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DIPLOMACIA

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RELAÇÃO ENTRE ESTADOS 
Por excelência representam os Estados:
Chefes de Estados, os Chefes de Governos, Ministros das Relações Exteriores. 
Aos Chefe de Estado cabe a responsabilidade primária pela formulação e execução da política externa estatal. No Brasil estão definidas no Art. 84 CF88, ressalta se o que preconiza o Art.27do Estatuto de Roma.
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 RELAÇÃO ENTRE ESTADOS 
	Como regra geral as funções do Chefe de governo nas relações internacionais dependem da forma e do regime de governo adotado pelo Estado.
	No parlamentarismo a importância do do Chefe de governo nas relações internacionais, tem muitas das competências internacionais do Chefe de Estado, do Regime Presidencialista.
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CHEFE DE ESTADO /MINISTROS DAS RELAÇÕES EXTERIORES
	-imunidade de jurisdição absoluta
	-extensão: família
		 membros da comitiva
	-inviolabilidade pessoal absoluta (de sua pessoa e hospedagem)
	-inviolabilidade de bagagem
	-isenção taxas alfandegárias
	-direito de comunicação com seu Estado
	-absoluta liberdade circulação – segurança, particular/ férias.
 - imunidade cível e penal; isenção de impostos diretos.
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Em regra as autoridades devem observar as seguintes premissas quanto aos privilégios e imunidades:
1) Observar que a imunidade de jurisdição é pautada na teoria de interesse das funções, verificando que a proteção permite apenas ao exercício de suas funções no exterior, cuja prerrogativas são extensivas a sua família e comitiva e dependentes, não excluindo a jurisdição do Estado de origem;
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2) Então é dever observar as normas locais, atentar para a proibição de intervir nos assuntos internos, ainda existe a possibilidade de renúncia por parte do Estado acreditante;
3) A solicitação de proteção proteção parte do Estado acreditado.
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MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES 
TEM AS SEGUINTES COMPETÊNCIAS: Dec. 5.979, de 06/12/2006 art.1º 
-política internacional;
-relações diplomáticas e serviços consulares;
-participação nas negociações comerciais, econômicas, técnicas e culturais entre o governo e entidades estrangeiras;
-programas de cooperação internacional e de promoção comercial;
-apoio a delegações, comitivas e representações brasileiras em Agências e Organismos Intencionais;
- auxiliar o Presidente da República na formulação da política externa.
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O MINIST. DE REL.EXTERIORES TEMBÉM CONHECIDO COMO ITAMARATY É COMPOSTO DOS SEGUINTES ORGÃOS:
SECRETARIA DAS RELÇÕES EXTERIORES;
ESCRITÓRIIOS REGIONAIS;
pela primeira e segunda comissões no exterior missões diplomáticas as repartições consulares, contempla também missões e delegações a org. internacionais. (o corpo funcional podem recrutar funcionários no ext. desde que prestem concursos).
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AGENTES DIPLOMÁTICOS; 
PAUTADO na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 (CVRD/61), ratificado no Ord. Pátrio através do Dec. 55.435/65
SENDO QUE O ESTADO ACREDITANTE É O ESTADO QUE ENVIA OS AGENTES 
DIPLOMÁTICOS; E O ESTADO ACREDITADO É O QUE OS RECEBE.
PLACET / AGRÉMENT / AGREEMENT (Aceitação do diplomata) 
 
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DIREITO DE LEGAÇÃO DE RECEBER/ ENVIAR DIPLOMATAS
OBS. EXIGE para ser Embaixador curso sup. e 21 anos, aprv. do Senado, voto secreto CF/88, art. 52,IV;
FUNDAMENTADO APENAS NA TEORIA DO INTERESSE DA FUNÇÃO, CUJA PROTEÇÃO É APENA NO EXTERIOR, COM PRERROGATIVAS EXTENSIVAS A FAMILIA E DEPENDENTES, NÃO EXCLUEM JURISDIÇÃO DO ESTADO DE ORIGEM.
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DEVER DE OBSERVAR AS NORMAS LOCAIS, PROIBIÇÃO DE INTERVENÇÃO NOS ASSUNTOS INERNOS, POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA POR PARTE DO ESTADO ACREDITADO.
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Funções dos agente diplomáticos – Representar o Estado, acreditante perante o Estado acreditado;
-proteger os interesses do Estado acreditante e de seus nacionais no Estado acreditado;
-negociar com o governo do Estado acreditado;
-inteirar das condições e da evolução dos acontecimentos do Estado acreditado, ou da Org. Intern. junto à qual atuam e informar o Estado acreditante a respeito;
Promover relações amistosas e desenvolver as relações econômicas, culturais e científicas entre o Estado acreditado e o acreditante.
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PRIVILÉGIOS DIPLOMÁTICOS 
Na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 (CVRD/61), nós temos uma distinção entre os privilégios da missão que é o local e os privilégios do pessoal diplomático e cada um conforme a sua categoria.
 Não havendo problema o Estado acreditado confere aquilo que se chama de Placet/Agrément/Agreement, que é o termo técnico, que manifesta a concordância do Estado Acreditado com aquelas pessoas que vão vir em missão pelo Estado Acreditante.
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OBSERVAÇÃO 1
QUANDO UMA DESSAS PESSOAS EVENTUALMENTE TENHA OU FAÇA ALGUMA COISA QUE O ESTADO NÃO GOSTOU, O ESTADO NÃO PODE EXPULSÁ-LA DO PAÍS, ELE SIMPLESMENTE VAI DECLARA-LA “PERSONA NON GRATA” E O ESTADO ACREDITANTE VAI DAR UM JEITO DE RETIRAR ESSA PESSOA PARA FORA DO TERRITÓRIO DO ESTADO ACREDITADO.
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OBSERVAÇÃO 2
AS EMBAIXADAS NÃO COSTITUEM TERRITÓRIIO ESTRANGEIRO; AS MISSÕES DIPLOMÁTICAS E DEMAIS ESPAÇOS OCUPADOS POR DIPLOMATAS SÃO APENAS ÁREAS QUE GOZAM DE IMUNIDADES DE JURISDIÇÃO FRENTE AO ESTADO ONDE SE ENCOMTRAM.
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QUANTO À MISSÃO DIPLOMÁTICA:
INVIOLABILIDADE DOS LOCAIS DA MISSÃO: artigo 22 da CVRD/1961 – 
Os locais da missão são invioláveis, os Agentes do Estado Acreditado não poderão neles penetrar sem o consentimento do Chefe da Missão. 
O que fundamentava antigamente esta proteção nos locais diplomáticos era a teoria da extraterritorialidade. Hoje, é a teoria do interesse da função, que diz o seguinte: É do interesse dos Estados soberanos manterem relações e alguns privilégios devem ser assegurados recíprocos através do Tratado internacional, acordo ou reciprocidade que existe no plano internacional. Cuja a base legal é a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, a legalidade é essa Convenção.
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ISENÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE LOCAIS DA MISSÃO artigo 23, I +ATOS OFICIAIS – Artigo 28 + ADUANEIROS – artigo 36, “a”: 
O Estado acreditante e o Chefe da missão estão isentos de todos os impostos e taxas nacionais, regionais ou municipais, sobre os locais da missão de que sejam proprietários ou inquilinos, excetuados os que representem os pagamentos dos serviços específicos que lhe sejam prestados (exemplo: taxa de lixo).
Com relação aos atos oficiais praticados há isenção de impostos e também há isenção de taxas aduaneiras.
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INVIOLABILIDADE DE ARQUIVOS E DOCUMENTOS – artigo 24 ; 27:
Os arquivos e documentos do Estado estrangeiro são invioláveis. Aqui entra também a questão da mala diplomática.
Eles têm também liberdade de circulação, a livre comunicação, são esses os privilégios da missão diplomática.
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QUANTO AOS AGENTES DIPLOMÁTICOS:
	Agente diplomático é quem vai ter passaporte diplomático, na lista enviada para o Governo estrangeiro fica claro quem é o pessoal diplomático e quem é o pessoal administrativo e técnico, quem é o pessoal de serviço. É conforme a categoria que eles vão constar nesta lista que haja prestado ao acreditado.
	A regra geral para o agente diplomático estrangeiro, é a seguinte:
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ARTIGO 29:inviolabilidade pessoal:
	A pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma forma de detenção ou
prisão. O Estado acreditado tratá-lo-á com o devido respeito e adotará todas as medidas adequadas para impedir qualquer ofensa à sua pessoa, liberdade ou dignidade.
	A princípio, ele goza de absoluta inviolabilidade pessoal, o que significa que ele não poderá ser preso em circunstância alguma, nem em flagrante. 
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ARTIGO 30:inviolabilidade da residência:
	A residência particular do agente diplomático goza da mesma inviolabilidade e proteção que os locais da missão.
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ARTIGO 30:Inviolabilidade resid.,documentos,correspondência:
A mesma disciplina que é dada à missão.
ARTIGO 30.2:inviolabilidade de bens (artigo 30.2): Exceções: Artigo 31, 1 e 3 e artigo 32, 3 e 4.
ARTIGO 31:Imunidade civil/administrativa: Idem, ou seja, gozará também da imunidade de jurisdição civil e administrativa a não ser que se trate de exceções:
Exceções: artigo 31,1 “a” a “c” e 3.
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Essas exceções são por exemplo: 
a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o agente diplomático possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão. 
b) uma ação sucessória, na qual o agente diplomático figure, a título privado e não em nome do Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário. 
c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais.
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ARTIGO 31:imunidade de jurisdição penal: 
Exceção: RENÚNCIA 
Quanto à jurisdição penal ele tem de forma integral, gozará de imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado. 
Imunidade de jurisdição não significa impunidade, significa que ele não vai se submeter à jurisdição estrangeira, mas vai ser punido e processado no seu Estado de origem.
Existe uma exceção para a imunidade de jurisdição penal que se chama RENÚNCIA. Na hipótese de renúncia o agente diplomático integrante da missão diplomática será submetido à jurisdição local. 
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Quem pode renunciar? O chefe da missão normalmente é o Embaixador, ele é que tem poder para renunciar a imunidade do seu pessoal, em nome do Estado estrangeiro, é a única pessoa que tem esse poder.
Ele só não pode renunciar em duas circunstâncias, sendo preciso que se faça uma consulta ao governo estrangeiro:
a)se quem cometeu o crime foi ele próprio;
b)ou se foi um membro de sua família.
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ARTIGO 31.2:depoimento testemunhal:
Não estão obrigados a prestar depoimento como testemunha
ARTIGO 33:isenção de tributos:
A isenção de tributos, salvo o disposto no § 3º deste artigo 33, o agente diplomático estará no tocante aos serviços prestados ao Estado acreditante, isento das disposições sobre seguro social que possam vigorar no Estado acreditado. Isso, basicamente, diz respeito às contribuições com a previdência. A exceção é a do inciso 2 que diz respeito aos criados particulares.
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EXEMPLO: Vejamos aquele exemplo da brasileira que entrou com uma reclamatória trabalhista contra a França Ela tinha sido contratada aqui, como contratada aqui teriam que ser obedecidas, com relação a ela, todas as regras, não só trabalhistas como sobre seguro social no Brasil, ou seja, a França estava obrigados a recolher.
Assim quanto aos criados particulares, não terão obrigação de recolher, se essas pessoas estiverem vinculadas ao sistema de seguro social no exterior, e se elas forem estrangeiras. Caso sejam brasileiras, contratadas aqui, ficam vinculadas ao nosso sistema de Previdência Social.
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ARTIGOS 34 e 36.1 “b” e 2:isenção de impostos:
O Artigo 34 diz: O Agente Diplomático gozará de isenção de todos os impostos e taxas, pessoais ou reais, nacionais, regionais ou municipais, com as exceções seguintes:
a)os impostos indiretos que estejam normalmente incluídos no preço das mercadorias ou dos serviços; (como exemplo o Chefe de Missão que quer comprar um carro sem a cobrança do ICMS e IPI, tratando-se de impostos indiretos deverá pagar).
b)os impostos e taxas sobre bens imóveis privados situados no território do Estado acreditado, a não ser que o agente diplomático os possua em nome do Estado acreditante e para os fins da missão;(exceções: sucessão; rendimento ; imunidades civis/administrativas).
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c)os direitos de sucessão percebidos pelo Estado acreditado, salvo o disposto no § 4 do artigo 39.
d)os impostos e taxas sobre rendimentos privados que tenham a sua origem no Estado acreditado e os impostos sobre o capital, referentes a investimentos em empresas comerciais no Estado acreditado.
e)os impostos e taxas que incidem sobre a remuneração relativa a serviços específicos;
f)os direitos de registro, de hipoteca, custas judiciais e imposto de selo relativos a bens imóveis, salvo o disposto no artigo 23 (exemplo: taxa de lixo).
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ARTIGO 38:nacional:
A não ser na medida em que o Estado acreditado conceda outros privilégios e imunidades, o agente diplomático que seja nacional do referido Estado ou nele tenha residência permanente gozará da imunidade de jurisdição e de inviolabilidade apenas quanto aos atos oficiais praticados no desempenho de suas funções.
Assim, nacional, só atos oficiais, ou estrangeiro residente no país. Claro que não residente em função da missão, é óbvio que eles vão ter que residir enquanto eles tiverem na missão. É o caso por exemplo de pessoas como um Argentino que mora no Brasil há 30 anos, aí de repente foi nomeado Embaixador, aí é óbvio que ele vai se enquadrar no art. 38 da CVRD/1961.
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ARTIGO 37: pessoal administrativo e técnico:
Os membros da família de um agente diplomático que com ele vivam gozarão dos privilégios e imunidades mencionados nos artigos 29 a 36, desde que não sejam nacionais do Estado acreditado.
Ou seja, todos esses que nós já vimos: inviolabilidade pessoal, imunidade de jurisdição penal, imunidade de jurisdição civil e administrativa.
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Os membros do pessoal administrativo e técnico da missão, assim como os membros de suas famílias que com eles vivam, desde que não sejam nacionais do estado acreditado nem nele tenham residência permanente, gozarão dos privilégios e imunidades mencionados nos artigos 29 a 35, com ressalva de que a imunidade de jurisdição civil e administrativa do estado acreditado, mencionado no parágrafo 1 do artigo 31, não se estenderá aos atos por eles praticados fora do exercício de suas funções; gozarão também dos privilégios mencionados no parágrafo 1 do artigo 36, no que respeita aos objetos importados para a primeira instalação.
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Os membros do pessoal de serviço da missão, que não sejam nacionais do Estado acreditado nem nele tenham residência permanente, gozarão de imunidades quanto aos atos praticados no exercício de suas funções, de isenção de impostos e taxas sobre os salários que perceberem pelos seus serviços e da isenção prevista no artigo 33 (tributos).
Os criados particulares dos membros da missão que não sejam nacionais do Estado acreditado nem nele tenham residência permanente, estão isentos de impostos e taxas sobre os salários que perceberem pelos seus serviços. Nos demais casos, só gozarão de privilégios e imunidades na medida reconhecida pelo referido Estado. Todavia, o Estado acreditado deverá exercer a sua jurisdição sobre tais pessoas de modo a não interferir demasiadamente com o desempenho das funções da missão.
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ARTIGO 41(primado do direito local)
Sem prejuízo de seus privilégios e imunidades todas as pessoas que gozem desses privilégios e imunidades deverão respeitar as leis e os regulamentos do Estado acreditado. Têm também o dever de não se envolver nos assuntos internos do referido Estado.
Então
essa regra do primado do direito local é uma regra que diz respeito às normas básicas da convivência, ou seja, regras de trânsito, movimentação financeira (abertura de conta em banco), etc.
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RESUMO: PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES
1- Imunidade penal;
2- Imunidade civil exceções: causas relativas a imóveis particulares que não o residencial; causas sucessórias a título pessoal; reconversões;
3- Imunidade tributárias exceções: causas relativas a imóveis particulares que não o residencial, causas sucessórias a título pessoal, tributos indiretos, tarifas de serviços públicos, tributos incidentes sobe rendimentos privados auferidos no Estado acreditado, Imposto sobre o capital.
4-Inviolabilidade:pessoal, residencial, comunicação veículo, arquivo e documentos,bagagem- exc: se relativizada de seu emprego para fins específicos com atividade diplomática;
5- Liberação da obrigação de depor como testemunha.
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RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL – PROTEÇÃO DIPLOMÁTICA
Para que se configure a responsabilidade internacional, é necessária a existência de um ato ilícito que possa ser imputável a um determinado Estado.
Quando se fala em responsabilidade internacional, se fala em Estado como agressor e Estado como vítima. Não se fala em particulares. É Estado a Estado. Por isso, essa imputabilidade diz respeito a atos de agentes de Estado e não atos de particulares dentro de um determinado Estado.
Pode ser excluída por força maior, e a imputabilidade é quase como uma noção de responsabilidade objetiva, ou seja, não se perquire se houve culpa, se perquire se aquele ato ilícito e se pode vir a ser imputado Estado.
Além disso, tem que haver um dano e uma vítima, que tem que ser uma pessoa jurídica de direito internacional público. Não pode ser um particular.
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As formas de reparação são as seguintes:
a)restituição em espécie (hoje em dia não existem mais)
b)reparação pecuniária que é um pagamento de indenização (é o mais comum)
c)satisfação (pedido de desculpa, é uma reparação simbólica)
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PRIVILÉGIOS CONSULARES
A nomeação de um Cônsul deve materializar-se através de um documento chamada “carta patente” que é emitida pelo Estado que o indica.
Devendo no entanto se autorizado pelo Estado que o recebe através do que se nomina “exequatur” ato discricionário do exercício de cidadania por parte do Estado Receptor. Art. 12 §1°CV.
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FUNÇÃO DOS AGENTES CONSULARES:
Proteção dos interesses do Estado que o envia e de seus nacionais;
funções cartoriais de registro civil,
oferecer a proteção e assistência a nacionais no exterior quanto a sucessões, mortes, dos interesses do incapaz, dos que visitam, dos que importem e exportem mercadorias.
representar o Estado na ausência da missão diplomática;
representar o Estado junto a uma Org. Internacional quando necessário.
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OS PRIVILÉGIOS CONSULARES SÃO REGULADOS PELA CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE RELAÇÕES CONSULARES DE 1963, RECEPCIONADO PELO DEC. Nº 61.078/67
Existem dois tipos de cônsules: os cônsules de carreira “MISSI” e os honorários “ELECTI”. Quem determina o tipo de cônsul é o Estado que envia. As regras quanto à missão, aos privilégios, variam conforme o tipo de cônsul.
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QUANTO ÀS REPARTIÇÕES CONSULARES:
A) INVIOLABILIDADE: Artigo 31, inciso 1,2,3 e artigo 59 da CVRC/1963: -São invioláveis na medida do uso, ou seja, da prática de atos oficiais. O que significa, conforme o inciso 2, que as autoridades do Estado receptor não poderão penetrar na parte dos locais consulares que a repartição consular utilizar exclusivamente para as necessidades de seu trabalho, a não ser com o consentimento do chefe da repartição consular, da pessoa por ele designada ou do chefe da missão diplomática do Estado que envia. Todavia, o consentimento do chefe da repartição consular poderá ser presumido em caso de incêndio ou outro sinistro que exija medida de proteção imediata.
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O cônsul honorário nesse caso se aplica o artigo 59
que diz o “Estado receptor adotará todas as medidas apropriadas para proteger os locais consulares de uma repartição consular dirigida por um funcionário consular honorário contra qualquer intrusão ou dano e para evitar perturbações à tranqüilidade da repartição consular ou ofensas a sua dignidade”.
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B) ISENÇÃO FISCAL: o artigo 32, item 1 e o artigo 60 - 
Artigo 32, item 1: Os locais consulares e a residência do chefe da repartição consular de carreira de que for proprietário o Estado que envia ou pessoa que atue em seu nome, estarão isentos de quaisquer impostos e taxas nacionais, regionais e municipais, excetuadas as taxas cobradas em pagamento de serviços específicos prestados.
Artigo 60, item 1: Os locais consulares de uma repartição consular dirigida por funcionário consular honorário, de que seja proprietário ou locatário o Estado que envia, estarão isentos de todos os impostos e taxas nacionais, regionais e municipais, exceto os que representem remuneração por serviços específicos prestados.
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C)INVIOLABILIDADE DE ARQUIVOS E DOCUMENTOS CONSULARES: artigo 33 e 61
Basicamente é a mesma regra para os cônsules de carreira e honorários, porque os arquivos dizem respeito ao serviço consular.
Artigo 33: Os arquivos e documentos consulares serão sempre invioláveis, onde quer que estejam.
Artigo 61; Os arquivos e documentos consulares de uma repartição consular, cujo chefe for um funcionário consular honorário, serão sempre invioláveis onde quer que se encontrem, desde que estejam separados de outros papéis e documentos e, especialmente, da correspondência particular de chefe da repartição consular, da de qualquer pessoa que com ele trabalhe, bem como dos objetos, livros e documentos relacionados com sua profissão ou negócios.
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D)INVIOLABILIDADE DE COMUNICAÇÃO: artigo 35, 1 e 2.
Para a inviolabilidade de comunicação oficial a regra é a do artigo 35, item 1 e 2 para os dois casos.
 inviolabilidade de comunicação oficial se aplica o artigo 33, item 1 e 2 para os cônsules de carreira e honorários quanto à repartição.
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CÔNSULES DE CARREIRA /”MISSI”
CÔNSULES HONORÁRIOS /”ELECTI”
Inviolabilidade na medida do uso
Artigos 31, incisos 1, 2, 3 e 4.
Isenção fiscal
Artigo 32, inciso 1.
Inviolabilidade de arquivos
Artigo 33.
Compromisso do Estado receptor
Artigo 59.
Isenção
Artigo 60
Inviolabilidade de arquivos
Artigo 61
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II)QUANTO AOS FUNCIONÁRIOS CONSULARES:
Existe uma distinção entre cônsules honorários e cônsules de carreira. Quem determina é o Estado que envia. Essa distinção é bem acentuada com relação ao tipo de privilégio que gozam. Sendo honorários os privilégios são mais reduzidos.
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a) INVIOLABILIDADE PESSOAL
O artigo 41 regula a questão da inviolabilidade pessoal do cônsul de carreira, diz o seguinte: 
1. “Os funcionários consulares não poderão ser detidos ou presos preventivamente, exceto em caso de crime grave e em decorrência de decisão de autoridade judiciária competente.”
2.”Exceto no caso previsto no § 1. do presente artigo, os funcionários consulares não podem ser presos nem submetidos a qualquer outra forma de limitação de sua liberdade pessoal, senão em decorrência de sentença judicial definitiva.”
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Enquanto os agentes diplomáticos não poderiam ser presos em qualquer hipótese, nem em flagrante delito, os cônsules de carreira podem ser presos preventivamente, em caso de crime grave e em decorrência de decisão de autoridade competente, quer dizer se houver um mandado judicial eles podem ser presos. 
Quanto aos cônsules honorários o artigo 63, diz:
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“Quando um processo penal for instaurado
contra funcionário consular honorário, este é obrigado a se apresentar às autoridades competentes, embora não seja exatamente o mesmo grau, os cônsules honorários também gozam em certo grau de algum nível de inviolabilidade pessoal.”
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b)IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO:
Quanto aos atos oficiais é idêntica para os dois casos (de carreira e honorários). O artigo 43 diz:
1.Os funcionários consulares e os empregados consulares não estão sujeitos à jurisdição das autoridades judiciárias e administrativas do Estado receptor pelos atos realizados no exercício das funções consulares.
2.As disposições do parágrafo 1 do presente artigo não se aplicarão entretanto no caso de ação civil:
a)que resulte de contrato que o funcionário ou empregado consular não tiver realizado implícita ou explicitamente como agente do Estado que envia; ou
b)que seja proposta por terceiro como conseqüência de danos causados por acidente de veículo, navio ou aeronave, ocorrido no Estado receptor.
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c)DEPOIMENTO:
No caso dos cônsules de carreira se aplicam os parágrafos 1 e 3 do artigo 44 que diz o seguinte:
1.Os membros de uma repartição consular poderão ser chamados a depor como testemunhas no decorrer de um processo judiciário ou administrativo. (no caso dos cônsules de carreira, no caso dos cônsules honorários se aplica o § 3º.)
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2.A autoridade que solicitar o testemunho deverá evitar que o funcionário consular seja perturbado no exercício de suas funções. Poderá tomar o depoimento do funcionário consular em seu domicílio ou na repartição consular, ou aceitar sua declaração por escrito, sempre que for possível.
3.Os membros de uma repartição consular não serão obrigados a depor sobre fatos relacionados com o exercício de suas funções, nem a exibir correspondência e documentos oficiais que a elas se refiram. Poderão, igualmente, recusar-se a depor na qualidade de peritos sobre as leis do Estado que envia.(os cônsules honorários só não são obrigados na medida em que se trate de atos de ofício.)
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d)ISENÇÃO DE REGIME DE PREVIDÊNCIA SOCIAL:
artigo 48 – cônsules de carreira
artigo 66 – cônsules honorários (sempre na medida do exercício das funções consulares)
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e)ISENÇÃO DE IMPOSTOS:
artigo 49 – cônsules de carreira
artigo 66 – cônsules honorários (sempre na medida do exercício das funções consulares)
f)ISENÇÃO ALFANDEGÁRIA:
artigo 50 – cônsules de carreira
artigo 66 - cônsules honorários (sempre na medida do exercício das funções consulares).
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PERGUNTA: Temos um agente diplomático, diplomata de carreira nos EUA e é enviado para o Brasil como um cônsul de carreira, mas ele é um diplomata. Qual dos privilégios que se aplica a ele? O da CVRD ou CVRC? 
RESPOSTA: Os privilégios que são aplicados são aqueles da função que ele está exercendo, ou seja no caso os privilégios da CVRC.
Em alguns países os cônsules são sempre diplomatas de carreira.
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PRIVILÉGIO
CÔNSUL DE CARREIRA
CÔNSUL HONORÁRIO
PRISÃO (crime grave)
IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO/ ATOS OFICIAIS
DEPOIMENTO
ISENÇÃO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
ISENÇÃO DE IMPOSTOS
ISENÇÃO ALFANDEGÁRIA
Artigo 44, 1 e 2
Artigo 43
Artigo 44, 1 e 3 (igual dos agentes diplomáticos).
Artigo 48, 
Artigo 49, 
Artigo 50, 
Não goza –artigo 63
Igual
Artigo 44, 3 (só não são obrigados na medida em que se trate de função)
Artigo 66 ( sempre na medida do exercício das funções consulares)
Artigo 66 - idem
Artigo 66 - idem
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RESUMO
PROTEÇÃO DOS INTERESSES DO ESTADO QUE O ENVIA E DE SEUS NACIONAIS, OFERECER A PROTEÇÃO E ASSISTENCIA A NACIONAIS NO EXTERIOR, REPRESENTAR O ESTADO NA AUSENCIA DE MISSÃO DIPLOMÁTICA REPRESENTAR O ESTADO JUNTO A UMA ORG. INTER. QUANDO NECESSÁRIO.
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IMUNIDADE/ EXCESSÕES 
IMUNIDADE PENAL RELATIVA:
POSSIBILIDADE DE PRISÃO EM CASO DE CRIME GRAVE EM DECORRÊNCIA DE DECISÃO DA AUTORIDADE COMPETENTE.
POSSIBILIDADE DE PRISÃO EM DECORRÊNCIA DE SENTENÇA JUDICIAL DEFINITIVA, O PROCESSO DEVERÁ SER CONDUZIDO COM AS DEFERÊNCIAS DEVIDAS AO AGENTE E DE MANEIRA APOUCO PERTURBAR AS SUAS FUNÇÕES. CONSULES HONORÁRIOS AS IMUNIDADES SÃO RESTRITAS AOS ATOS RELACIONADOS AO EXERCÍCIO DAS SUAS FUNÇÕES, NÃO SE ESTENDEM A SUA FAMÍLIA.
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IMUNIDADE CIVEL POR ATOS REALIZADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES
 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA:EM CAUSAS RELATIVAS A IMÓVEIS PARTICULARES QUE NÃO O RESIDENCIAL, CAUSAS SUCESSÓRIAS A TÍTULO PESSOAL, TRIBUTOS INDIRETOS, TARIFAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE RENDIMENTOS PRIVADOS NO ESTADO ACREDITADO, IMPOSTO SOBRE CAPITAL EM EMPRESAS NO ESTADO ACREDITADO.
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INVIOLABILIDADE; PESSOAL, RESIDENCIAL, BAGAGEM PARA FINS DA ATIVIDADE CONSULAR, COMUNICAÇAO, VEÍCULO, ARQUIVO E DOCUMENTOS.
 
OBRIGAÇÃO DE DEPOR COMO TESTEMUNHA, SENDO QUE NÃO PODE SER VINCULADOS A ATOS DAS SUAS FUNÇOES.
DIPLOMATAS: RELAÇÕES DE ESTADO (Estado x Estado)
CÔNSULES: RELAÇÕES COMERCIAIS entre o Estado e o particular 
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INVIOLABILIDADE; PESSOAL, RESIDENCIAL, BAGAGEM PARA FINS DA ATIVIDADE CONSULAR, COMUNICAÇAO, VEÍCULO, ARQUIVO E DOCUMENTOS.
 
OBRIGAÇÃO DE DEPOR COMO TESTEMUNHA, SENDO QUE NÃO PODE SER VINCULADOS A ATOS DAS SUAS FUNÇOES.
DIPLOMATAS: RELAÇÕES DE ESTADO (Estado x Estado)
CÔNSULES: RELAÇÕES COMERCIAIS entre o Estado e o particular 
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