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Resumo Macroeconomia P2

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I.Assinale F (falso) ou V (verdadeiro) para cada uma das afirmações a seguir. DUAS RESPOSTAS ERRADAS ANULAM UMA RESPOSTA CORRETA. (40 a 50 itens)
	
	( V )
	Segundo a Teoria Quantitativa da Moeda, supondo que a velocidade-renda da moeda permaneça constante, e que a economia esteja em pleno-emprego, uma elevação dos meios de pagamento tende a elevar a taxa de inflação, sem que ocorra aumento do produto real mv = py
	
	( F )
	Apenas o Banco Central pode criar meios de pagamentos. Bcos com tbm
	
	( V )
	Define-se quase-moeda os ativos financeiros de alta liquidez, e que rendem juros.
	
	( F )
	Há uma relação diretamente proporcional entre o multiplicador da base monetária e a taxa de retenção de moeda pelo público. inversamente
	
	( V )
	A política fiscal é tanto mais eficaz, quanto maior o multiplicador keynesiano de gastos do governo
	
	( F )
	Uma elevada taxa interna de juros, relativamente às taxas de juros internacionais, tendem a provocar uma depreciação do real apreciação
	
	( V )
	A demanda de moeda (divisa) estrangeira depende: das importações, da saída de capitais, das viagens para o exterior, das remessas de lucros, e dos pagamentos dos juros e amortizações da dívida externa.
	
	( V )
	Com o Plano Real, aumentou o grau de monetização da economia.
	
	( F )
	Na ocorrência de um choque de oferta, a medida mais correta a ser aplicada pelo COPOM para controlar a inflação, é elevar de imediato a taxa de juros SELIC.
	
	( F )
	Reduções de tarifas alfandegárias e de barreiras quantitativas e qualitativas, como ocorreu no Governo Collor, são instrumentos de política cambial. comerc
	
	( V )
	Uma política de valorização do real pode levar à redução do saldo da Balança Comercial, a menos que seja compensada por uma relação entre preços externos e preços internos bastante favorável ao país.
	
	( V )
	A principal vantagem do regime de câmbio flutuante sobre o câmbio fixo é tornar a política monetária (taxa de juros) menos atrelada ao câmbio, para manter o volume de reservas cambiais.
	
	( F )
	Pass through é o termo utilizado por economistas para indicar o efeito da taxa de inflação sobre as variações cambiais. contrário
	
	( V )
	A Teoria Neoclássica explica o comércio internacional a partir da dotação relativa de fatores de produção.
	
	( F )
	A quarta etapa da Teoria de Etapas de Rostow corresponde à era do consumo de massa quinta
II. EXERCÍCIOS:
- Multiplicador monetário
- Teoria Quantitativa da Moeda
- Taxa real de juros
- Taxa real de câmbio 
III. Explique sucintamente os seguintes conceitos (ENTRE 3 E 5 conceitos):
1. Taxa real x taxa nominal de juros
	Fórmula de Fischer: tx real = (1 + tx nominal / 1+ tx inflação) + 1
	Também pode ser aplicada para taxas de câmbio.
2. Multiplicador monetário
	Mostra o grau de expansão da base monetária (B), atavés dos empréstimos dos bancos comerciais, criando meios de pagamento (M). Ou seja, os meios de pagamento M são um múltiplo m da base monetária B: M = mB e m = M/B, sendo m o valor do multiplicador monetário.
	Fatores que afetam o multiplicador monetário:
	Taxa de reservas bancárias: % reservas totais dos bancos comerciais R sobre os depósitos à vista DV: r = R/DV
	Taxa de retenção de moeda pelo público: % de moeda em poder do público PMPP sobre os meio de pagamento M1: c = PMPP/M1
	Taxa de depósitos pelo público: % saldo depósitos à vista DV sobre os meios de pagamento M1: d = DV/M1
	1 = c + d ou d = 1 – c (d é complemento de c)
	m = M/B = 1 / c + dr
	Fórmula utilizada pela BACEN do Brasil: m = 1 / c + d (r1 + r2)
	r1 = taxa de encaixe dos bancos comerciais = saldo do caixa dos bancos comerciais / DV
	r2 = taxa de reservas dos bancos comerciais = saldo reservas volunt. + obrig. bancos comerciais / DV
3. Meios de Pagamento
Meios de Pagamento (M ou M1) é a moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, e que não rende juros. É o conceito de moeda em economia. Ou seja, é a moeda que o setor privado (pessoas físicas e empresas não financeiras) tem disponível, de imediato (no “bolso”, nos cofres de empresas ou em depósitos a vista (conta corrente) nos bancos comerciais). Características: liquidez (aplicação) imediata; não rende juros.
M = PMPP (papel moeda em poder do público) + DV (depósitos à vista nos bancos comerciais)
Criação de moeda: empréstimos dos Bancos Comerciais ao setor privado; exportadores trocam dólares por reais; compra de títulos públicos federais pelo Banco Central. Destruição de moeda: liquidação de empréstimos junto aos bancos comerciais; importadores trocam reais por dólares; venda de títulos públicos federais.
4. Quase moeda
	As inovações no mercado financeiro levaram a conceitos mais amplos de meios de pagamento, que são definidos como quase-moeda. Incluem ativos (haveres) financeiros de alta liquidez (mas não imediata), e que rendem juros: M2, M3 e M4 (meios de pagamento no conceito ampliado).
	M1 (meios de pagamento no conceito restrito): moeda em poder do público + depósitos à vista nos bancos comerciais
	M2: M1 + depósitos de poupança + depósitos remunerados
	M3: M2 + fundos de renda fixa
	M4: M3 + títulos públicos de alta liquidez
5. Grau de monetização 
	O grau de monetização é a porcentagem de ativos financeiros na forma de moeda (M1), sobre os ativos financeiros totais (M4): M1/M4. Também pode ser definido em relação ao PIB: M1/PIB.
	O grau de monetização tem uma correlação inversa com a taxa de inflação: maior a taxa de inflação, menor o grau de monetização – as pessoas ficam com menos moeda M1 e aplicarão em ativos que rendem juros (M2, M3, M4).
	Mesma coisa com a taxa de juros de mercado: maior a taxa de juros, menor o grau de monetização.
	Temos a desmonetização quando M1 aumenta em relação a M4.
6. Base Monetária (B)
	Total de moeda “física” emitida (papel-moeda e moeda metálica). Também chamada de moeda primária, ou ainda, passivo monetário do banco central (o passivo não-monetário são os títulos federais). B = PMPP (moeda em poder público) + R (reservas de bancos comerciais)
	R = Caixa (encaixes) dos bancos comerciais + Depósitos (reservas) voluntários dos Bancos Comerciais no BACEN + Depósitos (reservas) compulsórios dos bancos comerciais no BACEN.
7. Depósitos (reservas) obrigatórios x depósitos (reservas) voluntárias dos bancos comerciais
	Compulsórios: percentual sobre os depósitos à vista que não podem ser emprestados ao público.
8. Teoria Quantitativa da Moeda
	A Teoria Quantitativa da Moeda, ou Equação de Trocas, estabelece uma relação entre o lado monetário e o lado real da economia. Mostra como a política monetária (M1) atua sobre o nível de produto real (y) e a inflação (P).
	M * V = P * y
	M = estoque de moeda. V = número de vezes que a moeda passa de mãos e mãos, gerando renda. P * y = PIB nominal (corrente) – Y = Py. P = nível absoluto de preços. y = PIB real.
	Em termos de taxas de crescimento: (1 + m’)(1 + v’) = (1 + p’)(1 + y’)
9. Velocidade-renda (ou de circulação) da Moeda
	Para chegar à relação entre moeda, renda e inflação, parte-se do conceito de velocidade-renda ou velocidade de circulação da moeda. É o número de “giros” que a moeda dá, passando de mãos em mãos, criando renda nacional (PIB).
	V = PIB nominal / saldo meios de pagamento = Py / M1
10. Demanda de moeda por transação, precaução e especulação 
	Retenção de moeda, também chamada de preferência pela liquidez. A demanda por moeda depende tanto da renda nominal Y (motivos transação + precaução) como da taxa de juros nominal i (motivo portfolio): quanto maior Y, maior demanda por moeda; quando maior i, menor demanda por moeda.
11. Inflação de Demanda, Inflação de Custos e Inflação Inercial
	Inflação de demanda: excesso de demanda agregada, sobre a capacidade produtiva (oferta agregada)da economia. Causas: despesas públicas acima da capacidade de produção da economia; elevação do consumo acima da capacidade da economia.
	Inflação de custos: aumento dos custos de produção, que provocam redução da produção (oferta agregada), em relação à demanda agragada da economia. Provoca estagflação. Causas: choques de oferta (aumento do custo das MP); reajustes salariais acima do aumento da produtividade (sindicatos com grande poder de barganha); poder de monopólios e oligopólios de repassar os aumentos de seus custos aos preços de seus produtos.
	Inflação inercial: processo automático de realimentação da inflação, ou seja, a inflação corrente decorre da inflação passada (perpetua-se uma inércia ou memória infacionária). Causas: mecanismos de indexação (correção monetária) de duas formas: indexação formal, realizada através de contratos (reajuste de salário mínimo, alugueis, contratos financeiros); indexação informal: reajustes de preços pelas empresas privadas (preços livres), reajuste de preços administrados (preços públicos, como gasolina e energia elétrica, tarifas públicas), reajustes salariais, e aumento de impostos pelo governo.
12. Estagflação
	Estagnação com aumento de preços.
13. Corrente estruturalista da Inflação
	De acordo com essa corrente, a inflação estaria associada a tensões de custos, causadas por fatores estruturais:
a) Estrutura oligopólica de mercado: oligopólios conseguem manter suas margens de lucro, repassando todos os aumentos de custos a seus preços. Podem provocar estagflação (inflação com desemprego).
b) Estrutura agrária: a agricultura não responde a estímulos da demanda urbana, porque é dominada por latifúndios pouco preocupados com aumento da produtividade. Isso levaria ao aumento do preço dos alimentos
c) Estrutura do comércio internacional: países “centrais” produzem manufaturados, e os “periféricos” “commodities”. Com o crescimento da renda mundial, tendência à deterioração das relações de troca, levando a déficits crônicos da balança comercial dos países periféricos, que são praticamente obrigados a desvalorizar sua moeda para equilibrar suas contas externas
14. Núcleo da Inflação (Core Inflation) x Metas de Inflação (Inflation Target)
	Além dos instrumentos tradicionais de política monetária (juros, crédito),  existem outras duas formas de atuação do Banco Central: estabelecer metas de inflação, ou acompanhar o comportamento do núcleo de inflação, sem estabelecer metas de forma explícita.  
Sistema de Metas de Inflação (“Inflation Target”)
“Bandas” fixadas para a inflação futura, controladas pela política monetária, a partir da taxa de juros (SELIC) e controle do crédito. No Brasil, é fixada em junho de cada ano, para os dois anos seguintes. A meta para 2017 e 2018 é de 4,5%, e a banda é de 1,5% para mais (teto de  6,0%) e 1,5% para menos (piso de 3,0%).
Esse sistema objetiva dar maior transparência ao mercado, sinalizando que a política monetária buscará manter a inflação dentro dessas margens. Dá maior previsibilidade para os negócios a médio e longo prazo, particularmente aos investidores.
Acompanhamento do núcleo da inflação (“Core Inflation) 
Núcleo  (“core”) da inflação  é  um  índice de preços,  onde se expurgam as variações transitórias, sazonais ou acidentais, que não provocam  pressões persistentes sobre os preços.
As variações transitórias são associadas aos chamados choques de oferta, como as oscilações de preços agrícolas, escassez  de energia, elevação de  preços do  petróleo, que redundam em aumentos de custos de produção (inflação de custos). Como choques de oferta costumam ser transitórios, os preços tendem a voltar aos níveis anteriores, após cessado o período crítico de aumento.
	Como são expurgados os choques de oferta, o núcleo de inflação indica que estaria ocorrendo excesso de demanda agregada sobre a capacidade produtiva (oferta) da economia (inflação de demanda), pressionando de forma persistente os preços. Ou seja, “sobra” uma inflação mais estrutural (demanda em excesso), e não episódica (custos).
No caso de choques de oferta, não tem  sentido o Banco Central elevar a taxa de juros para controlar a inflação, já que os preços devem  voltar aos patamares anteriores. O Banco Central deve atuar (elevar juros, restringir crédito) apenas se estiver ocorrendo inflação de demanda, refletida no índice do núcleo.
Existem vários modelos para o cálculo do núcleo de inflação. Nos Estados Unidos, utiliza-se o método de exclusão, pelo qual o índice do núcleo de inflação exclui preços de alimentos e preços da energia, que são mais voláteis. 
No Brasil, o Banco Central, a FGV, a FIPE calculam o núcleo, usando tanto a metodologia de exclusão, (que exclui, além dos preços de alimentos e de energia, os preços administrados), como o sistema de médias aparadas, onde são excluídas as menores e as maiores variações de preços, dentro de um certo intervalo de confiança.
15. Flutuação Suja (Dirty Floating)
	Câmbio flutuante (a taxa de caˆmbio é determinada pelo mercado), mas onde o governo entra no mercado, comprando e vendendo divisas, afetando o nível da taxa de câmbio – limite implicito para variação da taxa (depende dos objetivos de política econômica do Governo sobre comércio exterior e/ou controle da inflação).
16. Teoria das Vantagens Comparativas
	Desenvolvida inicialmente pelo economista inglês David Ricardo, ao final do século XVIII. Segundo essa teoria, a principal causa do comércio internacional reside nas diferenças tecnológicas entre os países, que se refletem na produtividade da mão de obra e nas vantagens comparativas. 
Como veremos, essa teoria constituiu-se em forte argumento em favor da liberalização do comércio, o que na época  atendeu aos interesses dos ingleses, que estavam iniciando sua Revolução Industrial. 
Essa teoria explica porque Portugal especializou-se em vinho e a Inglaterra em produtos industrializados. Portugal passou a apresentar elevados déficits no comércio com a Inglaterra, o que explica porque a maior parte do ouro brasileiro obtido pelo portugueses foi parar na Inglaterra.
17.	Crítica estruturalista à Teoria das Vantagens Comparativas
	Segundo essa corrente, as Teorias de  Vantagens Comparativas não levariam em consideração a evolução  da demanda mundial, à medida que as economias se desenvolvem e seu nível de renda cresce. 
	Critica da CEPAL (Modelo de Prebisch): tendência à deterioração   dos  termos   de   troca   dos países  exportadores de produtos primários. Razões:
	Elasticidade-renda menor do que 1 da demanda de produtos primários: quando a renda mundial cresce, cresce mais o comércio de manufaturados.
	Diferenças nas estruturas de mercado: os produtos primários  são mais competitivos (“tomam”preços- demanda mais elástica),  enquanto  os manufaturados são oligopolizados (“fazem” seus preços- demanda mais inelástica). Ou seja, a elasticidade-preço das exportações dos países periféricos é maior do que dos países centrais.
	Tendência ao déficit crônico na Balança de Pagamentos  dos países “periféricos” (subdesenvolvidos), que exportam principalmente produtos primários, e importam produtos manufaturados dos países “centrais” (desenvolvidos)
	Para tentar equilibrar o Balanço de Pagamentos, os países periféricos são forçados a desvalorizar sua moeda, causando inflação.
	Saída para os países periféricos: barreiras protecionistas, para incentivar a industrialização (PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES).
18. Teoria Neoclássica do Comércio Internacional
	A Teoria Clássica apresenta a limitação de considerar como fator de produção apenas mão de obra.  
	Um modelo desenvolvido nos anos 50 (século XX), baseado também no princípio das vantagens comparativas, é o Modelo de Heckscher-Ohlin-Samuelson. Enquanto o modelo clássico de Ricardo enfatiza apenas a diferença entre a produtividade relativa da mão de obra entre os países para explicar as vantagens comparativas, o modelo neoclássico coloca no centro da explicaçãopara a existência do comércio internacional a diferença relativa de dotação de fatores de produção (capital e trabalho) entre os países. 
	De acordo com essa teoria, países com maior abundância de mão de obra, relativamente ao fator capital, exportariam produtos mão de obra intensivos, como commodities, que é uma característica de países menos desenvolvidos, enquanto os países desenvolvidos exportariam mais produtos  capital-intensivos, como produtos manufaturados.
19. Nova Teoria do Comércio Iinternacional: Modelo de Krugman/Linder
	Apresenta uma explicação para a importância do comércio intra-industrial entre países ricos (comércio norte-norte), em contraposição às teorias tradicionais que previam uma intensificação do comércio entre países ricos e em desenvolvimento (comércio norte-sul). Segundo essa teoria,  a concentração do comércio de produtos industriais entre os países ricos era explicada fundamentalmente pela similaridade de demanda e de seus níveis de renda per capita.
20. Doença Holandesa
	Alguns economistas e as entidades ligadas ao setor industrial, argumentam que a 
 apreciação do real nos governos FHC, Lula e início do Governo Dilma, teria provocado uma desnacionalização e desindustrialização da economia brasileira, fenômeno conhecido como “Doença holandesa”, também chamada de “Maldição das Commodities”. 
	A expressão “Doença Holandesa” (ou Dutch Desease) deriva de um fenômeno que ocorreu na Holanda, que a partir dos anos 60 concentrou suas exportações principalmente em gás, com a descoberta de novos poços no Mar do Norte. Com a entrada de grande volume de dólares, o florim, moeda holandesa, valorizou-se bastante, o que elevou o volume de importações. Isso causou uma redução e desnacionalização de grande parte da base industrial holandesa. Os professores Luiz Carlos Bresser Pereira (FGV-SP),  ex-Ministro da Fazenda do Governo Sarney, eterno defensor de uma taxa de câmbio desvalorizada, e Antonio Carlos Correia de Lacerda, da PUC-SP, ambos “desenvolvimentistas keynesianos”, são os defensores mais conhecidos dessa tese.
	O Prof. Antonio Delfim Netto, embora também keynesiano, e que desde os anos 50 defende estímulos às exportações como modelo de crescimento para o Brasil, nunca usou a expressão “doença holandesa”. Aliás, segue provavelmente grande parte dos economistas, que não acreditam que isso possa ocorrer no Brasil, pois apresentamos uma boa diversificação em nossas exportações (somos “global traders”), não dependendo de um ou poucos produtos (situação a qual se aplicaria o conceito de doença holandesa).
21. Taxa real x Taxa nominal de câmbio 
	Taxa de câmbio é o preço da moeda (divisa) estrangeira, em termos da moeda nacional.
	A determinação do nível da taxa de câmbio corrente (nominal) depende da entrada e saída de moeda estrangeira, determinadas pelos seguintes fatores: 
	-Exportação e importação de bens e serviços;
	-Diferença (“spread”) entre as taxas de juros doméstica e do resto do mundo (“Arbitragem da taxa de juros”) 
	-Risco-País (Risco Econômico e Risco Político)
	-Expectativas de variações cambiais;
	-Políticas monetária e fiscal (nível da taxa de juros, equilíbrio interno entre oferta e demanda agregadas de bens e serviços)
	-Regime cambial (câmbio fixo ou flutuante)
	Tx câmbio real (() = PextR$ / PdomR$
	PextR$ = tx nominal câmbio (E) * PextUS$
22. Zona de Livre Comércio
	São abolidas as restrições (tarifárias e não tarifárias) entre os países, mas cada um mantém suas próprias políticas comerciais vis-a-vis aos países não membros da integração.
23.	União Aduaneira
	Vai além  da Zona de Livre Comércio, pois, além de suprimir as restrições tarifárias e não tarifárias quanto ao fluxo de mercadorias entre os países membros, também estabelece uma política comum de discriminação desse fluxo com os países membros, estabelecendo por exemplo uma tarifa externa comum contra países não-membros.
24.	Mercado Comum
	Nesse tipo de integração, não são apenas as restrições quanto ao fluxo de mercadorias que são eliminadas, mas também as discriminações contra o fluxo dos fatores produtivos, isto é, eliminam-se os empecilhos quanto à circulação de capital e mão de obra.
25.	União Econômica e Monetária
	Adoção de Moeda Comum, e supressão das restrições sobre os fluxos de mercadorias e fatores produtivos entre os países, e harmonização de políticas econômicas nacionais, de modo a eliminar possíveis discriminações decorrentes das disparidades entre as políticas.
26.	Indicadores de Risco: CDS, EMBI+, Grau de Investimento
	Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+): Prêmio por Risco (“sobretaxa” ou “basis points”) entre títulos da dívida pública externa do país e Bônus do Tesouro Norte- Americano, que tem menor risco de default (calote) 
	Considera três variáveis econômicas 
     fundamentais: relação dívida pública/PIB, 
     volume de reservas cambiais e relação dívida 
     externa/exportações). 
	Calculado pelo Banco J. P. Morgan
	Rating: Fundamentos econômicos e políticos de um país. Os países são classificados com Grau de Investimento (“Investment Grade”), Investimento de Risco (risco médio), e “Junk Bonds” (alto risco). As notas são expressas em códigos alfabéticos ou alfanuméricos (Aa1, B+, etc.) 
	Considera variáveis econômicas (crescimento da economia, taxa de inflação, razão dívida pública/PIB, coeficiente de vulnerabilidade externa, déficit em conta corrente, etc),  variáveis políticas (eleições, compromisso de partidos políticos relevantes com os passivos externos), e ambiente de negócios (marco regulatório e jurídico).
	Calculado pelas “rating agencies” Standard & Poor’s, Moody`s  e Fitch
	Credit Default Swap (CDS) – Instrumento financeiro lançado nos anos 90 por bancos americanos e europeus para se proteger da inadimplência. 
	O comprador do CDS busca proteção contra eventual calote (default) de uma dívida de empresas ou países. O vendedor busca lucro, quando vende o CDS, esperando que a empresa ou país cumpra sua obrigação. Para tanto, esse vendedor recebe um prêmio de risco ou spread.  Dessa forma, é uma troca (swap) do risco do comprador para o vendedor do CDS.
	Assim, o CDS é uma medida de risco de crédito. Na prática, é como um seguro, uma proteção (hedge) contra um eventual não pagamento de um país ou empresa aos detentores de títulos de empresas ou países (que são os compradores do CDS). Trata-se de um tipo de derivativo, pois é uma transação que deriva de outra (do comprador do CDS com os tomadores de crédito). 
	Quanto maior o risco, maior o CDS, ou seja, maior o prêmio para garantir o crédito, dada a menor a segurança de que o investidor terá de volta o que lhe é devido. 
	No Brasil, o valor do CDS caiu de uma média de 500 pontos no Governo Dilma, para os atuais 180 pontos.
	A partir de 2008, o CDS tem sido mais divulgado e acompanhado pelo mercado do que os ratings (EMBI+, Investment Grade). Antes da queda do Banco Lehman Brothers, as agências de risco atribuíram boas notas às empresas que estavam na verdade numa situação desfavorável, levando milhares de investidores e credores a enormes perdas financeiras, devido a uma análise errada das agências. Embora as agências de rating baseiem-se em fundamentos financeiros e econômicos das empresas e países, os CDS captam mais rapidamente a percepção do mercado, quanto ao grau de confiança dos devedores. 
27. Relação Capital-Produto
	Modelo simples de crescimento econômico
	Trata-se de um modelo bastante simplificado, mas que ressalta as principais variáveis estratégicas para o crescimento do produto potencial (ou seja, o produto com pleno emprego dos fatores de produção): taxa de poupança, produtividade marginal do capital (também chamada relação produto-capital)(*) e taxa de crescimento populacional.
	y = sv – n
	y = tx de crescimento potencial do PIB per capita
	s = tx de poupança = poup agregada / PIB (y)
	v = relação produto-capital = (y / (K = (y / I, sendo (K = I = investimento agregado, é o inversoda relação capital-produto
	n = tx de crescimento populacional
28. Produtividade Marginal da mão de obra
29. Crescimento x Desenvolvimento Econômico
	O conceito de Crescimento Econômico é mais restrito, puramente econômico, referindo-se apenas ao crescimento físico do produto (renda) per capita ao longo do tempo. 
	Principal Indicador:
	PIB per capita
	O conceito de Desenvolvimento Econômico é mais abrangente, envolvendo a análise de questões sócio econômicas, tais como qualidade de vida, distribuição de renda, grau de educação, qualificação da mão de obra, avanço tecnológico, influência do meio ambiente, etc. Daí também ser chamado de Desenvolvimento Econômico e Social.
	Principais Indicadores:
	PIB per Capita
	Proporção de pessoas em condições de pobreza. É estabelecida uma linha de pobreza, que indica um valor ($) que atenda às condições mínimas necessárias para sobrevivência.
	IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Mais completo, pois é uma média de
      indicadores sociais( saúde e educação) e econômico. Média entre índice de expectativa de 
      vida ao nascer, índice de educação (que inclui taxa de alfabetização e média de anos de 
      estudo da população adulta) e índice de renda nacional per capita.
	Indicadores de distribuição de renda: Coeficiente ou Índice de Gini, Taxas da participação na 
      renda dos mais ricos sobre os mais pobres ( Taxa de Palma: 10% mais ricos/40% mais 
      pobres, Taxa de Quintile: 20% mais ricos/ 20% mais pobres ).   
30. Cinco etapas de desenvolvimento de Rostow
	Primeira Etapa : Sociedade Tradicional
	Nos primórdios, a sociedade tradicional, de modo geral, é predominantemente agrária, com grande parte da população vivendo da agricultura, com pouca tecnologia, baixa produtividade, o que leva a um teto relativamente baixo para a renda per capita.
	Segunda Etapa: Pré-condições para a arrancada (Take off)
	Nesta segunda etapa, são criadas as condições prévias para a arrancada, a partir de importantes mudanças econômicas e não econômicas:
	a) aumento da taxa de acumulação de capital, em relação à taxa de crescimento demográfico
	b) melhoria no grau de qualificação da mão de obra habilitada para a produção especializada em grande escala. 
	c) aumento da produtividade agrícola, o que permite criar um  excedente de recursos que vai financiar a expansão industrial (começando com a produção de bens de consumo básico,   como alimentação, têxtil etc.). 
	d) paralelamente, durante esse período são feitos grande investimentos em infraestrutura básica (transportes, energia,  saúde e saneamento, comunicação).
	Terceira Etapa: Arrancada ou Decolagem (Take off)
	É o período mais crucial, quando o processo de crescimento contínuo se institucionaliza na sociedade. Isso porque, na segunda etapa, ainda há cerca resistência, já que a sociedade se caracteriza por atitudes e técnicas produtivas tradicionais.
	Essa etapa pode ser caracterizada a partir das seguintes mudanças:
	a) A taxa de investimento líquido se eleva de 5% para mais de 10% da renda nacional;
	b) Surgem novos segmentos industriais, de rápido crescimento, associados principalmente a bens de consumo duráveis, como televisores, geladeiras ,etc.);
	c) Emerge uma estrutura política social e institucional, que é bastante  favorável ao crescimento sustentado.
	A partir da experiência histórica da Grã-Bretanha, Japão, França e Estados Unidos, Rostow conclui que esse período dura cerca de 20 anos.
	Quarta Etapa: Marcha para o Amadurecimento
	Segundo Rostow, essa quarta etapa leva cerca de 40 anos. Em seu transcurso, a moderna tecnologia se estende dos setores líderes, que impulsionaram a arrancada para outros setores. 
	A economia demonstra que tem a habilidade tecnológica e empresarial para produzir qualquer coisa que decida ofertar, com todas as condições para um crescimento sustentável.
	Quinta Etapa: Era do Consumo de Massa
	Finalmente, a economia atinge a quinta etapa, a era do alto consumo de massa, quando os setores líderes se voltam para a produção de bens de consumo duráveis de alta tecnologia e serviços. Nessa fase, a renda ascendeu a níveis em que os principais objetivos de consumo dos trabalhadores não são mais a alimentação básica e a moradia, mas sim automóveis, microcomputadores etc. Além disso, a economia, com seu processo político, expressa um desejo de destinar recursos ao bem-estar e à seguridade social. 
	Segundo Rostow, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, o Japão e a maior parte das nações da Europa Ocidental já alcançaram a última etapa. 
32. Teoria do Desenvolvimento Econômico x Teoria Macroeconômica
	Teoria de Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem estar) da coletividade. Trata de questões estruturais, de longo prazo (crescimento da  renda  per capita,  distribuição  de  renda, evolução tecnológica, qualificação da mão de obra, questões ambientais, etc.). 
	Teoria Macroeconômica: preocupa-se mais com as questões conjunturais, de curto prazo, principalmente com o nível de atividade, de emprego e dos preços(inflação). São chamadas de políticas de estabilização do emprego, da renda e dos preços. 
33. Fontes de crescimento econômico
	As fontes de crescimento econômico podem ser apresentadas em termos de uma função de produção agregada: produto agregado = f (estoque de capital físico; estoque de capital humano; produtividade total dos fatores).
	Além dos estoques de capital físico e de capital humano, o crescimento econômico também depende da chamada produtividade total dos fatores (PTF), que capta a eficiência de como esses dois fatores são combinados, o que depende do nível de conhecimento tecnológico, da eficiência organizacional e da qualificação da mão de obra.
IV) cinco A SETE questões teóricas (ALÉM DA QUESTÃO “FALSAS-VERDADEIRAS”)
ALGUMAS “Dicas”:
-Instrumentos de Política Econômica (Política fiscal, monetária, cambial e comercial) e seus efeitos sobre produto, emprego, inflação e distribuição de renda
Diagnóstico de Inflação de Demanda:
- política monetária: aumento da taxa de juros; restrições de crédito (“enxuga” liquidez): aumento da taxa sobre depósitos compulsórios, venda de títulos  públicos, redução de financiamentos do Governo
- política fiscal: redução de gastos públicos; aumento da carga tributária
- política cambial: “âncora cambial” (valorização do real)
Diagnóstico de Inflação de Custos:
- congelamento de preços e salários
- “supply side economics”: redução de impostos sobre a produção
 
Diagnóstico de Inflação Inercial:
- desindexação
- congelamento de preços e salários
Diagnóstico Estruturalista:
- quanto à estrutura agrária: reforma agrária
- quanto aos monopólios e oligopólios: controle de preços, taxa de juros 
- quanto ao comércio internacional: barreiras protecionistas para promover industrialização
-Comparações entre política fiscal e política monetária
	Política monetária: imediato (ex: fixação da SELIC pelo COPOM). Praticamente não discrimina grupos, setores e regiões, afetando todos igualmente. Preocupa-se mais com questões conjunturais, como inflação e desemprego, a curto prazo.
	Política fiscal: lento. Depende da aprovação do poder legislativo e do princípio da anterioridade e da noventena. Mais efetiva para mudanças estruturais na economia, por afetar diretamente a renda de pessoas, setores econômicos e regiões, ao redirecionar gastos públicos e carga tributária. Focalizada em questões estruturais, que afetam a economia a médio e longo prazos.
	Princípio da anterioridade: as alíquotas da maioria dos impostos, como ICMS, IR, IPI, tem que ser estabelecidas até dia 31 de dezembro do ano anterior, para serem aplicadas no ani seguinte. Também conhecido no meio jurídico como Princípio da Anualidade.
	Noventena: as alterações em alíquotas de alguns impostos, como impostos dobre importação e exportação, imposto sobre operações financeiras (IOF), tem que ser aprovadas 90 dias antesde serem aplicadas.
-Comparações entre política cambial e comercial
	Política Comercial:
	A política de comércio exterior do país é normalmente comandada pelo Ministério do Planejamento, com estreita participação dos Ministérios de Relações Exteriores, Agricultura e Indústria e Comércio. 
	Instrumentos:  Incentivos/Barreiras fiscais e alfandegárias (cotas, isenções) para exportações e importações.
	Política Cambial:
	Comandada pelas Autoridades Monetárias: CMN-Conselho, Monetário Nacional,  BACEN-Banco Central do Brasil.
	Objetivos
	Equilíbrio do Balanço de Pagamentos 
	Controle Inflacionário: Âncora Cambial: apreciação (valorização) da moeda nacional (Governos FHC e Lula).
-Abertura Comercial, Protecionismo, Globalização
	Argumentos em defesa da abertura comercial (globalização):
	•Teoria das vantagens comparativas
	• Melhoria do nível de conhecimento tecnológico
	• Ganhos de escala (ampliação de vendas para o mercado externo)
	• Ganhos de eficiência, reduzindo custos de produção (pela competição no mercado internacional)
	• A competição leva a preços mais baixos, e melhoria da qualidade dos produtos
	• Ampliação das possibilidades de consumo para os consumidores do país
	• Instrumento para a estabilização da economia: utilização da política cambial para políticas de demanda agregada (valorização cambial, para combate à inflação, ou desvalorização cambial , para melhorar o saldo da balança comercial)
 
	Argumentos a favor de maior protecionismo:
	• Crítica estruturalista: com o crescimento da economia mundial, tendência à deterioração dos termos de troca no comércio internacional, contra os países periféricos, que produzem produtos básicos (commodities)
	• Indústria nascente (barreiras protecionistas, para estimular a industrialização)
	• Volatilidade cambial (especulação financeira, crises mundiais)
	• Consenso de Washington (documento que se compõe de dez regras básicas, propondo maior abertura comercial, formulado em 1989 por economistas de instituições financeiras situadas em Washington D.C., como o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, fundamentadas num texto do economista John Willianson): para a esquerda na América Latina, o objetivo real desse documento seria abrir as fronteiras para as multinacionais norte-americanas
	• Proteção ao mercado de trabalho nacional, que vem perdendo emprego devido tanto à importação de produtos da China, como o aumento da imigração. 
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