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UNIVERSIDADE COMUNITARIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ 0903

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UNIVERSIDADE COMUNITARIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ 
(UNOCHAPECO) 
Curso de Bacharel em Direito 
 
 
 
 
 
 
Talita Cristina Biazus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chapecó – SC, 2018 
 
 
 
Introdução 
 Neste texto o assunto abordado será o motivo de que o direito Grego não tem tanta 
visão pelos historiadores, os motivos e como o direito romano ganhou uma visão 
melhor em relação a isso, pois tem textos escritos, e fáceis de serem entendidas, 
analisadas, e estudadas, pois o direito Grego é um direito histórico. 
 Também trás que os filósofos pouco escreviam, e as leis eram faladas em praças 
como poemas, por isso o direito Grego não tem tanta visão pelos historiadores, por 
serem fontes difíceis de serem encontradas e exigir um estudo muito profundo por quem 
estiver buscando um conhecimento abrangente do assunto, seria refletir sobre este 
direito. 
 Deixando claro que o direito grego não foi estudado por falta de fontes, e com isso 
gerou pouco interesse nos historiadores, pois com pouca fonte os mesmos acham que 
não foi um direito bom ou que era mal usado. 
 Neste artigo trazem informações sobre os períodos da Grécia antiga, e por serem 
cidades isoladas, seria arriscado dizer que o direito funcionada da mesma forma para 
todos, desde que eram usados como costumes e passados de geração, era um direito pro 
povo, e sobre costumes isso varia de um local para o outro no nosso cotidiano, então 
naquela época podemos considerar o mesmo. 
 
Resumo 
 O texto fala sobre como a historia do Direito Grego se torna menos focada que a 
historia do Direito Romano, quando há referencias do Direito Grego são feitas a 
segunda mão, pois segundo eles o problema esta na fonte, tem uma crença em muitos 
livros citando que a Grécia antiga não produziu direito, contribuindo para que poucas 
pessoas tenham pouco interesse em estudar sobre ele. O artigo busca trazer sobre textos 
de filosofia, literatura, teatro e etc. 
 Busca-se trazer as informações de que o direito antigo não era apenas a legislação 
como muitos pensam, apresentando fontes citadas pelos historiadores para que se possa 
estudar a historia do Direito Grego, apresentando fontes de ideias de como era o direito 
para eles naquela época, que foi pouco aprofundado. Destaca-se que o direito grego 
antigo é definido pela falta de comparação com o direito romano, e que não se 
fundamenta quando olham para outros tipos de fontes históricas se não a legislação. 
 A maioria dos historiadores adota como fonte para se entender a historia do direito 
apenas as legislativas, mas na Grécia antiga não predominavam fontes como leis 
escritas, eram verbais, passadas de geração a geração como um costume, restringir as 
fontes históricas impede o historiador de entender o que era direito nessas sociedades. 
Durante muitos séculos o costume e a legislação eram usados sem diferença um do 
outro, isso nos leva a entender o porquê não se tem a legislação da Grécia escrita, pois 
era passada de geração a geração. 
 O direito grego foi dividido em muitas classificações, e para que o historiador fale 
sobre elas é importante que ela seja bem objetivo ao período, pois é possível encontrar 
uma divisão de direito utilizando muitas classificações, vindo primeiro as pré-homérico, 
micênico, homérico, arcaico, clássico, e por segundo jônico-dórico, ático, alexandrino, e 
romano-cristão, logo após vem arcaico, clássico, helenístico, e romano. Por esse motivo 
a diferença das cidades gregas também é enorme, levando a diferença do direito 
também. 
 Gilissen é um historiador que destaca essa diferença, para ele é necessário falar de 
uma multidão de direitos gregos porque cada cidade teve sua evolução própria, seu 
direito jurídico e sua politica também, então quando falarmos de direito, lembrar que 
existiam varias formas, e muitas cidades com seu direito individual. Apenas Atenas 
deixou traços para que pudesse reconhecer a evolução e historia do seu direito. 
 Segundo Gagarian a discussão sobre o direito grego começa no século XIX, com 
historiadores como Mitteis que era papirologista e estudou originalmente direito 
romano. Finley acredita na semelhança desse direito, indiferente de tempo e local. 
Segundo Gagarin, parece haver uma diferença substancial entre os sistema juricos da 
Grecia arcaica, e clássica, e o do Egito ptolemaico. Onde se encontra a lei grega é uma 
unidade processual geral, entrei arcaica e clássica, não uma unidade substancial, 
fundamentada na lei helenística em que Mitteis e seus seguidores acreditavam. 
 O Direito grego antigo traz o direito positivo, que tinha pontos universais, porém isso 
é um tipo de valoração, que entende que a fragmentação do direito da Grécia antiga é 
um defeito, e não algo valoroso. Muitos historiadores usaram o direito romano como 
uma analise para o direito grego, buscando elevar aquele em detrimento deste. Revelar 
este movimento permite entender e parar de comparar direitos de sociedades tão 
diferentes. 
 São inúmeros tipos a ser usados de fontes para construir uma historia do direito grego 
antigo, vão além de materiais, como legislações e discursos judiciários. Diante de uma 
variedade de fontes o historiador tem que garantir que o objeto de estudo seja o direito. 
Gilissen destaca 5 tipos de fontes estudar a historia do direito grego antigo, a primeira é 
epopeias de Homero, segunda discursos do direito ateniense, terceiro discursos literários 
e filosóficos, quarta inscrições jurídicas, quinta lei de gortina e lei de Dura. O autor tem 
como foco as produções jurídicas. 
 Tem um certo receio dos juristas lidarem com outras fontes para se estudar direito 
sem ser as históricas, pois a dificuldade de se averiguar a verdade das fontes ou de lidar 
com o caráter literário ou filosófico da obra. São pouco ligadas a discussões históricas e 
bastante com um direito que se diz verdadeiro, porque grande parte da história se diz ser 
entendida, e tende a ser por aquele que lê e busca interpretar com um ponto de vista 
especifico. 
 A dificuldade de se lidar com outras fontes do direito grego porque não se sabe se o 
que ali se diz é verdadeiro, já que os filósofos poderiam estar se referindo para uma 
sociedade hipotética, ideal e não real. Pois estes autores usam a expressão “deve ser” o 
que não significa dizer que é. Os trabalhos dos filósofos gregos antigos são muito 
utilizados em filosofia do direito,, mas não estão presentes em muitos da Historia do 
Direito grego antigo, textos filosóficos trazem muitas informações sobre o direito e 
como os filósofos da época entendiam ele. 
 Obras literárias também poderiam ser usadas para a fonte de historia do direito. 
“Antigona” obra utilizada no estudo do direito leva diversas interpretações e a pensar 
sobre a existência de múltiplas normatividades no mundo do Direito Grego. “As 
vespas” aponta os tribunais de julgamento que não abarcavam profissionais, e sim 
cidadãos que recebiam uma quantia. A obra também critica os tribunais durante a guerra 
do Peloponeso, trazendo uma serie de informações sobre o direito da época. 
 Até mesmo os mitos gregos podem ser influentes para a historia do direito, assim 
como as leis dos legisladores como Dracon, Sólon e Clístenes. Além dessas tem as leis 
que apontam a historia do Direito Grego tem outras que apontam o direito das colônias 
gregas, algumas dessas leis são compiladas. Informações sobre o direito grego podem 
ser obtidas em diversos suportes como louças, mosaicos, escritos em couro e cerâmica. 
Também encontram nos papiros com informações usadas para estudos. 
 A relação entre escrita e historia é dadapor alguns historiadores como marco 
fundamental para contagem da mesma, porém não é uma relação necessária, acredita-se 
que a escrita é uma fonte importante da historias, mas se tem outras fontes para que 
possa entender direito as sociedades ágrafas. O direito não é necessariamente ligado 
com a escrita, e é possível outras fontes para entender o Direito Antigo. Entende-se 
assim que em todos os períodos da historia grega se teve direito, e que não precisa ser 
necessariamente escrito e organizado por um poder. Outras fontes como costumes, e 
regras para pequenos grupos etc. Não são fáceis de serem trabalhados por um 
historiador, o direito não se da somente pelo que esta escrito, nem hoje em dia, nem na 
Grécia antiga. 
 Mesmo quando a sociedade grega antiga já possuía uma escrita elaborada, este não 
era o principal meio de transmissão do direito. Na Grécia antiga a valorização oral era 
muito mais valorizada que a escrita, não só no Direito como também a filosofia e artes. 
Os gregos gostavam de falar e ouvir, por cada pessoa que lia uma tragédia, havia 
dezenas de milhares que as conheciam por representação. Filósofos ensinavam em 
discurso, um exemplo disso é Sócrates que conseguiu sua reputação com a conversação, 
já que não escreveu uma só linha. 
 O documento escrito que tinha informações sobre o direito grego era denominado 
Symbolon, apontando caráter funcional, probatório, e simbólico. O caráter simbólico 
das leis gregas pode ser vistos na escrita das leis nos muros, que não tinha função 
primordial serem lida, mas para expressar a presença da lei. É necessário entender as 
características em que se estuda para evitar grandes anacronismos. Por isto, olhar o 
direito na Grécia antiga pelo que se tem escrito sobre ele é um grande erro por causa de 
suas poucas fontes, seria um erro, pois tinham uma riqueza na oralidade que são outras 
fontes além da escrita. 
 Uma dessas fontes são os poemas, em que todos os cidadãos tinham acesso, havia 
costume de aprender décor alguns textos jurídicos, assim como os poemas de Homero. 
As leis de Sólon eram ensinadas como poemas, assim todo ateniense conhecia as leis. O 
direito deveria ser aprendido vivenciando-o, os poemas e literaturas eram usados como 
forma de aprendizado de um direito que era vivido na cidade. As leis deveriam fazer 
parte da educação do cidadão, leis menores não importavam para educação publica. 
 A historia do Direito grego tem na época da democracia em Atenas um período muito 
raro em que a fonte do direito é a demos, ou seja, o povo. O direito grego em Atenas era 
diretamente ligado com a polis, que tinha participação ativa e direta com o povo. Tinha 
base na politica, sendo altamente consensual participativo e instável, para garantir que 
as mudanças sociais estivessem presentes nesse tipo de direito. Sendo assim, o foco não 
estava na formalização do processo, mas sim na segurança do Direito, que não tinha 
como foco a imutabilidade, mas sim garantia que aquelas mudanças eram queridas e 
aceitas pelo povo. 
 Todos os cidadãos tinham voz para opinar sobre as leis, que tinham o mesmo peso 
por igual. Participação se da também nos tribunais, onde não havia juízes profissionais, 
e sim juris escolhidos por sorteio, isso é a democracia direta. Apresentam um tipo de 
direito ligado as cidades, mas estes também eram ligadas a religião, sem que se fizesse 
divisão desses assuntos. O direito ateniense foi um direito democrático, do povo para o 
povo. 
 O direito grego antigo tem sido entendido por diversos historiadores como oposição 
ao direito romano, e definido pela falta em comparação a este, assim o direito humano 
que foi mais estudado, é tomado como base para o estudo do direito grego, a 
comparação não é somente pela diferença, mas pela falta, evidenciando uma valoração 
superior ao direito romano. Ao direito grego falta tudo, tanto que quando foi estudar ele, 
ao se depararem com a pouca informação encontrada na Grécia antiga deram pouca 
importância, e como ficaram presos nos paradigmas romanistas negaram a importância 
no direito grego. 
 Foi durante muito tempo uma disciplina deserdada, pois o direito grego tem sido 
parte de estudos de filósofos que não se preocupavam com a verdade jurídica de 
romanistas que permaneciam fechados em suas categorias tradicionais. Muito do direito 
romano foi preservado e reescrito, por isso se tem bastantes arquivos e conhecimento 
sobre ele nos dias atuais, mas o mesmo não aconteceu com o direito grego, que por sua 
vez acabou se perdendo, se o direito romano ficasse restrito ao direito antigo também 
não se teria muitas fontes nos dias atuais. O volume das fontes romanas escritas foi 
aumentado pelos glosadores, comentadores e juristas alemães do século XIX. 
 Gregos se afundam principalmente na jurisprudência, por isso receberam pouca 
atenção. Basta dizer que o direito grego é descrito pela ciência da lei como janela para 
os primórdios, o que nos leva a repensar sobre dogmas estabelecidos com base da Roma 
antiga, da Roma moderna e do direito germânico. 
 Diante das categorias que não são próprias do direito Grego, usa-las para estudo seria 
agregar muito pouco, pois saber “o que não é” é deferente de saber “o que é”. Neste 
direito falta ciência, profissionalização, direito privado, objetividade, métodos e 
principalmente leis escritas, o que leva muitos historiadores a negar por falta disto. 
Dizem que os gregos não foram grandes juristas do direito, nem que souberam construir 
uma ciência do direito, por ser um direito privado e deixar poucos traços no nosso 
direito moderno. 
 O estudo do direito Grego antigo não encontrou por parte dos historiadores e juristas 
o mesmo interesse que tiveram no direito romano, isso se explica porque um é dado 
como meramente histórico sem profundas repercussões e outro teve na elaboração na 
civilização ocidental. A Grécia não produziu juristas, Roma ao contrario faz do direito o 
objeto de uma jurisprudência. 
 Nem todos os historiadores trabalham com a oposição ou falta do direito grego, 
porém acontece em muitos trabalhos, e acabam tendo a ideia de que a Grécia antiga não 
produziu direito e não vale a pena fazer uma historia do direito grego antigo. A historia 
de uma sociedade não é feita apenas de fontes, levam outros atributos também, o 
trabalho do historiador em interpretar as fontes é importante, uma vez que ele busca um 
interesse no assunto, e o que agrega para concluir sua pesquisa. 
 O olhar estrangeiro de historiador fez com que os historiadores da Grécia se 
tornassem grandes, como Werner Jarger falar de uma Grécia, mas sem interesse na 
politica e também no direito, fazendo com que grande parte do entendimento desta 
sociedade fosse dificultada. Estudar sociedades diferentes não é apenas um exercício 
para a busca de mais informações, mas também para a reflexão e critica. 
 
Considerações finais 
 Após estudar este artigo, podemos observar que o Direito da Grécia não era escrito, 
era um direito positivo, isto quer dizer que não era um direito escrito, não se encontra 
muitas fontes escritas sobre ele, muitos de seus pensadores da época, assim como 
Aristóteles não chegou a escrever um só texto em folha para se deixar como uma fonte 
histórica, após alguns estudos, os historiadores decidiram que o direito grego era um 
direito fraco. 
 Por ser um direito com poucas fontes de historia, ele também trazia pouco interesse 
para que as pessoas pudessem explorar ele, tanto que o direito romano, que foi 
publicado é considerado um direito mais completo, com leis, e sobretudo o saber de 
como era feito, sendo superior ao olhar dos historiadores do que o direito grego, que 
comoera falado em forma de poemas para o povo, não se tem muitos frutos deixados 
pelos mesmo, uma ou outra coisa que se torna pequena aos olhos de quem busca um 
conhecimento mais complexo. 
 Dizer que o direito grego é fraco seria burrice, pois não temos ideia do mesmo, 
também não podemos dizer que era aplicado da mesma forma em varias cidades, já que 
são ilhas uma isoladas da outra, e tem vários períodos, não podemos julgar o direito 
grego com uma base de um todo, seria bom refletir sobre o direito grego, e que todo o 
documento jurídico dele não foi repassado de forma escrita, mas como costumes de pai 
para filho. 
 O Direito grego era um direito do povo, para o povo, sendo assim não se tinham 
juízes formados, mas faziam sorteio de uma pessoa para julgar tais atos que foram 
cometidos, não era uma sociedade sem a religião também, logo que ambos andavam 
juntos para fazer o direito daquela região. O problema não é na falta de dificuldade de 
fontes gregas para se encontrar, e mostrar que o direito era de certo jeito, mas também 
do que elas teriam para falar pros historiadores modernos, e o que eles querem ouvir 
destas fontes. 
 Com a falta de fontes do direito grego, não se temos conhecimento muito profundo 
do mesmo, então por este motivo não podemos dizer que ele não existiu, ou que não foi 
bom, pois não temos o conhecimento sensato deste assunto. Ele pode ter sido um direito 
excelente, mas sem fontes profundar deste precisamos usar para refletir e ter uma critica 
do assunto.

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