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Aula Vírus 1

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Vírus: Características Gerais 
e Ciclos de vida 
Prof. MSc. Eng. Alim. Nivaldo Morais Viana Júnior 
VÍRUS 
 
 vírus (latim) = veneno 
 
1796: Jenner: vacina contra varíola 
1892: Ivanowski: Mosaico do fumo (TMV: tobacco mosaic 
virus) 
1946: Stanley: isolamento do TMV 
1949: Enders: cultivo dos vírus em culturas de células 
 
1. Introdução 
 
 vírus (latim) = veneno 
 
 
Entidades infecciosas não celulares cujos genomas são constituídos 
de DNA ou RNA 
 
* Replicação somente no interior de células vivas 
 
*Usando sistemas de produção de energia e biossíntese do 
hospedeiro para sintetizar cópias e transferir seu genoma para 
outras células 
FORMA SUPREMA DE SOFISTICAÇÃO DO 
PARASITISMO 
1. Introdução 
Jenner imunizando uma criança contra a varíola (vaccínia) 
O vírus do mosaico do tabaco (TMV, sigla em 
inglês para tobacco mosaic virus) é um vírus RNA 
que infecta plantas, especialmente o tabaco e outros 
membros da família Solanaceae. A infecção causa 
padrões característicos nas folhas, como manchas e 
descoloração. 
 
O TMV foi o primeiro vírus a ser descoberto. 
Embora fosse sabido desde o fim do século IX que 
uma doença infecciosa estava causando prejuízo à 
colheita do tabaco, somente em 1930 é que o agente 
infeccioso foi determinado ser um vírus. 
Micrografia eletrônica das partículas de 
TMV coradas para obtenção de melhor 
visibilidade, com ampliação de 160.000x 
Diagrama do TMV 
(vírus do mosaico do tabaco) 
”Em relação à natureza dos vírus, é óbvio que uma 
nítida linha, separando coisas vivas e coisas não 
vivas, não pode ser traçada. Esse fato serve para 
aquecer a velha discussão sobre a questão “o que 
é a vida?” 
(Wendell Meredith Stanley -1904-1971) 
 
2. Características gerais 
2.1 ampla distribuição: parasitando animais, plantas, 
microrganismos. 
FORMA SUPREMA DE SOFISTICAÇÃO DO 
PARASITISMO 
FORMA SUPREMA DE SOFISTICAÇÃO DO 
PARASITISMO 
2. Características gerais 
2.1 ampla distribuição: parasitando animais, plantas, 
microrganismos. 
Os bacteriófagos podem ser vírus 
de DNA ou de RNA que infectam 
somente organismos procariotos. 
São formados apenas pelo 
nucleocapsídeo, não existindo 
formas envelopadas. Os mais 
estudados são os que infectam a 
bactéria intestinal Escherichia coli, 
conhecida como fagos T. 
INFECÇÃO DO BACTERIÓGAFO EM BACTÉRIAS 
A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais 
vírus, ocorre somente no interior de uma célula hospedeira 
25 min. após a infecção são liberados 50-100 novos vírus 
INFECÇÃO DO BACTERIÓGAFO EM BACTÉRIAS 
CICLO REPRODUTIVO 
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são 
interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao 
mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão 
o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. 
São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-
se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se 
reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem 
imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento 
bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo). 
INFECÇÃO DO BACTERIÓGAFO EM BACTÉRIAS 
CICLO REPRODUTIVO 
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA 
viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte 
do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações 
normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o 
material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi 
incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre 
as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o 
vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. 
Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um 
organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus 
lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes. 
a) tamanho: 20-300 nm (10-100 vezes menores que as bactérias) 
 
2.2 Morfologia básica 
b) componentes 
 * parte central de ácido nucléico 
 * capsídeo 
 
 * envelope: nucleocapsídeo envolvido por uma 
 membrana de lipoproteínas 
2.2. Morfologia básica 
b) componentes 
 * capsídeo: capa protéica(unidades: capsômeros): 
 - simetria helicoidal: TMV, sarampo, gripe 
 - simetria icosaédrica 
 * envelope 
Vírus de simetria icosaédrica 
 
ácido nucléico viral + capsídeo = nucleocapsídeo 
c) ácido nucléico viral 
 DNA ou RNA 
 DNA e RNA (nunca simultaneamente) 
 
 
 
 
 
 
fs – fita simples 
fd – fita dupla 
 
o genoma pode ser: 
 linear: vírus de animais com RNA 
 circular: ex. herpesvirus (DNA) 
 segmentado: vírus da influenza - (gripe): 8 segmentos 
ANATOMIA DO VÍRUS DA AIDS 
ANATOMIA DO VÍRUS DA AIDS 
Transcriptase reversa (RT, do inglês Reverse transcriptase, também conhecida 
como DNA polimerase RNA-dependente), é uma enzima que como o seu nome indica, 
realiza um processo de transcrição ao contrário em relação ao padrão celular. Essa 
enzima polimeriza moléculas de DNA a partir de moléculas de RNA , exatamente o 
oposto do que geralmente ocorre nas células, nas quais é produzido RNA a partir de 
DNA. Um exemplo clássico deste mecanismo é o ciclo do vírus causador da AIDS. O HIV 
ataca o Linfócito, e depois penetra na célula, fazendo a partir daí a transcriptase 
reversa que é a tradução do DNA transformando o RNA viral em DNA viral, este ao 
penetrar o núcleo da célula se mistura com o DNA celular e começa a produzir RNA 
viral, produzindo proteínas para a formação de novos vírus, que a partir daí irão 
infectar outras células, até terem afetado todas as células do organismo. Esse vírus 
atinge os linfócitos, que são as células de defesa do organismo, este sem defesa, fica 
vulnerável à qualquer ameaça externa, seja por vírus ou bactérias, daí o nome 
HIV(vírus da imunodeficiência humana) 
BOYER, P. D. The Enzymes. 3. ed. New York: Academic Press, 1974. 886 p. ISBN 978-
0121227104 
PATOGENIA VIRAL 
Patogenia viral caracteriza os agravos causados por 
infecções virais. 
 
A manifestação clínica da doença depende de fatores 
como: virulência da amostra viral, suscetibilidade do 
hospedeiro, efeitos de substâncias bioquímicas geradas a 
partir da interação vírus-célula e das reações inflamatórias e 
imunológicas resultantes dessa interação. 
 
A doença só ocorre se o vírus se replica em número 
suficiente para danificar ou destruir diretamente células 
essenciais. 
Embora alguns vírus possam estabelecer infecções 
assintomáticas, sua multiplicação nas células hospedeiras 
usualmente causa danos e, frequentemente, morte celular. 
PATOGENIA VIRAL 
Uma vez ocorrida uma contaminação, a 
possibilidade de ocorrer uma infecção é 
diretamente proporcional ao número de 
vírus infectantes multiplicado por sua 
virulência e inversamente proporcional à 
resistência local, celular e humoral do 
hospedeiro. 
 
A patogenicidade pode ser expressa pela 
relação: 
PATOGENIA VIRAL 
TRANSMISSÃO 
PATOGENIA VIRAL 
TRANSMISSÃO HORIZONTAL - representa a transmissão de vírus de um 
indivíduo para outro da mesma espécie ou não. As vias de transmissão 
podem ser por contato direto ou indireto, veiculada por águaou alimentos 
contaminados ou através de vetores representados por animais vertebrados 
ou invertebrados. 
 
TRANSMISSÃO VERTICAL – é representada pela transmissão do vírus da 
mãe para o embrião/feto, durante a gestação, ou durante o nascimento pela 
passagem através do canal do parto, ou ainda pela amamentação. 
PERÍODOS DA INFECÇÃO 
PATOGENIA VIRAL 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Corresponde ao período compreendido entre o início 
da infecção até o momento em que os primeiros 
sintomas tornam-se aparentes. Na maioria das 
viroses, o período de incubação varia entre 2 e 15 
dias 
 
PERÍODO PRODRÔMICO 
Período da infecção em que o indivíduo apresenta 
sintomas clínicos generalizados e inespecíficos da 
doença (p.ex.: febre, mal estar, dor de cabeça, 
náuseas e enjôos, mialgia) e que antecede os 
sintomas característicos da doença. 
 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE 
Período durante o qual o indivíduo infectado 
permanece excretando e transmitindo o vírus. 
PATOGENIA VIRAL 
PATOGENIA VIRAL 
PATOGENIA VIRAL 
3.1. Viróides 
 - menores agentes infecciosos conhecidos 
 - compostos somente de RNA simples (circular) 
 - sem capa protéica 
 - sem genes codificando enzimas 
 - total dependência do hospedeiro 
 - localizados no núcleo: 
 interferência direta com a regulação gênica 
 - possível origem: riborganismos 
 -transmissão por sementes ou pólem 
exemplo: agente da doença cadang-cadang (coqueiro) 
 
 
3.2. Príons (proteinaceous infectious particles) 
 - somente proteínas (?) ou material não detectado (?) 
 - localizam-se nas células do SNC (crônica) 
 - incubação longa (anos) 
 - alta resistência a UV e calor 
 - exemplos: kuru, scrapie (vaca louca) ou encefalopatia 
 espongiforme bovina), Mal de Alzheimer (?) 
 
3. Outros agentes infecciosos semelhantes 
Cadang-cadang (CCCVd) : doença do 
coqueiro 
causada por viróides 
Viróides 
 Todos os anos, um milhão de coqueiros 
são mortos por CCCVd e mais de 30 
milhões de coqueiros foram mortos 
desde Cadang-Cadang foi descoberto. 
Kuru, 
 
É transmitida por rituais canibalísticos entre os membros da etnia 
Fore em Papua, Nova Guiné: 
Consumo de partes do cerébro de mortos. 
 
Entre esse povo, as mulheres e crianças comiam o cérebro, pés e 
mãos, “partes menos nobres”. 
 
 Mulheres e crianças eram as principais vítimas da doença. 
 
A incubação até 30 anos mas, uma vez aparecendo os sintomas, a 
doença progride rapidamente. 
Morte: 3 a 12 meses após o aparecimento dos sintomas 
 
A incidência da doença diminuiu após a abolição do canibalismo 
A antropofagia foi apontada como o mecanismo de transmissão 
de príons na doença, que ficou conhecida como Kuru. A descoberta desta 
forma ritual de transmissão rendeu ao pesquisador D. Carleton 
Gajdusek o Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina, no ano de 1976. 
Príons são também causadores de outras doenças 
degenerativas: 
 
• Creutzfeldt-Jakob (é uma desordem cerebral caracterizada por perda 
de memória, tremores, desordem na marcha, postura rígida e ataques 
epilépticos, e paralisia facial. 
• ,Kuru, 
 
• Gerstmann-Straussler-Scheinker (é uma doença causada por prions, 
ocorre ataxia cerebelar progressiva, tremores, disartria (distúrbio da 
articulação da fala) e diminuição de reflexos profundos.) 
 
Gerstmann-Straussler-Scheinker Disease 
 Ocorre em seres humanos. 
 Rara, predominantemente hereditária. 
 Caracterizada por uma descoordenação muscular e demência. 
 Morte segue o sintomas dentro de 2 a 6 anos. 
 
* A doença da VACA LOUCA também é causada por príons e ocorre 
em outros animais como ovinos, mulas, cervos, gatos e outros. 
 
.

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