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Vascularização do pescoço

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→ VASCULARIZAÇÃO DO PESCOÇO → 17/09/2003
PROF. RAMALHO
☺IRRIGAÇÃO
	Como sabemos, do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta, a qual possui uma porção ascendente, um cajado/crossa/arco aórtico (que se curva para a esquerda) e uma porção descendente. Do lado direito do arco aórtico sai a artéria ou tronco braquiocefálico (que tem aproximadamente 2cm de comprimento), de onde saem duas artérias: a carótida comum direita (que segue verticalmente) e a subclávia direita (que se continua para a direita). Do lado esquerdo do cajado aórtico, estas duas artérias que do lado direito saem como um tronco, saem separadas: artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda. Com isso, já se tem um elemento anatômico interessante, já se pode dizer que as artérias: carótida comum esquerda e subclávia esquerda têm uma parte intratorácica, o que não acontece com os mesmos vasos do lado direito.
	Artéria carótida comum
Ela inicia, do lado direito, do tronco braquiocefálico e, do lado esquerdo, do arco aórtico. Seu término se dá ao nível da borda superior da cartilagem tireóidea. Esta artéria não emite nenhum ramo no pescoço, seus únicos ramos são os que ocorrem em sua divisão. 
O nome “carótida” vem do grego karotides, que significa sono profundo, porque quando a artéria carótida comum é comprimida tanto do lado direito como do esquerdo, o fluxo sanguíneo para o encéfalo é interrompido e causa perda de consciência. 
Esta artéria é facilmente palpável na borda medial do músculo esternocleidomastóideo, entre este músculo e os músculos infra-hióideos. O significado do pulso da artéria carótida tem uma importância muito grande na prática médica porque se o pulso dela não for palpado, significa óbito, ou seja, este pulso é sinal de vida ou morte. 
Ao nível da borda superior da cartilagem tireóidea ela se divide em um ramo lateral e outro medial. O ramo lateral é a artéria carótida interna, que normalmente também não dá ramos no pescoço e ela vai irrigar encéfalo; o ramo medial é a artéria carótida externa, que vai para o pescoço, face e escalpe. 
Ao nível de sua divisão ou término, ela apresenta uma dilatação, chamada de seio carotídeo, o qual, inclusive, passa para a artéria carótida interna e que possui barorreceptores (sensíveis às variações da pressão arterial). Acima da divisão da artéria carótida comum (no meio do “V”) existe o corpo ou glomo carotídeo, o qual possui quimiorreceptores (sensíveis às variações da quantidade de oxigênio no sangue), os quais, numa situação de aumento de CO2 (=hipercapnia), estimulam o bulbo a acelerar os movimentos respiratórios.
Obs.: Como o feto não respira e sua oxigenação depende de sua mãe, quando o cordão umbilical é rompido, o fluxo sanguíneo é interrompido, provoca hipercapnia (aumento da quantidade de CO2 no sangue) e os movimentos respiratórios são iniciados. Assim, a ativação precoce dos movimentos respiratórios faz o feto respirar ainda no útero, provocando o parto prematuro.
	Artéria carótida interna
	Tanto do lado direito, como do esquerdo, essa artéria entra na cavidade craniana através do canal carotídeo. Na cavidade craniana ela dá vários ramos, mas os dois principais são: a artéria cerebral média e a artéria cerebral anterior.
	Artéria carótida externa
Ela inicia na borda superior da cartilagem tireóide e termina no colo da mandíbula.
Seu primeiro ramo se dirige para baixo (é descendente) e é chamado de artéria tireóidea superior, a qual dá quatro ramos: um para o músculo esternocleidomastóideo, a artéria laríngea superior (a qual encontra-se junto ao ramo interno do nervo laríngeo superior), um que perfura a membrana cricotireóidea e outros para a região infra-hióidea. Obs.: Existem anastomoses entre as artérias tireóideas superiores.
Seu segundo ramo é a artéria lingual, a qual pode ser confundida com o nervo hipoglosso. Esta artéria é tortuosa e possui vários ramos. Ela dá ramos supra-hióideos (para a região supra-hióidea) e em seguida se divide em artérias que vão para a língua: artéria dorsal da língua, artéria sublingual (para a região inferior da língua) e artéria lingual profunda ou ranina (=ramo terminal).
Obs.: Há um espaço, denominado Triângulo de Pirogoff, que é delimitado pela borda lateral do músculo miloióideo (medialmente), pelo nervo hipoglosso e pelo tendão intermediário do músculo digástrico, onde é feita a ligadura da artéria lingual, a qual é o conteúdo deste espaço.
Seu terceiro ramo, difícil de ser dissecado, é a artéria faríngea ascendente, a qual sai posteriormente à artéria carótida externa e perto do início dela. Ela dá ramos importantes: ramos faríngeos, ramos palatinos, ramos timpânicos e ramos meníngeos (que vão para a dura-máter e para a pele do pescoço, passando pelo forame lácero e pelo forame jugular).
Seu quarto ramo é a artéria facial, que também é tortuosa e se dirige para a face. Ela dá um ramo para a glândula submandibular (=ramo glandular), ramos para o palato (=ramos palatinos), ramos para a tonsila palatina ou amídala (=ramo tonsilar) e ramos submandibulares ou submentuais.
Seu quinto ramo é a artéria occipital, que vai para a parte posterior do escalpe. Ela dá vários ramos para a musculatura, um ramo para o músculo esternocleidomastóideo, ramos auriculares (para a orelha), ramos para a dura-máter (que passam pelo forame jugular) e o ramo descendente (que é o mais importante).
Seu sexto ramo é a artéria auricular posterior, que é pequena e vai para as regiões do pavilhão auricular e do escalpe relacionada com a orelha. 
Finalmente, o término da artéria carótida externa ocorre no colo da mandíbula, dentro da glândula parótida, quando ela se divide em artéria temporal superficial e artéria maxilar. A artéria temporal superficial vai suprir a parte anterior e lateral do escalpe. E a artéria maxilar vai irrigar a membrana do tímpano, grande parte da dura-máter (através da artéria meníngea média), os dentes, os músculos da mastigação e a cavidade nasal (as conchas nasais, os seios da face e o septo nasal, através da artéria esfenopalatina).
Obs.: Quando a pressão arterial sobe e ocorre sangramento pelo nariz (=epistaxe) é devido ao rompimento de ramos da artéria esfenopalatina, a qual irriga a cavidade nasal.
	Artéria subclávia
	É a segunda artéria do pescoço.
	Ela tem início, do lado direito, do tronco braquiocefálico e, do lado esquerdo, do arco aórtico. Seu término se dá quando ela cruza a primeira costela.
	Esta artéria possui três partes, que são divididas pelo músculo escaleno anterior: a primeira parte é a que fica antes deste músculo, a segunda parte fica posterior ao músculo e a terceira parte fica depois do músculo.
	Da primeira parte sai a artéria vertebral, o tronco tireocervical e a artéria torácica interna ou mamária interna. 
A artéria vertebral está mais relacionada com a vascularização do SNC, dando poucos ramos no pescoço, mas é importante saber que a artéria vertebral direita se une à artéria vertebral esquerda, formando a artéria basilar. Esta artéria basilar dá vários ramos no encéfalo, porém os que vão interessar são apenas as artérias cerebrais posteriores (uma direita e outra esquerda). Estas artérias cerebrais posteriores vão se anastomosar com as artérias cerebrais médias através de artérias comunicantes posteriores (=anastomose intracraniana entre os sistemas: carótido e subclávio); as artérias cerebrais anteriores (ramos das artérias carótidas internas), por sua vez, se anastomosam entre si (a direita com a esquerda) através de uma artéria comunicante anterior, a qual é um local muito comum de ocorrência de aneurismas. 
O tronco tireocervical (ou tronco tireobicérvicoescapular) dá a artéria tireóidea inferior, a artéria cervical transversa e a artéria supraescapular. Da artéria tireóidea inferior ainda sai a artéria cervical ascendente, a artéria laríngea inferior e ramos para a traquéia. Há uma anastomose entre as artérias tireóideas superiores e inferiores (=anastomose entre as artérias: subclávia e carótidaexterna). A artéria cervical transversa dá um ramo superficial para o músculo trapézio e um ramo profundo que vai para a musculatura profunda.
	Da segunda parte da artéria subclávia sai apenas o tronco costocervical, do qual sai a artéria torácica suprema e a artéria cervical profunda. A artéria cervical profunda se anastomosa com o ramo descendente da artéria occipital e com o ramo profundo da artéria cervical transversa (=anastomose entre as artérias: carótida externa e subclávia).
	Da terceira parte da artéria subclávia sai apenas a artéria escapular descendente, a qual muitas vezes nem existe.
☺DRENAGEM VENOSA
	De cada lado, há três veias que são mais importantes: a veia jugular externa, a veia jugular anterior e a veia jugular interna.
	Veia jugular externa
	A junção das veias: temporal e frontal origina a veia temporal superficial. As veias da região timpânica, da dura-máter, dos dentes, dos músculos da mastigação e da cavidade nasal se unem para formar o plexo pterigóide, o qual forma a veia maxilar. A junção das veias: temporal superficial e maxilar origina a veia retromandibular, a qual se une à veia auricular posterior (que vem da parte lateral do escalpe e do pavilhão auricular) para dar origem à veia jugular externa. 
Esta veia jugular externa cruza o músculo esternocleidomastóideo e desemboca na veia subclávia. Próximo ao seu término ela apresenta uma válvula superior e outra inferior (que são insuficientes), entre as quais há uma dilatação, que é o bulbo da veia jugular externa. 
Os afluentes desta veia são: a veia jugular externa posterior (que vem da nuca, do escalpe), a veia cervical transversa, a veia supraescapular e a veia jugular anterior. 
A veia jugular externa drena a cavidade nasal, cavidade oral, parte do escalpe, a dura-máter e pouca coisa da face.
A veia jugular anterior, que geralmente aparece em número de duas, é formada por veias submentuais, desce pela região anterior do pescoço, onde recebe algumas veias da laringe, e desemboca na veia jugular externa. Entre as duas veias jugulares anteriores, há o arco venoso jugular, que ligam-nas e podem se prolongar e ligá-las às veias jugulares externas.
 
Veia jugular interna
O seio sigmóide dá origem a esta veia ao nível do forame jugular, ou seja, ela é a continuação deste seio. Logo na sua origem se encontra o bulbo da veia jugular interna. O seio petroso inferior, como drena para a veia jugular interna, também chega no seu bulbo. O seio sagital superior drena o encéfalo.
O término da veia jugular interna é ao nível da veia subclávia. A junção das veias: subclávia e jugular interna forma o tronco venoso braquiocefálico. A união dos dois troncos venosos braquiocefálicos origina a veia cava superior.
Além do bulbo superior (na origem), esta veia também possui um bulbo inferior, o qual possui duas válvulas. 
Os afluentes da veia jugular interna são as veias: facial, faríngea, lingual e tireóidea superior, as quais muitas vezes se unem e formam o tronco tirolinguofaringofacial de Farabeuf. Portanto, conclui-se que o território de drenagem desta veia é muito amplo e inclui o encéfalo, parte da face, da faringe, da língua, da tireóide, etc.
As veias tireóideas médias são as últimas afluentes da veia jugular interna. As veias tireóideas inferiores desembocam no tronco venoso braquiocefálico.
	Veia vertebral
	Ela passa pelos forames transversos das vértebras cervicais.
	Ela é formada profundamente à nuca por veias de músculos profundos e veias do plexo vertebral interno, recebe veias da cavidade intracraniana e a veia cervical profunda. 
	Esta veia desemboca no tronco venoso braquiocefálico e não na veia subclávia.
 
Os dois triângulos mais importantes existentes no pescoço são: o triângulo de Farabeuf e o triângulo de Guyon.
O primeiro triângulo, denominado triângulo de Farabeuf, é limitado pela veia jugular interna, pelo tronco tirolinguofaringofacial de Farabeuf e pelo nervo hipoglosso.
Desprezando o nervo hipoglosso e tomando o tendão intermediário do músculo digástrico como limite, o segundo triângulo, chamado de triângulo de Guyon, é delimitado. Fica um triângulo dentro do outro, sendo o de Guyon maior do que o de Farabeuf.
O nome jugular vem do latim “jugo”, que significa canga, ou seja, um objeto colocado transversalmente. Jugular significa “flebus sphagitus”, ou seja, veia do sacrifício, porque, quando o pescoço é cortado transversalmente ela se rompe. “Jugulare” significa cortar transversalmente.
☺DRENAGEM LINFÁTICA
	Os linfonodos cervicais são agrupados em superficiais e profundos. Quando estes linfonodos se hipertrofiam, o que pode ser facilmente perceptível, é porque certamente há alguma coisa anormal com o órgão ou a região que ele recebe drenagem.
	Linfonodos superficiais
	Dos sete grupos existentes, apenas os cinco primeiros (submentuais, submandibulares, parotídeos superiores, retroauriculares e occipitais) formam o colar linfático pericervical, diferentemente dos dois últimos grupos (cervicais superficiais anteriores e posteriores), que não fazem parte do colar.
	- Submentuais → drenam as gengivas inferiores, o lábio inferior e a parte medial da língua.
	- Submandibulares → drenam a região submentual e a parte lateral da língua.
	- Parotídeos superficiais → drenam a parte lateral da face e parte da região temporal.
	- Retroauriculares → drenam a parte lateral do escalpe; estes linfonodos se hipertrofia na rubéola.
	- Occipitais → drenam a região posterior da nuca.
	- Cervicais superficiais anteriores
	- Cervicais superficiais posteriores
	Todos esses grupos superficiais acabam drenando para os linfonodos profundos, através de vasos linfáticos.
Linfonodos profundos
	Dos sete grupos existentes, apenas um deles (os supraclaviculares) são posteriores e estão ao longo da artéria cervical transversa; todos os outros são anteriores e acompanham a veia jugular interna.
	- Júgulo-digástricos → drenam o terço posterior da língua, a tonsila palatina e a orofaringe; localizam-se no cruzamento do músculo digástrico com a veia jugular interna. 
	- Júgulo-omoióideos → drenam a língua; encontram-se no encontro do músculo omoióide com a veia jugular interna.
	- Supraclaviculares → drenam a mama, o fígado, o estômago e o pulmão, sendo, muitas vezes, o primeiro sinal de tumor, pois ficam hipertrofiados (por isso é que são chamados de linfonodos sentinela), um exemplo é o tumor de Pancoast (=tumor de pulmão); localizam-se no trígono posterior, ao redor da artéria cervical transversa.
	Os quatro grupos seguintes drenam o ouvido médio, a laringe, a faringe e, principalmente, a tireóide.
- Pré-traqueais
	- Para-traqueais
	- Retrofaríngeos
	- Pré-faríngeos
	Todos os linfonodos profundos do lado direito terminam desembocando no ducto linfático direito (que possui de 3 a 5 cm de comprimento), o qual fica na borda medial do músculo escaleno anterior e desemboca na confluência da veia jugular interna direita com a veia subclávia direita. Os linfonodos profundos do lado esquerdo desembocam no ducto torácico, o qual vem do tórax e desemboca na junção da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda. O ducto linfático direito e o ducto torácico são os últimos afluentes da veia subclávia.

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