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Toxoplasma gondii Parasitologia Prof. Dayrell Andrade Caso Clínico Paciente HRM, de 22 anos, masculino, natural e morador no Rio de janeiro, jogador de futebol. Há 3 semanas evolui com quadro de febre baixa, diária, principalmente no final do dia. Associado ao quadro notou caroços no pescoço. Cefaléia holocraneana esporádica. Nega tosse, expectoração, alteração visual, odinofagia, disfagia. Relata emagrecimento de 2 kg no período e prostração quando esta com febre. Nega viagens recentes, transfusão sanguínea, tabagismo ou etilismo. HPP: Nega medicações. Já esteve internado devido a colecistectomia há 2 anos. Nega alergoses. HF: Mãe diabética e pai hipertenso. Caso clínico Exame físico: Corado, discretamente desidratado, sub-febril, anictérico. Figado e baço discretamente palpáveis, com fígado um pouco doloroso. Linfadenomegalias submandibulares, cervicais e axilares (linfonodos indolores, macios, não aderidos, regulares. Eupneico, MVF sem RA FC = 90 bpm RCR em 2T Introdução Prevalência sorológica aumentada Zoonose: homem hospedeiro intermediário felídeo hospedeiro definitivo Habitat: tecidos / células (exceto hemácias) / líquidos orgânicos Felídeos: ciclo sexuado – epitélio intestinal ciclo assexuado – outros locais forma de resistência - fezes Morfologia Taquizoíto: fase aguda (líquidos orgânicos, excreções, hepatócitos, céls pulmonares, nervosas, submucosas, musculares) Bradizoíto / cistozoíto: fase crônica (tec. musculares, nervoso, retina) Oocistos: forma de resistência / céls. Intestinais dos felídeos / originam esporozoítos Ciclo biológico Fase assexuada (nos linfonodos e tecidos) 1. Oocistos maduros / taquizoítos (leite) / cistos (bradizoítos) de carne ingestão pelo homem epitélio intestinal penetração celular multiplicação (endodiogenia) novos taquizoítos (fase proliferativa) disseminação no sangue e linfa (fase aguda) morte ou resposta imune diminue parasitas cistos (fase crônica) Fase coccidiana (céls. Intestinais de felídeos) 1. Esporozoíto / bradizoíto / taquizoíto – infecção oral do felídeo – epitélio intestinal – endodiogenia / merogonia – merozoítos – céls. Epiteliais – formas sexuadas – macro e microgametas – fecundação – ovo – oocisto – fezes – meio externo – maturação de oocisto (esporogonia) - esporozoítos #Período pré-patente: 3 (cistos), 19 (taquizoítos), 20 (oocistos) Transmissão Oocistos em fezes de gatos jovens Cistos (carnes) Taquizoítos (leite, saliva esperma) Congênita: transplacentária rompimento de cistos no endométrio taquizoítos livres no líquido amniótico Imunidade humoral 1. IgM – IgG (8a 12 dias) 2. Recém nascidos (IgA e IgM não atravessam a placenta) 3. Apesar de altos títulos – baixa imunidade Imunidade celular 1. Macrófagos 2. IFN 3. TNF Patogenia 1. Toxoplasmose congênita Mãe na fase aguda / reagudização 40-50% de óbitos 1º trimestre: aborto 2º trimestre: aborto / prematuro / anomalias / normal 3º trimestre: comprometimento ganglionar, hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, trombocitopenia, lesões oculares (foco em roseta) Tétrade ou Síndrome de Salin Corioretinite – 90% Calcificações cerebrais – 69% Perturbações neurológicas – 60% Micro / macrocefalia – 50% Toxoplasmose pós natal Assintomáticos Ganglionar (febril aguda) Ocular: retinocoroidite – cegueira parcial / total ou cicatrização Cutânea ou exantemática Cerebroespinhal ou meningoencefálica: cefaléia, febre, hemiparesia, confusão mental, convulsões, letargia, coma Generalizada Diagnóstico Clínico Demonstração do parasito: 1. Fase aguda (líquidos orgânicos): taquizoítos 2. Biópsia de gânglios enfartados, pele, fígado, baço, músculos Diagnóstico Testes sorológicos: IgM / IgG 1. Reação de Sabin Feldman (teste do corante) 2. Reação de fixação do complemento 3. Reação de imunofluorescência indireta 4. Hemaglutinação indireta 5. ELISA 6. Imunoblot (reativação com liberação de bradizoítos) Toxoplasmose congênita Pesquisa de IgM no soro do RN Título do RN > que o da mãe em 2 diluições Elevação dos títulos do RN em testes sucessivos Persistência do teste positivo até 5 meses Toxoplasmose no adulto Repetir testes 2-3 semanas Usar 2 métodos Gestantes – sempre há pequena elevação sem doença Toxoplasmose ocular Fundo de olho: uveíte Pesquisa de IgG no humor aquoso / IgA RIF no soro Comparação de títulos – alteração ocular há mais de 30 dias – maior concentração de Ac no humor aquoso Toxoplasmose em imunocomprometidos Teste sorológico anti IgG (reativação da primoinfecção) TC (lesões cerebrais) Epidemiologia Distribuição mundial Todos mamíferos e aves são susceptíveis Importância dos gatos jovens não imunes Moscas e baratas podem veicular oocistos Profilaxia Evitar leite cru ou carne crua Controlar população de gatos vadios Controle de gatos domésticos Incinerar fezes de gatos Proteger caixas de areia Exame pré-natal Tratamento de grávidas em fase aguda Vacina Tratamento Casos agudos / ocular / imunodefientes Pirimetamina + sulfadiazina ou sulfadoxina Ocular: prednisona + clindamicina + sulfadiazina prednisona + sulfadiazina + pirimetamina prednisona + sulfadiazina + espiramicina Toxoplasma gondii Caso Clínico Caso clínico Introdução Morfologia Número do slide 6 Ciclo biológico Número do slide 8 Transmissão Número do slide 10 Patogenia Tétrade ou Síndrome de Salin Toxoplasmose pós natal Diagnóstico Diagnóstico Toxoplasmose congênita Toxoplasmose no adulto Toxoplasmose ocular Número do slide 19 Toxoplasmose em imunocomprometidos Número do slide 21 Epidemiologia Profilaxia Tratamento
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