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INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS

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INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS
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Contrato
Interpretação é uma operação lógica, que tem por objetivo determinar um significado a um ato ou um fato. 
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Interpretação da lei e do negócio jurídico.
 
No caso do contrato, visa a revelar o significado das vontades manifestadas. 
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“Interpretar é, afinal, esclarecer o sentido dessas declarações e determinar o significado do acordo ou consenso” (Orlando GOMES). 
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Interpretação Integrativa
Quando no contrato há pontos omissos, estes serão supridos a partir do próprio contrato, da intenção, do que foi desejado pelas partes, do que já foi cumprido pelos contratantes.
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Integração dos Contratos
É o preenchimento de lacunas, pois as partes não previram determinados efeitos, os quais devem ser buscados através de fatores externos (boa fé, costumes). 
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No dizer de Maria Helena Diniz
	 “O nosso CC, não tendo nenhum capítulo relativo à interpretação do contrato, contém unicamente cinco normas interpretativas: artigos 112, 113, 114, 819 e 423. (...) 
	Por isso, a doutrina e a jurisprudência, com base nesses dispositivos, criaram algumas regras de hermenêutica, para facilitar a ação do intérprete (...).
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O contrato é negócio jurídico e a ele se aplica a regra do artigo 112 do Código Civil: por ela se consagra a busca pela vontade (teoria da vontade), mas não de qualquer vontade (ou da vontade íntima, psíquica, dos contratantes), e sim da vontade expressa na declaração. 
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Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem, entretanto “o intérprete não pode simplesmente abandonar a declaração da vontade e partir livremente para investigar a vontade interna” (Venosa).
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A manifestação da vontade tem dois elementos distintos: o interno (a vontade real) e o externo (a declaração propriamente dita). 
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Duas Teorias
Teoria da Vontade
Teoria da Declaração
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Teoria da Vontade
leva em conta a vontade real das partes, a intenção, independentemente daquilo que é declarado no contrato (Savigny). 
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Teoria da Declaração
Deve prevalecer somente a exteriorização da vontade, ou seja, a declaração prevalece sobre a vontade em si .
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Perante esses extremos, o Direito pátrio adotou uma postura mais centrada: “nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem”. 
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Outros dispositivos:
O art. 110 trata sobre a reserva mental, alegando que a cláusula estipulada é válida se o contraente desconhecia artifício utilizado pela outra parte; 
o art. 111, que trata do silêncio circunstanciado e declara a anuência ao estipulado quando as circunstâncias ou os usos assim o autorizarem; 
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No artigo 113, a lei determina que os negócios jurídicos sejam interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração (artigo 435).
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O artigo 114, enuncia a interpretação restritiva dos negócios jurídicos benéficos ou gratuitos, vedada a interpretação com dados alheios ao seu texto. 
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Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé (artigo 422). 
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A boa fé é presumida e a má fé deve ser provada. 
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O artigo 423 prevê que, nos contratos por adesão, as cláusulas ambíguas ou contraditórias devem receber interpretação mais favorável ao aderente.
(art. 47 da Lei 8078/90).
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A fiança se dará por escrito e não admitirá interpretação extensiva (artigo 819) de modo que o fiador só responderá pelo que tiver expresso no instrumento da fiança e se alguma dúvida houver, deverá ser solucionada em favor dele.
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O Princípio da Conservação do Contrato prevê que se uma cláusula permitir duas interpretações diferentes, prevalecerá a que possa produzir algum efeito, pois não se deve supor que os contratantes tenham celebrado um contrato sem nenhuma utilidade. 
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A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmitem, apenas se declaram ou reconhecem direitos (artigo 843). 
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Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do testador (artigo 1.899). 
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	Ver Curso de Direito Civil Brasileiro 
	3. Teoria das Obrigações Contratuais e Extracontratuais.
	Maria Helena Diniz 
	p. 69 a 73

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