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Caso Clínico • Paciente de 60 anos, masculino, pedreiro, casado, natural de Januária – MG, residente em BH. • Relata que há 10 anos evolui com quadro de dispnéia, inicialmente aos grandes esforços, evoluindo aos médios esforços em 6 anos e aos pequenos esforços há 6 meses. Associado ao quadro tosse seca noturna, edema de mmii no final da tarde e ortopnéia. Acorda 3 vezes à noite para urinar. Nega dor precordial. • HPP: Hipertenso de longa data em uso de captopril, aldactone, furosemida e carvedilol. Nega alergoses. Transfusão de concentrado de hemácias na década de 70 devido a trauma com serra em MSE. • HF: Mãe portadora de insuficiência coronariana. • HS: Ex-tabagista (2 maços / dia/ 40 anos) – abstêmio há 5 anos. JEDCF 1 JEDCF 2 Doença de Chagas JEDCF 3 Agente Etiológico • Sub reino: Protozoário • Filo: Sarcomastigophora • Espécie: Trypanosoma cruzi JEDCF 4 Importância • Frequente na América latina • Brasil – 8 milhões casos • Uma das principais causas de morte súbita • Responsável por aposentadorias precoces JEDCF 5 Carlos Chagas JEDCF 6 Forma e Habitat • Amastigota: – Encontrada em tecidos de mamíferos (humanos e animais reservatórios), logo após a picada do inseto. • Tripomastigota: – Encontrada na corrente sanguínea dos humanos(sub- forma larga) e nos dejetos do barbeiro ( sub-forma metacíclica - infectante) • Epimastigota: – Forma intermediária, encontrada no intestino e dejetos do barbeiro # Esferomastigota: (estômago e intestino do invertebrado) JEDCF 7 Forma e Habitat AMASTIGOTA EPIMASTIGOTA TRIPOMASTIGOTA JEDCF 8 JEDCF 9 JEDCF 10 JEDCF 11 JEDCF 12 Ciclo biológico – Hospedeiro vertebrado Tripomastigota (fezes e urina do vetor) Pele e mucosa Amastigotas Divisão binária Tripomastigota Interstício Corrente sanguínea Outras células Destruídos Ingeridos por triatomíneos JEDCF 13 Ciclo Biológico – Hospedeiro invertebrado Tripomastigota hosp. vertebrado Triatomíneos Estômago Epimastigota Esferomastigotas Intestino médio Tripomastigota no reto JEDCF 14 1. Barbeiro infectado pelo Tripanosoma cruzi 2. Tripomastigota metaciclíco (infectante) depositado na pele 3. Chagoma (na pele) 4. Sinal de Romana (conjuntiva) 5. Amastigota nestes locais da picada, se transformam em 6. Tripomastigotas no sangue vão ao coração e/ou tubo digestivo 7. Mamíferos resrvatórios do T. cruzi JEDCF 15 Transmissão • Vetor • Transfusão sanguínea • Transmissão congênita • Acidentes de laboratório • Transmissão oral • Coito • Transplante JEDCF 16 Quadro Clínico – fase aguda • Assintomáticos • Chagoma de inoculação • Sinal de Romaña • Complexo cutâneo-linfonodal • Febre, edema, hepatoesplenomegalia, ICC, alterações neurológicas • Cuidados com primeira infância JEDCF 17 Quadro Clínico 1) Barbeiro em jejum 2) Barbeiro em hematofagia 3) Barbeiro ingurgitado e evacuando Sinal de Romana JEDCF 18 Quadro Clínico – fase crônica • Assintomática – forma indeterminada 1. Positividade de exames parasitológicos e/ou sorológicos 2. Ausência de sinais / sintomas da doença 3. ECG convencional normal 4. Coração, esôfago e cólon radiologicamente normais JEDCF 19 Forma cardíaca • ICC • Aneurisma de ponta • Arritmias • Fenômenos tromboembólicos JEDCF 20 Forma digestiva • Megaesôfago: 1. 20-40 anos 2. Prevalência do sexo masculino 3. Mais frequente em zona rural endêmica 4. Disfagia, odinofagia, dor retroesternal, regurgitação, pirose, soluço, tosse • Megacólon: 1. Constipação 2. 30-60 anos 3. Prevalência do sexo masculino 4. Complicações: obstrução, perfuração JEDCF 21 Esôfago Normal Megaesôfago JEDCF 22 Frequência de formas clínicas • Fase aguda: 1. Assintomático: 90-98% 2. Sintomático: 2-10% • Fase crônica: 1. Forma indeterminada: 50-69% 2. Forma cardíaca: 13% 3. Forma digestiva: 10% 4. Forma mista: 8% JEDCF 23 Doença congênita • Abortamento • Partos prematuros • RN de baixo peso • Hepatoesplenomegalia /ICC / alt. Coagulação • Diagnóstico: IgM RN / Pesquisa parasita JEDCF 24 Imunossuprimido • Mais grave • SNC (encefalite multifocal / forma tumoral) • Diagnóstico diferencial: toxoplasmose JEDCF 25 Patogênese • Coração: ninhos de amastigotas (fase aguda) miocardite crônica fibrosante despopulação neuronal • Tubo digestivo: 1. Parasitismo dos plexos nervosos de Meissner e Auerbach 2. Neurite 3. Inflamação de mucosa / submucosa 4. Fibrose • Neoformação colagênica JEDCF 26 Diagnóstico • Fase aguda: A - Pesquisa do parasito direta: – Exame de sangue a fresco – Gota espessa – Esfregaço – Cultura – Incubação em camundongos – Método de concentração (Strout) B – Sorológico: – Reação de precipitina – RIFI – ELISA JEDCF 27 Diagnóstico – fase crônica • Pesquisa do parasito: 1. Xenodiagnóstico 2. Hemocultura 3. Inoculação em camundongos • Sorológico: 1. RFC (Guerreiro e Machado) 2. RHI 3. RIFI 4. ELISA JEDCF 28 Critérios de cura • Parasitológico: xenodiagnóstico, cultura, PCR • Sorológico: RIFI, ELISA, RHA • Citometria de fluxo: AATV JEDCF 29 Epidemiologia • Mamíferos silvestres • Ninhos • Triatomíneos • Cafua • Mamíferos domésticos • Triatomíneos domiciliados • homem JEDCF 30 Epidemiologia JEDCF 31 Epidemiologia Animais contaminados: TATU – GAMBÁ - RATO JEDCF 32 Epidemiologia Fatores fortemente associados à Doença de Chagas: 1. Desmatamento 2. Construção de casebre de má qualidade 3. Criação de triatomíneo (barbeiro) 4. Falta de higiene 5. Pobreza e injustiça social JEDCF 33 Epidemiologia JEDCF 34 Casa de pau a pique - Cafua JEDCF 35 Epidemiologia JEDCF 36 Profilaxia • Doença de Chagas é um problema muito mais social e ambiental do que médico – Educação sanitária e ambiental da população – Melhoria e higiene das habitações – Combate ao barbeiro através de pulverização de efeito longo (6 meses a 1 ano) – Controle rigoroso dos doadores de sangue em bancos de sangue – Controle da trasmissão congênita JEDCF 37 Tratamento • As drogas testadas ainda são pouco eficazes para eliminar o T. cruzi – Nifurtimox – Benzonidazol • Tratamento deve ser das complicações da forma crônica: – Megaesôfago e megacolon chagásicos – Cardiopatia chagásica. Caso Clínico Doença de Chagas Agente Etiológico Importância Número do slide 5 Forma e Habitat Forma e Habitat Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Ciclo biológico – Hospedeiro vertebrado Ciclo Biológico – Hospedeiro invertebrado Número do slide 14 Transmissão Quadro Clínico – fase aguda Quadro Clínico Quadro Clínico – fase crônica Forma cardíaca Forma digestiva Esôfago Normal Megaesôfago Frequência de formas clínicas Doença congênita Imunossuprimido Patogênese Diagnóstico Diagnóstico – fase crônica Critérios de cura Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia Número do slide 34 Epidemiologia Profilaxia Tratamento
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