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DIREITO DO TRABALHO II UNIDADE 3 A ESTABILIDADE E A GARANTIA NO EMPREGO 1. ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO: DIFERENCIAÇÃO • Estabilidade e garantia de emprego constituem institutos afins, porém diversos, não se confundindo. • Garantia de emprego se refere a uma política socioeconômica que visa diminuir o desemprego, recolocar o trabalhador no mercado de trabalho, incentivar a admissão, desestimular a dispensa, obstar ou onerar a despedida arbitrária e capacitar o profissional para aproveitamento no mercado. É um instituto político-social-econômico. • Estabilidade é um direito do empregado. Corresponde à restrição ao direito potestativo de dispensa. É um instituto trabalhista. • A garantia de emprego é gênero, do qual a estabilidade é espécie. • Há uma corrente minoritária (Maurício Godinho) que considera a garantia de emprego como correspondente à estabilidade provisória. 2. ESTABILIDADE – CONCEITO Estabilidade no emprego é a garantia que o empregado tem de não ser dispensado senão nas hipóteses previstas em lei ou no contrato. Esse direito atenua o poder potestativo do empregador de dispensa (Vólia Cassar). A estabilidade se materializa quando o empregador está impedido, temporária ou definitivamente, de dispensar sem justo motivo o empregado (Renato Saraiva). 3. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DE PROTEÇÃO CONTRA DISPENSA ARBITRÁRIA O art. 7º, I, da CF/88, determinou que é um direito dos trabalhadores urbanos e rurais a relação de emprego protegida contra a despedida arbitrária ou sem justa causa nos termos de lei complementar, que também deveria prever uma indenização compensatória na ocorrência desses casos. Contudo, a referida lei complementar até hoje não foi promulgada. Assim, a indenização prevista deve ser considerada, até que haja a referida regulamentação, correspondente à indenização compensatória instituída pelo art. 10, I, do ADCT, no percentual de 40% dos depósitos do FGTS. * "Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;" Ainda dentro do sistema de garantia do emprego estatuído pela CF/88, há os seguintes mecanismos que dificultam ou restringem o direito potestativo patronal de dispensar o empregado: • Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, no mínimo, de 30 dias (art. 7º, XXI, CF). 2 • Seguro-desemprego (art. 7º, II, CF) e os recolhimentos do FGTS (art. 7º, III, CF). • Estabilidade provisória dos seguintes empregados: o Dirigente sindical (art. 8º, VIII, CF); o Eleito membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) (ADCT, art. 10, II, a); o Gestante (ADCT, art. 10, II, b). 4. CLASSIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE (V. Bomfim Cassar) 4.1. Quanto à Forma ou Tipo ▪ Absoluta – empregado só pode ser dispensado por cometimento de falta grave (motivo disciplinar). São tipos de estabilidade absoluta: decenal; sindical; cooperativa; art.19, ADCT (servidores públicos com 5 anos de serviço na data da CF/88); art. 41, CF; acidente de trabalho; membros do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), da CCP (Comissão de Conciliação Prévia) e do CCFGTS (Conselho Curador do FGTS); e representante da comissão de fiscalização da gorjeta (art. 457, § 18, CLT, criada pela Lei 13.419/2017 e MP 808/2017). ▪ Relativa – empregado pode ser dispensado por motivo técnico, financeiro, disciplinar ou econômico. São tipos de estabilidade relativa: membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes); gestante; aprendiz; representante dos empregados nas empresas com mais de 200 empregados. 4.2. Quanto à Duração ▪ Definitiva – garante o emprego até a morte do empregado, sua aposentadoria, extinção da empresa, morte do empregador pessoa física, culpa recíproca e justa causa. Ou seja, não há duração determinada. São definitivas as estabilidades: Decenal (art. 492, CLT); Art.41, CF/88 (servidor público); Art. 19, ADCT; Contrato – se as partes assim ajustarem. ▪ Provisória – tem duração determinada no tempo. São provisórias: Sindical (art. 543, CLT e art. 8º, VIII, CF); Gestante (art. 10, II, b, ADCT); CIPA (art. 165, CLT e art. 10, II, a, ADCT); Cooperativas (art. 55, Lei 5.764/71 – titulares eleitos têm mesmas garantias dos dirigentes sindicais); Acidente de trabalho (art. 118, Lei 8.213/91); Conselho Curador do FGTS (art. 3º, § 9º, Lei 8.036/90); Conselho Nacional da Previdência Social (art. 3º, § 7º, Lei 8.213/91); 3 Comissões de Conciliação Prévia (art. 625-B, § 1º, CLT); Comissão de Representantes dos Empregados, nas empresas com mais de 200 empregados (arts. 510-A a 510-D, CLT e art. 11, CF) (inserido pela Lei 13.467/2017 – Reforma Trabalhista); Não discriminação (Lei 9.029/95: proíbe discriminação por motivo de sexo, origem, raça, estado civil, situação familiar, deficiência, idade, etc. e constitui crime teste/declaração de gravidez ou esterilidade e controle de natalidade - reintegração ou indenização substitutiva; e Súm. 443, TST: proíbe dispensa face HIV/doença grave - reintegração); Aprendiz (art. 433, CLT); Contrato – se as partes assim ajustarem; Comissão de fiscalização da gorjeta (art. 457, § 18, CLT, criada pela Lei 13.419/2017 e MP 808/2017). 5. CARGOS E ATIVIDADES QUE NÃO ENSEJAM A ESTABILIDADE Não haverá estabilidade no exercício dos cargos de diretoria, gerência ou outros de confiança imediata do empregador (art. 499 c/c art. 468, § 1º, CLT). Mas ao empregado estável que deixar de exercer cargo de confiança é assegurada a reversão ao cargo efetivo que haja anteriormente ocupado (CLT, art. 499, § 1º) Se admitido diretamente na função de confiança, não irá adquirir estabilidade nem na função nem no emprego. 6. HIPÓTESES 6.1. ESTABILIDADE DECENAL (estabilidade absoluta e definitiva) 1) Conceito Trata-se de estabilidade absoluta e definitiva. Após 10 anos de serviço, o trabalhador adquiria a estabilidade decenal, e, a partir daí, não poderia mais ser dispensado sem justa causa. Não existe mais, só remanescentes, pois a CF/88 adotou o regime único do FGTS, excluindo a estabilidade decenal. 2) Aquisição, art. 492, CLT. ▪ Mais de dez anos na empresa * "Art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas." ▪ Exceção, art. 499 e 507, CLT: ➢ Cargos diretoria; ➢ Gerência; ➢ Confiança imediata; ➢ Consultórios de profissionais liberais – empregados não adquiriam estabilidade. 3) Efeito da estabilidade, art. 492, CLT. 4 ▪ Inibir exercício do poder potestativo, só possibilitando dispensa por justa causa ou circunstância de força maior. 4) Indenização de antiguidade, art. 478, CLT. ▪ Cálculo: * "Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 meses." 5) Período de experiência, § 1º, art. 478 CLT. * "§ 1º - O primeiro ano de duração do contrato por prazo indeterminado é considerado como período de experiência, e, antes que se complete, nenhuma indenização será devida." 6) Extinção do contrato de trabalho 6.1) Empregado estável, art. 492, CLT. ▪ Falta Grave, art. 493 CLT. ➢ Prévia apuração. ➢ Inquérito judicial, art. 494, 853 CLT. * "Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida sóse tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação." ▪ Força Maior comprovada. ▪ Extinção da empresa sem força maior - indenização dobrada, art. 497, CLT. ▪ Pedido de demissão - só válido com assistência do sindicato, art. 500, CLT. 6.2) Empregado não estável ▪ Demissão sem justa causa ➢ Indenização simples, art. 478, CLT. ▪ Por justa causa ▪ A pedido 7) Demissão obstativa, art. 499, § 3º (Ex Súm. 26, TST) ▪ Indenização dobrada. * "Art. 499, § 3º - A despedida que se verificar com o fim de obstar ao empregado a aquisição de estabilidade sujeitará o empregador a pagamento em dobro da indenização prescrita nos arts. 477 e 478." 6.2. DIRIGENTE SINDICAL (estabilidade absoluta e provisória) 1) Previsão, art. 543, § 3º CLT e 8º, VIII, CF. * "Art. 543, § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito 5 inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação." * "CF, art. 8º, VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei." 2) Alcance: 2.1) Diretoria • Mínimo 3 máximo 7, art. 522, CLT. Súm. 369, II, TST. * "Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros [...]. - Não é todo dirigente que goza da estabilidade provisória. Sindicato pode ter mais de 7 diretores, mas só 7 diretores e 7 suplentes gozam da estabilidade. • Salvo CCT/ACT - a quantidade pode ser ampliada por CCT/ACT. 2.2) Delegados sindicais. Conselhos de administração e fiscal, OJ 365 e 369 da SDI-I/TST. • Função consultiva – não fazem jus à estabilidade. 3) Termo inicial 3.1) Registro: lei fala em registro da candidatura, mas há necessidade da comunicação. 3.2) Comunicado escrito. 24 hs, § 5º, 543 CLT. * "Art. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho e Previdência Social fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação referida no final do § 4º." • Inobservância, Súm. 369, I, TST. • Registro durante aviso prévio ➢ Sem garantia, Súm. 369, V e 371, TST – caracteriza tentativa de evitar demissão. * "Súm 369, TST - Dirigente Sindical. Estabilidade Provisória I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II – [...] Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 6 V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho." 3.3) Eleito: • Comunicado, posse, § 5º, art. 543/CLT – com as eleições, apenas aqueles que tomaram posse passarão a ter estabilidade (tempo do mandato mais 1 ano). 4) Termo final • Um ano após mandato 5) Demissão 5.1) Motivada (justa causa) • Prévia apuração • Inquérito Judicial, art. 543, §3º, CLT, Súm 379/TST e 197, STF. ➢ Somente é possível a dispensa após trânsito em julgado. * "Súmula nº 379, TST - Dirigente sindical. Despedida. Falta grave. Inquérito judicial. Necessidade - O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT." 5.2) A pedido – empregado dirigente sindical pode pedir demissão. 5.3) Demissão imotivada • Reintegração (recebe emprego de volta); ou • Indenização 6) Óbices à atuação: 6.1) Transferir, art. 543 CLT e § 1º. • Aceitação – se aceitar transferência, perde o mandato. • Pedido – se pedir, também perde mandato. • Base territorial do sindicato * "Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 1º - O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita." 6.2) Alterar horário 7) Situação contratual 7.1) Licença não remunerada, § 2º, 543 CLT 7.2) Salvo CCT/ACT – podem manter dirigente sindical com salário do empregador. 7 * "Art. 543, § 2º - Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que se refere este artigo." 8) Extinção da empresa. Estabelecimento, Súm. 369, IV, TST. - Neste caso, não subsiste a estabilidade; gera extinção do contrato de trabalho e não se fala em indenização. * "Súm. 369, IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade." 9) Categoria diferenciada. • Garantia, Súm. 369, III, TST – é o caso de advogado, médico, piloto, etc. Ex.: Advogado professor da Estácio só tem direito à estabilidade se for eleito para sindicato dos professores. * "CLT, art. 511, § 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares." 6.3. MEMBRO DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA) (estabilidade relativa e provisória) 1) Previsão, art. 10, II, ‘a’, do ADCT/CF/88 e Art. 163 e 165, CLT. * "ADCT, art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;" * "Art. 163, CLT - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas." * "Art. 165, CLT - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro." 2) CIPA – tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador (NR 5do MTPS). - Acidentes de trabalho: englobam os ocorridos no trajeto da residência para o trabalho e vice- versa. 3) Composiçãoa) Paritária, art. 164 CLT • Empregados. Eleição, § 2º, art. 164, CLT • Empregador. Indicação, § 1º, art. 164, CLT 8 b) Titular. Suplente: ambos são garantidos pela estabilidade provisória c) Presidente – indicado pelo empregador. Vice-Presidente – indicado pelos empregados. * "Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. § 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. § 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. § 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. § 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente." 4) Mandato a) Um ano, § 3º, art. 164, CLT. b) Uma reeleição 5) Abrangência a) Representantes empregados b) Titulares, art. 10, II, ‘a’, ADCT/CF/88. c) Suplentes, Súm. 339/TST e 676 STF. * "Súmula nº 339 do TST - CIPA. Suplente. Garantia de emprego. CF/1988 I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário." 6) Termos: (art. 10, II, ‘a’, ADCT/CF/88) a) Inicial. • Registro candidatura b) Final • Um ano após mandato 7) Rescisão: a) Falta grave • Sem prévia apuração, parágrafo único, do art. 165/CLT. 9 * "Art. 165, Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado." b) A pedido c) Extinção da empresa com extinção da CIPA, Súm 339, II, TST: despedida não arbitrária. 6.4. GESTANTE (estabilidade relativa e provisória) 1) Trabalhadora urbana e rural, art. 10, II, ‘b’, ADCT/CF. * "ADCT/CF, art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto." 2) Doméstica, art. 25, LC 150/2015. * "LC 150/2015, art. 25. Parágrafo único. A confirmação do estado de gravidez durante o curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea “b” do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias." 3) Termos: a) Inicial • “Confirmação” da gravidez – é mero requisito da prova do ato e não da substância. • Responsabilidade objetiva do empregador - é quem assume o risco; mesmo que desconheça o estado gravídico da empregada, não pode demiti-la. • Concepção. Súmula 244, I, TST – a concepção é que caracteriza o termo inicial e não a confirmação. Ainda que a empregada não confirme ou demonstre a gravidez, o direito à estabilidade permanece. * "Súmula nº 244 do TST - Gestante. Estabilidade Provisória I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado." b) Final • 5 meses após parto 10 4) Restrições em Contrato Individual de Trabalho ou CCT/ACT, OJ 30 SDC/TST – não se admitem restrições ao direito de estabilidade da gestante; qualquer restrição é nula. * "OJ 30. Estabilidade da Gestante. Renúncia ou Transação de Direitos Constitucionais. Impossibilidade. Nos termos do art. 10, II, "b", do ADCT, a proteção à maternidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravídico. Portanto, a teor do artigo 9º, da CLT, torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação, pela gestante, das garantias referentes à manutenção do emprego e salário." 5) Rescisão: a) Motivada • Não necessidade de prévia apuração. b) Sem justa causa, Súm. 244, II, TST. • Reintegração – até, no máximo 5 meses após o parto (durante estabilidade). • Indenização – é a opção que resta à empregada gestante quando não pede reintegração dentro do prazo legal da estabilidade (enquanto não prescrever a pretensão). c) A pedido • Extingue a estabilidade. 6) Contrato a prazo (tempo determinado) • Tem direito à estabilidade, Súm. 244, III, TST. 7) Concepção durante o aviso prévio, art. 391-A, CLT. • Mesmo durante o aviso prévio, a gestante adquire a estabilidade. * "CLT, art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias." 8) Morte da gestante e recém nascido vivo – LC 146/2014. • Pai/guardião, em caso de falecimento da genitora gestante, tem direito à estabilidade provisória pelo período que a mãe teria. * "Lei complementar nº 146, de 25 de junho de 2014 - Estende a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias à trabalhadora gestante, nos casos de morte desta, a quem detiver a guarda de seu filho". 9) Exame médico de esterilização ou de gestação – empregador não pode obrigar • Considerado crime – Lei 9.029/1995, art. 2º. • Prática proibida pelo art. 373-A, IV, CLT. • Exame médico periódico e demissional exigido pelo art. 168, CLT, não inclui o de sangue ou de urina. 11 * "Lei 9.029/95, art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias: I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez;" * "CLT, art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego;" 10) Mãe adotante – não tem direito à estabilidade provisória, por falta de amparo legal, mas tem direito à licença-maternidade (art. 392-A, CLT). 6.5. EMPREGADO ACIDENTADO (estabilidade absoluta e provisória) 1) Previsão, art. 118, Lei 8.213/91. * "Lei 8.213/91, art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contratode trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, [...]." 2) Acidente de trabalho, art. 19, Lei 8.213/91 – 3 espécies: a) Típico – ocorre dentro da empresa no horário de trabalho. b) Atípico (ou equiparado) – é o caso das doenças ocupacionais. c) Acidente de trajeto – é o que ocorre no trajeto casa-trabalho e trabalho-casa. 3) Termos, Súm. 378, TST. a) Inicial • Cessação do benefício previdenciário – cessação do auxílio-doença acidentário. • Requisito: - Percepção do auxílio-doença acidentário. - Licença médica superior a quinze dias. - Art. 59 e 60, Lei 8.213/91, art. 75 e § 2º do Dec. 3.048/99. * "Dec. 3.048/99, art. 75. Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doença, incumbe à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário. § 2º Quando a incapacidade ultrapassar quinze dias consecutivos, o segurado será encaminhado à perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social." b) Final • Mínimo doze meses. * "Súmula nº 378 do TST - Estabilidade Provisória. Acidente do Trabalho. Art. 118 Da Lei Nº 8.213/1991. I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. 12 II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91." c) Contrato a prazo (tempo determinado), Súm. 378, III, TST. • O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho. d) Rescisão • Motivada (só justa causa – falta grave) - Sem prévia apuração • A pedido - Extingue a estabilidade. 6.6. MEMBRO DO CONSELHO CURADOR DO FGTS (estabilidade absoluta e provisória) 1) Previsão, Lei 8036/90, art. 3º, § 9º. * "Lei 8036/90, art. 3º - O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. § 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e confederações nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da Previdência Social, e terão mandato de 2 anos, podendo ser reconduzidos uma única vez. § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical." 2) Composição, caput, art. 3º, L. 8036/90. 3) Alcance: a) Representante dos trabalhadores (não alcança representantes dos empregadores) • Sindicalizado, art. 547 CLT. • Titulares e suplentes. * "Art. 547 - É exigida a qualidade de sindicalizado para o exercício de qualquer função representativa de categoria econômica ou profissional, em órgão oficial de deliberação coletiva, bem como para o gozo de favores ou isenções tributárias, salvo em se tratando de atividades não econômicas." 4) Mandato, dois anos, Lei 8036/90, § 3º, art. 3º. • Uma recondução. 13 5) Termos: a) Inicial. Nomeação, § 9º, art. 3º. b) Final. Um ano após mandato. 6) Rescisão: • Motivada (só justa causa – falta grave) - Previa apuração. - Processo sindical (não é inquérito judicial). • A pedido - Extingue a estabilidade. 6.7. MEMBROS DO CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (estabilidade absoluta e provisória) 1) Previsão, Lei 8.213/91, art. 3º, § 7º. * "Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, que terá como membros: I - seis representantes do Governo Federal; II - nove representantes da sociedade civil, sendo: a) três representantes dos aposentados e pensionistas; b) três representantes dos trabalhadores em atividade; c) três representantes dos empregadores. § 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial." 2) Composição, incisos I e II, art. 3º, L. 8213/91. • 3 representantes dos trabalhadores em atividade 3) Alcance a) Representante dos trabalhadores (indicados pelas respectivas centrais sindicais) • Titulares e suplentes. • Sindicalizados, art. 547 CLT. 4) Mandato, dois anos, § 1º, art. 3º, L. 8213/91. • Uma recondução 5) Termos: a) Inicial. Nomeação, § 7º, art. 3º, L. 8213/91. 14 b) Final. Um ano após mandato 6) Rescisão • Motivada (só justa causa – falta grave) - Prévia apuração. - Processo judicial. • A pedido - extingue a estabilidade. 6.8. MEMBRO DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (estabilidade absoluta e provisória) 1) Previsão, art. 625-B, § 1º, CLT. * "Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical." * "Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: I - a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional; II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares; III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma recondução. § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei.” 2) Composição: a) Paritária • Representantes obreiros – metade. • Representantes patronais – metade. b) Mínimo 2; máximo 10 membros (1 a 5 representantes empregados + 1 a 5 suplentes). c) Titulares e suplentes 3) Alcance: a) Representantes obreiros, § 1º, art. 625-B. • Eleitos, I, art. 625-B, CLT b) Representantes empregador • Sem garantia - Salvo ACT/CCT. 15 • Indicados, inciso I, art. 625-B, CLT. 4) Mandato a) Um ano b) Uma recondução, inciso III, art. 625-B, CLT. 5) Termos: a) Inicial • Omissão legislativa; Analogia, art. 8º CLT • Doutrina majoritária: a partir da eleição. b) Final • Um ano após mandato 6) Rescisão: a) Motivada (só justa causa – falta grave) • Não necessária prévia apuração 6.9. MEMBROS DA COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS (nas empresas com mais de 200 empregados) (estabilidade relativa e provisória) 1) Previsão - arts. 510-A a 510-D, CLT (inseridos pela Lei 13.467/2017 – Reforma Trabalhista) e art.11, CF * “CLT, Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. § 1º A comissão será composta: I - nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros; II - nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros; III - nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros. § 2o No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão de representantes dos empregados por Estado ou no Distrito Federal, na mesma forma estabelecida no § 1º deste artigo.” * “CLT, Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano. § 1º O membro que houver exercido a função de representante dos empregados na comissão não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes. § 3o Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. 16 2) Composição (CLT, art. 510-A, § 1º) • Empresa c/ mais de 200 até 3.000 empregados: 3 membros; • Empresa c/ mais de 3.000 até 5.000 empregados: 5 membros; • Empresa c/ mais de 5.000 empregados: 7 membros. 3) Alcance • Só titulares (não há previsão de suplentes). 4) Mandato a) Um ano - CLT, art. 510-D. b) Proibida a recondução: membro não pode ser candidato nos 2 períodos subsequentes -CLT, art. 510-D, § 1º. 5) Termos: a) Inicial: • Registro candidatura b) Final: • Um ano após mandato 6) Rescisão: a) Motivada (motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro) • Não necessária prévia apuração 6.10. REPRESENTANTE DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO DE GORJETAS (estabilidade absoluta e provisória) 1) Previsão - art. 457, § 18, CLT (criada pela Lei 13.419/2017 e MP 808/2017) * “CLT, Art. 457, § 18. Para empresas com mais de 60 empregados, será constituída comissão de empregados, mediante previsão em CCT ou ACT, para acompanhamento e fiscalização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta [...], cujos representantes serão eleitos em assembleia geral convocada para esse fim pelo sindicato laboral e gozarão de garantia de emprego vinculada ao desempenho das funções para que foram eleitos, e, para as demais empresas, será constituída comissão intersindical para o referido fim. (Incluído pela Medida Provisória nº 808/2017) 2) Composição, Alcance, Mandato e Período da Estabilidade a) A lei não previu a composição, alcance, tempo de mandato e período da estabilidade. Portanto, estes detalhes ficarão a cargo da norma coletiva ou da assembleia intersindical. b) A estabilidade está vinculada ao exercício da função de acompanhamento e fiscalização da regularidade da cobrança e distribuição das gorjetas. Se o empregado não realizar tais tarefas, não terá estabilidade. 6.11. SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL - ART. 41, CF/88 (Estabilidade Absoluta e Definitiva) 17 1) Previsão – art. 41, CF • Trata-se da estabilidade conferida ao servidor público nomeado para cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, após 3 anos de efetivo exercício. * "CF, Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa." 2) Servidor público versus Empregado Público (ou servidor público celetista) • A doutrina e a jurisprudência majoritária consideram que a expressão "servidor público" abrange também os "empregados públicos", ou seja, os servidores públicos celetistas. 3) Garantia ao Servidor Público Celetista da Administração Direta, Autárquica e Fundacional • Em virtude do entendimento de que o empregado público é espécie do gênero servidor público, a estabilidade do art. 41, CF/88 atinge os servidores públicos celetistas da Administração Direta, Autárquica e Fundacional (Súm. 390, TST). 4) Empregado de Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista • Não cabe a estabilidade do art. 41, CF/88 aos empregados de empresas públicas, sociedades de economia mista e outras controladas pelo Estado, mesmo que aprovados em concurso público (Súm. 390, TST). * "Súmula nº 390 do TST - Estabilidade. Art. 41 da CF/1988. Celetista. Administração Direta, Autárquica ou Fundacional. Aplicabilidade. Empregado de Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista. Inaplicável. I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988." 6.12. Reintegração. Indenização. 1) Reintegração • No prazo da garantia, Súm. 396, I, TST e art. 495, CLT. * "Súmula nº 396 do TST - Estabilidade Provisória. Pedido de Reintegração. Concessão do Salário Relativo ao Período de Estabilidade já Exaurido. Inexistência de Julgamento "Extra Petita" I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. 18 II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. * "CLT, Art. 495 - Reconhecida a inexistência de falta grave praticada pelo empregado, fica o empregador obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar-lhe os salários a que teria direito no período da suspensão." 2) Indenização • Expirado prazo da garantia, I, Súm. 396 TST. • Reintegração desaconselhável, art. 496, CLT. * "CLT, Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização [...]." 6.13. Renuncia à estabilidade • Princípio da irrenunciabilidade – como regra, os direitos trabalhistas são irrenunciáveis (9º, CLT). • Renúncia ao cargo – aposentadoria espontânea ou pedido de demissão. ➢ Consequência: renuncia ao direito de estabilidade. DIREITO DO TRABALHO II UNIDADE 3 6.12. Reintegração. Indenização. 1) Reintegração Expirado prazo da garantia, I, Súm. 396 TST. Reintegração desaconselhável, art. 496, CLT. * "CLT, Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação e... 6.13. Renuncia à estabilidade Consequência: renuncia ao direito de estabilidade.
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