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aula3 a primeira escolhinha

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Aula 03 – Transformações no Ensino da Arte no Brasil 
 
 
 
A primeira Escolhinha de Arte no Brasil 
 
 
 O grupo, formado pelo artista plástico pernambucano Augusto Rodrigues, a 
professora gaúcha de Arte Lúcia Alencastro Valentim e a artista norte-americana Margaret 
Spencer, cria este espaço com o objetivo de abrir uma escola de arte para crianças, jovens 
e adultos, onde pudessem entrar em contato com as diferentes linguagens da arte e 
explorar livremente seu processo de criação artística. Essa iniciativa foi um marco no 
contexto educacional geral, uma vez que nos anos 40/50 a Arte não fazia parte do currículo 
obrigatório e oficial das escolas brasileiras. 
 
 A Escolinha de Arte do Brasil foi, também, um dos primeiros espaços a incorporar 
crianças, jovens e adultos com deficiência, como os alunos de suas oficinas, e se propôs a 
pesquisar alternativas de trabalho com arte numa perspectiva inclusiva. Os alunos com 
necessidades especiais não eram segregados em classes especiais e participavam das 
atividades artísticas, incluídos no grupo, junto com os demais participantes. 
 
 A Escolinha de Arte do Brasil foi criada como um espaço aberto à experimentação e 
às iniciativas inovadoras, onde se buscava construir uma dinâmica de trabalho que 
valorizasse o processo de criação de cada pessoa envolvida, sem a preocupação com 
horários preestabelecidos ou com a separação dos grupos por faixa etária. De acordo com 
Azevedo (2002, p.7), “a criança, nessa escola, não era pensada como miniatura do adulto, 
mas valorizada e respeitada em seu próprio contexto, com sua forma peculiar de 
pensar/agir no mundo, possuindo uma expressão original, que deveria ser comunicada 
através de seu gesto-traço, seu gesto dramático/teatral e seu gesto sonoro”. 
 
 Augusto Rodrigues e o grupo de educadores da Escolinha de Arte procuravam 
sintetizar as ideias da Escola Nova no ensino artístico, valorizando a criatividade, a 
espontaneidade, a integração das diferentes linguagens e a livre expressão. Nesta 
perspectiva, uma maior ênfase era conferida ao fazer artístico e ao processo de criação, 
em detrimento do produto deste processo, ou seja, a própria obra artística. 
 
 O aluno aprenderia fazendo, experimentando, pesquisando soluções estéticas para 
as questões que surgissem em seu próprio trabalho, sem o direcionamento do educador 
sobre suas ações.

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