Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO Colegiado de Farmácia Disciplina de Hematologia Clínica Docente: Ana Cácia ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA Discentes: Gabriella Gomes, Igor Valença, Jamile Medeiros, Laercio Medeiros, Laerton Medrado. ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA (ADC) “ É usualmente definida como a anemia que ocorre em distúrbios infecciosos crônicos, inflamatórios ou doenças neoplásicas, e é uma das síndromes clínicas mais comuns na prática clínica. ” Proposto Cartwrigt, em 1966, após vários anos estudando o binômio infecção e anemia. Gabriella Gomes ADC: Como é caracterizada? ADC corresponde à anemia normocrômica/ normocítica, leve a moderada, e caracteriza-se por hipoferremia na presença de estoques adequados de ferro; Principais mecanismos patológicos: Diminuição da sobrevida da hemácia, Falha da medula óssea em aumentar a produção de glóbulos vermelhos; Distúrbio da mobilização do ferro de depósito do sistema mononuclear fagocitário. Gabriella Gomes ADC: Frequência Frequência ADC é a causa mais frequente de anemia em pacientes hospitalizados particularmente quando se analisa pacientes com idade superior a 65 anos; É a segunda causa mais frequente de anemia, após a anemia por deficiência de ferro; ADC é uma das síndromes clínicas mais comuns na prática médica impondo, desta forma, ao clínico geral e ao hematologista a necessidade de se familiarizar com essa entidade; Gabriella Gomes ADC: Condições associadas Inflamatórias crônicas; Infecções crônicas; Infecções fúngicas sistêmica; Neoplasia. Gabriella Gomes ADC: Patogênese Diminuição da Sobrevida das Hemácias; Resposta medular inadequada frente a Anemia; Distúrbio no metabolismo do ferro; Laerton Medrado ADC: Patogênese Diminuição da Sobrevida das Hemácias; Sobrevida menor; Mecanismo Hemolítico extra-globular Hiperatividade do sistema mononuclear fagocitário (PIIN); Outros fatores: Febre, liberação de hemolisinas e liberação de toxinas bacterianas; Laerton Medrado ADC: Patogênese Resposta Medular Inadequada; Eritropoese encontra-se normal ou aumentada (RETICULÓCITOS); SECREÇÃO INAPROPRIADA DE EPO RESPOSTA DA MEDULA ÓSSEA ERITROPOESE FERRO Laerton Medrado ADC: Patogênese Laerton Medrado 10 ADC: Distúrbio do metabolismo do ferro O ferro é um elemento essencial no metabolismo energético celular; Quantidade de ferro absorvida diariamente equivale à quantidade excretada; Ferro do organismo é continuamente reciclado; Maior parte do ferro plasmático destina-se à medula óssea. Laercio Medeiros ADC: Distúrbio do metabolismo do ferro 80% do ferro plasmatico liga-se ao heme e 20% permanecem ligados a transferrina; 25% do ferro do organismo encontra-se armazenado; Quando necessário dirige-se à medula óssea; Liberação do ferro ocorre de duas formas; Forma lenta e rápida. Laercio Medeiros ADC: Distúrbio do metabolismo do ferro Na ADC ocorre distúrbio da reutilização do ferro; Aumento da síntese da lactoferrina; IL-1; Lactoferrina ≠ transferrina; Afinidade; Transferência; Retenção. Laercio Medeiros ADC: Distúrbio do metabolismo do ferro Dificulta mobilização de ferro; Estudos demonstraram a participação do Linfócito T ativado; IL-2, TNF α e INF γ ativando macrófagos; IL-1, IL-6 e TNF α; IL-4 e IL-13; Síntese de ferritina e dos receptores da transferrina. Laercio Medeiros ADC: Distúrbio do metabolismo do ferro Outra hipotese que explica o defeito ↑ apoferritina Via lenta Processo inflamatórios crônicos Laercio Medeiros ADC: Diagnóstico Clínico e Laboratorial Caracterizada como “relativamente comum, mas clinicamente sem importância”; Características Clínicas: Sintomas: doença de base; Desenvolve-se nos primeiros 30 a 90 dias; Não progride; Normaliza-se como o tratamento da doença de base. Jamile Medeiros ADC: Diagnóstico Clínico e Laboratorial Parâmetros laboratoriais: Hemograma; Morfologia eritrocitária; Contagem de reticulócitos; Ferro sérico; Índice de saturação da transferrina; Ferritina sérica; Receptor da transferrina; Análise do ferroo medular. Jamile Medeiros ADC: Diagnóstico Clínico e Laboratorial Caracteriza-se: Normocítica (20% a 50% microcítica) Normocrômica (50% hipocrômica) Ferro sérico e saturação da transferrina Concentração do Ferro de depósito Hemoglobina – 9 a 12g/dl ( 8g/dl) Hematócrito – 25% a 40% CHCM – 26 a 32g/dl Contagem de reticulócito – normal ou pouco Outras alterações: aumento do fibrinogênio e da proteína C reativa, aumento da velocidade de hemossedimentação, aumento do cobre sérico, diminuição da albumina e da transferrina sérica. Jamile Medeiros ADC: Diagnóstico diferencial Pode coexistir com anemia por deficiência de ferro, deficiência de folato e/ou vitamina B12, hemólise, diminuição da eritropoese por insuficiência renal, induzida por drogas ou toxinas devem ser investigadas e excluídas; O diagnóstico diferencial mais importante com ADC é anemia ferropriva: ADC Ferritina próximo de 30ng/dl ANEMIA FERROPRIVA Ferritina menor ou igual 12ng/dl Jamile Medeiros ADC x ANEMIA FERROPRIVA Jamile Medeiros ADC: Tratamento O tratamento da doença de base tem o objetivo de corrigir os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da anemia; O uso de terapia anti-citocina pode oferecer algum benefício ao paciente, porém sua utilização ainda é controversa; 20% a 30% dos pacientes: reposição de ferro, administração da eritropoetina e, eventualmente, transfusão de hemácias. Devem ser consideradas caso a caso; No caso das infecções e das neoplasias em que o agente etiológico e as células neoplásicas dependem intrinsicamente do ferro para sua proliferação, nesses casos, deve-se evitar a administração de ferro oral ou parenteral. Já nas doenças inflamatórias como na artrite reumatóide, recomenda-se o uso do ferro, quando necessário; Igor Valença ADC: Tratamento A administração da eritropoetina (EPO) deve ser considerada nas doenças inflamatórias agudas ou crônicas, cuja atividade da doença é prolongada e a intensidade da anemia compromete a qualidade de vida do paciente. Administração de ferro oral (325 mg/dia); A transfusão de concentrado de hemácias pode ser necessária, especialmente nos pacientes mais idosos e nos pacientes com neoplasia, nos quais outros mecanismos (como: supressão da hematopoese pós quimioterapia, infiltração da medula óssea) possam estar envolvidos no desenvolvimento da anemia. Igor Valença REFERÊNCIAS CANÇADO R.D. et al; Anemia de doença crônica. Revista Brasileira de hematologia e hemoterapia, São Paulo, vol. 24, n. 2, 2002. OBRIGADO!!!
Compartilhar