NUTRIÇÃO DA GESTANTE E LACTENTE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Prof.ª Sabrina Macedo
Nutricionista Clínica e Funcional
CRN3.47-865
NUTRIÇÃO DA GESTANTE E LACTENTE
FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS LAGOAS - AEMS
Gestação
Período gestacional: 40 semanas, 3 trimestres, 9 meses
GRAVIDEZ OU GESTAÇÃO
Nome dado ao período de desenvolvimento do embrião no útero desde a concepção até o nascimento.
Nesta fase ocorrem importantes adaptações para a mãe e para o feto, heterogêneas:
Anatômicas
Fisiológicas
Metabólicas
NUTRICIONAIS
Condição de saúde nutricional do embrião depende do estado pré-gestacional.
3
Aspectos Fisiológicos e 
Nutricionais na Gestação
Etapa inicial da nutrição do embrião e feto:
Até 8 semanas – células endometriais;
A partir do 16º dia de fecundação – PLACENTA.
Aspectos Fisiológicos e 
Nutricionais na Gestação
PLACENTA
Pesa aprox. 450g em gestação a termo; Estrutura esponjosa, oval com 15 a 17 cm de diâmetros.
Aspectos Fisiológicos e 
Nutricionais na Gestação
PLACENTA – FUNÇÃO:
Difusão de substâncias alimentares pelo sangue da mãe para o feto;
Difusão dos produtos de excreção do feto para a mãe;
Produção de substâncias e hormônios necessários ao crescimento e desenvolvimento do feto. 
Adaptações Fisiológicos na Gestação
Primeiro Trimestre
 do metabolismo basal (15 – 25%)
 do coeficiente respiratório e ritmo cardíaco
Expansão uterina urina
Modificações fisiológicas nas mamas
 
 
Adaptações Fisiológicos na Gestação
 Segundo e Terceiro trimestre (13 - 28)
O meio externo vai exercer influência direta na condição nutricional do feto;
 Ganho de peso adequado 
 Ingestão de energia e nutrientes 
 Fator emocional e estilo de vida
Adaptações Fisiológicos na Gestação
 Segundo e Terceiro trimestre
As gengivas podem se tornar esponjosas devido à ação aumentada dos hormônios;
O refluxo do esôfago pode provocar azia, devido ao relaxamento do esfíncter no alto do estômago;
O coração trabalha duas vezes mais do que uma mulher não grávida e faz circular 6 litros de sangue por minuto;
O útero precisa de 50% a mais de sangue que o habitual;
Os rins precisam de 25% a mais de sangue do que o habitual. 
Retardamento gástrico provocado pela diminuição das secreções gástricas
Principais hormônios e suas 
funções na gestação
Progesterona:
Principal ação: relaxa a musculatura lisa do útero (interfere no intestino sua motilidade).
Gonadotrofina coriônica humana (HCG):
Apresenta papel fundamental no início da gestação.
Estrógeno:
Aumenta a elasticidade da parede uterina e do canal cervical
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS
Fatores que influenciam os requerimentos energéticos:
  TMB
 Ajustes fisiológicos maternos
 Atividade física
OBS: Os requerimentos energéticos são maiores entre a 10ª e 30ª semana gestacional.
EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS
O custo energético da gestação é extremamente flexível e influenciado pelo:
 Estado nutricional pré-gestacional;
 Ingestão energética durante a gestação;
 Tamanho fetal.
CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
Cálculo do VET
Peso pré-gestacional
Estatura materna 
Peso atual
Determinar o ganho de
peso adequado até a 40ª
semana gestacional.
CÁLCULO DO IMC PARA GESTANTES
Segundo IOM, 1992
IMC pré-gestacional de 19,8kg/m2- baixo peso
IMC pré-gestacional de 19,8 a 26 kg/m2- eutrofia
IMC pré-gestacional de 26,1 a 29 kg/m2- sobrepeso
IMC pré-gestacional acima de 29kg/m2- obesa
CÁLCULO DE GANHO DE PESO
Após calcular o IMC, se estabelece uma previsão do ganho de peso total durante a gestação, conforme tabela abaixo:
CÁLCULO DE GANHO DE PESO
Com base nos achados de Hytten (1991)  custo energético total da gestação  80.000 Kcal.
Dividido ao longo dos 280 dias 
Gera um adicional diário que varia de 200 a 300 kcal/dia.
FAO/OMS e National Reserch Council - NCR. 
16
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS:
Em caso de diagnóstico BP através do IMC pré-gestacional – fazer 
acréscimo de 300 Kcal desde o primeiro trimestre.
17
NECESSIDADES PROTEICAS
PROTEÍNA:  OFERTA  o maior consumo calórico deve ser acompanhado por um aumento no consumo de proteínas
RECOMENDAÇÕES:
OMS  recomenda o aumento de 6g/dia durante toda a gestação.
NCR  recomenda aumento de 10g/dia durante a gestação.
18
NECESSIDADES LIPIDICAS
Fonte energética acessória;
Tem pouca influência no crescimento fetal.
Predominância de ácidos graxos poli-insaturados
50 a 120g de lipídeos por dia
15 a 30% do VET
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
19
NECESSIDADES GLICIDICAS
As recomendações de ingestão de CARBOIDRATOS foram estabelecidas visando atender as necessidades mínimas de glicose utilizadas pelo cérebro.
RECOMENDAÇÕES:
EAR  135g / dia durante toda a gestação
RDA  175g / dia durante a gestação
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
20
FIBRAS
O nível de ingestão total de fibras recomendado é baseado na prevenção de doenças cardiovasculares e redução da constipação
Recomendações:
AI  28g / dia durante toda a gestação
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
21
VITAMINAS
Vitaminas Lipossolúveis:
 A e D
Vitaminas Hidrossolúveis:
B9, B12, C, Colina
Minerais:
Cálcio, ferro, zinco e cobre
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
Colina: ovos (principalmente a gema), leite e derivados, carne (bovina ou suína), soja, farelo de trigo e gérmen de trigo.
22
VITAMINA B9 – Ácido Fólico
 As necessidades de folato estão substancialmente aumentadas durante a gestação:
Multiplicação celular associada com o desenvolvimento uterino
Desenvolvimento da placenta 
Aumento do número de eritrócitos maternos
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
23
VITAMINA B9 – Ácido Fólico
 Concentração de folato sérico nos eritrócitos
 Evidências epidemiológicas e clínicas têm demonstrado que o folato está envolvido na prevenção e patogênese dos Defeitos do Tubo Neural - DTN.
 Anomalias descritas mais frequentemente  anencefalia e espinha bífida 
 Suplementação de folato  recomendada no período preconcepção por 3 meses e pós-concepção por 2 meses
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
24
Fechamento incompleto da coluna vertebral. Assim, o tecido nervoso sai através do orifício, formando uma protuberância mole, na qual a medula espinhal fica sem proteção.
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
25
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
26
NUTRIÇÃO NA LACTAÇÃO
Necessidades nutricionais durante a lactação:
Ganho de peso durante a gestação  desenvolvimento do feto e acúmulo de reservas energéticas para a lactação.
Lactação  > demanda nutricional
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
27
NUTRIÇÃO NA LACTAÇÃO
Energia:
Durante a gestação: armazenamento de gordura corporal (2 a 4 Kg)  podem ser mobilizados para suprir uma parte da energia adicional para a lactação.
O estágio e a duração do aleitamento materno  afetam as necessidades energéticas para a lactação:
Durante os 6 primeiros meses  taxa de produção de leite aumentada.
Após os 6 meses  taxa de produção de leite influenciada pelas práticas de desmame.
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
28
NUTRIÇÃO NA LACTAÇÃO
Energia:
A necessidade de energia é estimada a partir:
Gasto energético total da mãe
Quantidade necessária para síntese de leite
Mobilização das reservas teciduais
Obs:  4 a 5% na TMB, devido ao gasto adicional para a síntese de leite.
 Média de produção de leite:
Até 6 meses: 750 – 800 ml/dia
Após os 6 meses: 600 ml/dia
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
29
NUTRIÇÃO NA LACTAÇÃO
Energia:
Adicional energético conforme o estado nutricional pré-gestacional e o ganho de peso gestacional:
Baixo peso pré-gestacional:
Considerar no cálculo da TMB, o peso desejável (IMC de 18,7 a 23,8)
Peso pré-gestacional normal
Considerar no cálculo da TMB,
o peso pré-gestacional ou o desejável
Ganho de peso adequado  500 Kcal
Ganho de peso inadequado  700 Kcal
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
30
LACTAÇÃO
Fisiologia da lactação:
Mudanças hormonais:  mamas, aréola e tamanho do mamilo;
A partir da segunda metade da gravidez: produção de leite (pré-colostro) em quantidade escassa;
Pós-parto (saída da placenta):  progesterona e estrógeno,  prolactina  produção de colostro e leite maduro.
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
31
LACTAÇÃO
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
32
ANAMNESE
Devem ser coletados, cuidadosamente. Informações básicas:
História médica, obstétrica, nutricional, familiar e social
Idade
Gestantes jovens (abaixo de 18 anos):
Extremos de ganho de peso (regimes restritivos, rejeição)
Lactentes de baixo peso ao nascer
Gestantes com idade superior a 35 anos
Anormalidades placentárias
Anormalidades cromossômicas
Partos prolongados
Retardo no crescimento fetal e de natimortos
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
33
ANAMNESE
Obesidade
Diabetes
Cardiopatias
Hipertensão
Antecedentes obstétricos
Paridade e número de gestações
Peso das crianças nos partos anteriores
Intervalo inter-partal
Ganho de peso na gravidez anterior
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
34
ANAMNESE
Antecedentes clínicos ou história médica
Doenças crônicas
Sífilis, tuberculose ou outras infecções 
Deficiências nutricionais
História Social
Situação familiar
Número de membros da família
Condições de moradia
Condições econômicas
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
35
ANAMNESE
Renda destinada para alimentação
Utilização de programas assistenciais
Ocupação
Atividade física
História Pessoal
Fumo 
Álcool
Drogas
Uso de medicamentos
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
36
ANAMNESE
História nutricional
Alergias alimentares
Intolerâncias alimentares
Tabus alimentares
Padrões culturais/regionais ou dietas especiais
Suplementos nutricionais
História dietética
Registro alimentar
Recordatório de 24 horas
Questionário de freqüência alimentar
Análise da dieta
Cálculo de nutrientes
Análise por grupo de alimentos
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
37
ANAMNESE
Avaliação clínica:
Devem ser observados: pele, língua, cabelos, pescoço, gengivas, dentes, abdômen, pernas e pés, músculos, função gastrointestinal.
Óleos de peixe, oleaginosas... Óleos vegetais.
38
É considerado um transtorno alimentar com ingestão de substâncias não alimentares e as combinações atípicas de alimentos.
	Comitês
	Adicional energético
	Observação
	FAO/OMS
	+ 285 Kcal (ativas)
+ 200 Kcal (sedentárias)
	A partir do 1º trimestre gestacional
	NRC
	+ 300 Kcal
	A partir do 2º trimestre gestacional (14ª semana)