Trabalho Didática

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
RODRIGO VADILETTI MARIA, 1280308, 2015/08
ANÁLISE DO FILME “AO MESTRE, COM CARINHO”
	
AVARÉ
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
RODRIGO VADILETTI MARIA, 1280308, 2015/08
ANÁLISE DO FILME: “AO MESTRE, COM CARINHO”
Estudo
 de cine debate
 apresentado à UTA 
- 
Pedagogia
, 
do Centro Universitário
 Internacional -
 Uninter
 
.
Tutor Local: Patrícia S. Gomes
Centro Associado: Avaré
Avaré
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
3 CONCLUSÃO	7
REFERÊNCIAS	8
INTRODUÇÃO
O presente portfólio, tem a proposta da elaboração de um relatório do filme “Ao mestre com carinho”, relacionando a história do mesmo e sua ideia principal com a prática pedagógica e à educação. 
O filme conta a história de um engenheiro “Mark Thackeray”, que por falta de oportunidade, resolve se tornar professor em uma escola localizada em um bairro pobre de Londres, onde enfrentará diversas dificuldades, como o racismo e a indisciplina dos alunos. Logo no primeiro dia, o Sr. Thackeray, já enfrenta dificuldades, com o desencorajamento por parte de seus colegas de trabalho, principalmente do diretor, que alega que os alunos só estão matriculados naquela escola, pois nenhuma outra os aceitaram, devido aos seus comportamentos questionáveis para a sociedade.
Após muita luta, reeducando novos valores para os alunos, o novato professor consegue mudar os mesmos, que muitos achavam impossível.
Em paridade com o curso de Pedagogia, e com a educação nos dias atuais, este trabalho nos mostra, que existem diversos métodos de lecionar, como devemos nos portar diante de uma turma, sempre buscando destacar a melhor maneira de se trabalhar, e a melhor relação professor-aluno.
DESENVOLVIMENTO
O filme “Ao mestre com carinho”, se concentra nos padrões da adolescência em uma comunidade pobre da Inglaterra. Trata-se de um drama vivido por um engenheiro desempregado, que no momento mais difícil da sua vida, resolve dar aulas em uma escola problemática, cheia de maus hábitos, em meio a uma turma de adolescentes indisciplinados, rebeldes, desajustados, fora dos padrões normais de comportamentos.
Analisando toda essa problemática escolar, Mark Tackeray, percebe que a tarefa de lecionar não vai ser nada fácil, resolvendo com isso, enfrentar o desafio, mesmo sofrendo a não aceitação dos alunos, e principalmente, o fato de seus colegas professores, não acreditarem na possibilidade de qualquer êxito.
Mesmo não tendo uma didática, um preparo pedagógico compatível e adequado para lidar com a realidade de sala de aula e com os alunos, Tackeray não desanimou, mostrando um alto grau de interesse com a prática educativa, mesmo não sabendo a real importância do valor de sua decisão.
No tocante a educação, uma observação que merece destaque é o fato das políticas educacionais da época que não são diferentes de hoje. Mesmo estando prestes a se formar, muitos nem se quer sabiam ler e escrever, não havia um controle no aprendizado dos alunos. Outra situação não muito diferente dos dias de hoje, era o fato que os professores dificilmente eram formados nas áreas específicas de ensino, muitas vezes desprovidos de uma formação acadêmica, realidade que até hoje faz parte de muitas instituições de ensino no Brasil.
Mesmo despreparado, inexperiente, Mark percebe que naquele momento, o ideal seria ensinar e mostrar para os alunos que eles precisavam de disciplina, de mudança, de atitudes, de apoio moral e compreensão. Analisando o perfil daqueles alunos, percebe-se carência de afeto, de apoio moral, familiar, de respostas que fizessem deles, seres humanos dignos, responsáveis, preparados para lidarem com as situações da vida cotidiana. Nesse sentido, a presença de um mediador nesse processo, contribuiria para incorporar conteúdos culturais e universais frente à realidade do aluno. 
No passar do tempo e no decorrer das aulas, o professor tenta de todas as maneiras, manter a postura equilibrada, a calma e o respeito com os discentes daquela escola. Com a crescente hostilidade e falta de respeito por parte de todos os alunos, certo dia, ao chegar à sala de aula, se depara com livros queimados próximos a sua mesa. Irritado e furioso, perde a compostura, gritando e ordenando que os rapazes se retirassem da sala, e repreendendo severamente as meninas por contribuírem com o fato, e pelo comportamento de puro desrespeito e indisciplina mostrado.
Preocupado com sua atitude, desgostoso com a sua postura extremamente radical, resolve mudar seu comportamento diante da classe. Nessa proposta de rever, refletir e de organizar sua ação a partir da articulação da ação-reflexão, o professor retorna a classe e estabelece novas regras, tentando desesperadamente uma nova aproximação, demonstrando para aqueles adolescentes, que em meio ao caos e a desordem, há possibilidade de progresso, de construção e da contribuição ao processo de humanização no contexto social dos alunos.
Aos poucos, ele tenta mudar a concepção e a visão dos alunos, embutindo valores, ensinando comportamentos decentes, e a serem adultos e responsáveis por si.
Nessa postura destacada por Mark, o professor percebe que diante de uma tendência pedagógica tradicional, da autoridade de impor do docente, a atitude receptiva do aluno fez surgir uma tendência progressista libertadora, mudando a concepção do aluno frente à realidade em que se encontravam, dos temas discutidos em sala de aula, dos grupos de discussão, fazendo da escola, um lugar de diálogo livre de preceitos, onde a autonomia se torna a busca dos fundamentos das coisas.
Na proposta de ensinar e educar, o filme nos mostra a importância da boa vontade e da compreensão que o professor teve ao se deparar com aquela realidade caótica que aqueles alunos se encontravam, onde seria fácil desistir em meio a situação de extrema ignorância e falta de comprometimento dos que fazem parte do contexto escoltar, como o diretor e os professores.
Após ensinar valores e comportamentos, o professor fez com quem houvesse a mudança da realidade da classe, ensinando e enfatizando que buscassem seu próprio caminho e se orgulhassem de suas vidas, de suas aparências e suas atitudes, e aos poucos Thackeray, o mestre, conquistou a confiança de todos, agindo como um amigo e conselheiro. A partir da quebra dos paradigmas de sua metodologia, com relação às matérias que ministrava, supriu as necessidades de cada aluno, enfatizando conceitos que afetavam diretamente e faziam sentido naquele momento.
Aproveitando o clima harmonioso, Mark decide incentivar os alunos pelo gosto da cultura, convidando a todos a visitar um museu, e que até então nunca tinham feito um programa desse tipo. Com essa atitude, o professor ensina a importância da educação não formal, de sair da sala de aula, de quebrar paradigmas, de visitar museus e de aprender com a história. 
No que diz respeito à didática empregada no filme pelo professor, pode-se afirmar que os elementos da ação didática que são: o professor, o aluno, os conteúdos, os contextos e as estratégias metodológicas, foram empregadas corretamente, e consequentemente surtiu efeito positivo, principalmente pelo fato de contextualizar os temas. Articular os conhecimentos adquiridos sobre como ensinar, e refletir sobre para quem ensinar, o que ensinar e o porquê ensinar, essa sequência nos remete aos desafios da didática, o que para Comênius, a didática significa a arte de ensinar. 
Certo dia Thackeray recebe uma correspondência, ao abrir a mesma, tem uma surpresa, era a confirmação no cargo de engenheiro-assistente de uma fábrica de rádios no interior. Após receber uma calorosa e carinhosa homenagem de seus alunos, passou a refletir sobre sua decisão, se iria ou não, mas para a felicidade de todos, decidiu permanecer e continuar o seu projeto de ensinar por meio da interação professor-aluno, onde o professor deve trabalharde forma sábia, todas as questões direcionadas ao contexto social de cada aluno, buscando conhecer seus gostos, o que pensam e o que esperam da vida, contribuindo para a cidadania e ao bem estar do que os cercam.
CONCLUSÃO
O que podemos concluir então, é que a sala de aula deve ser um lugar de trocas de experiências, e do resgate de valores até então esquecidos pela sociedade.
O papel do educador vai muito além do que ensinar uma determinada disciplina, o docente em sua essência, deve ajudar e direcionar seus alunos a se tornarem críticos, acima de tudo, um pensador de opiniões, que não tenha medo de enfrentar as imposições da sociedade, e muito menos, as opiniões daqueles que quando estamos enfrentando os desafios da prática educativa, não acreditam na possibilidade do êxito.
O aluno transcende a imagem de um acumulador de conhecimentos e torna um ser participativo com suas experiências de vida e individualidade trazidas para sala de aula, dando espaço para uma relação cognitiva-social-afetiva. Este foi o papel do mestre do filme “Ao mestre com carinho”, um modelo de educador, que observou as atitudes de cada aluno, individualmente, de modo que as consequências dos comportamentos vividos por eles e a sociedade em que viviam, afetaram o modo de interagir em sala de aula. E de forma criativa e com flexibilidade de métodos e critérios, Sr. Thackeray, se preocupou com a socialização dos alunos e os mesmos responderam de forma positiva. 
REFERÊNCIAS
AO MESTRE com carinho. Direção: James Clavell. Reino Unido, 1967.
Didática / Pura Lúcia Oliver Martins – Curitiba: InterSaberes, 2012.