Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistema de Abastecimento de Água Adutoras ADUTORAS INTRODUÇÃO O termo adutora é empregado para designar as canalizações que transportam água entre as unidades que constituem o sistema de abastecimento d’água. Do ponto de vista econômico e também estratégico, podemos afirmar a adutora é a unidade é a mais importante do sistema. Por isso, os cuidados com prováveis acidentes, que venham causar interrupção do funcionamento da adutora, não se deve limitar a fase do projeto e execução das obras, mas se estender por toda vida útil do sistema através de um controle operacional adequado. Como essas linhas transportam grandes volumes de água, os concertos dos estouramentos mobilizarão maiores recursos e terão reflexos no funcionamento de todo sistema, contribuindo, inclusive, para desgastar a imagem da empresa. Se o sistema for alimentado por uma única adutora, dependendo das condições de acesso ao local do acidente, os reparos serão bem mais difíceis de realizar e a insatisfação do usuário aumenta na medida em que esse tempo se prolonga. Do ponto de vista econômico, em regiões como a nossa, onde é comum a escassez de água e as adutoras, normalmente, apresentam grandes extensões, a escolha criteriosa do diâmetro pode conduzir a uma redução substancial nos investimentos. Em períodos de grandes estiagens é comum moradores da zona rural realizarem ligações clandestinas nas linhas adutoras mesmo quando de trata de adutora de água bruta. Esse aspecto sanitário também não pode ser esquecido pelo projetista; e a possibilidade de realizar o tratamento logo a jusante da captação se constitui uma alternativa a ser analisada. CLASSIFICAÇÃO DAS ADUTORAS 2.1.QUANTO AO DESNÍVEL ENTRE OS PONTOS EXTREMOS Adutora por Gravidade: Quando o ponto inicial (extremo de montante) possui a cota mais alta em relação a todos os outros pontos da linha. Nessas condições o escoamento ocorre exclusivamente pela ação da gravidade. Adutora por Recalque : Quando o ponto de cota mais elevada se encontra na extremidade de jusante. Neste caso, o escoamento só se tornará possível através de bombeamento. 2.2. QUANTO AO REGIME DE FUNCIONAMENTO Condutos livres: A pressão na superfície líquida é igual à pressão atmosférica (regime de canal); o tubo nesses casso podem funcionar parcialmente cheio. Condutos forçados: A pressão na superfície líquida é superior à pressão atmosférica. Observações: As adutoras só funcionam como condutos livres sob determinadas condições do transporte por gravidade; As adutoras por recalque e a maioria das adutoras por gravidade funcionam como condutos forçados; Na adução por gravidade, deve-se evitar que ocorram trechos consecutivos com regimes diferentes; 2.3. QUANTO AO DIÂMETRO Uniformes (um só diâmetro); Mistas (dois ou mais diâmetros). 2.4. QUANTO AO MATERIAL Uniforme (um só material); Mistos (dois ou mais materiais). HIDRÁULICA DAS CANALIZAÇÕES O dimensionamento das linhas adutoras utiliza as fórmulas já consagradas na mecânica dos fluidos e na hidráulica. 3.1 - EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Figura 1 A vazão que escoa através da seção S do tubo da Figura 1 é dada por: . Como a seção do tubo é constante o volume contido no trecho L da canalização será: V = S.L ` . Sendo a velocidade de escoamento v resulta: Q = Sv equação da continidade. Onde: Q - vazão, em m³/s; S - seção do conduto, em m²; V - velocidade de escoamento da água, em m/s. 3.2 - NÚMERO DE REYNOLDS (Re) O Número de Reynolds é um admensional conhecido pela relação entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. Pode-se determinar a sua expressão através da análise dimensional. Ou seja, o Número de Reynolds é função da velocidade de escoamento, da viscosidade do flúido e de uma dimensão da seção. Para tubos de seção circular: Onde: (agua = 10-6 m2/s (viscosidade cinemática da água) v - velocidade da água, m/s D - Diâmetro da tubulação, m O regime de escoamento é caracterizado de acordo com o Número de Reynolds Re < 2000 : Regime laminar; Re > 4000 : Regime turbulento 2000 < Re< 4000: zona de transição (apresenta características dos dois regimes) O regime laminar é característico do escoamento em meios porosos como o que ocorre no meio filtrante das estações de tratamento d’água. Na prática, o movimento da água nas canalizações sempre se apresenta de natureza turbulenta. 3.3 - PERDA DE CARGA Duas fórmulas são usualmente empregadas; a Fórmula Universal recomendada pela antiga P-NB-591/77, e a Fórmula de Hazen-Wiliams. Fórmula Universal (Recomendada pela NB-591/1991) . Onde: hp - perda de carga (m); L - comprimento da tubulação (m); D - diâmetro da tubulação (m); v - velocidade (m/s); g - aceleração da gravidade (m/s²); f - coeficiente que depende das asperezas do tubo e do Número de Reynolds, obtido pela expressão de COLEBROOK-WHITE: Onde: k = dimensão média das asperezas das paredes do tubo, tabelados conforme o material utilizado na fabricação dos tubos. (Tabela 01) Fórmula de Hazen-Williams Q = vazão, (m³/s) D = diâmetro do tubo, (m) J = perda de carga unitária, (m) C = coeficiente de rugosidade das tubulações (conforme Tabela 01) Tabela 01 MATERIAL DA TUBULAÇÃO K (mm) C Aço, tubos novos 0,05 130 Aço, tubos usados 2,40 90 Cimento amianto 0,025 140 Concreto, bom acabamento 0,70 130 Concreto, acabamento comum 1,50 120 Ferro fundido, tubos novos 0,40 130 Ferro fundido, tubos usados 4,00 90 Ferro fundido revestido 0,12 130 Manilhas cerâmicas 0,60 110 Fibra de vidro 0,01 140 Tubos plásticos (PVC) 0,01 140 Perdas de carga localizadas Deverão ser levadas em consideração sempre que o comprimento da canalização não exceder 4.000 vezes o seu diâmetro. Essas perdas são observadas nas conexões e peças especiais distribuídas ao longo do caminhamento da adutora. São normalmente determinadas pelas expressões: Pela expressão geral das perdas localizadas Hp - perda localizada, em m; v - velocidade da água, em m/s; g - aceleração da gravidade, em m/s2; k - coeficiente obtido experimentalmente para cada singularidade. Pelo método dos comprimentos virtuais e Igualando os termos do segundo membro teremos: Onde: L - comprimento virtual equivalente a cada singularidade k/f - tabelado Tabela 02 SINGULARIDADE k (k/f).D Ampliação Gradual 0,30 12D Crivo 0,75 75D Curva de 90o 0,40 30D Curva de 45o 0,20 15D Curva de 22o 30’ 0,10 10D Junção (Y) 0,40 30D Redução Gradual 0,15 6D Registro de Gaveta 0,20 8D Válvula de Pé 1,75 175D Válvula de Retenção 2,50 100D Tê, Passagem Direta 0,60 20D Tê, Saída de Lado 1,30 50D Tê, Saída Bilateral 1,80 65D Entrada Normal 0,50 17D Entrada de Borda 1,00 35D Saída de Canalização 1,00 35D DIMENSIONAMENTO DAS ADUTORAS POR GRAVIDADE 4.1 – LIMITES DE VELOCIDADE Não existe norma específica estabelecendo velocidades limites nas adutoras. Entretanto, cabe-nos observar que a utilização de velocidades muito baixas conduz a diâmetros anti-econômicos, enquanto velocidades elevadas podem ocasionar pressões transientes muito elevadas ocasionando avarias nas tubulações. Parecem-nos aceitáveis valores compreendidos entre 0,60m/s e 3,00m/s, dependendo evidentemente do estudo econômico. 4.2 – EXERCÍCIOS 1 – Dimensionar a adutora indicada na Figura 02, empregando tubos PVC (C=140) para uma vazão de 18l/s. Traçar a linha piezométrica. Figura 02 SOLUÇÃO: O dimensionamento tem início examinando-se o perfil do caminhamento da adutora. Verificando-se a existência de pontos altos, isto é, situados acima da linha que interligaos pontos extremos da adutora. Neste caso apresentado como não existem tais pontos a solução é mais simples. Carga disponível (J) Determinação do diâmetro necessário (D) Explicitando o valor de D na formula de Hazen-Williams vem: (D=0,143m Como o diâmetro encontrado é muito próximo ao de 150 mm oferecido no mercado, utilizaremos este diâmetro, e como conseqüência teremos uma vazão aduzida um pouco maior, conforme mostrado a seguir. Perda de carga para a vazão de 18l/s hp = J.L = 0,00693x6000 hp = 41,58m. Com a carga total disponível é de 50,4m haverá uma sobra de: (h= 50,4 – 41,58 = 8,88m Esta sobra de energia poderá ser aproveitada para retirada de maior vazão do sistema. Vazão máxima obtida com tubos de 150mm O valor será obtido também pela expressão de Hazen-Williams. Q = 0,2788 . C . D2,63 . J0,54 Q = 0,2788x140x0,1502,63x0,00840,54 Q = 0,0201m³/s = 20,1l/s Velocidade (v) Traçado da linha piezométrica O traçado da linha piezométrica é feito sempre de montante para jusante. Para o problema apresentado temos duas alternativas: Piezométrica para a vazão máxima de 20,1l/s. Neste caso, a linha piezométrica interliga os níveis de água dos dois reservatórios, reta (a). Piezométrica para vazão de 18l/s. Para que a vazão permaneça 18/s teremos de introduzir um dispositivo controlador de vazão que absorva a sobra de carga existente que é de 8,88m. Se esse dispositivo for um registro instalado na extremidade de jusante, a linha piezométrica terá o aspecto (b). Se esse dispositivo for colocado junto à barragem a linha piezométrica terá o aspecto(c). 2 – Dimensionar a adutora indicada na Figura 03, empregando tubos PVC (C=140) para uma vazão de 30l/s. Traçar a linha piezométrica. Figura 03 SOLUÇÃO Carga disponível (J) Determinação do diâmetro necessário (D) Explicitando o valor de D na formula de Hazen-Williams vem: (D=0,175m Como o diâmetro encontrado é muito diferente dos existentes no mercado, utilizaremos uma adutora mista, com um trecho de 150 mm e outro de 200 mm, de modo que a energia disponível seja totalmente aproveitada nesses dois trechos. Designando por: L1 comprimento do trecho de 150 mm; L2 comprimento do trecho de 200 mm; J1 perda de carga unitária no tubo de 150 mm; J2 perda de carga unitária no tubo de 200 mm. Determinação dos comprimentos de cada trecho Temos o seguinte sistema de equações: J1xL1 + J2xL2 = 100,00 - 49,60 L1 + L2 = 6000 0,01782L1 +0,004391(6000 –L1) = 50,40 0,01782L1 - 0,004391L1 = 50,40 – 26,35 (L1=1.791m e L2 = 4.209m Existem duas alternativas para o traçado da linha piezométrica, dependendo do ordenamento dos trechos no caminhamento da adutora. A disposição dos tubos de 150 mm à montante submete a adutora a menores pressões de serviço. Já a utilização do maior diâmetro, como trecho de montante, constitui-se na melhor opção quando se tem que vencer pontos altos no caminhamento da adutora. 3 – Dimensionar a adutora indicada na Figura 04, empregando tubos PVC (C=140) para uma vazão de 100 l/s. Traçar a linha piezométrica. Figura 4 SOLUÇÃO Devido à existência do ponto alto (cota 95,00), o problema será tratado como se tivéssemos duas adutoras. TRECHO AB Carga disponível (J1) Determinação do diâmetro necessário (D) (D=0,353 m O diâmetro encontrado indica que haverá necessidade de realizar, como no exemplo 2, uma composição dos diâmetros de 300 mm e 400 mm; porém se optarmos por tubos de 400 mm haverá sobra de carga que poderá ser utilizada no segundo trecho, possibilitando o uso de dois diâmetros, apenas no segundo trecho. Perda de carga para a vazão de 100 l/s e D=400 mm. hp = J.L = 0,001395x2000 hp ( 2,80 m. Cota piezométrica no ponto mais alto B CB = 100,00 – 2,80 = 97,20 m. A pressão disponível neste ponto será: PB = 97,20 – 95,00 = 2,20 m. Traçado da linha piezométrica – Trecho AB Partindo-se da cota 97,20 m no ponto B, a linha piezométrica com inclinação J=0,001395 m/m atingirá a barragem na cota 100,00 m. TRECHO BC Carga disponível para segundo trecho Determinação do diâmetro necessário (D) (D=0,291 m Serão utilizados tubos de 250 mm e 300 mm. Determinação dos comprimentos de cada trecho J1xL1 + J2xL2 = 97,20 – 58,00 = 39,20m L1 + L2 = 6000 0,01374L1 +0,005653(6000 –L1) = 39,20 0,01374L1 - 0,005653L1 = 39,20 – 33,92 (L1= 653 m e L2 = 5.347 m. Perda de carga em cada trecho para a vazão de 100 l/s hp1 = J.L1 = 0,01374x653 = 8,97m hp2 = J.L2 = 0,005653x5.347 = 30,23 m Traçado da linha piezométrica - Trecho BC Piezométrica para D=300 mm e 250 mm Como não existem pontos altos no segundo trecho a ordem de colocação dos diâmetros é qualquer. Utilizando-se à montante tubos de 250 mm, haverá necessidade de instalação de um stand-pipe no ponto mais alto da linha, para evitar o aparecimento de pressões negativas, nas proximidades desse ponto, haja vista a linha piezométrica se encontrar muito próxima ao terreno nas imediações desse ponto. Com a instalação desse dispositivo, o trecho nas proximidades do ponto mais alto, fica submetido ao escoamento livre. Piezométrica com apenas tubos de 300 mm Se optarmos pela não utilização dos tubos de 250 mm teremos uma sobra de energia que poderá ser aproveitada para exploração de maior vazão na hipótese do crescimento da demanda. Enquanto vazão permanecer em 100l/s, um trecho inicial da adutora, próximo ao ponto B, terá seu funcionamento como conduto livre. 4 – Dimensionar a adutora indicada na Figura 05, empregando tubos PVC (C=140) para uma vazão de 16l/s. Traçar a linha piezométrica. Figura 05 Carga disponível (J) Determinação do diâmetro necessário (D) Explicitando o valor de D na formula de Hazen-Williams vem: (D(200mmm Velocidade (v) Devido à baixa velocidade associada à grande extensão da adutora, certamente, a alternativa de bombeamento é a mais econômica. A linha piezométrica para D=200mm encontra-se representada na Figura 05. DIMENSIONAMENTO DAS ADUTORAS POR RECALQUE Enquanto as adutoras por gravidade admitem uma única solução para transporte da vazão, nas adutoras por recalque o problema fica indeterminado devido à possibilidade de se adotar, teoricamente, qualquer diâmetro, desde que associado corretamente ao equipamento de recalque. Dependendo do diâmetro adotado a linha piezométrica assume configurações semelhantes às apresentadas na Figura 06. Figura 06 A indeterminação do problema desaparece quando se considera os aspectos econômicos da questão, ou seja, dentre os vários diâmetros possíveis de atendimento adota-se o mais econômico. Existem vários métodos para determinação do diâmetro mais econômicos, entre eles destacamos: Fórmula de Bresse; Método do Custo Incremental Médio de longo Prazo (adotado pela Caixa Econômica Federal) Determinação do Diâmetro pela Fórmula de Bresse Onde: DR - Diâmetro da adutora por recalque (m); Q - Vazão recalcada (m3/s); k - Coeficiente que varia de 0,9 a 1,4. Este coeficiente depende dos custos de implantação, operação e manutenção de cada país. No Brasil, o valor usualmente adotado conforme momento econômico varia de 1,0 a 1,2. Ex.: Para Q = 60 l/s = 0,06 m3/s Diâmetro de sucção (DS) Normalmente adota-se o diâmetro comercial imediatamente superior ao diâmetro de recalque. (DS)= 350mm Determinação do Diâmetro pelo Custo Incremental Médio de Longo Prazo Este método consiste em levantar, para cada diâmetro, os custos com a implantação do sistema e as despesas de exploração, ao longo de toda sua vida útil (30 anos). Entre as despesas operacionais estão, asdespesas com pessoal de operação, equipes de manutenção e energia elétrica. Na Tabela 3 temos uma planilha para determinação do custo incremental de uma adutora de recalque de 900mm de diâmetro com o funcionamento de 3 bombas em paralelo. O preenchimento dos campos utilizados nesta tabela obedece a seqüência descrita a seguir: Produção Requerida – De acordo com o crescimento populacional, o consumo “per capita” e o índice de perdas projeta-se a produção necessária para cada ano da vida útil do sistema. Horas de Funcionamento – Em função do crescimento da produção estima-se o número de horas de funcionamento da elevatória. No exemplo apresentado, a produção requerida é vencida com uma única bomba até o ano 2017; a partir daí serão necessárias duas bombas para atendimento da demanda, situação esta que perdura até o ano de 2027 quando será necessário o funcionamento de 3 bombas. Volume Consumido – Devido às perdas no sistema o volume consumido é obtido descontando-se da produção requerida as perdas esperadas para o sistema. Se o percentual de perdas é k, multiplica-se a produção requerida por (1-k) para se obter o volume consumido. Despesas de Exploração – De acordo com o número de horas de funcionamento determina-se a despesa com energia elétrica do sistema, incluindo-se as parcelas de demanda e consumo, conforme sistema tarifário da concessionária de energia. A despesa com pessoal é estimada em função dos salários a serem pagos ao pessoal de operação e manutenção. Investimento – Em função do volume produzido pode-se estimar, sem necessidade de orçamento prévio, o custo com a implantação do sistema (adutora mais elevatória). Essa informação, entretanto requer o conhecimento de uma curva de custo normalmente não disponível pelas companhias de saneamento. Finalmente, em função de uma taxa interna de retorno, determina-se a valor presente, o total dos volumes consumidos e o total das despesas com exploração. O quociente entre a despesa de exploração e o volume consumido, à valores presentes, vai definir o Custo Incremental Médio de Longo Prazo CIML, em R$/m³, da alternativa estudada. Repetindo-se este procedimento para outros diâmetros e escolhe-se aquele que apresentar menor custo por m³ consumido. Tabela 03 – Planilha para Cálculo do Custo Incremental Médio de Longo Prazo – D=900mm ANO PRODUÇAO REQUERIDA m³/ano HORAS DE FUNCIONAMENTO Bomba1 Bomba2 Bomba3 VOLUME CONSUMIDO m³/ano DESPESAS DE EXPL. Pessoal E. Elétrica INVESTIMENTO 2008 0 0 0 0 0 0 0 25.707.530,90 2009 0 0 0 0 0 0 0 0,00 2010 8.653.924 14,0 0,0 0,0 6.490.443 40.320,00 217.470,10 0,00 2011 9.135.963 14,7 0,0 0,0 6.851.972 40.320,00 227.812,52 0,00 2012 9.630.053 15,5 0,0 0,0 7.222.540 40.320,00 238.413,50 0,00 2013 10.136.495 16,3 0,0 0,0 7.602.371 40.320,00 249.279,51 0,00 2014 10.655.598 17,2 0,0 0,0 7.991.699 40.320,00 260.417,16 0,00 2015 11.187.679 18,0 0,0 0,0 8.390.759 40.320,00 271.833,26 0,00 2016 11.733.062 18,9 0,0 0,0 8.799.796 40.320,00 283.534,76 0,00 2017 12.292.079 19,8 0,0 0,0 9.219.059 40.320,00 295.528,79 0,00 2018 12.865.072 20,0 1,4 0,0 9.648.804 40.320,00 343.384,65 0,00 2019 13.452.390 20,0 3,2 0,0 10.089.292 40.320,00 360.759,93 0,00 2020 14.054.390 20,0 5,1 0,0 10.540.793 40.320,00 378.569,59 0,00 2021 14.671.441 20,0 7,0 0,0 11.003.581 40.320,00 396.824,49 0,00 2022 15.303.917 20,0 8,9 0,0 11.477.938 40.320,00 415.535,76 0,00 2023 15.952.206 20,0 10,9 0,0 11.964.155 40.320,00 434.714,82 0,00 2024 16.616.702 20,0 12,9 0,0 12.462.527 40.320,00 454.373,35 0,00 2025 17.297.811 20,0 15,0 0,0 12.973.358 40.320,00 474.523,34 0,00 2026 17.995.947 20,0 17,1 0,0 13.496.960 40.320,00 495.177,09 0,00 2027 18.711.536 20,0 19,3 0,0 14.033.652 40.320,00 516.347,17 0,00 2028 19.445.015 20,0 20,0 3,6 14.583.761 40.320,00 573.119,66 0,00 2029 20.196.831 20,0 20,0 9,0 15.147.624 40.320,00 600.136,13 0,00 2030 20.967.443 20,0 20,0 14,4 15.725.582 40.320,00 627.828,01 0,00 2031 21.757.320 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2032 22.566.944 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2033 23.396.808 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2034 24.247.419 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2035 25.119.295 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2036 26.012.969 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2037 26.928.984 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2038 27.867.899 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2039 28.830.287 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 2040 29.816.735 20,0 20,0 20,0 16.317.990 40.320,00 656.212,18 0,00 76.194.052 317.225,64 2.693.048,25 25.707.530,90 CIML 0,3769035 Fonte: Manual de Fomento – Caixa Econômica Federal 5.1- ÓRGÃOS ACESSÓRIOS - DISPOSITIVOS DE OPERAÇÃO E PROTEÇÃO Registros de parada Instalados no início e no final das adutoras, nas derivações de linhas secundárias e em pontos estratégicos da linha. Figura 07 – Disposição de Registros de Parada Registros de descarga Colocados nos pontos mais baixos das canalizações, com as seguintes finalidades: Permitir o seu esvaziamento quando da necessidade de efetuar reparos na adutora; Extração do ar quando do enchimento da linha no início do funcionamento. Permitir a remoção de sedimentos. Figura 08 – Caixa de Proteção para Registros de Descarga É recomendável que esses dispositivos sejam abrigados por meio de caixas de proteção como na Figura 08. Para adutoras de pequeno diâmetro essas caixas são de pequeno vulto e podem ser construídas em alvenaria de 1 vez. Para grandes diâmetros é aconselhável que suas paredes sejam em concreto armado. Tendo vista a função primordial das descargas, isto é, a remoção de sedimentos que se acumulam nos pontos baixos da adutora, esses registros devem se situar em derivação situada abaixo da geratriz inferior da linha adutora. Segundo Azevedo Netto, esses dispositivos podem ser dimensionados pela expressão: Onde: d – diâmetro da descarga; D – diâmetro da adutora. Ventosas São peças de funcionamento automático, colocadas nos pontos elevados das adutoras desempenhando as seguintes funções: Expulsar o ar existente durante o enchimento da adutora e expulsar o ar acumulado durante o funcionamento. Admitir ar para o interior da linha quando da ocorrência de estouramentos. Às vezes a saída brusca da água (esvaziamento) gera pressões negativas no interior das canalizações que tendem a pressionar o tubo de fora para dentro. Os tubos de aço, devido à pequena espessura de suas paredes, são mais vulneráveis. As ventosas, aliadas a outros dispositivos auxiliam na proteção dos tubos contra esse fenômeno. Foto 01 – Ventosa de Dupla FunçãoInstalada em Travessia Aérea Do mesmo modo que os registros de parada e de descarga, as ventosas devem ser devidamente abrigadas em caixas, cujas paredes, podem ser de alvenaria ou concreto (Figura 10). As ventosas de pequeno diâmetro podem ser rosqueadas diretamente na tubulação ou por meio de abraçadeiras. A partir de 50mm as ventosas são fabricadas com flanges e sua instalação na linha requer um Tê, voltado para cima, e um registro para permitir a retirada da ventosa para manutenção. Foto 02 – Ventosapara Exclusão de Ar Instalada com Abraçadeira Figura 09 – Caixa de Proteção para Ventosas Segundo Azevedo Netto, para admissão e exclusão de ar, as ventosas podem ser dimensionados pela expressão: , ou ,se o objetivo é apenas de exclusão de ar. Onde: d – diâmetro da descarga; D – diâmetro da adutora. A acumulação de ar nas adutoras depende da velocidade de escoamento. Se a velocidade for inferior a determinado valor, velocidade crítica (vc), o ar se acumulará nos pontos altos e haverá necessidade de ventosas. Quando a velocidade de for superior a velocidade crítica o próprio escoamento se encarregará de efetuar o arraste das bolhas de ar que se formam. A velocidade crítica é obtida pela fórmula de Kent (TSUTIYA, M. Tomoyuki , 2004). Onde: Vc – velocidade crítica (m/s); g – aceleração da gravidade (m/s²); D – diâmetro da adutora (m); ( - ângulo entre a adutora e a horizontal no trecho de jusante do ponto alto. Examinando-se o perfil do terreno com o auxílio de fórmula de Kent é possível definir os locais da linha que necessitam da colocação das ventosas. Juntas de expansão São empregadas com o objetivo de facilitar montagens no interior dos prédios de estações elevatórias ou estações de tratamento, servindo ainda para amenizar os efeitos dos transientes hidráulicos (golpes de aríete). Só são usadas em canalizações de ferro fundido e aço. As juntas de expansão para ferro fundido são conhecidas como “JUNTAS GIBAULT” e para aço, como “JUNTAS DRESSER”. Não se usa juntas de expansão em PVC ou em tubulações enterradas. “Stand Pipe” São reservatórios colocados nos pontos altos da linha adutora de modo que o nível d’água em seu interior fique submetido à pressão atmosférica. Sua utilização é recomendada nos seguintes casos: Na transição entre os trechos de recalque e gravidade; Na transição de dois trechos por gravidade com declividades diferentes; Em adutoras por gravidade quando se deseja reduzir a pressão estática na linha; Em adutoras por gravidade, para evitar a ocorrência de pressões negativas. Figura 10 a – Stand Pipe Situado na Transição entre os Trechos por Recalque e Gravidade Figura 10 b – Stand Pipe com Finalidade de Evitar Pressões Negativas na Adutora Figura 11 – Stand Pipe Blocos de ancoragem Usados para absorver ou combater os esforços originados em curvas, derivações, tampões,etc, das canalizações, podendo ser de concreto simples, armado ou ciclópico. A NBR 13211/1994 fixa as condições para dimensionamento das ancoragens. Os blocos são dimensionados para resistir a uma resultante dos esforços “R”, determinada pelas seguintes expressões: - Nas curvas ou derivações: - Nas reduções: - Para flange cego e cap: onde: R - Resultante dos esforços, kgf; S - Seção do tubo, m2; p - pressão, m.c.a. ( - ângulo da curva ou da derivação. S1 – Área da maior seção. S1 – Área da menor seção. Os blocos de ancoragem podem ser dimensionados para resistir aos esforços de duas maneiras: – Pelo peso próprio do bloco: (para canalizações aparentes). - Ancoragem com apoio sobre o terreno natural: (para canalizações enterradas) Quando a resistência é realizada pelo peso próprio do bloco (Figura 12 a), o empuxo horizontal Eh é combatido pelo esforço normal N que o bloco exerce sobre o terreno. O volume do bloco será determinado a seguir: Designando por: Fat – força de atrito. ( - coeficiente de atrito. P – peso do bloco. ( - peso específico do bloco. V – volume do bloco. Peso do bloco P Fat = ( . N Como Fat=Eh = R; e N =P vem: R = ( . P ( P = R/( Volume do bloco ( Figura 12 a– Bloco de Ancoragem - Resistência por Atrito Quando o bloco se apóia lateralmente sobre o terreno, conforme Figura 12b, a dimensão horizontal L, pode ser determinada pela expressão: onde: L - lado do encosto do bloco, cm; S - seção do tubo, cm2; P - pressão interna da água, kgf/cm2; (adm - tensão admissível do terreno, kgf/cm2; H - altura do bloco, cm. Figura 12 b – Bloco de Ancoragem com Apoio Lateral Exemplo: Dimensionar um bloco para ancoragem para uma curva de 45º, numa canalização com 500 mm de diâmetro, sujeito a 90m.c.a. de pressão interna; sabendo-se que a tensão admissível no terreno é de (adm = 1,0 kgf/cm2. SOLUÇÃO Cálculo do empuxo lateral (R) Como p = 90m.c.a = 9,0Kgf/cm² vem: R = 1,35kgf/cm² Dimensão do encosto lateral L Adotando uma altura H= 1,2m teremos para um (adm = 1,0 kgf/cm2 . BIBLIOGRAFIA DACACH, Nelson Gandur – Saneamento Básico – Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S. A. 1979. YASSUDA, Eduardo R. e NOGAMI, Paulo S. - Técnica de Abastecimento e Tratamento de Água – CETESB Vol.1., São Paulo, 1973 TSUTIYA, Milton Tomoyuki – Abastecimento de Água – Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004. AZEVEDO NETTO, José M. e VILLELA, Swami M. – Manual de Hidráulica. - Editora Edgard Blucher Ltda. 5ª Edição, São Paulo, 1970. ABNT/NBR 13211/1994 – Dimensionamento de ancoragens para tubulação – Rio de Janeiro 1994 �PAGE � �PAGE �57� _1284194551.dwg administrdor _1294053959.unknown _1294055174.unknown _1294056640.unknown _1294056744.unknown _1294058483.unknown _1294059769.dwg administrdor _1294056755.unknown _1294056650.unknown _1294056666.unknown _1294056304.unknown _1294056561.unknown _1294056292.unknown _1294054449.unknown _1294054949.unknown _1294055129.unknown _1294054462.unknown _1294054361.unknown _1294054436.unknown _1294054380.unknown _1294054347.unknown _1284226471.unknown _1291649652.dwg administrdor _1294053913.unknown _1294053933.unknown _1291649863.unknown _1291650211.dwg administrdor _1284227607.unknown _1284229407.unknown _1291649370.dwg administrdor _1284228368.unknown _1284228599.unknown _1284227431.dwg administrdor _1284227589.unknown _1284226485.unknown _1284208588.dwg administrdor _1284222810.unknown _1284222938.unknown _1284225141.dwg administrdor _1284222167.unknown _1284197309.unknown _1284206542.dwg administrdor _1284205497.dwg administrdor _1284197308.unknown _1284045625.unknown _1284105966.unknown _1284185747.dwg administrdor _1284192224.unknown _1284183699.unknown _1284098785.unknown _1284105048.dwg administrdor _1284098576.unknown _1284040110.dwg administrdor _1284045607.unknown _1283926997.unknown _1283952914.unknown _1283955262.unknown _1284037517.unknown _1283954141.unknown _1283935072.unknown _1283924057.dwg administrdor
Compartilhar