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Anamnese

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A Entrevista Médica 
ANAMNESE
Dr. Ivan Paredes
Professor da Faculdade Evangélica do Paraná - Curso de Medicina
“A anamnese, o procedimento mais sofisticado da medicina, é uma técnica de investigação extraordinária, pois em pouquíssimas outras formas de pesquisa o objeto de estudo fala”. Alvan Feinstein (1926-2001)
	Objetivos
	Saber utilizar a anamnese como ferramenta médica principal na coleta de dados clínicos.
Entender como se processa uma anamnese
Saber os elementos envolvidos, os tipos de perguntas e a seqüência de perguntas na história clínica.
Salientar como o médico se deve comportar quando coleta os dados clínicos.
O QUE SIGNIFICA ANAMNESE?	
Anamnese vem do grego ana, que significa trazer de novo ou trazer de volta e mnesis, que significa memória. Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente.
 
Entrevistar é uma habilidade adquirida. Algumas pessoas conversam mais facilmente do que outras, mas uma entrevista médica não é só conversação e sim uma metódica conversação. A seguir vamos apresentar como este método funciona. 
É VERDADE QUE A ANAMNESE É A ETAPA MAIS IMPORTANTE DO EXAME CLÍNICO?
Nos últimos tempos observamos cada vez mais que os médicos conversam cada vez menos com seus pacientes. No entanto, 60% dos diagnósticos são feitos pela anamnese, 30% pelo exame físico e 10% pelos exames complementares. Este paradoxo provavelmente ocorre porque de forma errônea, acha-se que os exames complementares resolverão os problemas de comunicação entre o médico e o paciente, mas este tipo de prática, além de ser pouco humanizada, desencadeia um desgaste muito grande do paciente, pois não é incomum que quanto mais exames um paciente realize, mais chances de resultados falsos positivos ocorram, aumentando as expectativas do paciente e, não raramente, provocando até mesmo doenças psíquicas, pela preocupação com a anormalidade encontrada ou mesmo orgânicas, por investigações desnecessárias para esclarecimentos dos exames falsos positivos. Portanto, valorize a anamnese, aqui se começa a construir a relação médico-paciente. A anamnese não é cara, mas laboriosa. Se bem feita, você ganhará tempo nas próximas etapas médicas.
O QUE DEVO FAZER PARA REALIZAR UMA BOA ANAMNESE?
Em primeiro lugar, seja observador, mas saiba que você também está sendo observado. A observação é parte valiosa de qualquer entrevista médica. Esta é feita ao longo de toda a entrevista. Dificuldades motoras ou dificuldades de marcha, por exemplo, podem traduzir seqüelas de cirurgias, acidentes vasculares encefálicos, doenças neurológicas degenerativas. Já dificuldades na linguagem, memória e orientação podem traduzir demência. Por outro lado, se o paciente mostrar mal-estar ou incômodo, poderá estar passando uma mensagem de dor, angústia ou ansiedade. Ou seja, mesmo que ainda não se tenha dado início à entrevista, ou esta já esteja acontecendo, pistas diagnósticas podem surgir pelo simples fato de observar o paciente, isto facilitará a interpretação dos dados coletados e provavelmente encurtará o caminho para o diagnóstico. 
A observação, no entanto é recíproca. O paciente também o estará observando, portanto, tenha uma postura apropriada frente ao paciente, isto também é conhecido como comunicação não verbal.
Em qualquer comunicação entre indivíduos, uma grande quantidade de informações é passada de forma não verbal. Consciente e inconscientemente recebemos e enviamos mensagens através de linguagem corporal. Sentimentos e propósitos são melhor transmitidos por expressão facial e postura. Ansiedade, tédio, ira, depressão e medo são emoções geralmente comunicadas por mensagens não verbais. Podemos desenvolver consciência para perceber e interpretar adequadamente grande quantidade de informações. É necessário estar alerta para captarmos expressões ou linguagem corporal que transmitam mensagens diferentes daquela que está sendo verbalizada. Vejamos como podemos auxiliar a comunicação com os pacientes nos diferentes setores, sem que você ou o paciente falem uma palavra:
a) Postura: A comunicação é mais fácil quando estamos sentados ou em pé mas confortavelmente e não tensos ou sentados na ponta da cadeira. Não devemos cruzar os braços, cerrar os punhos ou cobrir parte da face com as mãos. Não demonstre pressa, não fique olhando o relógio. Nunca mostre impaciência. Quando possível, situe-se no mesmo plano que o paciente, a uma distância culturalmente aceitável e não ter luz direta atrás do paciente ou de você.
b) Aparência Geral: Um avental médico pode ou não auxiliar a comunicação. Crianças e adolescentes, às vezes podem sentir-se mais confortáveis quando o médico está sem o avental. Considere o impacto de outros símbolos médicos como: estetoscópio, martelo de reflexos.
c) Expressão Facial: Manter o contato visual tanto quanto possível. Observar os olhos do paciente e as expressões faciais de acordo com a progressão da entrevista.
d) Ambiente: Distrações com ruídos, rádio, TV, telefones e celulares, limitam a comunicação. Solicite ao paciente que diminua o volume do som, coloque o celular no modo vibração ou preferencialmente desligue o celular. A privacidade é essencial.
Faça as perguntas certas. Os diferentes tipos de perguntas tem por finalidade extrair do paciente informações claras sobre suas queixas de forma a facilitar o raciocínio clínico para o diagnóstico. São geralmente 5 os tipos de perguntas:
Abertas
Focadas (ou semi-abertas)
Fechadas
Dirigidas
Compostas
Perguntas abertas: São as que devem iniciar a conversa. São perguntas com ampla liberdade de resposta. Na avaliação do problema atual, a abertura deverá ser feita com perguntas do tipo “Qual é o motivo de sua consulta?” “Em que posso ajudá-lo?” “Fale-me sobre sua doença” “O que o trouxe à consulta?” “Por quê está no hospital?”
Perguntas focadas: O entrevistador define a área a ser questionada, mas deixa considerável liberdade de resposta. Ex.: “descreva a sua dor torácica” Neste caso você definiu duas áreas: um sintoma – a dor – e uma região – o tórax. Perguntas focadas também podem incluir áreas que não são sintomas, como por exemplo, “que você faz para viver?”
Perguntas fechadas: São aquelas que podem ser respondidas por um “sim” ou “não”, ou um número, como idade, número de filhos, vezes ao dia, etc. A quantidade de informação é pequena, mas pode ser importante. Ex. “Até quanto chegou sua pressão arterial?”
Perguntas dirigidas: Devem ser evitadas por serem indutoras da resposta: “Você está se sentindo melhor hoje, não está?” “Você emagreceu, não emagreceu?”.
Perguntas compostas: Constituem erro comum nas entrevistas médicas. Ocorrem quando duas ou mais perguntas são feitas sem dar tempo ao paciente para que responda a primeira delas. “Conte-me sobre sua dor no peito, se você fuma e se algum membro de sua família já teve alguma doença do coração”
O diagrama abaixo revela a quantidade de informações obtidas com os diferentes tipos de perguntas:
		
Certamente a maior parte das informações virá das perguntas abertas, de maneira que procure iniciar a entrevista com perguntas abertas, utilizando a seguir as perguntas focadas e por fim as perguntas fechadas. Com estes tipos de perguntas podem ser realizadas entrevistas médicas abrangendo qualquer área médica. No entanto, nos casos de pacientes prolixos, com respostas vagas e confusas, as perguntas mais focadas ou fechadas podem trazer maiores informações. Da mesma maneira, pacientes críticos ou agudamente enfermos, onde as tomadas de decisão devem ser rápidas, devem predominar as perguntas focadas e fechadas.
Escute com atenção e motive o paciente a contar sua história. A habilidade de escutar é tão importante como a de perguntar e é difícil de apreender. Boas técnicas de escuta levam o paciente a saber que você escutou o que ele dissee o que ele queria dizer, bem como permitem que o paciente corrija ou complemente sua percepção sobre um sintoma, por isso, estas técnicas também são conhecidas como facilitadores da anamnese e são explicadas a seguir: 
Confirmação: Quando a mensagem é simples e direta, a confirmação leva o paciente, a saber, que você o ouve e, sua resposta, o encoraja para prosseguir. Ex: “eu entendo”, “tudo certo”, “a ha” (é como você estivesse dizendo prossiga...), normalmente se acompanha de um balançar da cabeça para frente.
Empatia: Ocorre quando durante a entrevista o médico identifica algo de importância emocional para o paciente e se solidariza com o mesmo, porém sem se envolver emocionalmente. O paciente se sentirá reconfortado se você identifica esta situação. Ex: Paciente: “... eu não sabia o que pensar esta manhã. Ao acordar não sentia meu braço direito...”. Médico: “isto deve ter sido atemorizante para você...” 
Sumário: Frequentemente é de muita valia para o entrevistador fazer breves sumários do relato. Isto é especialmente útil quando o relato do paciente for muito extenso, confuso ou desconexo (o sumário pode demonstrar que você captou os eventos e inter-relações importantes da história). Também auxilia ao médico a mudar de uma etapa da anamnese para outra, quando você acredita ter investigado suficientemente um tópico.
Os sumários transmitem ao paciente o interesse acurado que você demonstra dos eventos relatados. Por outro lado, cuidado com sumários mal feitos, pois estes dizem ao paciente que você não escutou cuidadosamente a história dele.
Confrontação: Significa fazer observações que implicam que foram reconhecidas discrepâncias. Ex: “você disse que sua família é muito unida, mas até agora não me contou nada acerca dos filhos” ou então “você disse que gostava de seu trabalho, mas parece desanimado quando fala sobre ele”
Parafraseando: Significa repetir ao paciente algo que ele já havia dito, de forma direta e abreviada: exemplo: Paciente: “para lhe falar a verdade, doutor, não estou nada bem” Médico: “não está nada bem?” (redeclaração) ou então refazer a frase do relato do paciente com suas próprias palavras: Paciente: “tenho tido muitos resfriados ultimamente; parece que estou sempre com o nariz obstruído e espirrando” Médico: “isto leva a pensar que você tem uma alergia” (interpretação).
Ao paciente significa que você entendeu o que ele disse. A redeclaração é também útil quando o paciente conta uma história muito prolongada, complicada ou divaga demais, pois permite reconduzir a entrevista em determinada direção, sem provocar quebra de continuidade. Os pacientes quase que invariavelmente respondem à redeclaração de suas palavras, promovendo elaborações nos pontos que você deseja esclarecer.
Silêncio: É uma das habilidades mais valiosas de escuta, mas também uma das mais difíceis de apreender, especialmente se você está inseguro. Existirá uma compulsão para interromper e ajudar o paciente. Às vezes o paciente diz algo difícil de acreditar, por motivos variados, que podem incluir a necessidade de contrariar, desafiar ou confrontar o entrevistador e, um certo período de silêncio contemplativo de sua parte, permitirá que o paciente reorganize ou modifique seu pronunciamento; isto não é fácil de ser conseguido. Ex.: o paciente diz que recentemente o irmão faleceu de infarto e começa a chorar. O médico então lhe oferece um lenço e fica em silêncio... O paciente por sua vez terá um tempo para se recompor.
Como você pode presumir, os facilitadores de conversa ou facilitadores de anamnese poderão ser utilizados em qualquer parte da anamnese, desde que facilite a conversação com paciente, estimulando-o a contar sua história com a mínima de interferência do entrevistador. 
	Facilitadores
	Confirmação
Sumário
Confronto
Parafraseando
Silêncio
Registre de forma adequada a história clínica. A informação deve ser organizada e anotada de maneira que esteja disponível tanto agora como para o futuro. As anotações médicas devem ser ordenadas, claras, concisas, acuradas e completas. Ela deve ser semelhante a uma história qualquer, com começo, meio e fim, para que qualquer outro membro da equipe médica ou você mesmo, em outra ocasião, possam entender o que se passa e dar continuidade ao raciocínio construído na consulta ou atendimento anterior.
As entrevistas terão diferentes metas. Para um problema simples e direto como no caso de um ferimento ou fratura, seja mais direto, já para uma avaliação completa ou problema complexo, seja mais abrangente. O tempo, local e circunstâncias é que ditarão quão completa deverá ser a entrevista.
QUAL É A SEQÜÊNCIA DE PERGUNTAS QUE DEVO FAZER?
Bem, existe uma sequência mundialmente conhecida de fazer entrevistas médicas, mas antes de começar não se esqueça dos preâmbulos iniciais como cumprimentar o paciente: “bom dia Sr... ” Apresente-se: “eu sou..., estudante de medicina...”. Diga o porquê da entrevista: “estou aprendendo a fazer entrevistas médicas...”. Diga quanto de tempo vai gastar na entrevista: “20-30min“. Peça permissão: “está bem para o senhor?”.
Ao começar, escreva a data e hora da anamnese. Escreva também a fonte de referência, se pertinente (colega, hospital, internamentos recentes com evolução clínica e exames complementares, etc.). Também é útil deixar registrado se a fonte foi outra pessoa que não o próprio paciente (pai, mãe, amigo, irmão, etc.) e se esta fonte é ou não confiável. Normalmente quando não se registram a fonte e confiabilidade no prontuário, significa que a fonte foi o próprio paciente e é confiável. 
Agora sim, vamos ver então qual é a sequência de perguntas que devo realizar ...
Identificação: Como o próprio nome diz, aqui se tenta identificar o paciente de maneira ampla não só a respeito do seu nome, idade e sexo, mas também a sua cor, naturalidade, estado civil, residência, religião e profissão. Para lembrar de todas as perguntas nesta fase da anamnese, utilize a palavra mnemônica “NISC NERRP”.
Os dados de identificação muitas vezes podem vir já preenchidos, por uma secretária por exemplo, por outro lado, em algumas situações, nem todos os dados podem interessar, mas é importante treinar a coleta de todas as informações, já que iremos nos deparar com situações clínicas onde serão relevantes informações como profissão (como no caso de uma mulher com dor no joelho e que é diarista) ou religião (como no caso de um paciente necessite de transfusão e seja Testemunha de Jeová). 
Os dados de identificação também serão úteis no raciocínio clínico, assim por exemplo, um paciente de 19 anos com icterícia e outro com 79 também com icterícia. A probabilidade do primeiro ter hepatite e do segundo um ter um tumor de cabeça de pâncreas são altas, somente considerando-se o fator idade. 
Queixa principal: É aqui que tudo começa. É o momento que o paciente começa a relatar o real motivo de ter procurado o médico. O médico por sua vez, tenta definir melhor com o paciente se a queixa que relata de fato é a queixa mais relevante. Ao escrevê-la no prontuário, utilize as palavras do paciente e coloque a queixa entre aspas. Sempre comece com uma pergunta aberta (médico: Qual o motivo de sua vinda? Em que posso ajudá-lo? Paciente: “Estou com dor de barriga”). 
História mórbida atual (HMA): Na verdade esta etapa é uma sequência da anterior. Aqui se dá início ao raciocínio clínico e, consequentemente, uma verdadeira perseguição ao diagnóstico. Como o próprio nome diz, é a história da moléstia atual, ou seja, é a história da queixa principal. De aqui em diante as palavras a serem escritas no prontuário médico devem ser apenas palavras técnicas (você encontrará um glossário de termos científicos no final deste capítulo). 
Você pode utilizar ainda outras perguntas abertas, mas a medida que se progride no raciocínio, estas poderão ser mais focadas e fechadas. Como fizemos com a identificação, sugerimos a utilização de um mnemônico para lembrar dos atributos de um sintoma: "CILIIDAS" paralembrar das perguntas que devem ser feitas nesta etapa da anamnese:
Caráter
Início
Localização
Intensidade
Irradiação
Duração 
Alívio / Piora
Sintomas associados
Inicialmente este mnemônico foi usado para explorar o sintoma “dor”, assim por exemplo, quando se refere ao caráter da dor, está tentando se explorar se é em cólica? ou queimação? ou aperto?. Ou seja estamos nos referindo ao tipo de dor. Colocamos caráter em lugar de tipo para facilitar a lembrança das letras no mnemônico (CILIIDAS). A sequência não necessariamente tem que respeitar a sequência CILIIDAS, assim por exemplo podemos iniciar pelo início do sintoma, localização, etc.
Apesar destes atributos do sintoma terem surgido inicialmente para facilitar a exploração do sintoma dor, ele também pode ser utilizado para abordar qualquer outro sintoma.
Quando não for possível encaixar uma pergunta em algum determinado sintoma, simplesmente pule a etapa, exemplo: se o paciente se queixa sobre “inchaço” ou "vômito", não será possível perguntar sobre a irradiação, então simplesmente não pergunte sobre irradiação para estes sintomas. De uma maneira geral, no entanto, você aproveitará bem este mnemônico para a maioria dos sintomas.
Seja claro e objetivo, dispondo os eventos em ordem cronológica. Dados negativos também podem ser muito significativos para afastar certos diagnósticos e aproximar outros. Os medicamentos que o paciente utiliza para aliviar a queixa devem ser arrolados aqui, já os de uso crônico (para outras comorbidades) podem ser colocados na história mórbida pregressa, ou, pode-se abrir um item a parte na anamnese sob título “medicamentos”.
Embora, os facilitadores da anamnese, possam ser utilizados em qualquer parte da entrevista médica, é aqui que eles se fazem mais úteis (atenção, parafraseando, confirmação, etc) e tem por objetivo, fazer que o paciente fale sobre seu sintoma com a mínima interferência do médico. Esta parte da anamnese é também a parte mais importante da entrevista médica e por ser aqui se começam a formular as hipóteses diagnósticas, esta deve ser a etapa mais demorada da entrevista e onde devemos escrever mais. É bem provável que você já tenha algumas pistas do diagnóstico aqui, utilizando o restante da anamnese para confirmá-lo. Se uma anamnese tiver menos do que 5 linhas de HMA, há grande chance da entrevista não abordar de fato o diagnóstico. 
As hipóteses diagnósticas são testadas na HMA e perseguidas no restante da anamnese. A este processo de testar, confirmar ou afastar as hipóteses diagnósticas, se denomina processo hipotético-dedutivo. 
É também nesta etapa da anamnese que buscamos o “estímulo iatrotrópico” que consiste em saber o porque o paciente está procurando atendimento médico exatamente agora e não antes (dias, semanas, meses ou mesmo anos antes?). Isto pode determinar a gravidade do sintoma, se agudo ou crônico, se súbito ou arrastado, se relevante ou insignificante, etc.
Resumo ou Sumário: É opcional. Nada mais é do que um resumo do que foi dito até agora na moléstia atual (embora possa também possa ser feito em qualquer parte da anamnese). É importante para organizar o raciocínio e principalmente colocar em ordem as coisas, por exemplo, quando o paciente relata muitas queixas ou nos casos de pacientes prolixos, onde acaba sendo um facilitador de conversa, já que com o sumário tenta-se trazer de volta o paciente para o foco do problema. 
Até aqui como vocês podem ter observado, o foco de toda a entrevista é o paciente. Ou seja, a anamnese até aqui foi centrada no paciente. Já a partir de aqui em diante, no entanto, o foco da entrevista passará a ser o médico, com predomínio maior de perguntas focadas e fechadas.
História mórbida pregressa (HMP): São informações prévias sobre as doenças que podem dar pistas diagnósticas sobre a queixa do paciente. O mnemônico aqui é “DOIDAMT” (doenças anteriores, operações ou cirurgias, internamentos, doenças próprias da infância, alergias, medicamentos que usa para tratar suas doenças crônicas e transfusões sanguíneas). Assim por exemplo, se o paciente vem à consulta em decorrência de uma dor abdominal alta e súbita e na história pregressa relatar que possui múltiplos pequenos cálculos na vesícula biliar, então uma possibilidade diagnóstica deverá ser a pancreatite aguda de origem biliar. Por outro lado, se um paciente vem à consulta por piora de uma dispnéia, relatando que não consegue dormir sem o uso de pelo menos 3 travesseiros e que não está tomando seus medicamentos de praxe (digoxina e furosemida) há uma semana, provavelmente estará com insuficiência cardíaca descompensada. 
História mórbida familiar (HMF): Nesta parte da anamnese o que interessa é a expressão genética de determinada doença, principalmente envolvendo os parentes de primeiro grau. Assim por exemplo, se um paciente vem à consulta por dor torácica súbita e na HMF relata o pai faleceu de infarto agudo do miocárdio aos 45 anos, terá maior probabilidade de ter uma doença coronariana do que um outro paciente com o mesmo quadro clínico, mas que não tenha nenhum familiar com doença cardiovascular na HMF. 
Em alguns casos, a HMF também pode ser útil quando a doença é infecto-contagiosa, onde por exemplo, o paciente pode referir que o irmão e o pai também estiveram com quadro de diarréia após terem comido a mesma comida que o paciente ingeriu, porém esta informação é mais interessante transportá-la para a HMA como uma observação, já que na HMF apenas interessa a história genética. 
Se o paciente for filho adotivo, esta informação será escrita da seguinte maneira: HMF: filho adotivo. Sem mais nenhuma outra informação, a não ser que o paciente tenha conhecimento de alguma doença nos seus pais biológicos. 
Condições e hábitos de vida (CHV): Aqui você terá oportunidade de saber mais do paciente quanto a seu estilo de vida e se isto tem relevância na sua queixa principal. Lembre que todas as etapas da anamnese tem por objetivo perseguir o diagnóstico e aqui não é diferente. Use a palavra “MAFATES” para lembrar de quais são as perguntas chaves nesta etapa da entrevista médica. Moradia, álcool, fumo, alimentação, tóxicos, epidemiologia e história sexual.
	
Aqui também não vamos nos prolongar nas explicações, mas dá para desconfiar da importância desta etapa da anamnese por exemplo quando um paciente refere na queixa principal que está com tosse e na história dos hábitos de vida refere ser tabagista de 2 maços de cigarros ao dia há 20 anos. Logicamente que a relação causa-efeito desta associação deve ser lembrada em doenças como bronquite crônica, enfisema e câncer de pulmão.
Temas difíceis como álcool, drogas, depressão, tentativa de suicídio, abuso doméstico, práticas sexuais, doenças sexualmente transmissíveis são de difícil abordagem na primeira visita e talvez possam ser efetivamente abordados apenas nas consultas subseqüentes, após ter se firmado uma melhor relação médico-paciente.
Nesta etapa da anamnese pode-se usar o questionário de CAGE para abordar chance de alcoolismo. Considera-se o paciente como portador de alcoolismo quando 2 ou mais perguntas deste questionário são positivas. CAGE: Cut; Annoyed; Guilty; Eye-Opened. Traduzindo para o português, ficaria mais ou menos assim:
O Sr. já teve necessidade de cortar o uso do álcool?
Alguém da família já se sentiu aborrecido porque o Sr. estava bebendo?
O Sr. já se sentiu culpado por estar bebendo?
O Sr. já teve necessidade de acordar pela manhã e já beber para se sentir melhor?
Perfil psicossocial (PPS): O perfil do paciente é uma afirmação dele como indivíduo e como é sua vida. Queremos saber acerca de seus antecedentes, sua família, emprego, seus problemas e habilidades para lidar com os mesmos. Um médico generalista trata a pessoa inteira e não apenas como regiões isoladas do corpo. É portanto, essencial obter informações concernentes aos aspectos sociais, econômicos, emocionais e ocupacionais da vida do paciente. Lembre da palavra “FRETSPI” como mnemônico para saber o queperguntar nesta parte da história. Família, rotinas, estudo, trabalho, situação financeira, pontos de apoio e interpretação da doença. 
A obtenção do perfil do paciente é elemento importante da história médica e poderá ser obtido sem grande vocabulário médico ou extenso conhecimento das doenças. É um bom momento de fazer empatia e conquistar a confiança do paciente. A seguir vamos ver alguns itens importantes das condições e hábitos de vida.
Família: É importante determinar a estrutura familiar do paciente. Indicar a posição do paciente na família como pai, mãe, criança dependente, etc. Uma pergunta aberta poderia ser: “você mora com a família?”, se a resposta for positiva, segue: “poderia me contar algo sobre eles?”. Pode ser importante saber a quem o paciente confidencia com a família e, se os membros da família são conforto e apoio ou fonte de problemas. Igualmente importante poderá ser a pergunta “como irá esta doença afetar a vida familiar?”.
Rotinas ou Hobbies: Aqui interessam o que o paciente gosta de fazer fora de seu trabalho. Quais são suas rotinas: gosta de cinema? pintura? jogar futebol? xadrez? etc. 
Estudo: Para evitar embaraços, pergunte ao paciente adulto quê escolaridade ou treinamentos teve. Esta informação fornece uma perspectiva do interesse do paciente e prováveis opções de vida. Na maioria das vezes, quando fazemos a identificação do paciente, pela profissão que exerce já saberemos o nível educacional, assim por exemplo, se o paciente diz que é arquiteto, saberemos que tem terceiro grau completo, não necessitando perguntar.
Trabalho (Ocupações passadas e presentes): Ao perguntar ao paciente que tipo de atividade exerce é importante questionar seu grau de satisfação com o emprego, a segurança que ele sente e seus objetivos. Duração da jornada, condições do local de trabalho, acesso a serviços médicos e estabilidade no emprego podem ser fatores importantes. Decisões em relação à terapêutica, duração do internamento e seguimento futuro são freqüentemente influenciadas pela ocupação do paciente.
Situação Financeira: é importante muitas vezes conhecer a situação financeira do paciente para decidir sobre a terapêutica a adotar. Prescrever uma medicação cara por exemplo, fará o proposto. 
Pontos de apoio: É importante, ao se entrevistar um paciente, determinar as fontes de apoio em sua vida, se é a família, amigos, grupos religiosos ou comunitários. Quem é a pessoa a quem o paciente recorre em situações de sobrecarga. O médico poderá chamar o ponto de apoio para esclarecimentos futuros, desde que previamente autorizado pelo paciente. 
Interpretação da doença: É essencial determinar se o paciente está ciente quanto à natureza de sua doença e de seu curso. Quão grave acredita ser a doença e se este critério é exato. A natureza da doença reduz a imagem do paciente sob olhos dos outros.
Algumas escolas médicas, como a Americana, englobam as CHV e PPS como uma coisa apenas e a chamam de História Social. 
Revisão de sistemas (RS): A revisão de sistemas, como o próprio nome diz, é uma revisão de sintomas relacionados aos diferentes órgãos e sistemas e tem por objetivo resgatar alguma informação que tenha ficado esquecida pelo paciente ou não entendida pelo médico nas fases anteriores da anamnese. As perguntas geralmente são fechadas e devem ser guiadas pelo raciocínio clínico da queixa principal. 
Uma forma de abordar este tópico é fazendo perguntas “da cabeça aos pés”, assim por exemplo:
Geral: alteração do peso, febre/calafrios, fraqueza, fadiga, sudorese/suores noturnos.
Pele: alteração nas unhas, prurido, erupções.
Cabeça: cefaléia, traumas.
Olhos: visão/óculos, visão borrada, fotofobia, diplopia, escotomas, inflamação, exoftalmia
Ouvidos, nariz e boca: dor, surdez, corrimento, zumbido, vertigem, epistaxe, pólipos, obstrução, sinusite, dentes, gosto, gengivas, hálito, dentadura.
Pescoço: movimentos, nódulos, bócio.
Respiratório: sibilos, dispnéia, hemoptise, dor torácica, tosse, expectoração.
Mamas: nódulos, dor, corrimento.
Gastrintestinal: náuseas/vômitos, hematêmese, melena, hematoquezia, enterorragia, diarréia, dor, azia, pirose.
Cardiovascular: palpitação, dor, dispnéia, ortopnéia, sopros, pressão arterial, cianose, edema, claudicação.
História sexual: sífilis, gonorréia, ulcerações, verrugas, epididimite, corrimento, esterilidade, impotência, contracepção.
Ginecológico/Obstétrico: menstruações (ciclo, duração/quantidade), menopausa, dismenorréia, corrimento, irregularidade, gravidez, partos normais, partos cesários, abortos.
Endocrinológico: polaciúria, polifagia, polidipsia, aumento de peso. 
Alergias: a medicamentos, vacinas, urticária, alergenos, rinite, eczema, asma.
Ossos, articulações e músculos: trauma, edema, dor/artrite.
Sangue e linfático: anemia, tendência a sangramentos, dor, adenomegalia.
Neurológico: síncope, convulsões, marcha, coordenação, paralisia/força, percepção. 
 
Psicológico: memória, humor, sono, ansiedade, distúrbio emocional, problemas com drogas, álcool.
Dependendo de cada paciente, esta etapa da anamnese pode se tornar um martírio. Assim, se você entrevistar um paciente poliqueixoso, ele terá sintomas a relatar em todos os itens acima. Uma forma de ser mais abrangente formulando uma pergunta apenas para fazer com que o paciente entenda o que você quer perguntar para ele nesta etapa é perguntar ao paciente no final da anamnese se ele teria mais alguma coisa a acrescentar que possa ter ficado esquecido nas etapas anteriores. Ex: "Sr. Pedro, o sr. teria mais alguma coisa a dizer?"
Alguns médicos fazem a revisão de sistemas na fase inicial do exame físico. Assim, enquanto coloca o manguito no braço do paciente para verificar a pressão arterial, o médico diz. "Sr. Pedro, seu intestino funciona bem?.... para urinar está tudo bem? …., etc". Deve-se tomar cuidado para que as perguntas não sejam relacionadas ao que se está fazendo naquele momento, pois o paciente poderá achar que você está encontrando uma anormalidade no segmento que está sendo examinado.
Outros problemas atuais (OPA): Neste item são colocadas as queixas secundárias do paciente, por exemplo, aquelas queixas que nada têm a ver com o contexto clínico e raciocínio do problema inicial que foi colocado como principal, mas que o paciente ou o médico, reconhecem que a nova queixa deve ser valorizada. Para tanto, podem constar mini-hipóteses diagnósticas para estas queixas. Procurar sempre separar a queixa principal das queixas secundárias a fim de que não ocorra confusão diagnóstica. Estas queixas, dependendo da situação, poderão ser abordadas nas consultas subseqüentes, e isto deve ser falado ao paciente, para demonstrar que não está sendo desvalorizado. Ex: Paciente: “ah Dr. já estava me esquecendo,...também estou com problemas sexuais,...na verdade parece que estou com impotência”. Médico: “certo, estou tomando nota desta situação, para poder abordá-la com mais detalhes na próxima consulta. Acho que a queixa da dor no peito devemos esclarecer mais rapidamente, tudo bem?”
	Seqüência de Anamnese
	ID - QP - HMA - HMP - HMF - CHV - PPS - RS - OPA
COMO DEVO TERMINAR A ENTREVISTA?
Para indicar o final da entrevista você pode dizer: “Obrigado por ter sido tão cooperativo” ou “Obrigado pela entrevista. Desejo que as coisas melhorem para o senhor”. Não diga que retornará a não ser que tenha certeza que o faça. Ofereça oportunidade para informações adicionais. O paciente pode ter esquecido algum aspecto ou retornar a algum ponto enquanto decide se pode ou não depositar confiança. É valioso perguntar: “Há algo mais que queira dizer?” Ocasionalmente assuntos muito importantes poderão ser relatados nos últimos minutos.
Ainda, não se esqueça que ao final do texto escrito da anamnese deve constar a identificação do entrevistador, constando o seu nome e assinatura, data bem como seus dados de registro profissional.
E SE O PACIENTE SAI DA ORDEM DAS PERGUNTAS?
Se o paciente sai da ordemda anamnese, saia também da ordem, tente porém retomar a ordem sem quebras bruscas e, se não for possível, vá pela ordem do paciente, mas, no final, sempre anote no prontuário na ordem tecnicamente apreendida.
DEVO FAZER SEMPRE UMA ANAMNESE COMPLETA?
Depende. Na prática, você deverá saber a anamnese completamente como estudante e médico, mas, de uma maneira geral, não todas as etapas e perguntas vão ser aproveitadas. Claro que tudo isso dependerá de qual é a queixa do paciente. 
Por outro lado, uma vez ou outra, haverão situações onde a anamnese deverá ser realizada de forma completa como por exemplo nos casos de doenças multissistêmicas que estimulem a múltiplas hipóteses diagnósticas como é o caso da febre de origem indeterminada (FOI), onde o leque de diagnósticos diferenciais é grande (aqui tente selecionar as mais graves primeiro). Da mesma maneira nos casos de pacientes com câncer de origem indeterminado ou mesmo quando estamos diante de um caso chamado de diagnóstico difícil.
Fora as situações em que se exige uma anamnese completa, utilize sempre o método hipotético-dedutivo (“funil”), no qual as hipóteses diagnósticas vão sendo testadas à medida que se avança na história clínica para terminar a mesma com o menor número de hipóteses possíveis. 
Lembrar que as respostas negativas a determinadas perguntas podem ser tão ou mais importantes que as respostas positivas no sentido de afastar ou aproximar uma hipótese diagnóstica. Assim, o fato de o paciente dizer que não tem febre em uma queixa de tosse seca de um mês de evolução, praticamente afastam doenças infecciosas do diagnóstico e aproximam outras possibilidades como alergia, refluxo gastroesofágico e até mesmo psicogênica. 
O QUE DEVO FAZER SE O PACIENTE TEM MUITAS QUEIXAS?
Quando o paciente tem muitas queixas principais, por exemplo “Dr. vim aqui porque estou tendo uma falta de ar, dor nos meus joelhos, intestino preso e queda de cabelo”. O médico pode se encontrar em uma encruzilhada, mas uma forma de se sair bem é tentar fazer com que o paciente diga qual dos sintomas mais o incomoda? algo como...“Sra. Maria, para que eu não possa perder o foco e poder ajudá-la melhor, qual dos sintomas mais a incomoda?”. O médico também poderá esclarecer ao paciente que tomará nota de todos os sintomas, mas abordará na consulta o que mais a incomoda, ou eventualmente possa ser o mais prioritário para o paciente. Outra forma de lidar com isso é tentar descobrir qual é o estímulo iatrotrópico (explicado anteriormente). No exemplo acima, talvez seja prudente abordar com mais ênfase a falta de ar (dispnéia). 
O QUE SIGNIFICA SINTOMA GUIA? 
É o sintoma-chave para o raciocínio, pois ele abre menos leques diagnósticos, conduzindo mais rapidamente ao diagnóstico final. Ex. QP: “febre, dores no corpo e tosse com sangue” (hemoptise certamente será o sintoma guia por abrir menos hipóteses diagnósticas e conduzir mais rapidamente ao diagnóstico).
	Lembretes
	A HMA é a parte mais importante da anamnese e é onde se deve gastar mais tempo.
O estímulo iatrotrópico é o real motivo da consulta.
O sintoma guia é o sintoma que faz chegar ao diagnóstico de forma mais rápida.
As perguntas abertas são as que oferecem maior número de informações.
Ao escrever no prontuário, faça-o com palavras técnicas, exceto na queixa principal.
Somente a prática fará com que você faça uma anamnese melhor. 
												
Leitura Complementar
ALGUNS PROCESSOS PSICOLÓGICOS IMPORTANTES RELACIONADOS À ANAMNESE
TRANSFERÊNCIA: É o processo inconsciente pelo qual uma pessoa tende a relacionar-se com outra de maneira análoga a um relacionamento primitivo, sendo esta geralmente uma figura paterna ou uma autoridade com a qual o objeto atual foi identificado. A transferência ocorre na maioria das novas relações de um indivíduo, realçando ou distorcendo as características da pessoa com a qual aquele está interagindo, sendo de fundamental importância nas relações médico-paciente. Desta forma, dependendo dos relacionamentos anteriores do sujeito com figuras parentais, o médico pode ser visto de diferentes formas: como um protetor que o tratará e o salvará, como um perseguidor que o fará sofrer, como um indivíduo forte e poderoso ou um fraco e incapaz. Um bom exemplo é o paciente já idoso que se identifica com o jovem aluno, por este ser semelhante ao neto de que tanto gosta. 
CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Ocorre quando, na sua interação com o paciente, o médico atua em termo de interações com objetos significativos de seu passado. A realidade do paciente pode ser, assim, mascarada pela realidade transferida do médico. Por exemplo, um médico perdeu o seu pai em decorrência de um câncer, apesar de ter tentado ajudá-lo de todas as formas possíveis. Ao precisar tratar de um doente com o mesmo problema, este médico acaba perdendo a objetividade e estabelece um tratamento inadequado, pois acha que o paciente irá morrer de uma forma ou de outra mesmo.
RACIOCÍNIO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO: Ao se basear em hipóteses, pode-se chegar a certas deduções lógicas em busca das soluções corretas a um determinado problema proposto. Neste tipo de raciocínio o sujeito inspeciona meticulosamente os dados do problema, neste caso a queixa do paciente, elabora um conjunto de hipóteses relacionado às teorias ou explicações mais prováveis e deduz a partir delas que determinados fenômenos empíricos podem ou não ocorrer na realidade, com maior ou menor probabilidade. Como etapa final deste processo, o sujeito pode ser capaz de uma testagem sistemática das hipóteses levantadas, verificando se os fenômenos previstos, de fato, ocorrem. Este raciocínio permite, portanto, que o sujeito formule diversas hipóteses simultaneamente, e deduza o valor de cada uma delas, quando confrontadas com sua probabilidade de ocorrência real.
PEQUENO GLOSSÁRIO DE TERMOS MÉDICOS
A 
Abscesso – Constitui uma coleção de pus ou material purulento, comumente associado a uma infecção bacteriana.
Abulia – Perturbação ou Alteração fisiopatológica caracterizada por diminuição ou supressão da vontade
Acalásia – Compreende a ausência de relaxamento dos esfíncteres. Comumente decorrente de distúrbio nervoso ou por causa desconhecida. 
Acrocianose – Distúrbio circulatório que manifesta-se em extremidades tornando-as frias e de coloração azulada. Ocorre principalmente em mãos, e menos comumente os pés, algumas manifestações de acrocianose estão associadas ao fenômeno de Raynaud.
Acromegalia – É um distúrbio representado pelo aumento desproporcional dos membros e face, associados a hiperfunção da hipófise.
Adenite – 	Inflamação ou ingurgitamento de uma glândula ou gânglio linfático. 
Adenomegalia - Hipertrofia de um gânglio linfático (linfonodo).
Aerofagia – Ato de deglutir ar Acomete algumas pessoas, especialmente as que sofrem de dispepsia ou de certos estados ansiosos, neuróticos ou mesmo em situações que levem um indivíduo à uma agitação física e psíquica. 
Afasia – Sintoma neurológico revelado por perda ou incapacidade de expressar ou interpretar a linguagem falada ou escrita. 
Aférese – Remoção do sangue do próprio paciente. 
Agalactia – Ausência de leite nas mamas depois do parto; agalactose.
Ageusia – Ausência ou redução do sentido do paladar. 
Aglossia – Ausência congênita da língua.
Agnosia – É uma perturbação que se caracteriza pelo fato de a pessoa poder ver e sentir os objetos
Agorafobia – Distúrbio caracterizado pela sensação de medo de estar só em espaço aberto.
Agrafia – É uma incapacidade para traduzir as idéias por escrito, apesar de não haver nenhum comprometimento psicomotor, da fala ou da compreensão.
Alopécia – É a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele.
Amaurose – É um distúrbio caracerizado por perda total da visão.
Amenorréia – É a ausência ou a cessação da menstruação em mulheres em idade fértil. Se menos de 3 meses chamamos de atraso menstrual.
Anafrodisia – Corresponde a falta de desejosexual. Frigidez
Anacusia - Total perda da capacidade auditiva
Anasarca – Acúmulo generalizado de líquidos entre os tecidos (espaço intersticial) ; edema generalizado. 
Angina – Termo médico utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da falta de oxigênação do músculo cardiac
Aneurisma - Alargamento de forma anormal da luz de um vaso sanguíneo
Anisocoria – Distúrbio onde ocorre desigualdade no diâmetro pupilar.
Anorexia – Disturbio onde o individuo apresenta perda de apetite ou do desejo de ingerir alimentos. 
Anosmia – Diminuição ou perda completa do olfato.
Anquiloglossia – Distúrbio de desenvolvimento revelado pela presença de freio lingual curto, leva ao fenômeno conhecido como "língua presa".
Anquilose – Imobilidade de uma articulação
Anúria – Diminuição ou supressão da secreção da urina
Apnéia – Condição onde há ausência de ciclos respiratórios.
Apnéia de sono – É um distúrbio do sono potencialmente grave em que a respiração cessa e começa repetidamente (SAHS: Sleep Apnea Hypopnea Syndrome).
Apraxia – É um distúrbio neurológico revelado pela incapacidade de executar movimentos coordenados
Artralgia – Dor em articulações
Artrite – Inflamação que acomete articulações
Artrose – Condição degenerativa representada pelo adelgaçamento ou destruição da cartilagem articular e deformação das superfície óssea de uma ou mais articulações
Ascite – Acúmulo/derrame de liquido em cavidade abdominal
Astenia – Ausência ou perda de força muscular. 
Ataxia - Falta de coordenação de movimentos musculares voluntaries ou mesmo de equilíbrio.
Atetose – Consequência de lesões centrais, caracterizada por apresentar movimentos irregulares e arrítmicos de mãos, pés associado a distensões e contrações dos dedos
B
Baqueteamento – Um termo que refere a uma dilatação da última falange de cada quirodáctilo, fazendo com que os dedos mimetizem uma baqueta de tocar tambor. É denominado também de hipocratismo digital ou dedos hipocráticos.
Bócio – Aumento do tamanho da glândula tireóide, produzindo um abaulamento clinico na região anterior do pescoço
Bolha – Termo semiológico que se refere à uma lesão elevada, maior que 1 cm de diâmetro e que apresenta acúmulo de liquido de aspecto claro ou citrino. Ocorre prevalentemente entre as camadas superficiais da epiderme ou mucosa. 
Bradicardia – Diminuição da frequência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto
Bradicinesia – Termo médico que define a lentidão anormal dos movimentos
Bradipnéia – Estado em que um indivíduo se encontra quando apresenta uma frequencia respiratória abaixo de 8 inspirações por minuto
Bulimia – É a ingesta compulsiva de alimentos, comumente seguida de indução de vômitos.
C 
Calázio – Condição inflamatória caracterizada por pequeno nódulo localizado em região inferior ou superior das pálpebras causado pelo bloqueio dos orifícios das glândulas palpebrais (glândula de Meibomius) 
Cacifo – Sinal clinico avaliado por meio de pressão digital sobre um edema de pele. Considera-se cacifo positive em áreas onde a compressão não se desfaz (retrai) imediatamente após a remoção da pressão digital.
Cacofagia – Estado mórbido em que o paciente apresenta perversão do apetite, fazendo-o ingerir substâncias consideradas repugnantes, como exemplo fezes.
Cacosmia – Indivíduo que aprecia ou sente atração por cheiros desagradáveis
Calvície – Também denominada de alopécia androgênica. É uma afecção, comum no homem e rara na mulher, representada por perda de cabelos 
Canície – Alvura adquirida e/ou fisiológica dos cabelos
Caquexia – Emagrecimento extremo com comprometimento franco do estado geral e incapacidade de desempenhar atividades mínimas
Catatonia – Quadro clinico onde ocorre uma perturbação da iniciativa e comportamento motor, bem como do grau de tensão muscular. É comum em transtornos psiquiátricos
Cefaléia - Dor de cabeça
Ceratite – inflamação na córnea.
Ceratocone – É uma condição patológica que afeta o formato e a espessura da córnea, como resultado, o paciente apresenta percepção distorcida de imagens.
Cervicalgia – Dor localizada na região cervical, isto é na parte posterior do pescoço ou nuca
Cervicite – inflamação localizada no colo uterino 
Choque – Sofrimento celular fruto da falta de irrigação sanguínea
Choque anafilático – Constitui uma reação alérgica grave, resultando em diminuição da pressão arterial, taquicardia, acompanhado ou não de edema de glote
Choque séptico – é o termo médico utilizado para designar a falência circulatório aguda por causa infecciosa
Cianose – Sinal onde o paciente apresenta cor azulada ou arroxeada da pele e das mucosas, decorrente da diminuição da oxigenação tecidual.
Claudicação – é um termo médico para designar distúrbio de marcha devido a diferenças anatômicas ou funcionais entre os membros inferiores
Clônus – Série de contrações involuntárias devido a um estiramento súbito do músculo
Colestase – Diminuição ou interrupção do fluxo da bilis como resultado de retenção do conteúdo biliar no parênquima hepático.
Colite – Inflamação do cólon
Constipação – Afecção produzida por alteração de transito intestinal, gerando retenção de fezes ou dificuldade de sua evacuação
Coriza - Corrimento de secreção nasal.
D
Dacriocistite – inflamação do saco nasolacrimal.
Delírio - Alteração aguda da consciência ou da lucidez, fruto de um distúrbio orgânica.
Derrame – Acúmulo anormal de liquido em qualquer cavidade ou órgão (pleural, peritoneal, pericárdica, sinovial).
Derrame Pleural – acúmulo de líquido no espaço pleural (tórax).
Diarréia – Tecnicamente consiste em evacuação de mais de 200 g de fezes ao dia. É uma também uma perturbação intestinal caracterizada por aumento frequência de evacuações 
Diérese – Segmentação de fragmentos de tecidos orgânicos normalmente unidas, de forma acidental ou cirúrgica, sem perda de substância.
Diplopia – Presença de visão dupla relatada p[elo paciente, ocorre comumente em estrabismo.
Disacusia - Estado mórbido em que sons produzem distúrbio da audição, dor ou mal-estar.
Disartria – dificuldade na articulação da fala 
Disdiadococinesia – Incapacidade de realizar eficientemente movimentos rápidos e alternados. Ocorre comumente em doença cerebelar.
Disenteria - Diarréia com a presença de muco, pus ou sangue nas fezes e dor à evacuação (tenesmo).
Disfagia – Distúrbio em que o paciente apresenta dificuldade de deglutição. Ex.: megaesôfago chagásico.
Disfasia – Perturbação na compreensão e/ou expressão da linguagem.
Disfonia – Alteração ou dificuldade da produção normal da voz
Dislexia – Disfasia escrita ou dificuldade de leitura, apesar da visão e da articulação das palavras apresentarem-se normais. Resulta de um defeito da habilidade de processar símbolos gráficos.
Dismenorréia – Dor associada à menstruação
Dispareunia - Coito doloroso 
Dispepsia – É um conjunto de sinais relacionados ao trato gastro intestinal com odor, queimação ou desconforto na região superior do abdomen.
Dispnéia – Dificuldade para respirar, sensação subjetiva de falta de ar ao nível de trato respiratório inferior.
Dispnéia paroxística - Dificuldade da respiração que surge em crises, comumente à noite quando o paciente deita (comumente conhecida como dispnéia paroxística noturna).
Distaxia – Dificuldade na coordenação de movimentos musculares voluntaries ou de equilíbrio
Distonia – Movimento ou postura anormal mantida, devido à alteração do tônus.
Disúria – Micção difícil ou dolorosa de urina.
Diverticulite - Inflamação aguda da parede de um divertículo colônico
Divertículo - Eventração de parte da mucosa do colon através de uma área enfraquecida da parede intestinal.
E 
Eclâmpsia – É uma complicação grave nos últimos meses de gravidez caracterizado por ataques convulsivos de inicio súbito 
Eczema - Lesões generalizadas em forma de placas, manchas ou por vezes bolhas, devidoa uma reação por contato local ou por ação de uma agressão sistêmica.
Edema – Acúmulo anormal de liquido localizado nos espaços intercelulares dos tecidos ou em diferentes cavidades corpóreas
Efélides - São manchas ou máculas causadas pelo aumento de melanina na pele e estimuladas pela exposição ao sol. Popularmente chamadas de sardas.
Embolia – Presença de uma substância sólida, líquida ou gasosa no circuito arterial com a conseqüente obstrução do fluxo
Encoprese – Emissão involuntária de fezes, após a idade na qual o controle dos esfíncteres já deveria existir.
Enema - Inserção de substâncias líquidas ou semilíquidas através do esfíncter anal, para induzir a defecação ou administrar medicamentos
Enfisema – Condição patológica caracterizada por destruição das paredes dos alvéolos pulmonares
Enoftalmia – Retração do globo ocular, posição profunda do globo ocular na órbita
Enterorragia – Hemorragia intestinal com eliminação de sangue vivo pelo ânus
Enurese – Emissão involuntária de urina
Episiotomia – Incisão ao nível do assoalho perineal, visando ampliar o canal do parto, facilitando o desprendimento fetal.
Epispádia - Abertura da uretra em qualquer região da face dorsal da haste peniana
Epistaxe – Hemorragia de origem nasal.
Equimose – Mancha amarronada/acastanhada, resultante do extravasamento de sangue no tecido subcutâneo resultado de uma ruptura capilar
Erisipela – Infecção cutânea que acomete derme e tecido subcutâneo, produzida por estreptococus. 
Eritema – Também denominado de rubor, consiste de um sinal clinico caracterizado por uma coloração avermelhada ocasionada por vasodilatação vascular.
Eritrodermia – Eritema ou ruborização generalizada em pele. 
Eructação – Expulsão súbita, por vezes ruidosa, de gases pela boca. popularmente denominado "arroto", tem como causa principal a aerofagia.
Escotoma – É uma região do campo visual que apresenta perda total ou parcial da acuidade visual, cerceada por área de visão normal
Esteatorréia - Presença de quantidade anormal e excessiva de gorduras nas fezes.
Estridor - Ruído respiratório áspero, de tonalidade alta, ocorre por obstrução das vias aéreas altas (corresponde ao sintoma de cornagem)
Exantema – erupção eritematosa generalizada e aguda, de curta duração. 
	Nota ao leitor: Exantema pode ser - morbiliforme, 
-	rubeoliforme (áreas afetadas entremeadas com pele sã) 
-	escarlatiniforme (difuso e uniforme).
Exoftalmia – projeção do globo ocular para frente.
Exsulceração - Processo patológico de formação de uma úlcera
F 
Fácie de “Lua Cheia” – ou também denominada de fácie Cushingóide, é uma condição onde o rosto do paciente apresenta-se arredondado, por depósito de gordura, avermelhado, com aumento na quantidade de pelos e com acne.
Fâneros - Anexos cutâneos (pele e unhas)
Fasciculação – São contrações irregulares e não rítmicas de fascículos musculares, mesmo no estado de repouso. Essa condição desaparece com o a movimentação voluntária da musculatura.
Fenômeno de Raynaud – É uma condição na qual ocorre um exagero na resposta à temperatura fria. são afecções nas quais as artérias de pequeno calibre (arteríolas), geralmente dos dedos das mãos e dos pés, sofrem um espasmo e, em consequência, a pele torna-se pálida ou com manchas vermelhas e, posteriormente, azuis. 
Fimose – Condição na qual é impossível retrair o prepúcio sobre a glande, de forma a exteriorizá-la. 
Flatulência – Corresponde ao acúmulo anormal de gases no estômago e/ou intestinos.
Flebite – São inflamações que ocorrem em veias.
Flegmasia Alba dolens – Condição patológica onde ocorre palidez devido à isquemia secundaria ao fluxo arterial devido a diminuição do retorno venoso. É uma situação pouco frequente e grave, mas que não apresenta cianose.
Flegmasia Coerulea dolens – Oclusão do sistema venoso superficial e profundo simultaneamente. O membro acometido torna-se cianótico, denominado de “flebite azul”. A cianose pode levar à necrose do membro devido a intensa área isquêmica.
Fonofobia - Intolerância a ruídos ou sons
Fotofobia - Intolerância à luz
Frêmito – Sensação vibratória que pode ser percebida ao exame de palpação do tórax de um indivíduo no momento em que ele fala (toracovocal) ou no momento em que respira (pleural e brônquico).
Frigidez – Insensibilidade sexual, anafrodisia.
G 
Galactorréia – Secreção leitosa por via mamária de forma anormal e fora do período de amamentação
Gangrena – Condição de morte celular/tecidual resultado de em conseqüência de aporte sangüíneo insuficiente e da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado. Divide-se em Gangrena gasosa, na qual ocorre presença de bolhas de gás devido à ação de bactérias anaeróbias no tecido necrosado; 
Nota ao leitor: Gangrena pode ser dividido em
Gangrena seca, na qual ocorre desidratação dos tecidos necrosados, que ficam secos e duros como pergaminhos (“mumificação”); 
	Gangrena úmida ou pútrida, por liquefação e putrefação 
Gastrite – Inflamação aguda ou crônica da mucosa estomacal
Gengivite - Inflamação na gengiva, sem comprometimento ósseo adjacente. 
Ginecomastia - Aumento anormal de uma ou ambas as glândulas mamárias em indivíduos do sexo masculino
Glaucoma - Aumento da pressão intra-ocular
Glicosúria - Presença de glicose na urina
Goma – Lesão cuja característica apresenta-se como nódulo ou tumor que se liquefaz na porção central e que pode se ulcerar, eliminando substância necrótica. Comum em lesões de sífilis
H
Halitose – Presença de odor desagradável proveniente da cavidade oral.
Halo senil – Também denominado de arco senil ou gerontoxo. Corresponde a formação de um arco ou anel opaco-esbranquiçado opacidade perifericamente a córnea. Sua gênese pode estar associada ao acúmulo de colesterol, fosfolipídios e gorduras neutras; ocorre em pacientes idosos ou em jovens com história de hipercolesterolemia e xantomatose.
Hematêmese – Eliminação de sangue por meio de vômito proveniente do tubo digestivo.
Hematoma – Tumefação bem definida que ocorre devido a Coleção sangüínea proveniente de rompimento de vasos sangüíneos.
Hematoquezia – É um termo médico utilizado para designar a presença de sangue com cor vermelha viva misturado as fezes. A hematoquezia está geralmente associada a uma hemorragia baixa (tipicamente refere-se a uma hemorragia após o ângulo de Treitz ou ângulo duodeno-jejunal 
Hematúria – É a presença de sangue na urina.
Hemiplegia - Paralisia de uma area que afeta metade do corpo
Hemoflictema - Vesícula com conteúdo sanguinolento no seu interior
Hemoptise – Expulsão/expectoração sanguínea ou sanguinolenta por meio da tosse, proveniente de hemorragia na árvore respiratória.
Hemorragia – Extravasamento de sangue do sistema cardiovascular para outra topografia anatômica ou para a porção extra-corpórea.
Hepatite - Inflamação do fígado. 
Hipertricose – Aumento da pilosidade (crescimento de pelos), localizada a uma topografia especifica ou generalizada, de caráter genético ou adquirido, que surge comumente em locais normalmente providos de pelos.
Hipoacusia – Diminuição da acuidade auditiva.
Hipostadia – Defeito congênito no pênis, onde o meato uretral abre-se ventralmente em qualquer ponto ao longo da haste peniana ou mesmo no períneo.
Hipotricose – Ausência de pêlos ou cabelos em topografia anatômica em que comumente deveriam aparecer. 
Hirsutismo – É o desenvolvimento na mulher de uma pilosidade excessiva e de feitio masculino em locais normalmente desprovidos de pelos 
Histerectomia – É a remoção cirúrgica do útero, que também pode incluir a retirada das trompas adjacentes e do ovário.
Hordéolo – Corresponde a um pequeno abscesso que ocorre na borda das pálpebras causado pela inflamação dos folículos ciliares. O hordéolo interno é denominado de calázio. 
I 
Icterícia - Coloração amarelada da pele, mucosas e esclerótica resultado de maior presença de pigmentos biliares (bilirrubina)no sangue do paciente
Ictiose – Condição hereditária, onde a pele de um indivíduo apresenta forma semelhante a escamas de peixe (dermatose ictiosiforme). Ocorre principalmente em Síndrome de Zunich.
Ileíte – Inflamação do íleo 
Infarto - Morte de um tecido ou mesmo de um órgão por irrigação sangüínea insuficiente ou inadequada
Impersistência – Paciente abaixa o braço sustentado, não por déficit de força, mas sim por "impaciência em manter a posição do braço"; sempre diferenciar de déficit de força.
Incontinência - Perda da capacidade de controlar os esfíncteres anal ou vesical)
Iridociclite – infecção de um dos anexos da vista.
Irite – inflamação da íris.
K 
Kernicterus – é o resultado da impregnação de bilirrubina em núcleos da base do cérebro em crianças ictéricas. O quadro clínico destas crianças, comumente revela espasticidade, atetose, ataxia ou posteriormente deficiência mental.
Kwashiorkor – Condição de desnutrição infantile grave, caracterizada por uma carência absoluta ou relativa do aporte de proteínas, mas com presença de oferta de carboidratos
L 
Lagoftalmia – É uma condição que impede a pessoa de fechar completamente as suas pálpebras
Leucocitúria – Presença de leucócitos na urina.
Leucoderma - Termo para designar um paciente caucasiano
Leucoma – É a opacidade corneana. A córnea cursa com aspecto branco em toda sua extensão ou em parte.
Leucoplasia - Termo clínico usado para designar uma lesão de matiz esbranquiçada em mucosas
Leucorreia - Corrimento de coloração esbranquiçada através da vagina ou uretra
Leucotricose – Embranquecimento dos cabelos devido à falta de formação de melanina pelos melanócitos da matriz do pêlo; pode ser congênita (albinismo) ou adquirida (poliose).
Leucotríquia anular – pili annulati (pêlos anulares); distrofia congênita rara, na qual os cabelos apresentam áreas claras e escuras de forma alternadas.
Linfadenite – Inflamação dos gânglios linfáticos. Condição que comumente leva a linfadenomegalia
Linfadenomegalia – Aumento de linfonodos (sinônimo de adenomegalia)
Lipotímia – Desfalecimento, desmaio fugaz, sem que ocorra perda de consciência.
Lombalgia - Dor na região lombar
M 
Mácula - Pequena mancha cutânea plana, sem elevação, com coloração distinta do tecido que a circunda.
Madarose – É uma condição que resulta na perda dos cílios, por vezes, as sobrancelhas. Corresponde a um estigma da hanseníase
Marasmo – É uma forma de desnutrição que causa perda do tecido muscular e subcutâneo.
Mecôneo – Substância pastosa de cor esverdeada, que é coletada no intestino do feto e constitui as primeiras evacuações dos recém-nascidos.
Melanoderma - Termo para designar um paciente afro-descendente
Melena – Evacuação de fezes de cor negra, que indica presença de sangue digerido no conteúdo fecal. Fezes moles e pastosas, em “borra de café” e de odor bastante fétido.
Hematêmese – Vômito em forma de “borra de café”. Ocorre quando o sangue esteve em contato com o ácido gástrico por um período de tempo.
Menarca – Corresponde a primeira menstruação de uma mulher, geralmente por volta dos 12-15 anos.
Menopausa - Período da vida da mulher em que cessa a menstruação.
Metástase - Presença de tecido tumoral/neoplásico, localizada em um lugar distante do sítio de origem, por disseminação hematogênica ou linfática
Meteorismo – Intumescência abdominal resultado do acúmulo de gases no estômago e alças intestinais.
Método não invasivo – Procedimentos em que não envolvem instrumentos que rompem a pele ou que penetram fisicamente no organismo
Metrorragia – É o sangramento uterino irregular, fora do período menstrual.
Midríase – É a dilatação da pupila em função da contração do músculo dilatador da pupila.
Mioclonia – Contração muscular involuntária e súbita.
Miose – Contração da pupila. Diminuição do diâmetro pupilar 
N 
Narcose – é o nome dado à alteração do estado de consciência devido à intoxicação por determinadas substâncias, como narcóticos
Nevo – São pequenas manchas ou elevações de coloração acastanhada ou enegrecida na pele e que aparecem nas primeiras décadas de vida em quase todas as pessoas.
Nictúria – Predominância da emissão do volume urinário noturno sobre o diurno. 
Nistagmo – Tremores rítmicos, involuntários e bilaterais dos globos oculares no sentido horizontal, vertical ou rotatório.
Nódulo – Lesão sólida, elevada, apresentando diâmetro maior que 1 cm
Nucalgia - Dor na nuca
Nulípara – mulher que nunca deu à luz.
O
Obstipação – aumento no intervalo entre as evacuações. Acompanhada de fezes ressecadas e dificuldade na eliminação das mesmas. É definida como uma alteração do hábito intestinal na qual o indivíduo fica sem evacuar por mais de 3 dias. Também conhecida como prisão de ventre.
Odinofagia - Dor que ocorre durante o processo de deglutição
Oligomenorréia - Menstruação irregulares com intervalos prolongados. A presence da oligomenorréia sugere disfunção ovariana
Oligúria – Redução importante no volume urinário diário ( geralmente menor que 100 ml em adultos). 
Onicólise – Descolamento da unha do leito ungueal, a partir de sua ligação distal e/ou lateral.
Onicomalácia – Unha de consistência amolecida e friável; sugere sinal de doenças sistêmicas.
Ooforite - Inflamação do ovário
Orquite – Processo inflamatório do testículo 
Ortopnéia – Dificuldade para respirar quando o paciente está deitado; melhora quando o paciente se senta, mantendo o tronco ligeiramente fletido (diminui o retorno venoso).
Orquite – Inflamação nos testículos
Osteomalácia – Paciente apresenta amolecimento e curvatura gradual dos ossos com sintomatologia dolorosa de intensidade variável. Resultado da calcificação deficiente em virtude da deficiência de vitamina D. É também conhecida como Raquitismo do adulto.
Otalgia - Dor de ouvido
Otorragia - Sangramento expelido pelo ouvido
Otorréia – saída de secreção do ouvido.
P 
Palpitação - Percepção subjetiva e incômoda de batimento acelerado ou irregular do coração.
Pápula – lesão sólida, elevada, apresentando até 1 cm de diâmetro.
Paralisia de Bell – Acometimento que ocorre no nervo facial que leva à fraqueza repentina ou à paralisia dos músculos de um dos lados da face – paralisia hemifacial
Paraplegia – Paralisia completa de dois segmentos simétricos do corpo (geralmente dos membros inferiores).
Paresia - Perda parcial da motricidade - diminuição da força muscular
Parestesia – Aparecimento de sensação anormal e mal definidas, sem prévia estimulação. Dormência e formigamento são os representantes mais significativos da parestesia.
Paroníquia – É uma infecção da pele que situa-se ao redor das unhas dos dedos das mãos ou dos pés 
Pectorilóquia – Palavra pode ser ouvida com nitidez durante o processo de ausculta pulmonar. 
Nota ao leitor: Pectorilóquia pode ser 
fônica (voz normal) 
áfona (voz “cochichada”). 
Pênfigo – Denominação geral a um grupo de doenças autoimunes, pouco freqüentes, consistindo em dermatoses crônicas, recidivantes e algumas vezes fatais. São caracterizadas clinicamente pelo aparecimento de sucessivos grupos de vesículas e bolhas, inicialmente na mucosa bucal ou orofaríngea e, depois, na pele aparentemente sadia; as bolhas se rompem deixando uma zona erodida, posteriormente recoberta por crostas. A epiderme descola-se facilmente do plano subjacente (Sinal de Nikolski).
Pirose – Sensação de calor ou queimação no estômago (região retroesternal ou epigástrica). Conhecida como azia
Piúria – Presença de conteúdo mucopurulento (pus) na urina, é resultado de leucocitúria.
Placa - Lesão elevada superficial com diâmetro acima de 1cm de diâmetro
Plegia - Perda de força muscular ou paralisia.
Pletória – Aumento local ou geral da massa sanguínea. Quando local pode ser denominado de congestão.
Polaciúria – Aumento da frequência urinária, sem relação com o volume de urina excretado
Polidipsia – Termo que referea sede excessiva 
Polifagia – Fome excessiva
Poliúria – Aumento no volume normal de urina excretado nas 24 hora
Priapismo – Ereção prolongada, não associada com estimulação sexual e geralmente dolorosa.
Proctite – Inflamação da mucosa do reto.
Pródromo - Manifestação clínica ou sintomática que antecede uma doença.
Proptose – Deslocamento de um órgão para frente; proptoma. 
Pterígio – Tecido fibrovascular recoberto pela conjuntiva ocular, de forma triangular e geralmente localizado no canto interno do olho.
Ptose palpebral – Queda da pálpebra associada a lesão do nervo oculomotor (N.C. III). 
Pústula – Vesícula de conteúdo purulento.
Puxo – Contração espasmódica do reto que precede as evacuações.
R 
Rash – Erupção de coloração avermelhada/eritematosa em pele como resultado de uma reação alérgica ou infecção (=exantema)
Regurgitação – Retorno à boca ou garganta do alimento recém ingerido sem esforço de vômito; ocasionado por refluxo intenso.
Ressecção – Extirpação cirúrgica parcial ou total de um órgão.
Rinite – Inflamação do nariz.
Rinorréia – Secreção nasal.
S
Salicismo – Intoxicação por ácido salicílico (aspirina).
Sepse (antiga septicemia) – disseminação de bactérias patogênicas partir de um foco de infecção através da circulação sistêmica (Ver choque séptico)
Sialorréia – Aumento da secreção de saliva.
Sialosquise – Diminuição da secreção de saliva. 
Sinal – Manifestação objetiva de uma doença. 
Sinal patognomônico - Manifestação específica de uma entidade patológica (doença).
Síncope – perda súbita da consciência, geralmente acompanhada de perda do tônus postural.
Síndrome – Conjunto de sinais e sintomas de mesma marcha evolutiva, porém de causas diversas, que caracterizam um estado mórbido e que se repete na população.
Sintoma – Manifestação subjetiva de uma doença. Também é uma percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo
Supuração – Presença de secreção purulenta
T
Taquicardia - Aceleração dos batimentos cardíacos, comumente considerado acima de 100 bpm.
Taquipnéia - Aumento da freqüência respiratória
Tenesmo – Espasmo doloroso do esfíncter anal ou vesical com desejo urgente de defecar ou urinar. Há eliminação de quantidade mínima de fezes ou urina.
Tinitus - Zumbidos (=acúfenos). Sensação subjetiva de ruídos sonoros sem existir uma fonte sonora específica. 
Tique - Movimento repetido irregular espasmódico.
Trepanação – É uma intervenção cirúrgica, em que um buraco (fenestra) é aberto no crânio humano.
Tumor – Lesão sólida, elevada, com mais de 3 cm de diâmetro.
U
Úlcera - Termo clínico ou anátomo-patológico para designar perda de revestimento epitelial deixando o tecido conjuntivo ou derme desnuda
Unhas de Lindsay – Unhas apresentando metade proximal de cor branca, 20-50% distal vermelho. Ocorre na insuficiência renal.
Unhas hipocráticas – Unhas recurvadas, em padrão de “vidro de relógio”, com baqueteamento digital.
Urtica – Pápula eritêmato-edematosa, de duração efêmera que tem freqüentemente a borda irregular com aspecto de irregular. Pode coalescer e formar placa eritematosa.
V
Vaginismo – Contração involuntária da vagina
Vaginite - Inflamação da mucosa que reveste a vagina
Vegetações – Projeções sólidas, digitiformes, moles, por vezes sangrantes e de tamanhos variáveis.
Verruga – Vegetação de superfície queratótica, de aspecto irregular.
Vertigem - Sensação de rotação do organismo em relação ao ambiente ou do ambiente em relação ao organismo (alucinação de movimento) por alteração do sistema labiríntico ou cerebelar
Vesícula – Coleção líquida, elevada, com diâmetro de até 1 cm.
Vômica – Eliminação súbita de grande quantidade de secreção mucupurulenta, de odor fétido; proveniente de cavidades, supurações ou perfurações pulmonares.
X
Xantelasma – manchas ou placas amarelas que surge na região das pálpebras, provocada pelo depósito de lipídeos
Xantoderma - Termo para designar paciente nipônico (pele de cor amarela)
Xantomatose – Acúmulo ou excesso de lipídios no organismo por alteração metabólica e/ou formação de tumores
Xeroftalmia – Perda da secreção lacrimal e caracterização de ressecamento excessivo das mucosas que revestem o olho 
Xerostomia - Ressecamento da boca em resultado pela secreção insuficiente ou ausente das glândulas salivares.
SIGLAS MÉDICAS COMUNS
A
ACO – anticoncepcional oral
ACM – a critério médico 
ACT – angioplastia coronariana transluminal
ACTH – hormônio adrenocorticotrófico 
ADH – hormônio anti-diurético 
AHT – anti-hipertensivo
AINE – anti-inflamatório não esteróide 
AINH – anti-inflamatório não hormonal 
Atb – antibiótico
AVC – acidente vascular cerebral
AVE – acidente vascular encefálico
B
BAAR – bacilo álcool-ácido resistente 
BAV – bloqueio atrioventricular 
BAVT – bloqueio atrioventricular total 
BB - betabloqueador
BCANF – bulhas cardíacas arrítmicas normofonéticas 
BCCa – bloqueador do canal de cálcio
BCE – broncoespasmo 
BCG – vacina contra tuberculose 
BCRNF – bulhas cardíacas rítmicas normofonéticas
BCRNF a 2T – bulhas cardíacas rítmicas normofonéticas em dois tempos 
BEG – bom estado geral 
BPM – batimentos por minuto 
BPN – broncopneumonia
Bx – biópsia 
C
Ca – câncer
CAT - cateterismo
CC – centro cirúrgico
CD – conduta 
CHAAE – corado, hidratado, anictérico, acianótico e eupneico 
CIA - comunicação inter-atrial
CIC – conforme informações colhidas
CIV – comunicação interventricular
CIVD – coagulação intravascular disseminada 
CM – clínica médica
CMH – cardiomiopatia hipertrófica
CPP – campos pleuro-pulmonares
CU – contração uterina 
CV – cardiovascular
CVC – cateter venoso central 
D
DAC – doença arterial coronariana
D0 – dia zero da medicação
DC – débito cardíaco 
DHEG – doença hipertensiva especifica da gestação 
DI – dia de internamento (precedido de número)
DIIIC – doença Inflamatória inespecífica inflamatória crônica
DIP – doença inflamatória pélvica 
DLP – dislipidemia 
DM – diabetes mellitus
DP – derrame pleural 
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica
DRGE – doença do refluxo gastroesofágico 
DST – doença sexualmente transmissível 
DUM – data da última menstruação
DVA – droga vasoativa 
DV – dados vitais
Dx – diagnóstico
E
EAo – estenose aórtica
ECN – enterocolite necrosante 
EF – exame físico 
EIC – espaço intercostal 
EIM – erro inato do metabolismo 
F
FA - fibrilação atrial
FAB – ferimento por arma branca 
FAF – ferimento por arma de fogo 
FAV – fístula arteriovenosa
FC – frequência cardíaca 
FCC – ferimento corto-contuso
FD – flanco direito 
FE – flanco esquerdo 
FID – fossa ilíaca direita 
FIE – fossa ilíaca esquerda 
FR – frequência respiratória 
Fx – fratura 
G
GASA – gradiente albumina soro ascite
GASP – gradiente albumina soro pleura
GASP – gradiente albumina soro pleura
GECA – gastroenterocolite aguda
GO – ginecologia e obstetrícia
H
HAS – hipertensão arterial sistêmica
HD – hipótese diagnóstica 
HIC – hipertensão intracraniana 
HP – hipertensão pulmonar
HSA – hemorragia subaracnóidea
HVE – hipertrofia do ventrículo esquerdo
I
IAM – infarto agudo do miocárdio 
IAo – insuficiência aórtica
IBP – inibidor de bomba de prótons 
ICC – insuficiência cardíaca congestiva
ICO – insuficiência coronária crônica 
IECA – inibidor da enzima conversora de angiotensina 
IMC – índice de massa corpórea 
IRA - insuficiência renal aguda
IRC – insuficiência renal crônica
ITU – infecção do trato urinário
IVAs – infecção das vias aéreas superiores
IVE – insuficiência ventricular esquerda
L
LER – lesão por esforços repetidos
LES – lúpus eritematoso sistêmico 
LOTE – lúcido e orientado no tempo e espaço
M
MCP – marcapasso
MEG – mal estado geral 
MH – mal de Hansen
MIC – concentração inibitória mínima 
MID – membro inferior direito
MIE – membro inferior esquerdo 
MMII – membros inferiores 
MMSS – membros superiores 
MR – moléstia reumáticaMSD – membro superior direito 
MSE – membro superior esquerdo 
MTX – metotrexato 
MV – murmúrio vesicular 
MV + sem RA – murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios 
N
Neo – neoplasia
O
OMA – otite média aguda
OVAS – obstrução vias aéreas superiores 
P
P – pulso 
PA – pressão arterial 
PC – pares cranianos
PCA – persistência do canal arterial
PCR – parada cardiorrespiratória 
PCTE – paciente 
PEG – péssimo estado geral 
PN - pneumonia
PO – pós-operatório (precedido do número)
PS – pronto-socorro 
Q
QT – quimioterapia
R
RHA – ruídos hidro-aéreos
RT – radioterapia
RCP – ressuscitação cardiopulmonar 
RCU - retocolite ulcerativa
RDT – radioterapia 
REG – regular estado geral 
RFM – reflexo foto motor 
RHA – ruído hidroaéreo 
RN – recém-nascido
RVM – revascularização miocárdica
RVP – resistência vascular periférica 
RVS – resistência vascular sistêmica 
RxT – raio x de tórax
S
SAS – síndrome da apnéia do sono
Sd – síndrome 
SIC – segundo informações colhidas
SDRA – síndrome do desconforto respiratório agudo 
SIDA – síndrome da imunodeficiência adquirida humana
SII – síndrome do intestino irritável
SIRS - síndrome da resposta inflamatória sistêmica
SSRI – inibidores seletivos da receptação da serotonina
SSVV – sinais vitais 
Sx – sintomas
T
TAG – transtorno de ansiedade generalizada
T – temperatura 
TB – tuberculose
Tbg – tabagista 
TCE – trauma crânio-encefálico 
TEP – tromboembolismo pulmonar
TEV – tromboembolismo venoso 
TGA – transposição de grandes artérias 
TRH – terapia de reposição hormonal 
TQM – traqueostomia 
Tu – tumor
TVP – trombose venosa profunda
Tx – tratamento
U
UPP – úlcera por pressão 
UTI – unidade de terapia intensiva
V
VB – vesícula biliar
VM – ventilação mecânica
VMG – visceromegalia 
BIBLIOGRAFIA
BARROS, Alba Lucia Botura Leite de. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002.
BICKLEY, Lynn S; SZILAGYI, Peter G. BATES Guide to Physical Examination and History Taking, 127 ed., 2017.
BEVILACQUA, Fernando. Manual do exame clínico. 13. ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica. 2003.
EPSTEIN, O.; et al. Exame Clínico. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
GOLDMAN-CECIL Medicine, 25th edition, 2017
MANGIONE, Salvatore. Segredos em diagnóstico físico. Porto alegre: Artmed, 2001.
PIERIN, Ângela M. G. Hipertensão arterial: uma proposta para o cuidar. São Paulo: Manole, 2004.
PIMENTA, Cibele Andruciolli de Matos; MOTA, Dálete Delabera Corrêa de Faria; CRUZ, Diná de Almeida Lopes Monteiro da. Dor e cuidados paliativos: enfermagem, medicina e psicologia. Barueri, São Paulo: Manole, 2006.
PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico: bases para a prática médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
POSSO, Maria Belén Salazar. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 1999.
GESEP - Grupo de Estudos em Semiologia e Propedêutica - gesepfepar.com

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