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Direito do Consumidor aula 01

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D I REI TO DO CONSUMI DOR - XXV EXAME DA 
OAB 
Teoria e Questões 
 
 
Prof. I gor Maciel w w w .est rategiaconcursos.com .br 3 de 29 
 
AULA 01 - APRESENTAÇÃO 
Olá meus am igos, tudo bem? 
 
Firmes nos estudos? 
 
Vamos seguir com mais uma aula. 
 
Dent ro do nosso comprom isso em apontar de forma objet iva os itens com 
maior probabilidade de incidência na prova da OAB, destaco a parte dos Princípios 
como a mais im portante desta aula. Os demais itens, por não ser possível 
esgotarmos, sem uma análise da legislação, irei tentar apontar alguns destaques 
na própria lei, dada a maior incidência em provas do próprio texto legal. 
 
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. 
Estou à disposição dos senhores. 
Grande abraço, 
 
I gor Maciel (ht tps: / / www.facebook.com/ igor.m aciel.1420) 
@Prof I gor Maciel 
 
I gor Maciel 
 
 
 
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D I REI TO DO CONSUMI DOR - XXV EXAME DA 
OAB 
Teoria e Questões 
 
 
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1 – Princípios do Direito do Consum idor 
 
 O art igo 4º do CDC, que inst itui a Polít ica Nacional das Relações de 
Consumo ident if icamos a preocupação do legislador em or ientar os pr incípios e 
direcionamento que devem conduzir a relação consumerista, senão vejamos: 
 
Art . 4º A Polít ica Nacional das Relações de Consumo tem por objet ivo o atendim ento 
das necessidades dos consum idores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, 
a proteção de seus interesses econôm icos, a m elhoria da sua qualidade de vida, 
bem com o a t ransparência e harm onia das relações de consum o, atendidos os 
seguintes princípios: 
 
 Percebe-se que a preocupação com as necessidades dos consum idores, 
com a sua dignidade, saúde e segurança, bem como a melhoria da sua qualidade 
de vida são o norte que está im pregnado no CDC. 
 Adotando neste curso a classif icação ut ilizada por Flávio Tartuce (2016) , 
ident ificamos os seguintes pr incípios: 
 
1 .1 – Princípio do protecionism o do consum idor 
 
 Consubstanciado no art igo 1º , do CDC e previsto nos art igos 5º , XXXI I e 
170, I I I , da CF, bem como no art igo 48, do ADCT, o pr incípio do protecionismo 
estabelece que o CDC é uma norma cogente de ordem pública e interesse social 
e que deve ser observada por todos na proteção do consum idor. 
 Além disso, um dos fundamentos da ordem econômica brasileira é 
exatamente a proteção ao consum idor. 
 
Art . 1° O presente código estabelece normas de prot eção e defesa do consum idor, 
de ordem pública e interesse social, nos term os dos arts. 5°, inciso XXXI I , 170, 
inciso V, da Const ituição Federal e art . 48 de suas Disposições Transitórias. 
 
1 .2 – Princípio da Vulnerabilidade do consum idor 
 
 O reconhecimento da vulnerabilidade do consum idor pode ser presum ida 
ante o fato de ser este dest inatár io final dos produtos e serviços disponibilizados 
pelo fornecedor no mercado de consumo. Trata-se de um pr incípio do direito 
consumerista previsto no art igo 4º , inciso I , do CDC: 
 
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Art . 4º . I - reconhecim ento da vulnerabilidade do consum idor no mercado de 
consum o; 
 
 O reconhecimento da vulnerabilidade decorre do pr incípio const itucional da 
isonom ia que confere t ratamento desigual aos desiguais. Para Leandro Lages 
(2014, pg. 57) : 
 
Com o o consum idor é inferior ao fornecedor em virtude da sua reconhecida 
vulnerabilidade, é possível dispensar um t ratamento desigual em favor do 
consum idor com o objet ivo de equilibrar a relação jurídica de consum o. 
 
 Três são os t ipos de vulnerabilidade: 
 
a) Técnica – quanto a conhecimentos acerca das característ icas e ut ilidade 
do produto ou serviço adquir ido; 
 
b) Jurídica – decorrente da inexperiência do consum idor quanto ao mercado 
e da ausência de assessoria jurídica e contábil quanto aos termos da 
cont ratação; 
 
c) Fát ica – decorrente das circunstâncias de fato que levam o fornecedor a 
ser superior financeira, social e culturalmente; 
 
1 .3 – Princípio da Hipossuficiência 
 
Diferenciando os inst itutos da vulnerabilidade e da hipossuficiência, 
Leandro Lages afirma que (2014, pg. 58) : 
 
A vulnerabilidade independe da condição social, cultural ou econôm ica do 
consum idor, caracteriza-se pelo fato de o consum idor desconhecer as técnicas de 
produção. O consum idor hipossuficiente, além de desconhecer as técnicas de 
produção, tem a sua situação agravada em virtude de fatores econôm icos, sociais 
e culturais, j ust ificando a concessão de direitos e garant ias ext ras, com o a inversão 
do ônus da prova. 
 
 
Assim , todo consum idor é vulnerável, m as 
nem todo consum idor é hipossuficiente. 
(Tartuce, 2016, pg. 37) . 
 
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 Trata-se, pois, de pr incípio previsto no art igo 6º , inciso VI I I , do CDC e que 
estabelece como inst rumento facilitador da defesa do consum idor em juízo a 
inversão do ônus da prova: 
 
Art . 6º São direitos básicos do consum idor: 
VI I I - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da 
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a cr itér io do juiz, for verossím il a 
alegação ou quando for ele hipossuficiente , segundo as regras ordinárias de 
experiências; 
 
1 .4 – Princípio da Boa- fé objet iva 
 
 Já o pr incípio da boa- fé objet iva está previsto no inciso I I I , do art igo 4º , do 
CDC, segundo o qual: 
 
Art . 4º . 
I I I - harmonização dos interesses dos part icipantes das relações de consum o e 
com pat ibilização da proteção do consum idor com a necessidade de 
desenvolvimento econôm ico e tecnológico, de m odo a viabilizar os princípios nos 
quais se funda a ordem econôm ica (art . 170, da Const ituição Federal) , sem pre com 
base na boa- fé e equilíbr io nas relações entre consum idores e fornecedores; 
 
 Para Flávio Tartuce (2016, pg. 42) : 
 
A boa- fé objet iva t raz a ideia de equilíbr io negocial, que, na ót ica do Direito do 
Consum idor, deve ser m ant ido em todos os m om entos pelos quais passa o negócio 
jurídico. 
 
1 .5 – Princípio da Transparência ou Confiança 
 
 Dent re os pr incípios do direito do consum idor está o da tutela da 
informação, que possui no m undo jurídico duas faces: o dever de inform ar e o 
dever de ser inform ado. 
 De acordo com o caput do art igo 4º , do CDC, é diret r iz do direito do 
consum idor a t ransparência e harmonia nas relações de consumo: 
 
Art . 4º A Polít ica Nacional das Relações de Consumo tem por objet ivo o atendim ento 
das necessidades dos consum idores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, 
a proteção de seus interesses econôm icos, a m elhoria da sua qualidade de vida, 
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bem com o a t ransparência e harm onia das relações de consum o, atendidos os 
seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) 
 
 Por out ro lado, o ar t igo 6º , inciso I I I , estabelece que a informação clara e 
adequada sobre os produtos e serviços é direito básico do consum idor: 
 
Art . 6º São direitos básicos do consum idor: 
I I I - a inform ação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, 
com especificação correta de quant idade, característ icas, com posição, qualidade, 
t r ibutos incidentes e preço, bem como sobre os r iscos que apresentem; 
 
 Percebam que tal pr incípio é tão forte que necessário que o produto informe 
inclusive a quant idade, característ ica, composição, t r ibutos incidentes e preço, 
bem como os eventuais r iscos que apresentem. 
 Além disso, o parágrafo único do art igo 6º , do CDC, estabelece que a 
informação deve ser acessível à pessoa com deficiência, observadas as regras 
dispostas em regulamento: 
 
Parágrafo único. A inform ação de que t rata o inciso I I I do caput deste art igo deve 
ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulam ento. 
 
1 .6 – Princípio da Função Social do Contrato 
 
 Tradicionalmente, o direito civil prega a ideia da força obr igatór ia dos 
cont ratos (pacta sunt servanda) . 
Contudo, no direito do consum idor, há que se analisar a função social do 
cont rato, não podendo se aceitar cláusulas draconianas e prejudiciais aos 
consum idores, naturalmente vulneráveis ante os fornecedores. 
Assim , em oposição a esta força obr igatór ia dos cont ratos, tem-se a Teoria 
da I mprevisão, consubstanciada na cláusula rebus sic standibus, segundo a qual 
é possível se relat iv izar a força obr igatór ia dos cont ratos na esfera do Direito do 
Consum idor. 
Trata-se, inclusive de direito básico previsto no art igo 6º , inciso V, do CDC: 
 
Art . 6º São direitos básicos do consum idor: 
V - a modificação das cláusulas cont ratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivam ente onerosas; 
 
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 Para Flávio Tartuce (2016, pg. 52) : 
 
O objet ivo principal da função social dos cont ratos é tentar equilibrar um a situação 
que sem pre foi díspar, em que o consum idor sem pre foi vít im a das abusividades da 
out ra parte da relação de consum o. 
 
 A FGV, inclusive, j á cobrou este disposit ivo no I V Exame de Ordem 
Unificado: 
 
 
 
I V EXAME DE ORDEM - FGV 
Analisando o art igo 6º , V, do Código de Defesa do Consum idor, que prescreve: 
“São direitos básicos do consum idor: V – a m odificação das cláusulas cont ratuais 
que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos 
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas” , assinale a alternat iva 
correta. 
A) Não t raduz a relat ivização do pr incípio cont ratual da autonom ia da vontade das 
partes. 
B) Alm eja, em análise sistem át ica, precipuam ente, a resolução do cont rato firm ado 
ent re consum idor e fornecedor. 
C) Adm ite a incidência da cláusula rebus sic stant ibus. 
D) Exige a im previsibilidade do fato superveniente. 
COMENTÁRI OS 
Alternat iva correta, let ra C. 
 
O art igo 6º , inciso V, do CDC adm ite a incidência da cláusula rebus sic standibus 
nos cont ratos de consum o em flagrante oposição à força obrigatória dos cont ratos. 
Assim , um a vez que se t raduz na relat iv ização do da força do cont rato e da 
autonom ia da vontade das partes, a alternat iva “A” está errada. 
 
Já o erro da let ra “B” está em afirm ar que o disposit ivo legal exige a resolução do 
cont rato, quando na verdade o disposit ivo apenas pretende a m odificação ou 
revisão da cláusula prejudicial ao consum idor. 
 
Por fim , a let ra “D” está errada, um a vez que o disposit ivo pode ser aplicado tanto 
a cláusulas que estabeleçam prestações desproporcionais, independente do 
m om ento em que tais prestações se verifiquem , como para cláusulas que se tornem 
excessivam ente onerosas, em razão de fato superveniente. 
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1 .7 – Princípio da Equivalência Negocial 
 
 De acordo com este pr incípio, deve ser garant ido ao consum idor a 
igualdade de condições no momento da cont ratação com o fornecedor. Trata-se 
de pr incípio previsto como direito básico do consum idor no inciso I I , do art igo 6º , 
do CDC: 
 
Art . 6º São direitos básicos do consum idor: 
 
I I - a educação e divulgação sobre o consum o adequado dos produtos e serviços, 
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas cont ratações; 
 
1 .8 – Princípio da Reparação I ntegral do Dano 
 
 Há ainda o pr incípio da reparação integral do dano, previsto no art igo 6º , 
inciso VI , como direito básico do consum idor: 
 
Art . 6º São direitos básicos do consum idor: 
VI - a efet iva prevenção e reparação de danos pat r im oniais e m orais, individuais, 
colet ivos e difusos; 
 
 Segundo Flávio Tartuce (2016, pg. 63) : 
 
Tal regramento assegura aos consum idores as efet ivas prevenção e reparação de 
todos os danos suportados, sejam eles m ateriais ou m orais, individuais, colet ivos 
ou difusos. 
 
 Ressalte-se que não apenas a pessoa física pode sofrer dano moral, mas 
também a pessoa jurídica, nos termos da Súm ula 227 do St j : 
 
Súm ula 2 2 7 – STJ - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral 
 
2 – Polít ica Nacional das Relações de Consum o 
 
 A Polít ica Nacional das Relações de Consumo t rata-se, segundo Leandro 
Lages (2014, pg. 55) , de: 
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um a polít ica que representa o conjunto de diret r izes a serem adotadas no sent ido 
de consolidar direitos e garant ias m ínim as ao consum idor, er igindo-as à categoria 
de princípios. 
 
 Assim , o estudo do art igo 4º nada mais é que o estudo dos pr incípios já 
estudados acima, cabendo ao aluno a leitura m inuciosa do disposit ivo, 
procurando destacar sempre: 
 
i. Reconhecimento da Vulnerabilidade do Consum idor; 
 
ii. Educação e I nformação dos Consum idores e Fornecedores; 
 
iii. Coibição e repressão de abusos prat icados no mercado de consumo; 
 
iv. Racionalização e melhoria dos serviços públicos; 
 
Eis o disposit ivo legal: 
 
Art . 4º A Polít ica Nacional das Relações de Consumo tem por objet ivo o atendim ento 
das necessidades dos consum idores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, 
a proteção de seus interesses econôm icos, a m elhoria da sua qualidade de vida, 
bem com o a t ransparência e harm onia das relações de consum o, atendidos os 
seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) 
 
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consum idor no m ercado de consumo; 
 
I I - ação governam ental no sent ido de proteger efet ivam ente o 
consum idor: 
 
a) por iniciat iva direta; 
 
b) por incent ivos à cr iação e desenvolvim ento de associações 
representativas; 
 
c) pela presença do Estado no m ercado de consum o; 
 
d) pela garant ia dos produtos e serviços com padrões adequados de 
qualidade, segurança, durabilidade e desem penho. 
 
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I I I - harmonização dos interesses dos part icipantes das relações de consum o e 
com pat ibilização da proteção do consum idor com a necessidade de 
desenvolvimento econôm ico e tecnológico, de m odo a viabilizar os princípios nos 
quais se funda a ordem econôm ica (art . 170, da Const ituição Federal) , sem pre com 
base na boa- fé e equilíbr io nas relações entre consum idores e fornecedores; 
 
I V - educação e inform ação de fornecedores e consum idores, quanto aos seus 
direitos e deveres, com vistas à m elhoria do m ercado de consumo; 
 
V - incent ivo à criação pelos fornecedores de m eios eficientes de cont role de 
qualidade e segurança de produtos e serviços, assim com o de m ecanismos 
alternat ivos de solução de conflitos de consum o; 
 
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos prat icados no m ercado de 
consum o, inclusive a concorrência desleal e ut ilização indevida de inventos e 
criações indust r iais das m arcas e nom es com erciais e signos dist int ivos, que possam 
causar prejuízos aos consum idores; 
 
VI I - racionalização e m elhoria dos serviços públicos; 
 
VI I I - estudo constante das m odificações do m ercado de consum o. 
 
 Destaque-se que o inciso I I estabelece ações a serem tomadas pelos 
governos no sent ido de efet ivamente proteger o consum idor, at ravés de iniciat iva 
direta, incent ivos à cr iação e desenvolvimento de associações representat ivas, 
pela presença do Estado no mercado de consumo e pela garant ia dos produtos e 
serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e 
desempenho. 
 Além disso o art igo 5º , do CDC estabelece os inst rumentos para a execução 
da Polít ica Nacional das Relações de Consumo: 
 
Art . 5° Para a execução da Polít ica Nacional das Re lações de Consumo, contará o 
poder público com os seguintes inst rumentos, ent re out ros: 
I - m anutenção de assistência jur ídica, integral e gratuita para o 
consum idor carente; 
 
 O Estado costuma oferecer estes serviços at ravés da Defensoria Pública. 
 
I I - inst ituição de Prom otorias de Just iça de Defesa do Consum idor, no 
âm bito do Ministér io Público; 
 
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 Diversos são os PROCONS estaduais cr iados no seio do Ministér io Público. 
 
I I I - cr iação de delegacias de polícia especializadas no atendim ento de 
consum idores vít im as de infrações penais de consum o; 
 
 Diversas são as DECONS cr iadas pelo Brasil (Delegacias do Consum idor) . 
 
I V - cr iação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas 
Especializadas para a solução de lit ígios de consum o; 
 
V - concessão de est ím ulos à cr iação e desenvolvim ento das Associações 
de Defesa do Consum idor. 
 
3 – Direitos Básicos do Consum idor 
 
 Os direitos básicos do Consum idor estão previstos no art igo 6º , do CDC e 
a maior ia tam bém foi vista no tópico relat ivo aos pr incípios. Faremos, então, 
apenas alguns destaques nesta matér ia. 
 
Art . 6º São direitos básicos do consum idor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança cont ra os r iscos provocados por prát icas 
no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
 
 O CDC costuma se preocupar muito com a proteção à vida, saúde e 
segurança do consum idor e possui diversas normas protet ivas cont ra os r iscos 
provocados por produtos ou serviços per igosos ou nocivos. Trata-se, pois, de um 
direito básico do consum idor a proteção à vida, saúde e segurança. 
 
I I - a educação e divulgação sobre o consum o adequado dos produtos e serviços, 
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas cont ratações; 
 
 Trata-se de direito visto juntamente com o Pr incípio da Equivalência 
Negocial. 
 
I I I - a inform ação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quant idade, característ icas, com posição, qualidade, 
t r ibutos incidentes e preço, bem como sobre os r iscos que apresentem ; (Redação 
dada pela Lei nº 12.741, de 2012) Vigência 
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 Este direito básico foi visto quando t ratamos do Princípio da t ransparência 
ou confiança. 
 
I V - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, m étodos com erciais 
coercit ivos ou desleais, bem com o cont ra prát icas e cláusulas abusivas ou im postas 
no fornecimento de produtos e serviços; 
 
 O CDC protege, ainda, o consum idor cont ra a publicidade enganosa e 
abusiva, bem como cont ra as prát icas e cláusulas abusivas insertas nos cont ratos 
ou impostas no fornecimento de produtos e serviços. I remos estudar com 
profundidade este tema quando falarm os especificamente das prát icas abusivas. 
 
V - a modificação das cláusulas cont ratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivam ente onerosas; 
 
 Visto quando t ratamos da função social do cont rato, este direito básico 
relat iviza a força obr igatór ia dos cont ratos (pacta sunt servanda) , em benefício 
do consum idor. 
 Poderá, pois, o consum idor: 
 
a) Modificar as cláusulas cont ratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais, independente do momento em que se ver ifiquem; ou 
 
b) Rever as cláusulas cont ratuais em razão de fatos supervenientes que as 
tornem excessivam ente onerosas; 
 
 
VI - a efet iva prevenção e reparação de danos pat r im oniais e m orais, individuais, 
colet ivos e difusos; 
 
 Trata-se de direito básico visto quando da análise do Princípio da Reparação 
I ntegral do Dano. 
 
VI I - o acesso aos órgãos judiciários e adm inist rat ivos com vistas à prevenção ou 
reparação de danos pat r im oniais e morais, individuais, colet ivos ou difusos, 
assegurada a proteção Jurídica, adm inist rat iva e técnica aos necessitados; 
 
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 Decorre este direito do próprio acesso à just iça e da instalação das 
Defensorias Públicas com assistência jurídica gratuita, inst rumentos da execução 
da Polít ica Nacional das Relações de Consumo. 
 
VI I I - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da 
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a cr itér io do juiz, for verossím il a 
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiências; 
 
 Este direito básico foi visto quando t ratamos do Princípio da Hipossuficiência 
e do Princípio da Vulnerabilidade. 
 
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.O CDC estabeleceu como direito básico do consum idor a eficaz e adequada 
prestação e serviços públicos em geral (serviços de água, esgoto, energia, gás, 
t ransporte público, etc) . 
 
 Por fim , o art igo 7º , do CDC, estabelece que os direitos previstos no Código 
não são exaust ivos e não excluem out ros decorrentes de t ratados ou convenções 
internacionais, bem como out ros diplomas normat ivos. 
 
Art . 7° Os direitos previstos neste código não excl uem out ros decorrentes de 
t ratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação 
interna ordinária, de regulam entos expedidos pelas autoridades adm inist rat ivas 
com petentes, bem com o dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, 
costumes e eqüidade. 
 
 E, o parágrafo único do art igo 7º , estabelece a responsabilidade solidár ia 
de todos os autores das ofensas cont ra os consum idores: 
 
Parágrafo único. Tendo m ais de um autor a ofensa, todos responderão 
solidar iam ente pela reparação dos danos previstos nas norm as de 
consum o. 
 
 
 
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4 - Da qualidade de Produtos e Serviços, da prevenção 
e reparação dos Danos 
 
 Como decorrência da Polít ica Nacional das Relações de Consumo, o Código 
de Defesa do Consum idor prevê diversos regramentos a serem seguidos pelos 
fornecedores e pelo Estado no que at ine à segurança e saúde dos consum idores. 
De acordo com o art igo 8º : 
 
Art . 8° Os produtos e serviços colocados no m ercado de consum o não acarretarão 
r iscos à saúde ou segurança dos consum idores, exceto os considerados norm ais e 
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando- se os 
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as inform ações necessárias e 
adequadas a seu respeito. 
Parágrafo único. Em se t ratando de produto indust r ial, ao fabricante cabe prestar 
as inform ações a que se refere este art igo, at ravés de im pressos apropriados que 
devam acom panhar o produto. 
 
 Segundo Leandro Lages (2014, pg. 78) : 
 
não deve o fornecedor int roduzir no m ercado de consum o qualquer produto ou 
serviço que possa com prom eter esse direito, apresentando um grau de 
periculosidade acim a do tolerável. Ou seja, adm item-se r iscos à saúde e à 
segurança do consumidor, som ente quando tais r iscos decorrem da norm al fruição 
do produto e do serviço e sejam previsíveis pelo consum idor de acordo com suas 
regras de experiência. 
 
 Já o art igo 9º cr ia out ro nível de r isco ao produtor que são por sua natureza 
potencialmente nocivos ou per igosos à saúde ou segurança. Estes devem de 
maneira ostensiva e adequada informar suas característ icas: 
 
Art . 9° O fornecedor de produtos e serviços potenci almente nocivos ou perigosos à 
saúde ou segurança deverá inform ar, de m aneira ostensiva e adequada , a 
respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de out ras 
m edidas cabíveis em cada caso concreto. 
 
 Já o art igo 10 estabelece que o fornecedor não poderá colocar no mercado 
produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade 
ou periculosidade à saúde ou segurança. 
 Contudo, acaso o fornecedor coloque o produto no mercado e apenas 
poster iormente descobre a sua periculosidade, medidas urgentes deverão ser 
tomadas e estão previstas nos parágrafos do art igo 10: 
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Art . 10. O fornecedor não poderá colocar no m ercado de consum o produto ou 
serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou 
periculosidade à saúde ou segurança. 
§ 1 ° O fornecedor de produtos e serviços que, poste r iorm ente à sua 
int rodução no m ercado de consum o, t iver conhecim ento da per iculosidade 
que apresentem , deverá com unicar o fato im ediatam ente às autor idades 
com petentes e aos consum idores, m ediante anúncios publicitár ios. 
§ 2° Os anúncios publicitár ios a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados 
na im prensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. 
§ 3 ° Sem pre que t iverem conhecim ento de per iculosid ade de produtos ou 
serviços à saúde ou segurança dos consum idores, a União, os Estados, o 
Dist r ito Federal e os Municípios deverão inform á- los a respeito. 
 
 Vejam que os próprios fornecedores deverão arcar com os custos de nova 
publicidade informando a nocividade dos produtos, como meio de informar os 
consum idores. 
 
5 - Sanções Adm inist rat ivas. 
 
 O Código de Defesa do Consum idor prevê em seus art igos 55 a 60 as 
sanções adm inist rat ivas a serem aplicadas pelos órgãos de cont role aos 
fornecedores que descumprirem as determ inações do Código. 
 O art igo 55 prevê a possibilidade de edição de resoluções e normas relat ivas 
à produção e circulação de produtos e serviços: 
 
Art . 5 5 . A União, os Estados e o Dist r ito Federal, em caráter concorrente e 
nas suas respect ivas áreas de atuação adm inist rat iva, baixarão norm as 
relat ivas à produção, industr ialização, dist r ibuição e consum o de produtos 
e serviços. 
§ 1° A União, os Estados, o Dist r ito Federal e os M unicípios fiscalizarão e cont rolarão 
a produção, indust r ialização, dist r ibuição, a publicidade de produtos e serviços e o 
m ercado de consum o, no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, 
da inform ação e do bem-estar do consum idor, baixando as norm as que se fizerem 
necessárias. 
§ 2° (Vetado) . 
§ 3° Os órgãos federais, estaduais, do Dist r ito Fed eral e m unicipais com at r ibuições 
para fiscalizar e cont rolar o m ercado de consum o m anterão com issões perm anentes 
para elaboração, revisão e atualização das norm as referidas no § 1°, sendo 
obrigatória a part icipação dos consum idores e fornecedores. 
§ 4° Os órgãos oficiais poderão expedir not if icações aos fornecedores para que, sob 
pena de desobediência, prestem inform ações sobre questões de interesse do 
consum idor, resguardado o segredo indust rial. 
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 Já o art igo 56 prevê as sanções adm inist rat ivas a serem aplicadas às 
infrações às normas do CDC: 
 
Art . 56. As infrações das norm as de defesa do consum idor ficam sujeitas, conforme 
o caso, às seguintes sanções adm inist rat ivas, sem prejuízo das de natureza civil, 
penal e das definidas em norm as específicas: 
I - m ulta; 
I I - apreensão do produto; 
I I I - inut ilização do produto; 
I V - cassação do regist ro do produto junto ao órgão com petente; 
V - proibição de fabricação do produto; 
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; 
VI I - suspensão tem porária de at ividade; 
VI I I - revogação de concessão ou perm issão de uso; 
I X - cassação de licença do estabelecim ento ou de at ividade; 
X - interdição, total ou parcial, de estabelecim ento, de obra ou de at ividade; 
XI - intervenção adm inist rat iva; 
XI I - im posição de cont rapropaganda. 
Parágrafo único. As sanções previstas neste art igo serão aplicadas pela autoridade 
adm inist rat iva, no âmbito de sua at r ibuição, podendo ser aplicadas 
cum ulat ivam ente, inclusive por m edida cautelar, antecedente ou incidente de 
procedimento adm inist rat ivo. 
 
 Quanto à pena de m ulta aplicada aos fornecedores, esta deve ser revest ida 
a um Fundo a ser cr iado para proteção e defesa dos consum idores, conform e 
inteligência do art igo 57 do CDC c/ c o art igo 13, da Lei 7.347/ 85: 
 
CDC 
Art . 57. A pena de m ulta, graduada de acordo com a gravidade da infração, a 
vantagem auferida e a condição econôm ica do fornecedor, será aplicada m ediante 
procedimento adm inist rat ivo, revertendo para o Fundo de que t rata a Lei nº 7.347, 
de 24 de julho de 1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais 
ou m unicipais de proteção ao consum idor nos dem ais casos. 
Parágrafo único. A multa será em m ontante não inferior a duzentas e não superior 
a t rês m ilhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir) , ou índice 
equivalente que venha a subst ituí- lo 
 
Lei 7 .3 4 7 / 8 5 . 
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Art . 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado 
reverterá a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais 
de que part iciparão necessariam ente o Ministério Público e representantes da 
com unidade, sendo seus recursos dest inados à reconst ituição dos bens lesados. 
 
 Os art igos 58 e 59 exigem a instauração de procedimento adm inist rat ivo 
com direito ao cont raditór io e ampla defesa para aplicação das penas de 
apreensão de inut ilização dos produtos, de proibição de fabr icação, dent re 
out ras: 
 
Art . 58. As penas de apreensão, de inut ilização de produtos, de proibição de 
fabricação de produtos, de suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de 
cassação do regist ro do produto e revogação da concessão ou perm issão de uso 
serão aplicadas pela adm inist ração, mediante procedimento adm inist rat ivo, 
assegurada am pla defesa, quando forem constatados vícios de quant idade ou de 
qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou serviço. 
 
Art . 59. As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão 
tem porária da at ividade, bem com o a de intervenção adm inist rat iva, serão 
aplicadas m ediante procedimento adm inist rat ivo, assegurada am pla defesa, 
quando o fornecedor reincidir na prát ica das infrações de m aior gravidade previstas 
neste código e na legislação de consum o. 
§ 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à concessionária de serviço 
público, quando violar obrigação legal ou cont ratual. 
§ 2° A pe na de intervenção adm inistrat iva será aplicada sem pre que as 
circunstâncias de fato desaconselharem a cassação de licença, a interdição ou 
suspensão da at ividade. 
§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a im posição de penalidade 
adm inist rat iva, não haverá reincidência até o t rânsito em julgado da sentença. 
 
Por fim , o art igo 60 prevê a possibilidade de o fornecedor veicular 
cont rapropaganda como penalidade por prát ica de publicidade enganosa ou 
abusiva, sempre às suas expensas. 
 
Art . 60. A im posição de cont rapropaganda será com inada quando o fornecedor 
incorrer na prát ica de publicidade enganosa ou abusiva, nos term os do art . 36 e 
seus parágrafos, sempre às expensas do infrator. 
§ 1º A cont rapropaganda será divulgada pelo responsável da m esm a form a, 
freqüência e dim ensão e, preferencialm ente no m esm o veículo, local, espaço e 
horário, de form a capaz de desfazer o m alefício da publicidade enganosa ou 
abusiva. 
 
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6 - I nfrações Penais. 
 
 O CDC prevê, ainda, algumas infrações penais em seus art igos 61 a 80, 
quase sempre relacionados a cr imes cont ra a saúde e segurança do consum idor 
ou a abusiv idade das publicidades. Tendo em vista a baixa incidência deste tem a 
em Exames da OAB, destacaremos apenas alguns t rechos: 
 
Art . 61. Const ituem crim es cont ra as relações de consumo previstas neste código, 
sem prejuízo do disposto no Código Penal e leis especiais, as condutas t ipificadas 
nos art igos seguintes. 
Art . 6 3 . Om it ir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou 
periculosidade de produtos, nas em balagens, nos invólucros, recipientes 
ou publicidade: 
Pena - Detenção de seis m eses a dois anos e m ulta. 
§ 1° I ncorrerá nas m esm as penas quem deixar de aler tar, m ediante recom endações 
escritas ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser prestado. 
§ 2° Se o crim e é culposo: 
Pena Detenção de um a seis m eses ou m ulta. 
 
Art . 64. Deixar de com unicar à autoridade com petente e aos consum idores a 
nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua 
colocação no mercado: 
Pena - Detenção de seis m eses a dois anos e m ulta. 
Parágrafo único. I ncorrerá nas m esm as penas quem deixar de ret irar do m ercado, 
im ediatamente quando determ inado pela autoridade com petente, os produtos 
nocivos ou perigosos, na form a deste art igo. 
 
 Aqui o CDC penaliza a om issão de informações quanto à saúde e segurança 
dos consum idores em, tal qual previsto nos art igos 8, 9 e 10 (da qualidade de 
produtos e serviços) . 
 Além disso, a execução de serviço de alto grau de per iculosidade quando 
autor idade competente determ inou a sua não execução também é cr im e, 
conforme disposto no art igo 65, do CDC: 
 
Art . 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, cont rariando determ inação 
de autoridade com petente: 
Pena Detenção de seis m eses a dois anos e m ulta. 
Parágrafo único. As penas deste art igo são aplicáveis sem prejuízo das 
correspondentes à lesão corporal e à m orte. 
 
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 Quanto ao direito de informação e à publicidade enganosa, os art igos 66, 
67 e 68, estabelecem os seguintes cr im es: 
 
Art . 66. Fazer afirm ação falsa ou enganosa, ou om it ir inform ação relevante sobre a 
natureza, característ ica, qualidade, quant idade, segurança, desem penho, 
durabilidade, preço ou garant ia de produtos ou serviços: 
Pena - Detenção de t rês meses a um ano e m ulta. 
§ 1º I ncorrerá nas m esm as penas quem pat rocinar a oferta. 
§ 2º Se o crim e é culposo; 
Pena Detenção de um a seis m eses ou m ulta. 
Art . 67. Fazer ou prom over publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou 
abusiva: 
Pena Detenção de t rês m eses a um ano e m ulta. 
Art . 68. Fazer ou prom over publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de 
induzir o consum idor a se com portar de form a prejudicial ou perigosa a sua saúde 
ou segurança: 
Pena - Detenção de seis m eses a dois anos e m ulta: 
 
 Destaque-se, ainda, que o art igo 76 estabelece as circunstâncias 
agravantes dos cr im es previstos no CDC, onde se destaca o inciso I V, alínea “a” : 
o cr ime é agravado quando comet ido cont ra pessoa cuja condição econôm ico-
social seja manifestamente superior à da vít ima (hipossuficiência) . 
 
Art . 7 6 . São circunstâncias agravantes dos cr im es t ipificados neste código: 
 I - seremcom et idos em época de grave crise econôm ica ou por ocasião de 
calam idade; 
I I - ocasionarem grave dano individual ou colet ivo; 
I I I - dissim ular-se a natureza ilícita do procedim ento; 
I V - quando com et idos: 
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econôm ico- social seja 
m anifestam ente superior à da vít im a; 
b) em det r im ento de operário ou rurícola; de m enor de dezoito ou m aior de sessenta 
anos ou de pessoas portadoras de deficiência m ental interditadas ou não; 
V - serem prat icados em operações que envolvam alimentos, m edicam entos ou 
quaisquer out ros produtos ou serviços essenciais. 
 
 
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7 - Sistem a Nacional de Defesa do Consum idor. 
 
 Por fim , o CDC estabelece que o Sistema Nacional de Defesa do Consum idor 
é formado por órgãos federais, estaduais, do Dist r ito Federal e municipais, além 
das ent idades pr ivadas de defesa do consum idor. 
 
Art . 105. I ntegram o Sistem a Nacional de Defesa do Consum idor (SNDC) , os órgãos 
federais, estaduais, do Dist r ito Federal e m unicipais e as ent idades privadas de 
defesa do consum idor. 
 
 Tal sistema é coordenado pelo Departamento Nacional de Defesa do 
Consum idor, conforme previsto no art igo 106: 
 
Art . 106. O Departam ento Nacional de Defesa do Consum idor, da Secretaria 
Nacional de Direito Econôm ico (MJ) , ou órgão federal que venha subst ituí- lo, é 
organism o de coordenação da polít ica do Sistem a Nacional de Defesa do 
Consum idor, cabendo- lhe: 
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a polít ica nacional de proteção 
ao consum idor; 
I I - receber, analisar, avaliar e encam inhar consultas, denúncias ou sugestões 
apresentadas por ent idades representat ivas ou pessoas jurídicas de direito público 
ou privado; 
I I I - prestar aos consum idores orientação perm anente sobre seus direitos e 
garant ias; 
I V - inform ar, conscient izar e m ot ivar o consum idor at ravés dos diferentes m eios 
de com unicação; 
V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação 
de delito cont ra os consum idores, nos termos da legislação vigente; 
VI - representar ao Ministério Público com petente para fins de adoção de m edidas 
processuais no âm bito de suas at r ibuições; 
VI I - levar ao conhecimento dos órgãos com petentes as infrações de ordem 
adm inist rat iva que violarem os interesses difusos, colet ivos, ou individuais dos 
consum idores; 
VI I I - solicitar o concurso de órgãos e ent idades da União, Estados, do Dist r ito 
Federal e Municípios, bem com o auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, 
quant idade e segurança de bens e serviços; 
I X - incent ivar, inclusive com recursos financeiros e out ros program as especiais, a 
form ação de ent idades de defesa do consum idor pela população e pelos órgãos 
públicos estaduais e m unicipais; 
X, XI e XI I - (Vetado) . 
XI I I - desenvolver out ras at ividades com pat íveis com suas finalidades. 
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Parágrafo único. Para a consecução de seus objet ivos, o Departam ento Nacional de 
Defesa do Consum idor poderá solicitar o concurso de órgãos e ent idades de notória 
especialização técnico-cient ífica. 
 
8 – Bibliografia 
 
LAGES, Leandro Cardoso. Direito do consum idor: a lei, a jur isprudência e o 
cot idiano. Rio de Janeiro: Editora Lum en Jur is, 2014. 
 
TARTUCE, Flávio. Manual de direito do consum idor: direito m ater ia l e 
processual. Flávio Tartuce, Daniel Amorim , Assumpção Neves. 5ª Edição. Rio de 
Janeiro: Forense. São Paulo: Método, 2016. 
 
9 – Resum o 
 
1. O art igo 4º do CDC inst itui a Polít ica Nacional das Relações de Consumo, 
onde é possível ident if icamos a preocupação do legislador em or ientar os 
pr incípios e o direcionamento que devem conduzir a relação consumerista. 
 
2. São pr incípios do Direito do Consum idor : 
 
2.1 – Princípio do protecionismo do consum idor 
 
2.2 – Princípio da Vulnerabilidade do consum idor, sendo certo que t rês são 
os t ipos de vulnerabilidade: 
 
a) Técnica – quanto a conhecimentos acerca das característ icas e 
ut ilidade do produto ou serviço adquir ido; 
 
b) Jurídica – decorrente da inexperiência do consum idor quanto ao 
mercado e da ausência de assessoria j urídica e contábil quanto aos 
termos da cont ratação; 
 
c) Fát ica – decorrente das circunstâncias de fato que levam o 
fornecedor a ser superior financeira, social e culturalmente; 
 
2.3 – Princípio da Hipossuficiência 
 
Diferenciando a vulnerabilidade da hipossuficiência, a dout r ina afirm a 
que a vulnerabilidade independe da condição social, cultural ou 
econôm ica do consum idor, caracter iza-se pelo fato de o consum idor 
desconhecer as técnicas de produção. 
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O consum idor hipossuficiente, além de desconhecer as técnicas de 
produção, tem a sua situação agravada em vir tude de fatores 
econôm icos, sociais e culturais, j ust ificando a concessão de direitos e 
garant ias ext ras, como a inversão do ônus da prova. 
2.4 – Princípio da Boa- fé objet iva 
2.5 – Princípio da Transparência ou Confiança 
2.6 – Princípio da Função Social do Contrato 
Em oposição à regra da força obr igatór ia dos cont ratos (pacta sunt 
servandae) , tem-se a Teoria da I mprevisão, consubstanciada na 
cláusula rebus sic standibus, segundo a qual é possível se relat ivizar 
a força obrigatória dos contratos na esfera do Direito do Consumidor, para 
lhe conferir uma maior proteção. 
Trata-se de direito básico do consum idor consubstanciado no art igo 
6º , inciso V, do CDC: 
Art . 6º São direitos básicos do consum idor:
V - a modificação das cláusulas cont ratuais que estabeleçam 
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos 
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; 
2.7 – Princípio da Equivalência Negocial 
2.8 – Princípio da Reparação I ntegral do Dano 
Tal regramento assegura aos consum idores as efet ivas prevenção e 
reparação de todos os danos suportados, sejam eles mater iais ou 
morais, indiv iduais, colet ivos ou difusos. 
Destaca-se a Súm ula 227, do STJ: 
Súmula 227 – STJ - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral 
3. A Polít ica Nacional das Relações de Consumo t rata-se de uma polít ica que
representa o conjunto de diret r izes a serem adotadas no sent ido de
consolidar direitos e garant ias m ínim as ao consum idor, er igindo-as à
categoria de pr incípios.
4. Quanto aos direitos básicos do consum idor, destacamos:
Art . 6º São direitos básicos do consum idor:
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I V - a proteção cont ra a publicidade enganosa e abusiva, métodos 
comerciais coercit ivos ou desleais, bem como cont ra prát icas e 
cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtose 
serviços; 
 
V - a modificação das cláusulas cont ratuais que estabeleçam 
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos 
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; 
 
VI I I - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão 
do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a cr itér io 
do juiz, for verossím il a alegação ou quando for ele hipossuficiente, 
segundo as regras ordinár ias de experiências; 
 
5. Quanto à qualidade dos produtos e serviços, não deve o fornecedor 
int roduzir no mercado de consumo qualquer produto ou serviço que possa 
comprometer esse direito, apresentando um grau de per iculosidade acim a 
do tolerável. 
 
6. Ou seja, adm item-se r iscos à saúde e à segurança do consum idor, somente 
quando tais r iscos decorrem da normal fruição do produto e do serviço e 
sejam previsíveis pelo consum idor de acordo com suas regras de 
experiência. 
 
7. Contudo, acaso o fornecedor coloque o produto no mercado e apenas 
poster iormente descobre a sua periculosidade, medidas urgentes deverão 
ser tomadas, como a comunicação do fato às autor idades e a produção de 
anúncios publicitár ios às expensas do fornecedor para informar os 
consum idores sobre a lesiv idade de tal produto. 
 
8. O CDC prevê, ainda, infrações adm inist rat ivas e penais para quem 
descumprir as determ inações protet ivas do Código. 
 
9. Por fim , o CDC estabelece que o Sistema Nacional de Defesa do Consum idor 
é formado por órgãos federais, estaduais, do Dist r ito Federal e municipais, 
além das ent idades pr ivadas de defesa do consum idor. 
 
1 0 – Jurisprudência Correlata 
 
SUPERI OR TRI BUNAL DE JUSTI ÇA 
Súm ula 2 2 7 – STJ - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
 
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1 1 – Questões 
 
a) Questões Objet ivas 
QUESTÃO 0 1 – I V EXAME DE ORDEM - FGV 
No âm bito do Código de Defesa do Consumidor, em relação ao princípio da boa- fé 
objet iva, é correto afirm ar que 
A) sua aplicação se rest r inge aos cont ratos de consum o. 
B) para a caracterização de sua violação im prescindível se faz a análise do caráter 
volit ivo das partes. 
C) não se aplica à fase pré-cont ratual. 
D) im porta em reconhecimento de um direito a cum prir em favor do t itular passivo 
da obrigação. 
QUESTÃO 0 2 – XX EXAME DE ORDEM - FGV 
Heitor agraciou cinco funcionários de um a de suas sociedades empresárias, situada 
no Rio Grande do Sul, com um a viagem para curso de t reinam ento profissional 
realizado em determ inado sábado, de 9h às 15h, num a cidade do Uruguai, há cerca 
de 50 m inutos de voo. Heitor custeou as passagens aéreas, t ranslado e alim entação 
dos cinco funcionários com sua própria renda, integralm ente desvinculada da 
at ividade em presária. Ocorre que houve at raso no voo sem qualquer just ificat iva 
prestada pela com panhia aérea. Às 14h, sem previsão de saída do voo, todos 
desist iram do em barque e perderam o curso de t reinam ento. Nesse contexto é 
correto afirm ar que, 
A) por se t ratar de t ransporte aéreo internacional, para o pedido de danos 
ext rapat r im oniais não há incidência do Código de Defesa do Consum idor e nem do 
Código Civil, que regula apenas Cont rato de Transporte em terr itór io nacional, 
prevalecendo unicamente as Norm as I nternacionais. 
B) ao caso, aplica-se a norm a consum erista, sendo que apenas Heitor é consum idor 
por ter custeado a viagem com seus recursos, m as, com o ele tem boas condições 
financeiras, por esse m ot ivo, é consum idor não enquadrado em condição de 
vulnerabilidade, com o tutela o Código de Defesa do Consum idor. 
C) em bora se t rate de t ransporte aéreo internacional, há incidência plena do Código 
de Defesa do Consum idor para o pedido de danos ext rapat r im oniais, em det r im ento 
das norm as internacionais e, apesar de Heitor ter boas condições financeiras, 
enquadra-se na condição de vulnerabilidade, assim com o os seus funcionários, para 
o pleito de reparação. 
D) por se t ratar de relação de Cont rato de Transporte previsto expressam ente no 
Código Civil, afasta-se a incidência do Código de Defesa do Consum idor e, por ter 
ocorr ido o dano em terr itór io brasileiro, afastam -se as norm as internacionais, 
sendo, portanto, hipótese de responsabilidade civil pautada na com provação de 
culpa da com panhia aérea pelo evento danoso. 
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QUESTÃO 0 3 – XI I EXAME DE ORDEM - FGV 
Maria e Manoel, casados, pais dos gêm eos Gabriel e Thiago que têm apenas t rês 
m eses de vida, residem há seis meses no Condom ínio Vila Feliz. O fornecimento do 
serviço de energia elét r ica na cidade onde m oram é prestado por um única 
concessionária, a Com panhia de Elet r icidade Luz S.A. Há um a sem ana, o casal vem 
sofrendo com as cont ínuas e injust ificadas interrupções na prestação do serviço 
pela concessionária, o que já acarretou a queim a do aparelho de televisão e da 
geladeira, com a perda de todos os alim entos nela cont idos. O casal pretende ser 
indenizado. Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de 
Proteção e Defesa do Consum idor, assinale a afirm at iva correta. 
A) Prevalece o entendim ento jur isprudencial no sent ido de que a vulnerabilidade no 
Código do Consum idor é sem pre presum ida, tanto para o consum idor pessoa física, 
Maria e Manoel, quanto para a pessoa jurídica, no caso, o Condom ínio Vila Feliz, 
tendo am bos direitos básicos à indenização e à inversão judicial autom át ica do ônus 
da prova. 
B) A dout r ina consum erista dom inante considera a vulnerabilidade um conceito 
jurídico indeterm inado, plurissignificat ivo, sendo correto afirm ar que, no caso em 
questão, está configurada a vulnerabilidade fát ica do casal diante da 
concessionária, havendo direito básico à indenização pela interrupção im ot ivada do 
serviço público essencial. 
C) É dom inante o entendim ento no sent ido de que a vulnerabilidade nas relações 
de consum o é sinônim o exato de hipossuficiência econôm ica do consum idor. Logo, 
basta ao casal Maria e Manoel dem onst rá- la para receber a integral proteção das 
norm as consumeristas e o consequente direito básico à inversão autom át ica do 
ônus da prova e a am pla indenização pelos danos sofr idos. 
D) A vulnerabilidade nas relações de consum o se divide em apenas duas espécies: 
a jurídica ou cient ífica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos 
jurídicos ou out ros pert inentes à contabilidade e à econom ia, e esta, à ausência de 
conhecim entos específicos sobre o serviço oferecido, sendo que sua verificação é 
requisito legal para inversão do ônus da prova a favor do casal e do consequente 
direito à indenização. 
QUESTÃO 0 4 – VI I I EXAME DE ORDEM - FGV 
Determ inado consum idor, ao m ast igar um a fat ia de pão com geleia, encont rou um 
elemento rígido, o que lhe causou intenso desconforto e a quebra parcial de um dos 
dentes. Em razão do fato, ingressou com m edida judicial em face do mercado que 
vendeu a geleia, a fim de ser reparado. No curso do processo, a perícia constatou 
que o elem ento encont rado era um a pequena porção de açúcar cr istalizado, não 
oferecendo r isco à saúde do autor. Diante desta narrat iva, assinale a afirm at iva 
correta. 
A) O fabricantee o fornecedor do serviço devem ser excluídos de responsabilidade, 
visto que o m aterial não ofereceu qualquer r isco à integridade física do consum idor, 
não m erecendo reparação. 
B) O elem ento rígido não característ ico do produto, ainda que não o tornasse 
im próprio para o consum o, violou padrões de segurança, j á que houve dano 
com provado pelo consum idor. 
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C) A responsabilidade do fornecedor depende de apuração de culpa e, portanto, 
não tendo o com erciante agido de m odo a causar voluntariam ente o evento, não 
deve responder pelo resultado. 
D) O com erciante não deve ser condenado e sequer caberia qualquer m edida cont ra 
o fabricante, posto que não há fato ou vício do produto, m ot ivo pelo qual não deve 
ser responsabilizado pelo alegado defeito. 
 
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QUESTÃO 0 2 – XX EXAME DE ORDEM - FGV 
Alternat iva correta, let ra C. 
 
Este item é o que m elhor se adequa quanto ao âm bito de aplicação do CDC e ao 
conceito de vulnerabilidade técnica ou fát ica. 
 
Em verdade, ao caso em epígrafe aplica-se o Código de Defesa do Consum idor e 
tanto Heitor com o os seus funcionários serão considerados consum idores, seja 
individualm ente seja por equiparação. 
QUESTÃO 0 3 – XI I EXAME DE ORDEM - FGV 
Alternat iva correta, let ra B. 
 
De fato a vulnerabilidade prevista no CDC não é presum ida, havendo que se analisar 
o caso concreto. Além disso, t rata-se de conceito plurissignificat ivo, podendo 
com portar a vulnerabilidade técnica, fát ica ou jurídica. 
Por fim , não se pode considerar a vulnerabilidade como sinônim o exato de 
hipossuficiência, eis que conforme t ratado no I tem 01 desta aula, a dout r ina 
reconhece diferenças significat ivas ent re os inst itutos. 
QUESTÃO 0 4 – VI I I EXAME DE ORDEM - FGV 
Alternat iva correta, let ra B. 
 
No caso apresentado, apesar de não apresentar r isco ao consum idor, efet ivam ente 
o produto o causou um dano. Assim , a alternat iva B apresenta a m elhor resposta, 
eis que claram ente o item violou padrões de segurança. 
 
A alternat iva A está errada, um a vez que devem sim fabricante e fornecedor 
responder pelos danos causados ao consumidor, independente da existência de dolo 
ou culpa, dada a responsabilidade civil objet iva aplicável ao caso. 
 
Por esta razão, tem -se com o falsas as alternat ivas C e D. 
 
 
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1 2 - Considerações Finais 
 
 Meus am igos, chegamos ao final de mais uma aula. 
 Tentaremos manter este foco nos nossos próximos encont ros. 
Pontos objet ivos, diretos, mas abrangendo o máximo de informações 
possível. 
 Espero que vocês tenham gostado e os aguardo na próxima aula. 
 Quaisquer dúvidas, crít icas ou sugestões, estou à disposição dos senhores 
nos canais do curso ou no seguinte contato: 
 
@Prof I gor Maciel 
 
 
Grande abraço, 
 
I gor Maciel 
 
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