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ACADÊMICA: Poliane Vaz PROFESSOR: Renan Fava Marson Atividade Semipresencial I PROCESSO DE CROSSING OVER Ouro Preto do Oeste Março 2018 O crossing é um fenômeno que envolve cromátides homólogas e acontece durante a prófase I, no paquíteno. Consiste na quebra dessas cromátides em certos pontos, seguida de uma troca de pedaços correspondentes entre elas. As trocas provocam o surgimento de novas sequências de genes ao longo dos cromossomos. Assim, se em um cromossomo existem vários genes combinados segundo uma certa sequência, após a ocorrência do crossing a combinação pode não ser mais a mesma. Estudos moleculares mostram que extremidades do DNA rompidas promovem recombinação entre DNA diferentes. Podemos classificar o crossing over por etapas. Na etapa 1, ambas as cromátides de um par são rompidas na mesma localização. A partir da ruptura, o DNA sofre erosão na fita 5' de cada extremidade quebrada, deixando ambas as extremidades 3' em fita simples, sendo essa a etapa 2. Uma das fitas simples "invade" o DNA da outra cromátide participante,ou seja, entra no centro da hélice e dos pares de bases com sua sequência homóloga, o que seria a etapa 3. Então, a extremidade da fita invasora usa a sequência adjacente como um molde para nova polimerização, que prossegue forçando as duas fitas residentes da hélice separada, formando a quarta etapa. Ligações de hidrogênio formam-se entre a fita simples deslocada e a outra fita simples. Se a invasão e o deslocamento da fita atravessam um sítio de heterozigosidade, então uma região de DNA hétero dúplex é formada. A replicação também ocorre a partir da extremidade superior da fita simples para preenchera lacuna deixada pela fita invasora. As extremidades replicadas seu nem, e o resultado final é uma estrutura estranha, com duas junções de fita simples denominadas junções Holiday,em homenagem a seu primeiro postulante, Robin Holiday.Essas junções são sítios potenciais de quebra e reunião de fita simples levam então a um crossover completo de fita dupla, completando a última etapa.Um erro nesse processo leva a alterações na estrutura do cromossomo, um crossing over desigual pode acarretar em duplicação, que é a presença de um segmento do cromossomo mais de uma vez por genoma, que por sua vez pode ocasionar doenças genéticas. Fatores como a temperatura, alimentação, idade e o sexo, podem interferir na frequência de crossing over. Nos animais, o fator que interfere mais radicalmente é o sexo. As mulheres, por exemplo, estão sujeitas a mais crossing over do que os homens, resultando em um mapa de recombinação maior. O crossing over tem menor probabilidade de ocorrer nos genes ligados mais próximos de si do que nos genes mais distantes, a frequência de acontecer é aproximadamente proporcional à distância entre os gametas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SANDERS, Mark ET al. Análise genética: uma abordagem integrada. São Paulo: Pearson education do Brasil, 2014. Capítulo 5, pag. 142-176. Genética Humana. São Paulo: Pearson Education Do Brasil, 2014. Série Bibliográfica Universitária Pearson. Pag. 38-59. GRIFFITHS, Anthony J. F. et al. Introdução a Genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 10ª ed. Capítulo 4, pag. 127-145.
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