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Marketing O papel das crenças na formação das atitudes As crenças podem ser definidas como um julgamento subjetivo sobre o relacionamento entre duas ou mais coisas. As crenças são baseadas em conhecimento, as crenças são baseadas no que você sabe sobre o produto. As atitudes com relação ao produto são determinadas pelos modelos multiatributos de atitudes, pelas as crenças sobre os atributos e pelas características dos produtos. Existem dois modelos multiatributos: - Modelo multiatributo de atitudes de Fishbein: o Modelo propõe que a atitude relativa ao objeto está baseada no somatório das crenças sobre os atributos do objeto ponderadas pela avaliação desses atributos. As características dos produtos incluem todas as associações feitas sobre ele (relacionamento, imagem, valor intrínseco). - Modelo multiatributo de atitudes do ponto ideal: Foi desenvolvido para entender especificamente as atitudes dos consumidores em relação aos produtos. Ele pondera a importância do atributo com a ideal e crença sobre esse desempenho. Cultura Nacional A cultura nacional tem um profundo impacto na forma como os consumidores se percebem, nos produtos que compram e usam nos processos de compra e nas organizações das quais compram. Entretanto, a maior atenção dos profissionais de marketing está na compreensão das macrodimensões da cultura. Essas dimensões servem como uma base para a caracterização, a comparação e o contraste de culturas nacionais especificas. E elas também são úteis na identificação de segmentos sensíveis a questões ambientais no mercado: - Individualismo versus coletivismo: O individualismo descreve a relação entre um indivíduo e seus companheiros ou a coletividade que prevalece na sociedade. - Rejeição à incerteza: Desrespeito às maneiras diferentes pelas quais as sociedades reagem às incertezas e ambiguidades inerentes à vida. Alguns precisam de regras, outros são tolerantes com ideias e comportamentos divergentes. - Distância do poder: Reflete o grau em que uma sociedade aceita a desigualdade de poder em níveis diferentes em organizações e instituições. Isso influencia nas preferências por centralização de autoridade, aceitação a recompensas diferencias e a formas como pessoas de status desiguais trabalham juntas. - Masculinidade-feminilidade: Esse fator define a extensão na qual a sociedade mantém valores tradicionais tidos como predominantemente masculinos ou femininos. A assertividade, o respeito pela realização e a aquisição de dinheiro e posses materiais são identificados com masculinidade; e a alimentação, a preocupação pelo meio ambiente e a defesa dos oprimidos estão associadas à feminilidade de uma cultura. Papéis femininos em mudanças Um papel especifica o que é esperado de um ocupante típico de uma posição dada em um contexto social particular. Um dos grandes desafios com que as mulheres se deparam hoje é equilibrar seus papéis como parceira, mãe, provedora e consumidora. Vale ressaltar que os papéis femininos têm mudado muito nos últimos tempos. Há uma luta maior pela igualdade entre os sexos em termos de oportunidades de emprego, respeito e salários. As mudanças no estilo de vida das mulheres têm mudado a forma como elas compram muitos produtos e os analistas de marketing estão especialmente preocupados com isso, pois, a população feminina têm crescido mais do que a masculina e elas estão cada vez mais subindo nos degraus corporativos. - Emprego feminino: As mulheres na América do Norte, Europa e outros países hoje têm taxas muito mais altas de trabalho fora de cada do que em tempos passados. Hoje mais de 60% das mulheres nos EUA estão empregadas, antes era 25% (1950), e essa tendência também ocorre em escala global. O Maior efeito do status do trabalho fica na renda familiar, lares onde as mulheres trabalham têm consideravelmente maior renda e gastam mais com itens como creches, roupas, comidas fora de casa, gasolina e segurança. - Orientação para a carreira: Os indivíduos são classificados algumas vezes pela orientação com relação às suas carreiras. Existem quatro grupos: (1) aquelas que pensam nelas como tendo uma carreira e (2) aquelas para as quais o trabalho é “apenas um trabalho”. Existem também (3) as “donas-de-casa” que preferem estar tem casa e (4) aquelas que planejam trabalhar no futuro. Essa classificação é importante, pois influencia no tipo de produtos que as mulheres consomem, por exemplo, (2) e (3) tendem a ler mais revistas femininas tradicionais, ao passo que mulheres profissionais tendem a ler mais revistas de interesse geral e as de cunho profissional e jornais. - Mulheres e tempo: As mulheres que trabalham e são casadas experimentam muitos tipos de pressões com relação ao tempo. Elas frequentem, ente têm dois trabalhos: responsabilidades domésticas, incluindo as crianças, mais os seus empregos no mercado de trabalho. Os estudos indicam que elas têm significativamente menos tempo livre para o lazer que os seus maridos e as “donas-de-casa” e por isso investem mais em bens que poupam tempo, como comidas de conveniência e gastam menos tempo na escolha dos seus produtos. - Sobrecarga do papel: A sobrecarga do papel ocorre quando as demandas totais de tempo e energia associadas com as atividades fixas de múltiplos papéis são muito grandes para desempenhar os papéis adequadamente ou confortavelmente. A ideologia do papel sexual, especialmente encontrada no feminismo e outras forças, estão cirando pressões na direção de mais igualdade em cargas de trabalho entre homens e mulheres. Pesquisas mostram que as mulheres trabalham mais que os seus maridos, isso aumenta a pressão por igualdade salarial e uma divisão mais igualitária das responsabilidades domésticas. - Fazendo marketing para as mulheres: Os pesquisadores estão interessados nos múltiplos papéis femininos, nas pressões de tempo e nas mudanças na estrutura familiar de forma a desenvolver programas efetivos de comunicação de marketing para atingir as mulheres. O foco agora não é mais olhar perfis generalistas, e sim identificar as diferenças entre elas e segmentar de modo a atingir cada segmento da maneira mais apropriada. Por exemplo, uma pesquisa definiu quatro tipos de mães: (1) June Cleaver: Continuação - Mulheres que acreditam nos papéis mais tradicionais da mãe “que fica em casa” e do pai que ganha o pão da família. (2) Mães “Cabo de guerra” - Elas compartilham algumas noções tradicionais de maternidade, mas são forçadas a trabalhar e não estão felizes com isso, vivem cheias de angústias e ansiedade. (3) Ombros fortes - Mais de um terço desse grupo são mães solteiras que têm uma visão positiva se suas vidas, apesar de seus níveis mais baixos de renda e do pouco apoio dos pais de seus filhos. (4) Mães de invenção - Essas mulheres gostam da maternidade, do trabalho fora do lar e têm ajuda de seus prestativos maridos nas responsabilidades de criação dos seus filhos. As mães do tipo “cabo de guerra” são as mais conscientes da marca, porque elas usam as marcas reconhecidas para poupar tempo e ajudar a simplificar as suas compras. Novas marcas ou marcas que estão com problemas podem se beneficiar focando o grupo emergente de mães do tipo “ombros fortes” e as da categoria “mães da invenção”. A chave não é tratar todas as mães como iguais ou esperar capturar todas elas com apenas uma mensagem. Os varejistas e as instituições sem fins lucrativos podem aplicar essas informações em estratégias já existentes para melhor atingir, manter e servir os clientes. Etnia, raça e religião -Importância da Cultura e Etnia: afetam como os indivíduos tomam as decisões e, principalmente, servem de base para as estratégias de segmentaçãode grandes grupos de indivíduos. -Cultura: conjunto de valores, ideias, artefatos e outros símbolos que ajudam os indivíduos a se comunicar, a interpretar e avaliar como membros de uma sociedade. Base da atividade humana; determina as coordenadas para as ações sociais e atividades produtivas. Também definida como o um conjunto de padrões de comportamentos sociais que são transmitidos simbolicamente pela linguagem e por outros meios para os membros de uma sociedade. -Elementos abstratos da cultura: valores, atitudes, ideias, tipos de personalidade, e construtos sumários (religião e política). -Elementos materiais da cultura: livros, computadores, ferramentas, edifícios, Principais características influenciadas pela cultura: 1. Sentido do eu e do espaço 2. Comunicação e Linguagem 3. Vestuário e aparência 4. Alimentação e hábitos alimentares 5. Tempo e consciência de tempo 6. Relacionamentos 7. Valores e normas 8. Crenças e atitudes 9. Processos mentais e de aprendizagem 10. Hábitos e práticas de trabalho Essas características podem ser utilizadas para definir e diferenciar uma cultura de outra, e identificar similaridades culturais. Dois importantes elementos da cultura são Valores e Normas: Normas: são regras de comportamentos mantidas pela maioria ou pelo menos por consenso do grupo sobre como os indivíduos devem se comportar. Os Valores sociais ou culturais: são aqueles compartilhados amplamente por grupos de pessoas. Macrocultura: valores e símbolos que valem para toda uma sociedade ou para a maioria dos cidadãos; Microcultura: corresponde aos valores e símbolos de um grupo restrito ou segmento de consumidores, definido de acordo com as variáveis como idade, religião, etnia, classe social e outras subdivisões. . Socialização: processo no qual o as pessoas desenvolvem seus valores, motivações e atividades habituais (processo de absorver uma cultura). A cultura e adaptativa, portanto as estratégias de marketing também devem ser adaptáveis. Socialização do consumidor: aquisição por parte do consumidor de crenças, atitudes e comportamentos relacionados ao consumo. Coorte: é qualquer grupo de indivíduos unidos de alguma maneira. Podem estar relacionadas a uma época vivida ou grupo etário. Família: Uma família é um grupo de duas ou mais pessoas ligadas pelo mesmo tipo de sangue, pelo casamento ou pela adoção, que vivem juntas. Lar: todas as pessoas, apresentadas ou não, que ocupam a mesma unidade residencial. Como as famílias ou lares tomam as suas decisões de compra depende dos papéis que os vários membros da família desempenham na compra, consumo e influência do produto. Esses dois papéis são: (1) instrumentais de consumo e (2) papéis expressivos. Os papéis instrumentais, também conhecidos como funcionais ou econômicos, abrangem o financeiro, a performance e outras funções desempenhadas pelos membros do grupo. Os papéis expressivos envolvem o apoio a outros membros da família no processo de decisão e a expressão das necessidades emocionais e estéticas da família, incluindo o suporte às normais familiares. A maneira como um membro individual da família desempenha cada um desses papéis pode influenciar no modo como eles alocam a renda familiar em diferentes tipos de produtos. As decisões de consumo familiar envolvem, pelo menos, cinco papéis definidos, que podem ser assumidos pelos esposos, crianças ou outros membros do lar. Múltiplos papéis e múltiplos atores são normais. Os cinco papeis são: (1) iniciador: é ele que inicia o pensamento da família sobre a compra de produtos e aquele que reúne informações para ajudar na decisão; (2) influenciador: é aquele cujo opiniões influenciam fortemente nas compras e produtos analisado, através de seus critérios de avaliação; (3) Decisor: é a pessoa que possuí a autoridade financeira ou o poder de decidido de que forma o dinheiro da família será gasto e em que produtos ou marcas. (4) Comprador: é aquele que atua como agente comprador indo à loja, ligando para fornecedores, preenchendo cheques, trazendo produtos para casa, e assim por diante; e (5) o usuário, a pessoa que usa o produto. Classe social: é definida como divisões relativamente permanentes e homogêneas em uma sociedade, nas quais os indivíduos e as famílias compartilhando valores, estilos de vida, interesses, riquezas, educação, posição, econômica e comportamento semelhantes podem ser categorizados. A classe social afeta o comportamento do consumidor de várias maneiras. As fontes de informações acessadas diariamente variam de acordo com a classe social, alguns consumidores associam marcas de produtos e serviços com as classes sociais específicas. Determinantes de uma classe social Variáveis econômicas: - Ocupação - Renda - Riqueza Variáveis de interação: - Prestígio pessoal - Associação - Socialização Variáveis Políticas: - Poder - Consciência de classe - Mobilidade Consciência de classe: O grau em que as pessoas em uma classe social têm consciência de si mesmas como um grupo distinto com interesses políticos e econômicos semelhantes. Etnia: É um processo de identificação na qual as pessoas usam rótulos para se definir e definir os outros. Um termo antropológico referente à identificação consciente dos indivíduos com um grupo com o qual eles compartilham certa cultura. É o próprio indivíduo que conscientemente assume uma identidade étnica em função de determinadas características que ele / ela compartilha com os membros de um grupo. Características como língua, cultura, religião e assim por diante, mas também características morfológicas da cor da pele, por exemplo. Quando um grupo étnico se considera como superior, nós caímos no etnocentrismo, que está presente em todos os grupos humanos, sem necessariamente ter qualquer conotação negativa. No entanto, existem vários exemplos de mau uso do etnocentrismo ao longo da História e em todas as sociedades. Sendo utilizado como pretexto para atos políticos, guerras e genocídios. Definição subjetivista – auto atribuição Definição objetivista – derivadas de categorias socioculturais. Na pesquisa do consumidor a etnia é mais bem definida como a combinação das definições subjetivistas e objetivistas. Definição de um grupo étnico distinto Alto grau em que as pessoas em grupo étnico compartilham as percepções e cognições, que são diferentes dos de outros grupos étnicos ou da grande maioria da sociedade. É preciso que aja respeito aos seres humanos – somos todos da mesma raça. Ocorrem muitos erros de marketing, tais como: tradução de símbolos e idiomas, mal-entendidos e preconceito e racismo. Raça Em geral, o termo raça foi utilizado para classificar os grupos humanos em função de algumas características morfológicas (cor da pele, morfologia facial, e assim por diante) e o termo etnia para classificá-los em função das características culturais (língua, religião, tradições e assim por diante). O racismo é “a doutrina que afirma a superioridade de uma raça sobre as outras”. Em sua formulação teórica moderna, é um fenômeno que não mais se utiliza das justificativas hierárquicas tradicionais de superioridade e inferioridades. O racismo continua socialmente vivendo em todas as comunidades onde a fronteira de classe tende a coincidir com uma diferença racial. “Ele reapareceu na Europa contra a imigração, devido à crise econômica “. A experiência demonstra que é difícil de erradicar o termo raça, devido à sua tradição na história, a sua utilização nas ciências sociais (por exemplo, quando ela é usada como informação censo), e até mesmo a sua cristalização jurídica (por exemplo, as leis de algunsestados dos EUA consideram a definição de raças diferentes). Neste contexto social, raça é definida como o sector da humanidade, cujos membros podem ser identificados pela posse de características físicas distintas.
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