Buscar

Modulo 2_Esgotamento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso de Introdução ao Saneamentoç
MÓDULO IIMÓDULO II
Sistemas de Esgotamento Sanitário – SES
Prof. Clifford Ericson Junior
Outubro 2008
1
CONCEITOS GERAIS
• Afluente – Vazão que chega a uma determinada unidade de um 
sistema de esgotamento sanitário. 
 
Á id P l d t lt t d l d• Águas servidas – Parcela de esgoto resultante da lavagem de 
roupas/utensílios, banho, preparação de alimentos e outras 
atividades com exceção da bacia sanitária 
 
• Caixas de passagem – Unidades instaladas nos pontos de
contribuição, mudança de direção e/ou declividade das ligações 
domiciliares ou ramais coletores, com a finalidade de permitir a 
operação e a manutenção do trecho São unidades construídasoperação e a manutenção do trecho. São unidades construídas 
no interior das residências ou nas calçadas. 
 
• Corpo receptor – Corpo d’água — rios, lagos, oceanos — onde 
são lançados os efluentes dos sistemas de esgotamento 
sanitário. 
 
• Efluente – Vazão que sai do sistema de esgotamento sanitário• Efluente – Vazão que sai do sistema de esgotamento sanitário 
ou de uma determinada unidade desse sistema. 
 
• Emissário – Canalização que conduz os esgotos a um destino 
projetado sem receber contribuições em marcha.
2
CONCEITOS GERAIS
• Esgoto – Massa predominantemente líquida, resultante da
utilização de água em atividades domésticas, industriais,
comerciais ou públicas, acrescida de carga orgânica,
i i t i t t l t í imicroorganismos, nutrientes e outros elementos químicos
característicos de cada atividade. 
 
• Esgoto doméstico – Esgoto resultante de atividades domésticas
composto basicamente de águas servidas e excreta. 
 
• Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) – Conjunto de 
instalações destinadas à depuração adequada dos esgotos antesç p ç q g
de seu lançamento num corpo d’água receptor. 
 
• Estação Elevatória de Esgoto (EE) – Conjunto de instalações 
— tubulação, conexões, barriletes, bombas — destinadas a tubulação, conexões, barriletes, bombas destinadas a 
transferir os esgotos de uma cota mais baixa para outra mais
alta. 
 
• Excreta – Parcela de esgoto composta basicamente de• Excreta – Parcela de esgoto composta basicamente de
fezes/urina e caracterizada pela presença real ou potencial de
microorganismos patogênicos. 
 
Extravasor Dispositivo instalado em caixas/tanques que• Extravasor – Dispositivo instalado em caixas/tanques que
permite descarregar vazões excedentes, evitando que haja 
transbordamento e danos a equipamentos. 3
CONCEITOS GERAIS
• Filtro biológico – Sistema de tratamento que compreende um 
leito de material grosseiro (pedra, ripas, material plástico) sobre o 
qual os esgotos são aplicados sob a forma de gotas ou jatos. Na 
superfície do material é formado um leito de lodo biológico fixo 
onde através do contato com a matéria orgânica é realizado o 
tratamento do efluente. 
 
• Fossa-filtro – Sistema de tratamento onde na fossa séptica 
ocorre a remoção da maior parte dos sólidos em suspensão Aocorre a remoção da maior parte dos sólidos em suspensão. A 
matéria orgânica efluente da fossa segue para o filtro anaeróbio 
onde ocorre a sua remoção, também em condições anaeróbias, 
por meio da biomassa aderida em meio suporte fixo estacionário. 
 
• Fossa séptica – Unidade de tratamento em que o esgoto é 
mantido por um tempo calculado em uma ou mais câmaras de 
decomposição anaeróbia, resultando, na parte inferior da 
câmara, em camada de acumulação de lodo digerido que 
it d d iódinecessita de descarga periódica.
 
• Insalubre – Que não é saudável, doentio. 
 
• Instalações sanitárias domiciliares Conjunto de peças• Instalações sanitárias domiciliares – Conjunto de peças 
sanitárias e tubulações necessárias para coletar o esgoto nas 
residências. 
 
• Levantamento topográfico – Conjunto de medições quep g j ç q
resultam em informações sobre o terreno, determinando formato, 
dimensão, elementos existentes, altitudes e diferenças de altura 
entre pontos. 4
CONCEITOS GERAIS
• Ligação domiciliar – Conjunto de tubulações e caixas de
passagem que recebe os esgotos coletados pelas instalações
domiciliares e os transporta até os coletores de esgoto. 
 
• Poços de visita – Unidades de limpeza e inspeção instaladas
nas redes coletoras com a finalidade de permitir a manutenção 
do trecho. São unidades construídas nas ruas. 
 
• Ramais condominiais – Tubulações de pouca profundidade que
recebem os efluentes das ligações domiciliares, podendo ser
localizadas no fundo ou na frente dos lotes ou nas calçadas das
quadras.quadras.
 
• Rede coletora – Conjunto de canalizações localizadas nas ruas
e destinadas a receber e transportar os esgotos provenientes
dos ramais coletores.
 
 
• Sistema convencional de esgotamento sanitário – É o 
sistema que individualiza a coleta (ao nível de cada lote), tendo q ( ),
as redes coletoras implantadas em todas as ruas, concentrando
o processamento final. A comunidade não é envolvida no
processo de implantação e manutenção do sistema. 
 
• Sistema condominial – As residências são ligadas a rede
coletora através dos ramais condominiais. 5
CONCEITOS GERAIS
• Sumidouro – Cavidade destinada a receber o efluente de
dispositivo de tratamento e a permitir sua infiltração no solo. 
 
• Tratamento anaeróbio – Sistema de tratamento no qual aq
depuração dos esgotos sanitários ocorre em meio anaeróbio, 
através de microorganismos que se desenvolvem na ausência de 
oxigênio. 
 
• Tratamento aeróbio – Sistema de tratamento no qual a
depuração dos esgotos sanitários ocorre em meio aeróbio,
através de microorganismos que se desenvolvem na presença
de oxigênio. 
 
• Trecho de coletor – É uma parte da tubulação limitada poços de 
visita. 
 
• Uasb (Upflow Anaerobic Sludge Blanket Reactores)• Uasb (Upflow Anaerobic Sludge Blanket Reactores) –
Nomenclatura utilizada mundialmente para os Reatores
Anaeróbicos de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo. No Brasil,
têm sido divulgadas novas terminologias para a identificação
desse tipo de reator, sendo pelo menos quatro destas de usodesse tipo de reator, sendo pelo menos quatro destas de uso
freqüente em nosso meio: Digestor Anaeróbio de Fluxo
Ascendente – DAFA; Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente –
RAFA; Reator Anaeróbio de Leito Fluidificado – RALF; e Reator 
Anaeróbio de Fluxo Ascendente através de Leito de Lodo –
RAFAALL. O reator UASB consiste basicamente de tanque onde
um fluxo ascendente de esgotos percorre um leito de lodo
biológico denso de elevada atividade metabólica anaeróbia. 6
CONCEITOS RELACIONADOS 
AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS 
Saneamento Ambiental: é o controle de todos os fatores do meio
que resultem em um conjunto de condições para uma adequadaque resultem em um conjunto de condições para uma adequada 
qualidade de vida. O saneamento ambiental está intimamente 
ligado à qualidade de vida e a saúde publica. Para a proteção da 
saúde e controle da poluição ambiental é necessário tratar e dar 
d ti ã d d íd lí id óliduma destinação adequada para os resíduos líquidos, sólidos e 
gasosos. 
 
Esgoto doméstico: foi a água que usamos para lavar prato, para 
lavar roupa, para tomar banho e para transportar as fezes e a urina 
utilizada que se transformou em esgoto. 
 
Poluição da água pelos esgotos: diminuição na quantidade dePoluição da água pelos esgotos: diminuição na quantidade de 
oxigênio dissolvido nos rios e lagos. 
 
Contaminação da água pelos esgotos: presença de 
microorganismos patogênicosmicroorganismos patogênicos.
 
Eutrofização da água pelos esgotos: enriquecimento das águas 
com nutrientes especialmente nitrogênio e fósforo, causando 
proliferação excessiva da flora aquática (algas em excesso).
7
CONCEITOS RELACIONADOS 
AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS AO TRATAMENTO DOSESGOTOS 
Síntese da matéria orgânica: “formação” da matéria orgânica a partir da
água, dos nutrientes, luz solar. 
 
Decomposição da matéria orgânica: “inverso” da síntese. 
 
Algas: produzem oxigênio. 
 
Bactérias: decompõe, estabiliza, “transforma” a matéria orgânica em
matéria inorgânica. Estão no ultimo ponto da cadeia atrofila. Fazem
simbiose com as algas. 
 
Bactérias aeróbicas: respiram oxigênios. 
 
Bactérias anaeróbicas: não respiram oxigênio. 
 
Bactérias Coliforme Fecais: organismos indicadores da qualidade da
água. O único e exclusivo “habitat” dos coliformes fecais são os intestinos
do homem e dos animais de sangue quente. A presença de coliformes
fecais na água indica que a mesma recebeu uma poluição fecal Um terçofecais na água indica que a mesma recebeu uma poluição fecal. Um terço
do bolo fecal é composto por coliformes. Os coliformes ajudam a degradar
os alimentos nos organismos. Existem em grande quantidade na matéria
fecal dos humanos. O esgoto bruto possui uma concentração de 40
milhões de coliformes em cada 100 mL Não se reproduzem na água ou
8
milhões de coliformes em cada 100 mL. Não se reproduzem na água ou
no solo. Apresentam um grau de resistência ao meio (luz, oxigênio, cloro,
etc) compatível ao que é apresentado pelos principais patogênicos
intestinais. Sua quantificação é feita por método relativamente simples. 
PRINCIPAIS DOENÇAS ASSOCIADAS COM A ÁGUA
DOENÇA AGENTE CAUSAL SINTOMAS
Desinteria bacilar Bactéria (Shigella dysenteriae ) Forte diarréia
Cólera Bactéria (Vibrio cholerae )
Diarréia extremamente forte, desidratação, alta taxa de 
mortalidade
INGESTÃO DE ÁGUA CONTAMINADA
( ) mortalidade
Leptospirose Bactéria (Leptospira ) Icterícia, febre
Salmonelose Bactéria (Salmonella ) Febre, náusea, diarréia
Febre tifóide Bactéria (Salmonella typhi ) Febre elevada, diarréia, ulceração do intestino delgado, , ç g
Desinteria amebiana Protozoário (Entamoeba histolytica ) Diarréia prolongada, com sangramento, abscessos no fígado e intestino fino
Giardíase Protozoário (Giardia lamblia ) Diarréia leve a forte, náuseas, indigestão, flatulência
H tit i f i Vír s ( ír s da hepatite A ) Icterícia febreHepatite infecciosa Vírus (vírus da hepatite A ) Icterícia, febre
Gastroenterite Vírus (enterovírus, parvovírus, rotavírus ) Diarréia leve a forte
Paralisia infantil Vírus (Poliomielites vírus ) Paralisia
Escabiose Sarna (Sarcoptes scabiei ) Úlceras na pele
CONTATO COM ÁGUA CONTAMINADA
Escabiose Sarna (Sarcoptes scabiei ) Úlceras na pele
Tracoma Clamídea (Chlamydia tracomatis ) Inflamação dos olhos, cegueira completa ou parcial
Esquistossomose Helminto (Schistosoma ) Diarréia, aumento do baço e do fígado, hemorragias
VERMINOSES, TENDO A ÁGUA COMO UM ESTÁGIO NO CICLO
TRANSMISSÃO ATRAVÉS DE INSETOS, TENDO A ÁGUA COMO MEIO DE PROCRIAÇÃO
Malária Protozoário (Plasmodium ) Febre, suor, calafrios, gravidade variável com o tipo de Plasmodium
Febre amarela Vírus (flavivírus ) Febre, dor de cabeça, prostação, náusea, vômitos
Dengue Vírus (flavivírus ) Febre, forte dor de cabeça, dores nas juntas e músculos, 
, Ç
Dengue Vírus (flavivírus ) erupções
Filariose Helminto (Wuchereria bancrofti) Obstrução de vasos, deformação de tecidos
Fontes: Benenson (1985); Tchobanoglous (1985) 9
CONCEITOS RELACIONADOS 
AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS 
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): oxigênio consumido pelas
b té i t bili té i â ibactérias para estabilizarem a matéria orgânica.
 
Contribuição de DBO por habitante por dia: quantidade de matéria
orgânica produzida por pessoa por dia.g p p p p
 
Composição: 
 
Valores médios (g/hab x dia)Valores médios (g/hab. x dia)
 ----------------------------------------- 
Higiene 5 
Lavagem de louça 8 
L d R 5Lavagem de Roupa 5
Fezes 11 
Urina 10 
Papel 1ape
---------------------------------------- 
Total 40 
Fonte:Tratamento Biológico de Águas Residuárias – Salomão Anselmo Silva 
10
CONCEITOS RELACIONADOS 
AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS 
Os valores da contribuição de DBO por habitante variam de país para país
 
Alguns exemplos: 
 
País (g/hab. x dia) 
--------------------------------------------- 
Quênia 23 
Zâmbia 36
Brasil 50 
Reino Unido 50 - 59 
Estados Unidos 45 - 78 
Fonte:Tratamento Biológico de Águas Residuárias – Salomão Anselmo Silva 
 
 
Consumo per capita de água: quantidade de água consumida por uma 
pessoa por dia 
 
Composição: %Composição: %
 ------------------------------------- 
Asseio corporal 30 
Bacia sanitária 30 
Bebida 1 
Cozinha 10
Lavagem de roupa 10 
Limpeza domiciliar 10 
Outros 9 
------------------------------------
11
 ------------------------------------
Total 100 
 
Valores mais adotados 100 a 300 litros por habitante por dia 
 
CONCEITOS RELACIONADOS 
AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS AO TRATAMENTO DOS ESGOTOS 
Composição dos esgotos: 99,9 % de água e 0,1% sólidos, orgânicos
(proteínas, carboidratos e gorduras), inorgânicos (areia, sais e metais). 
 
Sistema de micro drenagem de águas pluviais: tem por finalidadeSistema de micro drenagem de águas pluviais: tem por finalidade
transportar as águas de chuva até as grandes calhas das cidades.
Principais elementos constituintes: linha d`água bocas de lobo, canaletas,
galerias e canais.g
12
Sistema CABANGA
Em 6 de junho de 1959, foram, inauguradas as instalações da ETE-CABANGA Foi a 
primeira a entrar em operação, no Recife. Esta instalação inicial, com capacidade 
correspondente a 130.000 habitantes, funcionou satisfatoriamente até 1965. p ,
Posteriormente, em 1972 e 1974, para atender o crescimento populacional da 
cidade, a estação sofreu várias reformas e ampliações para comportar a rede 
sanitária do Recife. Recentemente, as instalações da Estação de Tratamento de 
Esgotos do Cabanga foram recuperadas pela COMPESA, com recursos próprios, e 
se encontram em regime de operação normal.
Administrado pela Gerência Metropolitana de Esgotos/Diretoria de Serviços 
Operacionais, é o principal responsável pela coleta, transporte, tratamento e 
disposição final dos esgotos sanitários gerados na cidade do Recife, com capacidade 
d t t t d 925 lit d li d t t t i á i t é dde tratamento de 925 litros por segundo, realizando o tratamento primário através de 
decantadores e biodigestores.
O Si t d E t t S itá i C b é i d E t d C tO Sistema de Esgotamento Sanitário Cabanga é o maior do Estado. Composto por 
uma rede coletora com 214 km de extensão, 17 estações elevatórias e uma Estação 
de Tratamento que abrange uma área de aproximadamente 1.718 hectares. Hoje, a 
estação atende cerca de 176 670 habitantes e todo efluente tratado da ETE Cabanga
13
estação atende cerca de 176.670 habitantes e todo efluente tratado da ETE Cabanga 
é lançado no Rio Jiquiá.
Sistema PEIXINHOS
O Sistema de Esgotamento Sanitário Peixinhos é composto por uma rede 
coletora de aproximadamente 109 km de extensão, 13 estações elevatórias p , ç
de esgotos e uma Estação de Tratamento, localizada na Av. Jardim 
Brasília, próximo ao antigo Matadouro de Peixinhos.
Os esgotos coletados nos bairros de Parnamirim, Casa Forte, Espinheiro, 
Hipódromo Campo Grande Torreão Beberibe Água Fria e Jardim BrasilHipódromo, Campo Grande, Torreão, Beberibe, Água Fria e Jardim Brasil 
são conduzidos para a ETE Peixinhos, com capacidade de tratamento de 
395 litros por segundo, beneficiando aproximadamente 314.500 habitantes p g , p
com o sistema de tratamento. Esta estação iniciou sua operação em 1972. 
O tratamento é do tipo secundário e utiliza o processo de filtração 
biológica. O efluente tratado da ETE Peixinhos é lançado no Rio 
Beberibe.
14
Sistema JANGA
Inaugurada em 1981, a ETE Janga foi projetada para atender a uma
população de 451.900 habitantes,localizada próximo a PE-22, junto aop p ç , p , j
Conjunto Residencial Maranguape II e usando o processo de tratamento
de Lodos Ativados, a ETE Janga tem lançado seu efluente tratado no Rio
Timbó.
iOutros Sistemas
Além do Cabanga, Peixinhos e do Janga, Recife conta com mais de 
100 pequenos e médios sistemas construídos a partir da década de 80, 
l P f it COHAB Cpela Prefeitura, COHAB e Compesa. 
15
Outros Sistemas
Nº NOME DO SISTEMA BAIRRO Nº NOME DO SISTEMA BAIRRO
1 Coelhos Coelhos
2 Conj. Resid. Fernandinho São José
3 Coque 1 Ilha Joana Bezerra
4 Coque 2 Ilha Joana Bezerra
5 C 3 Sã J éA
 
1
31 Abdias de Oliveira Zumbi
32 Ambolê Várzea
33 Asa Branca Torrões
34 Barbalho Iputinga
5 Coque 3 São José
6 Coque 4 Ilha Joana Bezerra
7 João de Barros Santo Amaro
8 Santa Terezinha Santo Amaro
9 Santo Amaro Santo Amaro
R
P
A
35 Brasilândia Zumbi
36 Brasilit Várzea
37 Cacimbão Cordeiro
38 Caranguejo/Tabaiares Ilha do RetiroSanto Amaro
10 Alderico Pereira Rêgo Campo Grande
11 Cajueiro Cajueiro
12 Chão de Estrelas Peixinhos
13 Chié Campo Grande
39 Conj. Habit. da Várzea Várzea
40 Elpídio Branco Várzea
41 Loteamento Padre Henrique Várzea
42 Odete Monteiro Cordeiro
A
 
4
14 Conj. Habit. Alto da Esperança Dois Unidos
15 Emergencial Dois Unidos Dois Unidos
16 Ilha de Joaneiro Campo Grande
17 Jardim Beberibe Dois Unidos
18 Á F i
R
P
A
 
2 43 Roda de Fogo Torrões
44 Rua Rio Jiquiá Cordeiro
45 Ruth Moura Engenho do Meio
46 Skylab Iputinga
R
P
18 João Xavier Pedrosa Água Fria
19 Nova Trento Hipódromo
20 São José Água Fria
21 Alto Santa Isabel Casa Amarela
22 Caetés/Laura Gondim Apipucos
47 Skylab I Iputinga
48 Santa Luzia Torre
49 Sítio do Berardo Prado
50 Vietnã Torrões
22 Caetés/Laura Gondim Apipucos
23 Canaã/Bela Vista Passarinho
24 Conj. Habit. Josué Pinto Brejo de Beberibe
25 Passarinho Passarinho
26 Poço da Panela Poço
R
P
A
 
3
51 Vila Arraes Várzea
52 Vila Felicidade Caxangá
53 Vila São João Iputinga
54 Vila União Iputinga
16
27 Vila Burity Macaxeira
28 Vila do Tetra Passarinho
29 Vila do Vintém Parnamirim
30 Vila Tamarineira Tamarineira
R
Outros Sistemas Nº NOME DO SISTEMA BAIRRO55 Avaré Jardim São Paulo
56 Beirinha Areias
57 C j t 27 d N b B57 Conjunto 27 de Novembro Barro
58 Industrial José Paulo Alimonda San Martin
59 Jardim São Paulo Jardim São Paulo
60 José da Bomba Afogados
61 Mangueira Mangueira
62 Marrom Glacê Afogados
63 Mustardinha Mustardinha
64 Olegário Mariano AfogadosR
P
A
 
5
65 Parque dos Milagres Barro
66 Planeta dos Macacos Curado
67 Rua do Rio Jiquiá
68 Tupinaré Jardim São Paulo
69 Vila Antártica Afogados
70 Vila Cardeal Silva Areias
71 Vila São Miguel Afogados
72 Aritana Imbiribeira
73 Brasília Teimosa Brasília Teimosa
74 Cafesópolis Imbiribeira
75 Conj. Habit. 8 de Março I Ibura
76 Conj. Habit. 8 de Março II Ibura
6
j ç
77 Conj. Habit. da Imbiribeira Imbiribeira
78 Coronel Fabriciano Imbiribeira
79 Entra Apulso Boa Viagem
80 Pina/Encanta Moça Pina
R
P
A
 
6
17
80 Pina/Encanta Moça Pina
81 Tancredo Neves Cohab
82 Vila dos Milagres Cohab
83 Vila Nossa Sra. de Fátima Imbiribeira
EXERCÍCIO 1
Verificação da capacidade máxima de um coletor: 
• Lâmina máxima = 75% 
• Raio hidráulico para lâmina de 75% RH = 0 603 x r• Raio hidráulico para lâmina de 75% RH 0,603 x r
• r = raio do tubo 
• Área molhada para lâmina de 75% Æ A = 2,53 x r2p ,
• Equação da continuidade Æ Q = v x A 
Q = vazão (m3/s) 
2A = área (m2)
v = velocidade (m/s) 
• Fórmula de Manning Æ v = 1/n x RH2/3 x I1/2• Fórmula de Manning Æ v = 1/n x RH x I
n = coeficiente de rugosidade 
I = declividade (m/m) 
18
EXERCÍCIO 1
Qual a capacidade máxima de um coletor construído com as seguintes 
características:características: 
D = 300 mm 
I = 0,005 m/m 
n = 0,0013 
12
AIR
n
Q H ×××= 2
1
3
21
RH = 0,0603 x r = 0,603 x 0,15 = 0,09045 
A = 2,53 x r2 = 2,53 x 0,152 = 0,05693 
05693,0)005,0()09045,0(
013,0
1 2
1
3
2
×××=Q = 0,06239 m3/s = 62,39 L/s
,
19
EXERCÍCIO 2
Qual o diâmetro necessário para que um coletor possa receber uma vazão de 
100 L/s. Considerar: 
I = 0,003 m/m
n = 0,01 
h/d = 75%%
AIR
n
Q H ×××= 2
1
3
21
n
)53,2()003,0()603,0(1100,0 22
1
3
2
rr ×××××= )53,()003,0()603,0(
01,0
00,0
3
8
23
2
01011,053,27137,001825,0 rrr ==×××= 01011,053,27137,001825,0 rrr 
8
3
)01011,0(=r = 0,178 m 
d = 2 x r = 0,356 m = 350 mm 
20
EXERCÍCIO 3
Quantas casas podem ser atendidas por um coletor de calçada com Ø=100 mm
funcionando a 50% da seção com I = 0,005 m/m e n = 0,01? Considerar o 
consumo per capita de água = 150 L/habxdia e 4,2 habitantes/casa. 
Para: γ=50%, RH = 0,5 x r A = 1,57 x r2
12
)05,057,1()005,0()05,05,0(
01,0
1 22
1
3
2
×××××=Q = 0,00237 m3/s = 2,37 L/s
 
86400
5,12,18,0150 ××××= PQ 
86400
 
P = 948 habitantes Æ 225 casasP = 948 habitantes Æ 225 casas
21
EXERCÍCIO 4
Dois conjuntos habitacionais cada um com 600 moradores estão lançando seus 
esgotos sem tratamento em um rio. O consumo per capita de água do 
Conjunto A é de 200 L/habxdia e o do Conjunto B é de, 120 L/habxdia. Qual o 
conjunto que lança a maior quantidade de esgotos no rio? Qual o conjunto queconjunto que lança a maior quantidade de esgotos no rio? Qual o conjunto que
está poluindo mais o rio? 
Cálculo da vazão de esgoto do Conjunto A: 
 
QE = 600 x 200 x 0,8 = 96.000 L/diaQE 600 x 200 x 0,8 96.000 L/dia 
 
Cálculo da vazão de esgoto do Conjunto B: 
 
QE = 600 x 120 x 0,8 = 57.600 L/dia 
22
EXERCÍCIO 4 (continuação)
Cálculo da carga orgânica lançada no rio pelo Conjunto A: 
 
Carga orgânica = 600 x 50 = 30 000 g/DBOxdiaCarga orgânica 600 x 50 30.000 g/DBOxdia 
 
Cálculo da carga orgânica lançada no rio pelo Conjunto B: 
 
Carga orgânica = 600 x 50 = 30.000 g/DBOxdia 
Cálculo da concentração dos esgotos do Conjunto A: 
 
3.000 gDBO --------- 96.000 L de esgoto 
X --------- 1 L de esgoto 
 
X = 0,312 gDBO/L = 312 mgDBO/L 
 
Cálculo da concentração dos esgotos do conjunto BCálculo da concentração dos esgotos do conjunto - B 
 
3.000 gDBO --------- 57.600 L de esgoto 
X --------- 1 L de esgotode esgo o
 
X = 0,520 gDBO/L = 520 mgDBO/L 23
EXERCÍCIO 5
Uma cidade e uma indústria estão lançando seus esgotos sem tratamento em
um rio. A cidade possui 6.000 habitantes. O esgoto da indústria possui as
seguintes características: vazão de 246 m3/dia e uma concentração de 1 400seguintes características: vazão de 246 m /dia e uma concentração de 1.400
mgDBO/L. Quem estará poluindo mais, o rio a cidade ou a indústria? 
Cidade:Cidade:
População = 6.000 hab. 
Contribuição per capita de esgoto = 50 g/hab.xdia 
Carga poluidora = 6.000 hab. x 50 g/hab.xdia = 300.000 g/dia = 300 kg/dia 
Indústria: 
Vazão de esgoto = 246 m3/dia = 246.000 L/dia 
Concentração de DBO = 1.400 mgDBO/L 
Carga poluidora:Carga poluidora: 
1 L --------- 1.400 mgDBO 
246.000 L --------- X 
 
X = 344.400.000 mgDBO 
Carga poluidora = 344.000 gDBO/dia = 344 kgDBO/dia 
24
EXERCÍCIO 6
Verificação das limitações das soluções individuais para o destino dos esgotos 
domésticos através da infiltração no solo. 
Calcular as dimensões de um sumidouro para infiltrar os esgotos de uma
residência com as seguintes características: 5 habitantes, consumo per capita
de água de 200 L/hab.xdia e terreno com capacidade de infiltrar 50 litros por 
metro quadrado por dia. 
Vazão de esgoto produzida = 5 x 200 x 0,8 = 800 L/diaÁrea necessária no sumidouro para infiltrar os esgotos:Área necessária no sumidouro para infiltrar os esgotos: 
50 L/dia --------- 1 m2 
800 L/dia --------- X 
 
X = 16 m2 
25
EXERCÍCIO 6 (continuação)
Adotando-se um sumidouro de forma prismática: 
Altura = 1,00 m 
Largura = 1,50 m 
Comprimento = 6 5 mComprimento 6,5 m
 
Adotando-se um sumidouro de forma cilíndrica: 
Diâmetro = 2,00 m 
Profundidade = 2,54 m 
Principais limitações: 
•Disponibilidade de área no terreno;•Disponibilidade de área no terreno;
• Nível do lençol freático; 
•Colmatação dos vazios do solo pelos sólidos dissolvidos nos esgotosColmatação dos vazios do solo pelos sólidos dissolvidos nos esgotos
26
EXERCÍCIO 7
Calcular a declividade mínima para os coletores com as vazões
indicadas:
 
IMIN = 0,0035 x Q-0,47 
 
VAZÃO (L/s) DECLIVIDADE MÍNIMA (m/m)
1,5 0,00289
3,0 0,00209
5,0 0,00164
10,0 0,00119
15,0 0,00098
20,0 0,00086
25,0 0,00077, ,
 
OBS: Na prática para efeitos construtivos não se deve projetar
coletores com declividades menores que I = 0,001 m/m 
27
EXERCÍCIO 8
Custos para execução das redes de esgoto, segundo Tomoyuki. 
 
Canteiro e locação 0,6
Tapume e sinalização 2,1
Instalação da 
Obra p ç ,
Passadiços 1,1
Levantamento e pavimento 1,3
Escavação 10,6
Escoramento 38,8
Reaterro 10,5
3,8%
Valas
61,2%
,
Transporte 0,4
Assentamento 4,1
Poços de visita 15,5
Ligações prediais 4,6
Cadastro 0,5
Assentamento 
de tubulações
25,1%
Cadas o 0,5
Lastro e bases adicionais 0,7
Reposição de pavimento 9,1
Reposição de galerias pluviais 0,1
Serviços 
complementares
9,9% 
 
Os coletores de esgoto funcionam como condutos livres, precisando, portanto
de declividade. 
 
Os altos custos com a execução das valas apontam para a importância deç p p p
buscar nos projetos, menores profundidades para as tubulações na fase de
concepção do sistema e no momento do cálculo da declividade dos coletores.
 
Calcular a declividade dos coletores indicados no desenho adotando a vazão
28
Calcular a declividade dos coletores indicados no desenho, adotando a vazão
de 4,0 L/s, diâmetro de 150 mm e recobrimento mínimo de 1,0 m. 
EXERCÍCIO 8 (continuação)
29
EXERCÍCIO 8 (continuação)
• Cálculo da declividade mínima 
 
IMIN = 0,0035 x Q-0,47 = 0,0035 x 4-0,47 = 0,00182 ≈ 0,002 m/m 
 
• Cota do coletor no Ponto-1 
 
CC1 = cota do terreno – recobrimento mínimo – diâmetro 
CC1 = 10,000 – 1,00 – 0,15 = 8,850 
 
• Declividade do trecho (1Æ2) 
 
IT > IMINÆ IC = IT = 0,008 m/m
 
• Cota do coletor no Ponto-2 
 
CC CC (d li id d t ã )CC2 = CC1 – (declividade x extensão) 
CC2 = 8,850 – (0,008 x 70) = 8,850 – 0,56 = 8,290 
 
• Declividade do trecho (2Æ3) 
 
IT < IMIN Æ IC = IMIN = 0,002 m/m 
 
• Cota do coletor no Ponto-3 
30
 
CC3 = CC2 – (0,002 x 60) = 8,290 – 0,12 = 8,170 
EXERCÍCIO 8 (continuação)
• Declividade do trecho (3Æ4) 
 
IT < IMIN Æ IC = IMIN = 0,002 m/m 
• Cota do coletor no Ponto-4 
 
CC4 = CC3 – (0,002 x 60) = 8,170 – 0,12 = 8,050 
• Declividade do trecho (4Æ5) 
 
1a tentativa: IC = IMIN = 0,002 m/m 
CC5 = CC4 – (0,002 x 80) = 8,050 – 0,16 = 7,890 
P5’ = 8,720 – 7,890 = 0,83 
R = P5 – diâmetro = 0,83 – 0,15 = 0,68 
 
2a tentativa: IC = ITERRENO 
CC5 = CC4 – (0,015 x 80) = 8,050 – 1,20 = 6,850 
P ” 8 720 6 850 1 87P5” = 8,720 – 6,850 = 1,87
 
3a tentativa: CC5 = cota do terreno – recobrimento mínimo - diâmetro 
CC5 = 8 720 – 1 00 – 0 15 = 7 570
31
CC5 = 8,720 – 1,00 – 0,15 = 7,570
I = (8,050 – 7,570) / 80 = 0,006 m/m 
BIBLIOGRAFIA
Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário, Milton Tomoyuki Tsutiya e Pedro Alem
Sobrinho, Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo 
 
Manual de Saneamento Orientações Técnicas FUNASAManual de Saneamento - Orientações Técnicas, FUNASA
 
Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento dos Esgotos, Marcos Von Sperling,
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de MinasDepartamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas
Gerais 
 
Tratamento Biológico de Águas Residuárias - Lagoas de Estabilização, Salomão
Anselmo Silva e David Ducan Mara, ABES
 
Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controlada
S l PROSAB P d P i S t Bá ino Solo, PROSAB – Programa de Pesquisa em Saneamento Básico 
32

Outros materiais