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Processo penal - Ação Civil

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AÇÃO CIVIL EX DELITO 
				Actio civilis ex delito (Artigos 63/68 CPP)
Princípio Neminem laedere: a ninguém é lícito causar lesão ao direito de outrem. (186, CC)
CONCEITO: ação que visa reparar danos oriundos da prática de um delito, apurado em sentença penal condenatória que se torna título executivo.
Sujeitos:
AUTOR da ação civil: o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
RÉU: O acusado: se já transitou em julgado a sentença penal, cabe ação de liquidação seguida de ação de execução.
Representante civil: necessária ação de conhecimento (contra ele não houve contraditório)
Se não transitou em julgado a sentença penal pode:
	Aguardar julgamento da ação penal para depois entrar com a ação.
	Ingressar com a ação civil e analisar o mérito da ação civil. Prevalece o mérito da Justiça Penal já que a jurisdição é una e o crime é o fato gerador.
	Suspender o juiz a ação civil e aguardar o trânsito em julgado da ação penal
Faz coisa julgada no cível a decisão penal que:
	Declarar que o fato não existiu
	Provar que o réu não foi o autor
	Apontar excludente de ilicitude como a LD, EN ERD, ECDL.
Não impede a ação cível se:
	Apontar que o fato existiu mas ele não é crime
	Não provar o fato ou a autoria
	Estado de Necessidade Agressivo e Legítima Defesa onde por erro na execução atinge terceiro inocente.
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
JURISDIÇÃO: função soberana estatal exclusiva do Poder Judiciário que visa julgar caso concreto aplicando a lei por meio de um processo. 
			A jurisdição é una. 
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO:
	SUBSTITUTIVIDADE: O Poder Judiciário declara o direito no caso concreto e substitui a vontade das partes. IMPEDE A AUTO-DEFESA.
	DEFINITIVIDADE: findo o processo, a decisão judicial é imutável.
DA COMPETÊNCIA
CONCEITO: É a medida da jurisdição distribuída entre magistrados que compõem organicamente o poder judiciário (LUCCHINI)
Art.69 Determinará a competência jurisdicional:
1- LOCAL DA INFRAÇÃO – Arts 70 E 71:
TEORIAS:
	ATIVIDADE
	UBIQUIDADE
	RESULTADO 
ATIVIDADE: Jecrim – art. 63
- Homicídio, Aborto (TJ-SP) 
- Falso Testemunho: juízo deprecado.
Uso de Documento Falso – onde ocorreu a falsificação
UBIQUIDADE: crimes a distância ou de espaço máximo. Atividade e Resultado
RESULTADO: ação e o resultado no Brasil.
Cheque sem fundo: local da recusa (521 STF e 244 STJ)
2. DOMICÍLIO DO RÉU – Arts. 72 E 73
Art.72 Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.
Art.73 Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
3. PREVENÇÃO 
Art. 83: quando existem dois ou mais juízes competentes e um deles se antecipa em algum ato processual ou medida.
Art.72 Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.
§1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
§2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
4. NATUREZA DA INFRAÇÃO – Art. 74
Ratione Materiae: natureza do crime. 
Justiça Comum: Estadual e Federal (arts. 108/109, CF)
Tribunal do Júri
Critério Absoluto quando o crime deve ser julgado por uma Justiça Especializada. 
a) Eleitoral 						b) Militar
STJ. DIREITO PROCESSUAL PENAL
HIPÓTESE DE INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR.
Compete à Justiça Comum Estadual – e não à Justiça Militar Estadual – processar e julgar suposto crime de desacato praticado por policial militar de folga contra policial militar de serviço em local estranho à administração militar. Isso porque essa situação não se enquadra em nenhuma daquelas previstas no art. 9º, II, do CPM, que considera crimes militares, ainda que possuam igual definição na lei penal comum, quando praticados: “a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar”. Precedentes citados: RHC 33.361-SP, Sexta Turma, DJe 16/5/2014; CC 115.597-MG, Terceira Seção, DJe 11/4/2012; e CC 114.205-SP, Terceira Seção, DJe 9/11/2011.REsp 1.320.129-DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/11/2014, DJe 11/12/2014.
DIREITO PROCESSUAL PENAL. COMPETÊNCIA. CONTRAVENÇÃO PENAL.
É da competência da Justiça estadual o julgamento de contravenções penais, mesmo que conexas com delitos de competência da Justiça Federal. A Constituição Federal expressamente excluiu, em seu art. 109, IV, a competência da Justiça Federal para o julgamento das contravenções penais, ainda que praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União.
Tal orientação está consolidada na Súmula n. 38/STJ. Precedentes citados: CC 20.454-RO, DJ 14/2/2000, e CC 117.220-BA, DJe 7/2/2011. CC 120.406-RJ, Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora convocada do TJ-PE), julgado em 12/12/2012.
5. DISTRIBUIÇÃO
Art.75 A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente.
Parágrafo único.A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal.
6. CONEXÃO OU CONTINÊNCIA – Arts. 76 a 82
CONEXÃO: existência de duas ou mais infrações 
I. CONEXÃO INTERSUBJETIVA:
	POR RECIPROCIDADE 
	POR SIMULTANEIDADE (subjetiva-objetiva ou meramente ocasional) 
	POR CONCURSO (subjetiva concursal) 
II. CONEXÃO OBJETIVA, LÓGICA, ou MATERIAL.
	TELEOLÓGICA: facilitar a execução
	CONSEQUENCIAL: garantir vantagem, ocultação ou impunidade.
		
	
III. CONEXÃO INSTRUMENTAL:
Prova de uma infração ou de qualquer circunstância elementar influi na prova de outra infração: furto e receptação. 
CONTINÊNCIA – art. 77
Cumulação subjetiva: 2 sujeitos praticam 1 crime 
CONCURSO DE AGENTES
Cumulação objetiva: 1 sujeito pratica 2 crimes
CONCURSO FORMAL: um sujeito pratica dois crimes em uma só ação
ABERRATIO ICTUS: mesmo bem jurídico. Um um doloso e outro culposo
ABERRATIO DELICTI: comete o crime doloso principal e outro culposo distinto
Art. 80, CPP.
Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
7. PRERROGATIVA DE FUNÇÃO – Art. 84
		Se dá em razão da dignidade do cargo
Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do STF, do STJ, dos TRF´s e TJ´s, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade.
Súmula 721, STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
Art. 85 Nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à jurisdição do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais de Apelação, àquele ou a estes caberá o julgamento, quando oposta e admitida a exceção da verdade.

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