verificação antes do decurso
de uma hora, salvo se requerida por um sexto dos membros
da Casa onde se processa a votação ou por líder que os
represente." (NR)
Art. 2° Esta resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
......................................................................................
Sala das Sessões, em .
Deputado .
50
PROJETO DE RESOLUÇÃO N° ...., DE ....
(Do Sr..... e outros)
Institui Comissão Parlamentar de
Inquérito destinada a investigar a
problemática das invasões de terras nos
Estados de São Paulo e Pará.
A Câmara dos Deputados resolve:
Art. 10 Fica instituída Comissão Parlamentar de Inquérito
destinada a investigar a problemática das invasões de terras nos Estados
de São Paulo e Pará.
Art. 2° A comissão será constituída por onze membros e igual
número de suplentes, com prazo de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável
até à metade, para a conclusão dos seus trabalhos.
Art. 3° Os recursos administrativos e assessoramento
necessários ao funcionamento da comissão serão providos pelo
Departamento de Comissões e pela Consultoria Legislativa,
respectivamente.
Art. 4° As despesas decorrentes do funcionamento da
comlssao de que trata esta resolução correrão à conta de recursos do
orçamento da Câmara dos Deputados.
publicação.
51
Art. 50 Esta resolução entra em vigor na data de sua
JUSTIFICAÇÃO
Sala das Sessões, em ..
Deputado ..
52
PROJETO DE RESOLUÇÃO N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Cria o Grupo Parlamentar
Brasil-Estados Unidos.
A Câmara dos Deputados resolve:
Art. 1° Fica criado, como serviço de cooperação
interparlamentar, o Grupo Parlamentar Brasil-Estados Unidos.
Parágrafo único. O Grupo Parlamentar será composto por
membros do Congresso Nacional que a ele aderirem.
Art. 2° O Grupo Parlamentar reger-se-á pelo seu estatuto, a
ser aprovado na primeira assembléia geral ordinária, cujas disposições
deverão respeitar a legislação interna em vigor, e atuará sem ônus para a
Câmara dos Deputados.
Art. 3° Esta resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
........... ~ .
Sala das Sessões, em ..
Deputado ..
53
PROJETO DE RESOLUÇÃO N° ...., DE ....
(Da Mesa)
Determina o arquivamento das
proposições que menciona.
A Câmara dos Deputados resolve:
Art; 10 Das proposições que se encontravam em tramitação
no dia 4 de outubro de 1988, ficam arquivadas as seguintes, tenham ou
não parecer:
I - as de iniciativa de Deputado ou de Comissão
Permanente;
II - as que, iniciadas na forma do inciso anterior, foram
emendadas no Senado Federal.
Parágrafo único. Não estão sujeitos ao arquivamento os
projetos que, embora na situação prevista no caput deste artigo, sofreram
apensação de outros apresentados a partir de 5 de outubro de 1988.
Art. 20 Fica facultado ao autor, no prazo de 30 (trinta) dias
da promulgação desta resolução, requerer o desarquivamento das
proposições referidas no art. 10, caso em que se fará nova distribuição,
mantendo-se, porém, o número original e sua procedência para todos os
efeitos regimentais.
Art. 3° As proposições de iniciativa de outros poderes ou
do
Senado Federal que se encontravam em tramitação no dia 4 de outubro
de 1988 serão remetidas à Mesa para efeito de redistribuição,
considerando-se como não escritos os pareceres emitidos até aquela data.
54
publicação.
Art. 4° Esta resolução entra em vigor na data de sua
JUSTIfICAÇÃO
Sala das Reuniões, em .
Deputado .
Presidente
55
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N° ...., DE ....
(Do Sr. .... e outros)
Dá nova redação ao art. 222 da
Constituição Federal.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte
emenda ao texto constitucional:
Artigo único. O caput do art. 222 da Constituição Federal
passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 222. A propriedade de empresa jornalística, de
radiodifusão sonora e de sons e imagens e de agências
noticiosas é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há
mais de dez anos, com a maior parte desse período em
atividade no setor, aos quais caberá a responsabilidade por
sua administração e orientação intelectual." (NR)
JUSTIFICAÇÃO
Sala das Sessões, em ..
Deputado ..
56
COMISSÃO ....
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
Disciplina o emplacamento de
carros oficiais e dá outras providências.
o Congresso Nacional decreta:
Art. 10 Ficam os departamentos de trânsito, no Distrito
Federal, nos territórios federais, nos estados e nos municípios, proibidos
de emplacar veículos de propriedade da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, suas autarquias, sociedades de economia mista,
empresas públicas e fundações, a não ser com chapas oficiais.
Parágrafo único. O emplacamento de veículos oficiais, com
chapas características de viaturas particulares, implica falta grave do
funcionário encarregado desse serviço, punível com demissão daqueles
demissíveis ad nutum, se apurada, mediante inquérito, sua
responsabilidade.
Art. 20 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, em .
Deputado .
Relator
57
COMISSÃO ....
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
Disciplina o emplacamento de
carros oficiais e dá outras providências.
SUBEMENDA MODIFICATIVA
Substitua-se no art. lOdo substitutivo a expressão
"sociedade de economia mista" por "fundações criadas ou mantidas pelo
poder público".
JUSTIFICAÇÃO
Sala da Comissão, em .
Deputado .
11 - PARECERES
61
Parecer é a proposição em que uma comissão se pronuncia
sobre qualquer matéria sujeita ao seu estudo.
o parecer escrito deverá constar de duas partes: o relatório,
em que se fazem exposições circunstanciadas da matéria em exame, e o
voto do relator em termos objetivos, com sua opinião sobre a
conveniência da aprovação ou rejeição, total ou parcial, da proposição, ou
sobre a necessidade de dar-lhe substitutivo ou apresentar-lhe emenda.
Uma terceira parte, contendo as conclusões do órgão técnico e a indicação
dos Deputados votantes e respectivos votos, será acrescentada após a
apreciação da proposição na comissão.
Algumas regras devem ser obedecidas na elaboração do
parecer:
a) emendas propostas pelo relator serão apreciadas em
separado e anexadas ao parecer;
b) cada proposição deverá ter um parecer independente;
quando a um processo forem apensadas outras proposições, dar-se-á
apenas um parecer;
c) o parecer a emenda poderá constar apenas do voto do
relator.
De acordo com o art. 55 do Regimento Interno, "a nenhuma
comlssao cabe manifestar-se sobre o que não for de sua atribuição
específica". Assim, o relator da matéria, em uma comissão, não deverá
opinar sobre aspectos de competência de outra comissão.
Os pareceres a consultas só serão numerados quando
tiverem de ser apreciados pelo Plenário da Câmara.
Finalmente, devemos ressaltar o disposto no art. 129, § 20,
do Regimento Interno:
"Sempre que houver parecer sobre qualquer matéria que
não seja projeto do Poder Executivo, do Judiciário ou do
Ministério Público, nem proposição da Câmara ou do Senado,
e desde que das suas conclusões deva resultar resolução,
decreto legislativo ou lei, deverá ele conter a proposição
necessária devidamente formulada pela comissão que
62
primeiro deva proferir parecer de mérito, ou por Comissão
Parlamentar de Inquérito, quando for o caso."
Neste caso estão os pareceres a mensagens do Poder
Executivo, os relatórios das Comissões Parlamentares de Inquérito e
outros.
Resguardados os casos específicos determinados no
regimento, as comlssoes deverão observar os seguintes prazos para
examinar as proposições e sobre elas decidir:
a) cinco sessões, quando se tratar de matéria em regime de
urgência;
b) dez sessões, para as proposições em regime de
prioridade;
c) quarenta sessões, para as matérias em regime de
tramitação ordinária;
d) o mesmo prazo da proposlçao principal, quando se
tratar de emendas apresentadas no Plenário da Câmara, correndo em
conjunto para todas as comissões.
Já as medidas provisórias têm a sua tramitação regulada pela
Resolução nO 1, de 2002, do Congresso Nacional; tal tramitação consiste,
basicamente, no seguinte:
a) a comissão mista designada para estudar a medida
provisória dispõe do prazo improrrogável de quatorze dias, contado a
partir da sua publicação no Diário Oficial da União; neste prazo, a
comissão deve emitir parecer único, manifestando-se sobre a matéria, em
itens separados, quanto aos aspectos constitucional, inclusive sobre os
pressupostos de relevância e urgência, e sobre as vedações a que se
refere o art. 62 da Constituição federal (admissibilidade), de mérito, de
adequação financeira e orçamentária, bem como sobre o documento
expondo a motivação do ato;
b) ainda que se manifeste pelo não atendimento dos
requisitos constitucionais ou pela inadequação financeira e orçamentária,
a comissão deverá pronunciar-se sobre o mérito; quanto a este, o parecer
poderá concluir pela aprovação total ou parcial, pela alteração do texto ou
pela rejeição da medida provisória;
63
c) resolvendo por qualquer alteração no texto da medida
provisória, a comissão deverá concluir:
I - pela apresentação de projeto de lei de conversão
relativo à matéria;
II - pela apresentação de projeto de decreto legislativo
disciplinando as relações jurídicas decorrentes da vigência dos textos
suprimidos ou alterados, o qual terá sua tramitação iniciada na Câmara
dos Deputados.
Este mesmo projeto de decreto legislativo será também
elaborado na hipótese de rejeição da medida provisória pela comissão
mista.
Apresenta-se, a seguir, um rol de modelos de pareceres, no
qual se buscou esgotar as diferentes peculiaridades que, na prática,
ocorrem na tramitação dos projetos.
.,'
MODELOS
67
COMISSÃO DE CONSTITUICÃO E JUSTICA E DE REDACÃO
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N° ...., DE ....
Suprime o art. 62 da Constituição
Federal, que dispõe sobre a adoção de
medidas provisórias pelo Sr. Presidente da
República.
Autores: Deputado e outros
Relator: Deputado .
I - RELATÓRIO
o nobre Deputado .... é o primeiro signatário desta proposta,
que objetiva suprimir o art. 62 da Constituição Federal, que dispõe sobre
a adoção de medidas provisórias pelo Sr. Presidente da República.
Na opinião do autor, os constituintes introduziram a figura da
medida provisória em nossa Carta Magna com a finalidade de contribuir
para a implantação da democracia no Brasil. Contudo, este mecanismo
tem sido usado de maneira abusiva pelo Poder Executivo.
Considera, ainda, o nobre parlamentar que "o volume das
medidas e a exigüidade de tempo para a discussão, aperfeiçoamento e
aprovação foram responsáveis pela elaboração de leis imperfeitas,
imprecisas e de impossível cumprimento, desmoralizando o Poder
Executivo" .
II - VOTO DO RELATOR
Cabe a esta comissão, de acordo com o art. 202, caput, do
Regimento Interno,
'apreciar preliminarmente a proposição quanto à sua
admissibilidade.
68
Examinando-a, verifico que estão obedecidas as normas
constantes do art. 60 da Constituição, pois o número de assinaturas é
suficiente e não há pretensão de abolir a forma federativa de Estado, o
voto direto, secreto, universal e periódico, nem a separação dos poderes
ou os direitos e garantias individuais.
Pelo exposto, voto pela admissibilidade da Proposta de
Emenda à Constituição nO ....
Sala da Comissão, em .
Deputado .
Relator
69
COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLÍTICA RURAL
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Dispõe sobre a destinação do
produto da arrecadação a título de "licença
de pesca".
DECLARAÇÃO DE VOTO DO DEPUTADO ....
Na oportunidade em que esta Comissão de Agricultura e
Política Rural procede à apreciação do Projeto de Lei nO .... , de autoria do
nobre Deputado ...., que dispõe sobre a destinação do produto da
arrecadação a título de "licença de pesca", venho manifestar, nos termos
do art. 57, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
meu voto favorável, com restrições.
Fazemos restrição ao disposto no inCISO II do art. 10 da
emenda do. relator, ilustre Deputado .... , expressa em seu parecer
formulado. É nosso entendimento que a destinação de oitenta por cento
para a fiscalização da pesca, "através de convênios com o órgão federal",
resultará inteiramente inócua, sendo praticamente mantida a situação
atual, em que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA, realiza diretamente, ou através de
convênios com órgãos estaduais, a fiscalização da pesca.
Sala da Comissão, em .
Deputado .
70
COMISSÃO DE CONSTITUICÃO E JUSTICA E DE REDACÃO
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
(Do Sr..... )
Emendas de Plenário ao Projeto de
Lei nO .... , de .... , que "regulamenta os
incisos VI e VII do art. 5° da Constituição
Federal, dispondo sobre a proteção do
culto e suas liturgias, e sobre a assistência
religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva".
Relator: Deputado ....
I - RELATÓRIO
Indo a Plenário, o Projeto de Lei nO .... recebeu as seguintes
emendas:
- nO 1, de autoria do nobre Deputado .... , propondo nova
redação para o art. lOdo projeto, contendo mudanças de técnica
legislativa e tornando facultativa a comunicação à autoridade civil para
eventuais medidas de segurança;
- nO 2, de autoria do nobre Deputado .... , substituindo a
multa de cinqüenta salários mínimos por cinco mil BTN.
É o relatório.
II - VOTO DO RELATOR
Quanto aos aspectos sobre os quais deve esta comlssao se
manifestar, nada temos a opor, pois estão obedecidos os preceitos
constitucionais no que diz respeito à competência legislativa da União, às
71
atribuições do Congresso Nacional e à legitimidade da iniciativa
concorrente.
Relativamente ao mérito, entendo que a primeira emenda
não oferece qualquer mudança substancial que justifique o seu
aproveitamento. Já com respeito à segunda emenda, impõe-se sua
aceitação, até mesmo para que se retire do projeto a
inconstitucionalidade hoje existente, pois o art. 70, inciso IV, in fine, veda
a vinculação do salário mínimo para qualquer finalidade.
Diante do acima exposto, votamos pela constitucionalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa das emendas oferecidas em Plenário
e, quanto ao mérito, pela aprovação da Emenda nO 2 e pela rejeição da
Emenda nO 1.
Sala da Comissão, em .
Deputado .
Relator
72
COMISSÃO DE CONSTITUICÃO E JUSTICA E DE REDACÃO
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
Classifica e equipara os
aposentados por doenças especificadas em
lei que possuem curso de nível superior
aos servidores ativos da mesma categoria.
Autor: Deputado .
Relator: Deputado ..
I - RELATÓRIO
De acordo com a proposição, os servidores aposentados por
invalidez e que possuíam curso de nível superior antes de sua
aposentadoria serão classificados nos cargos pertinentes aos cursos
respectivos, tendo os seus proventos e demais vantagens equiparados
aos dos servidores em atividade.
A equiparação é extensiva às pensões concedidas aos
herdeiros de funcionários já falecidos.
o art. 20 do projeto determina que o custo das despesas
decorrentes da execução da medida correrá à conta de encargos da
União.
II - VOTO DO RELATOR
o projeto versa sobre matéria cuja iniciativa, nos termos do
art. 61, § 1°, II, c, da Constituição Federal, compete privativamente ao
Presidente da República.
Assim, em que pese o cunho eminentemente humanitário da
iniciativa, concluímos pela sua rejeição, por eiva de inconstitucionalidade
insanável, ficando prejudicada a análise dos demais aspectos pertinentes
a esta comissão.
Sala da Comissão, em ..
Deputado ..
Relator
73
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
Cria Juizados Especiais e a Justiça
de Paz remunerada (art. 98, incisos I e II,
da Constituição Federal).
Autor: Deputado .
Relator: Deputado ..
I - RELATÓRIO
o projeto de lei acima ementado, de autoria do ilustre
Deputado .... , estabelece no art. 10 a competência dos Juizados Especiais
para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade, bem como das infrações penais de menor potencial
ofensivo.
Após definir o conceito de "causas cíveis de menor
complexidade" (art. 20) e de relacionar "infrações penais de menor
potencial ofensivo" (art. 3°), incursiona o projeto na área da Justiça de
Paz (art. 5°), estabelecendo a forma de sua instituição nos municípios
brasileiros.
Na justificação, o autor ressalta a necessidade de se estender
a Justiça de Paz, com atribuições próprias, a todos os Estados, além de
destacar a importância dos Juizados Especiais, "velha aspiração da Justiça
brasileira, para dar-lhe maior celeridade, reduzindo o trabalho da primeira
Instância, composta somente de juízes togados, com exceção da Justiça
trabalhista" .
74
II - VOTO DO RELATOR
o projeto do Deputado .... engloba, num só tratamento
processual, o Juizado Especial pertinente às causas cíveis e o responsável
pelas infrações penais. Não estabelece os respectivos processos,
passando in a/bis sobre as questões que envolvem necessariamente a
forma dos atos processuais, a conduta do juiz na conciliação, as condições
adjetivas para a composição dos danos, a natureza do procedimento, as
disposições pertinentes à sentença, aos recursos e à execução.
Ainda, porém, que se detivesse o projeto na construção desse
sistema processual sumaríssimo, não me parece possível envolver no
mesmo rito causas de natureza sensivelmente diversa, suscetíveis de
obrigatória diversidade processual.
Além desses motivos, o projeto cuida ainda, no art. 50, de
estabelecer a Justiça de Paz eletiva dos Municípios, numa flagrante
contrariedade ao disposto no art. 98 da Constituição Federal, que reserva
aos Estados a criação dos Juizados de Paz, ao mesmo tempo em que
defere à União a competência para organizá-Ia apenas no Distrito Federal
e nos Territórios.
Ante o exposto, votamos pela inconstitucionalidade,
injuridicidade e falta de técnica legislativa do Projeto de Lei nO ....
Sala da Comissão, em .
Deputado .
Relator
75
COMIS.SÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO
INDICAÇÃO N° ...., DE ....
Sugere manifestação das
Comissões de Economia, Indústria e
Comércio e de Finanças e Tributação
sobre alternativas para regularização
dos cheques pré-datéldos, visando a
apresentação de projeto de lei
regulamentando a matéria.
Autor: Deputado .
Relator: Deputado .
I - RELATÓRIO
A presente proposição objetiva obter apoiamento para
elaboração de projeto de lei regularizando a prática de emissão dos
cheques pré-datados, com a maior segurança do emitente e a correta
utilização de um título que possui um estatuto próprio (Lei nO 7.357, de
1985), em que são minuciosamente
reguladas as relações entre o
sacador, o sacado e o portador.
II - VOTO DO RELATOR
o cheque é uma ordem de pagamento à vista, girada,
portanto, contra fundos existentes, não podendo ser considerado como
título representativo de uma operação de venda a prazo.
Essa a razão pela qual um banco não pode deixar de
descontar um cheque, mesmo pré-datado, se houver suficiência de fundos
na conta do emitente, na data de sua apresentação.
Há, pois, no caso do cheque pré-datado, um desvirtuamento
das características desse título, porquanto o que a lei tutela é o cheque
como instrumento de pagamento, ou seja, de ordem de pagamento à
vista, e não como 'título probatório de dívida.
A prática de utilização do cheque pré-datado, nas operações
de venda a prazo, tornou-se largamente difundida pelas facilidades que
76
apresenta aos compradores e vendedores, apesar dos riscos em que
incorrem os emitentes, quais sejam:
a) a apresentação do título fora do prazo combinado,
estando a conta do emitente com insuficiência de fundos
(crime de estelionato);
b) a antecipação da data aprazada para desconto, situação
que pode causar grandes prejuízos ao emitente, em face
do saque de fundos que este planejava comprometer em
outras finalidades.
No primeiro caso, o risco foi afastado por decisão do Supremo
Tribunal Federal (Súmula nO 246) ao considerar que a emissão de
cheques com insuficiência de fundos, na data de sua apresentação, pode
não caracterizar crime de estelionato, desde que comprovado não ter
havido fraude, por ser do conhecimento do beneficiário a falta de provisão
na data de emissão.
Todavia, permanece o segundo risco, já que está se
generalizando a prática de apresentação antecipada do cheque pré-
datado, por parte de comerciantes inescrupulosos, facilitada pelo fato de
que, na maioria das vezes, a data de emissão dos cheques é a da compra
e não dos vencimentos aprazados, ficando o desconto do cheque
exclusivamente a critério do vendedor.
É, como se pode ver, assunto de grande complexidade a
criação de um título de crédito que possa oferecer, simultaneamente, as
funções espuriamente exercidas pelo cheque pré-datado, razão pela qual
talvez seja oportuna a realização de audiências públicas com as entidades
representativas da classe comercial, especialistas e autoridades no
assunto, a fim de que se possam colher subsídios seguros sobre a
elaboração de um projeto de lei sobre a matéria.
Por todas essas razões, manifesto-me favorável à iniciativa
do ilustre Deputado no sentido de apresentar projeto de lei
regulamentando o assunto.
Sala da Comissão, em ..
Deputado .
Relator
77
COMISSÃO DE CONSTITUICÃO E JUSTICA E DE REDAÇÃO
PROJETO DE LEI N° ...., DE ....
Declara revogadas as Leis nOs..... ,
de .... de....
Autor: Poder Executlvo
Relator: Deputado
I - RELATÓRIO
Trata-se de projeto de lei, encaminhado a esta Casa pelo
Poder Executivo através da Mensagem nO .... , de .... , que declara
revogadas as seguintes normas legais:
Em sua Exposição de Motivos, o Excelentíssimo Ministro da
Agricultura e do Abastecimento, Senhor .... ressalta que:
Grande parte destes diplomas legais vigentes encontram-se
em conflito com leis posteriores e com a própria Constituição Federal de
1988, não se justificando a sua permanência no ordenamento jurídico
brasileiro como normas ainda vigentes, uma vez que as primeiras se
encontram revogadas tacitamente, e as últirras não recepcionadas pela
Constituição atual. Existem, ainda, as leis temporárias cujo prazo de
vigência já expirou, tendo as mesmas perdido () seu objeto.
A matéria é de competência do Ple·nário.
Recebido pela Mesa Diretora ca Câmara, o projeto foi
encaminhado, para análise, ao Grupo de Trabalho de Consolidação das
Leis, que concluiu pela sua aprovação.
É o relatório.
78
II - VOTO DO RELATOR
Em primeiro lugar, faz-se necessário ressaltar que os artigos
regimentais (arts. 212 e 213) que tratam especificamente dos projetos de
consolidação das leis não deixam claro qual é a competência desta
Comissão de Constituição e Justiça e de Redação na análise da matéria.
Apenas mencionam que o projeto de consolidação será examinado pela
CCJR, vedadas as alterações de mérito.
Assim, demonstra-se imprescindível a utilização do recurso
de interpretação sistemática do Regimento Interno como um todo a fim
de aferir sobre quais aspectos esta Comissão deva pronunciar-se.
Portanto, após a análise dos artigos 212 e 213 combinados
com o art. 32, inciso III, alínea a, todos do Regimento Interno da Casa,
chegamos à conclusão de que cumpre a esta Comissão de Constituição e
Justiça e de Redação se pronunciar acerca da constitucionalidade,
juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei nO .... , de .... , que trata
da declaração de revogação de alguns atos normativos afetos ao
Ministério .....
Trata-se de matéria relacionada com a consolidação das leis,
mais especificamente com a declaração expressa de revogação de
algumas normas legais. Assim, a proposição atende aos requisitos
constitucionais formais relativos à competência legislativa da União (art.
22, I, da CF.), às atribuições do Congresso Nacional (art. 48, da CF.) e à
iniciativa legislativa do Poder Executivo (art. 61, da C F.).
A Lei Complementar nO 95, de 1998 regulamentou o
parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal e disciplinou além da
elaboração, redação e alteração das leis, regras para consolidação das
leis. Com a redação dada pela alteração proveniente da Lei Complementar
nO 107, de 2001, o art. 14 da referida Lei, em seu § 30, estabelece:
"Art. 14. ( .... )
§ 3° Observado o disposto no inciso II do caput, será
também admitido projeto de lei de consolidação destinado
exclusivament.e à:
I - declaração de revogação de leis e dispositivos
implicitamente revogados ou cuja eficácia ou validade
encontre-se completamente prejudicada;"
79
Note-se, portanto, que esta é exatamente a hipótese que se
pretende alcançar pelo Projeto ora em análise. O escopo da proposição é
fazer uma limpeza, retirando expressamente do ordenamento jurídico
brasileiro, o que, de uma certa forma, parece ainda fazer parte dele,
mesmo que já revogado tacitamente - ou por lei posterior, ou por não ter
sido recepcionado pela Constituição de 1988. Ademais, a proposição
alcança também aquelas normas que têm o prazo de vigência expirado e,
portanto, perderam seu objeto.
Parece-nos conveniente lembrar - ainda que sob o enfoque de
consideração apenas - que a Lei de Introdução ao Código Civil preceitua
(art. 2°, § 1°) que: "A lei posterior revoga a anterior quando
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando
regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior."
Portanto, todas as leis que foram tacitamente revogadas
pelas hipóteses acima já mencionadas não mais fazem parte do
ordenamento jurídico brasileiro e a tentativa de revogar o revogado
apresenta-se como injurídica.
Todavia, o projeto de lei em epígrafe não revoga o Ja
revogado, tem natureza apenas declaratória e, com o fim de proporcionar
uma "faxina" no sistema jurídico brasileiro, contribui, de maneira eficaz,
para a organização do corpo legislativo nacional, simplificando os
trabalhos de consolidação já em andamento. É, desta feita, jurídico.
Nada a obstar no que se refere à técnica legislativa e à
redação empregadas no projeto, que está em inteira conformidade com o
disposto na Lei Complementar nO 95, de 1998, alterada pela Lei
Complementar nO 107, de 2001.
Isto posto, nosso voto é pela constitucionalidade, juridicidade
e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nO .... , de .....
Sala da Comissão, em .
Deputado .
Relator
80
COMISSÃO MISTA•••••
MEDIDA PROVISÓRIA N° , DE ....
(MENSAGEM N° ...., de )
Dispõe sobre o salário mrnlmo a
partir de 1° de abril de 2002 e dá outras
providências.
Autor: PODER EXECUTIVO
Relator: Deputado
....
I - RELATÓRIO
O Excelentíssimo Senhor Presidente da República, com
fundamento no art. 62 da Constituição Federal, submete à deliberação do
Congresso Nacional, nos termos da Mensagem nO .... , de .... , a Medida
Provisória nO .... , de .... de .... de .... , que "Dispõe sobre o salário mínimo
a partir de 1° de abril de 2002 e dá outras providências".
O art. 1° da referida Medida Provisória eleva o valor do
salário mínimo, a partir de 1° de abril de 2002, de R$ 180,00 para R$
200,00. O percentual de aumento é, por conseguinte, de 11,11%. O
parágrafo único desse dispositivo fixa, por sua vez, os valores diário e
horário do salário mínimo, que passam a ser, respectivamente, de R$
6,67 e R$ 0,91. O art. 2°, finalmente, contém a cláusula de vigência.
A Comissão Mista incumbida de emitir parecer sobre a
matéria, embora constituída, não se instalou. Assim, por meio do Ofício
nO .... (CN), de .... de .... de .... , o Exmo. Sr. Presidente do Congresso
Naci.onal encaminhou o processo respectivo ao Exmo. Sr. Presidente da
Câmara dos Deputados.
No decorrer do prazo regimental, foram apresentadas seis
emendas perante a Comissão Mista, a saber:
81
Nesta oportunidade, cabe ao Plenário da Câmara dos
Deputados deliberar sobre a matéria.
É o relatório.
II - VOTO DO RELATOR
DA ADMISSIBILIDADE
o salário mínimo é direito constitucionalmente assegurado ao
trabalhador brasileiro. O inciso IV do art. 7° da Constituição Federal
determina que o salário mínimo será fixado em lei, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo. Considerando que mais
de 4 milhões de trabalhadores ativos e cerca de 13,6 milhões de
beneficiários da Previdência Social dependem diretamente do valor do
salário mínimo, o reajuste e a eventual elevação de seu valor real
representam necessidade básica e premente. Assim, fica configurado o
atendimento dos pressupostos constitucionais de urgência e relevância da
Medida Provisória sob análise.
DA CONSTITUCIONALIDADE, JURIDICIDADE E TÉCNICA
LEGISLATIVA
A análise da admissibilidade da matéria já concluiu
preliminarmente pela constitucionalidade do ato, conforme o disposto no
art. 62 da Constituição Federal, uma vez que foram atendidos os
pressupostos de relevância e urgência.
Quanto ao conteúdo legal da Medida Provisória sob comento,
verifica-se que a fixação do valor do salário mínimo não se insere entre as
matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional (CF, art. 49) ou
de qualquer de suas Casas (CF, arts. 51 e 52). Da mesma forma, o
conteúdo da Medida Provisória nO .... , de .... , não se inclui entre as
82
competências privativas do Presidente da República (CF, art. 61, § 1°).
Tampouco se enquadra o texto entre as matérias enumeradas no § 1° do
art. 62 da Constituição Federal, que dispõe sobre os casos de vedação de
edição de medidas provisórias. Está a fixação do valor do salário mínimo,
portanto, enquadrada no caso geral do art. 48 da Constituição Federal.
Por outro lado, a matéria objeto da Medida Provisória em
epígrafe se insere com perfeição no ordenamento jurídico vigente e foi
redigida segundo a boa técnica legislativa.
Pelo exposto, somos pela constitucionalidade, juridicidade e
boa técnica legislativa da Medida Provisória nO .... , de .....
DA ADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Cabe, preliminarmente ao exame do mérito, apreciar a
Medida Provisória nO .... , de .... , quanto à sua adequação com o Plano
Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei
Orçamentária Anual - LOA de 2002.
A repercussão fiscal de reajustes e aumentos reais do salário
mlnlmo é bastante conhecida, tendo em vista principalmente seus
impactos sobre as despesas com benefícios de prestação continuada da
Previdência Social. Cumpre notar que, a partir das recomendações
contidas no Relatório Final da Comissão Especial do Salário Mínimo, a
política de salário mínimo tem sido negociada no bojo das discussões da
Lei Orçamentária Anual.
No caso atual, o procedimento não foi diverso. O valor
estipulado para o salário mínimo, a partir de 10 de abril de 2002, é
resultado de acordo entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional,
estabelecido durante o processo de tramitação da LOA-2002.
Conseqüentemente, os efeitos fiscais do percentual de aumento concedido
ao salário mínimo, inclusive no que diz respeito ao pequeno incremento
real considerado, já foram incorporados ao texto da referida Lei.
Nosso voto, portanto, é pela adequação financeira e
orçamentária da Medida Provisória nO .... , de .....
83
DO MÉRITO
Desde o início do Plano Real, o poder aquisitivo do salário
mínimo cresceu cerca de 42,7%, em virtude de uma política de aumentos
acima da variação do custo de vida.
Nesse contexto, a política de salário mínimo tem se revelado
instrumento importante para a redução das desigualdades salariais no
mercado de trabalho brasileiro. Diversos estudos têm comprovado que, a
par de promover a aproximação progressiva entre os salários mais baixos
e a remuneração média na economia formal, o salário mínimo tem servido
como importante referência para a formação dos rendimentos no
segmento informal.
o principal impacto do salário mínimo, no entanto, tem sido
observado na redução dos níveis de pobreza, em função de sua
importância para a determinação das rendas de 13,6 milhões de
segurados da Previdência Social e beneficiários da Lei Orgânica de
Assistência Social. Estima-se que a elevação do poder de compra do
salário mínimo, ao longo dos últimos oito anos, tenha sido responsável
pela redução, em nove pontos percentuais, da parcela da população
brasileira abaixo da linha de pobreza. Segundo dados do IPEA, são 18
milhões de brasileiros retirados da situação de pobreza absoluta, em
função dessa política de recuperação do menor piso legal de salários.
Não obstante, essa política tem um elevado custo fiscal
associado. Dado o peso preponderante do salário mínimo na
determinação das despesas da seguridade social e das folhas salariais de
uma parcela importante de governos municipais, a fixação de seu valor
tem de levar em conta os objetivos de manutenção de superávits fiscais
do Governo, assim como as restrições impostas pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Nesse sentido, o valor fixado pela Medida Provisória sob
exame assegura não apenas a reposição da inflação dos últimos doze
meses, que foi de 9,72%, como também projeta um ganho real médio
futuro, tendo em vista que as expectativas de inflação, para os próximos
doze meses, são substancialmente inferiores. E o faz de forma compatível
com as restrições fiscais e orçamentárias já mencionadas.
84
Assim, somos pela admissibilidade da Medida Provisória nO
.... , de .... , e, no mérito, pela sua aprovação e pela rejeição das emendas
de nº"" 1 a 6.
Sala das Sessões, em ..
Deputado .
Relator
85
COMISSÃO MISTA.....
MEDIDA PROVISÓRIA N° .... DE ....
(Mensagem nO .... )
Dispõe sobre os Sistemas
Nacionais de Epidemiologia, de Saúde
Ambiental e de Saúde Indígena, cria a
Agência Federal de Prevenção e Controle
de Doenças APEC, e dá outras
providências.
Autor: PODER EXECUTIVO
Relator: Deputado ....
I - RELATÓRIO
Nos termos desta medida provisória, ora submetida à
apreclaçao do Plenário da Câmara dos Deputados, pretende o Poder
Executivo instituir três sistemas: o Sistema Nacional de Epidemiologia, o
Sistema Nacional de Saúde Ambiental e o Sistema de Saúde Indígena. O
primeiro desses sistemas tem por escopo a identificação de fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, de forma
a permitir a adoção de medidas de prevenção e controle dos fatores de
risco, das doençàs e de outros agravos à saúde.
Já o Sistema Nacional de Saúde Ambiental visa à prevenção e
ao controle dos processos, influências e fatores que possam ter efeito
sobre a saúde humana. Finalmente, o Sistema de Saúde Indígena engloba
as ações
e serviços de saúde relativos ao atendimento às populações
indígenas.
A medida provisória dispõe também sobre a criação de uma
autarquia vinculada ao Ministério da Saúde, sob a denominação de
Agência Federal de Prevenção e Controle de Doenças - APEC, com as
compe':ências que especifica no âmbito de cada um dos sistemas antes
referidos.
De acordo com o texto da medida provisória, a APEC será
administrada mediante contrato de gestão a ser firmado entre seu
86
Presidente e os Ministros da Saúde e do Planejamento, Orçamento e
Gestão. Determinada também a transferência à APEC dos bens móveis
e imóveis, do acervo técnico e documental, das obrigações, das receitas e
das dotações orçamentárias da FUNASA, a ser extinta simultaneamente a
efetiva constituição da APEC.
A medida provisória dispõe ainda sobre as situações de
emergência epidemiológica e sobre o Estado de Quarentena Federal, sua
decretação e suas conseqüências.
Encaminhada a medida provisória ao Congresso Nacional foi
aberto o prazo para oferecimento de emendas, ora já encerrado,
verificando-se a apresentação de vinte e cinco emendas com o seguinte
teor:
Estando já esgotado o prazo para manifestação da Comissão
Mista a que se refere o § 9° do art. 62 do texto constitucional, sem que a
mesma houvesse sido instalada, cabe-me, em decorrência da designação
da Mesa da Câmara dos Deputados, oferecer parecer pela referida
Comissão Mista à Medida Provisória nO .... , de .....
11 - VOTO DO RELATOR
O primeiro aspecto a ser examinado é concernente à
admissibilidade da medida provisória, face aos requisitos constitucionais
de relevância e urgência e às vedações constantes do § 10 do art. 62 da
Carta Magna. Em defesa da rel~vância e urgência da matéria, os Senhores
Ministros .... , nos termos da Exposição de Motivos Interministerial nO .... ,
invocam três argumentos: a recente eclosão da epidemia de dengue, o
risco de surgimento de vírus emergentes como o Ebola, e a ameaça de
uso intencional de agentes químicos e biológicos em atentados terroristas.
Entendendo serem tais argumentos ponderáveis, manifesto-me
pelo acatamento dos pressupostos de relevância e urgência invocadas
pelos ilustres Ministros.
A medida provisória tampouco incorre em qualquer das
vedações temáticas estabelecidas pelo § lOdo art. 62 da Constituição.
87
Julgo também, que a medida provisória atende aos requisitos de
constitucionalidade e de juridicidade e está redigida observando as
normas de boa técnica legislativa.
No mérito, todas as alterações que defendo estão
consubstanciadas no anexo projeto de lei de conversão, no qual alguns
artigos aparecem renumerados, em função da inclusão de novos artigos,
pelos seguintes motivos:
Quanto às Emendas, apresentadas pelo ilustre Deputado .... ,
exponho a seguir as razões pelas quais defendo a rejeição de todas, à
exceção da de nO .... :
Manifesto-me, em conseqüência, pela admissibilidade da
Medida Provisória nO .... , de .... , considerando atendidos os pressupostos
de relevância e urgência, bem como observadas as vedações expressas
no texto constitucional. Opino, também, pela constitucionalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa da Medida Provisória e, no mérito,
pela sua aprovação, nos termos do Projeto de Lei de Conversão em
anexo, contendo acréscimos propostos por este Relator e que incorpora
também as alterações decorrentes da Emenda nO .... , à qual ofereço
parecer favorável; manifesto-me, ainda, pela rejeição de todas as demais.
Sala das Sessões, em .
Deputado .
Relator
88
COMISSÃO MISTA.....
MEDIDA PROVISÓRIA N° .... DE ....
PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO
Dispõe sobre os Sistemas
Nacionais de Epidemiologia, de Saúde
Ambiental e de Saúde Indígena, cria a
Agência Federal de Prevenção e Controle
de Doenças APEC, e dá outras
providências.
Autor: PODER EXECUTIVO
Relator: Deputado ....
O Congresso Nacional decreta:
CAPÍTULO I
Dos Sistemas
SEÇÃO I
De Epidemiologia
Art. 1° O conjunto de ações e serviços de saúde, relativo a
epidemiologia, prestado por órgãos e entidades públicas federais,
estaduais, distritais e municipais, constitui o Sistema Nacional de
Epidemiologia.
Parágrafo único. Para fins do disposto nesta lei, conceitua-se
o Sistema Nacional de Epidemiologia como sendo um conjunto de ações
que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual
ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle dos fatores de riscos, das doenças e de outros
agravos à saúde.
Art. 2° Compete à União, no âmbito do Sistema Nacional de
Epidemiologia:
89
CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
Art. 48. As despesas decorrentes da implantação da APEC
correrão à conta das dotações orçamentárias estabelecidas pela Emenda
Constitucional nO 29, de 13 de setembro de 2000.
Art. 49. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em .
Deputado .
Relator
90
COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL
MENSAGEM N° ••••
Submete à consideração do
Congresso Nacional o texto do acordo
entre o Governo da República Federativa
do Brasil e o Governo do Reino dos Países
Baixos relativo ao exercício de atividades
remuneradas por parte de dependentes do
pessoal diplomático, consular,
administrativo e técnico, celebrado em
Brasília, em .....
Autor: Poder Executivo
Relator: Deputado ....
I - RELATÓRIO
o Excelentíssimo Senhor Presidente da República submete ao
Congresso Nacional, por meio da Mensagem nO .... , de .... , acompanhada
de exposição de motivos do Senhor Ministro de Estado das Relações
Exteriores, o texto do acordo entre o Governo da República Federativa do
Brasil e o Governo do Reino dos Países Baixos relativo ao exercício de
atividades remuneradas por parte de dependentes do pessoal diplomático,
consular, administrativo e técnico, celebrado em Brasília, em .....
o acordo em consideração tem como objetivo possibilitar o
exerclclo de atividade profissional remunerada pelos familiares dos
agentes diplomáticos, consulares, administrativos e técnicos de uma parte
contratante que se encontrem em missão oficial na outra parte.
91
II - VOTO DO RELATOR
o instrumento internacional em consideração segue a
tendência moderna que se manifesta no crescente número de acordos
entre os países, no sentido de viabilizar o exercício de atividades
profissionais aos familiares dos membros de missão estrangeira. Tal
política resulta da difusão, entre as nações, da consciência de que as
transformações nas relações humanas e nas relações de trabalho, aliadas
a fàtores econômicos como o aumento generalizado do custo de vida,
tornam necessário franquear o acesso ao trabalho aos familiares dos
agentes diplomáticos e consulares, bem com de outros agentes públicos
que se encontrem em missão oficial permane.nte em país estrangeiro.
Como destaca o Senhor Ministro de Estado, interino, das
Relações Exteriores, trata-se de uma reivindicação do pessoal do serviço
diplomático brasileiro, o qual pretende seja concedido espaço profissional
autônomo, no exterior, para seus dependentes, em especial aos cônjuges,
que reclamam a faculdade de exercício de prática profissional, de forma a
garantir a própria realização pessoal e de obter remuneração adequada às
respectivas habilitações.
Parece-nos legítima e justa a reivindicação do pessoal
diplomático, consular e assemelhados. Efetivamente, as modernas
relações familiares impõem a necessidade de adequação dos países à
nova realidade, o que significa permitir que os acompanhantes de
funcionário em missão oficial possam trabalhar e serem remunerados.
Sendo assim, nosso voto é pela aprovação do texto do acordo entre o
Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Reino dos
Países Baixos relativo ao exercício de atividades remuneradas por parte

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