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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação Presencial – AP2 Período - 2º sem/2017 Disciplina: Gestão Ambiental Coordenador da Disciplina: Prof. Carlos José Guimarães Cova Aluno: ______________________________________________________ Pólo: ________________________________________________________ Só serão aceitas respostas feitas a caneta esferográfica azul ou preta; Boa sorte! Questão 1 (valor 2,0 pontos): O indicador mais amplamente utilizado para representar o nível de desenvolvimento de uma dada região ou país é a renda per capita, que pode não ser o mais apropriado para permitir uma investigação um pouco mais profunda acerca da questão. De acordo com Amartya, a avaliação das demandas de igualdade deve ajustar-se à existência de uma diversidade humana generalizada, e o efeito de se ignorar de forma deliberada estas variações interpessoais, pode ser profundamente não- igualitário. Como consequência dos trabalhos de Sen, foi instituído o IDH, como nova métrica de mensuração de bem estar. Explique o que vem a ser o IDH: Resposta: Trata-se de um índice que se propõe a medir o desempenho geral de um país, ou de uma outra coletividade, a partir de três dimensões: a longevidade de seus habitantes; os conhecimentos e o nível de vida. O IDH foi adotado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) em 1990, e ainda está em fase de consolidação dos seus métodos de trabalho. O IDH não se propõe a substituir outras medidas de bem-estar, como se fosse um indicador perfeito e acabado para representar o estágio de desenvolvimento de um país, pois isto seria substituir um reducionismo da realidade por outro, haja vista que o desenvolvimento humano é algo mais abrangente do que aquilo que o IDH consegue mensurar. Não obstante, o IDH tem sido um útil instrumento para estimular o debate sobre o desenvolvimento, enfatizando as condições de bem-estar da população, e evidenciando a necessidade do estabelecimento de uma base dados a esse respeito. (AULA 1) Questão 2 (2,0 pontos): O Planeta Terra sofreu uma série de mudanças climáticas ao longo do Século XX. Estas mudanças produziram um impacto muito intenso na vida humana, de forma que a compreensão acerca de sua dinâmica, bem como a importância do papel que cada ser humano nesse processo, constitui-se em uma necessidade cada vez mais urgente. Explique o que são os gases de efeito estufa e qual o significado do efeito estufa, bem como o papel do dióxido de carbono nessa questão: Resposta: A atmosfera do nosso planeta é uma mistura de gases com alta concentração de Nitrogênio e Oxigênio (99%). Estão presentes ainda, além de vapor de água, dióxido de carbono, ozônio, metano, compostos sulfurosos e óxido nitroso, conhecidos como gases de efeito estufa. O efeito estufa, por sua vez, é o fenômeno causado pelo acúmulo destes gases na atmosfera, provocando retenção do calor e aquecimento da superfície da terra. É importante destacar que, com relação ao conceito de gases de efeito estufa (GEE), geralmente há uma confusão no sentido de limitar essa idéia ao dióxido de carbono (CO2), o que não é correto. O dióxido de carbono é apenas o paradigma do índice de medição de emissões, ou seja, é uma referência de equivalência comparativamente aos demais gases de efeito estufa. Nesse sentido, a quantidade de GEE emitida é referenciada na quantidade equivalente de CO2. Os outros gases, como o metano e o anidrido sulfuroso também são extremamente perniciosos, enquanto poluidores atmosféricos. (AULA 10) Questão 3 (2,0 pontos): Caracterize e explique o que vem a ser a análise social de custo- benefício e diga qual a dificuldade inerente a essa análise: Resposta: A análise social de custo-benefício tem por objetivo atribuir um valor social para todos os efeitos de um determinado projeto, investimento ou política. Os efeitos positivos são considerados como sendo benefícios, e os efeitos negativos são tratados como custos. Uma vez que o objetivo do analista é comparar os custos e os benefícios, é preciso estabelecer uma métrica apropriada, ou seja, uma medida comum, ou numerário, ou unidade de conta. Na medida em que muitos dos custos são facilmente mensuráveis em termos monetários, há uma tentativa de se expressar os benefícios na mesma métrica. Não obstante, existem muitas dificuldades nessa tentativa de estabelecer um numerário comum para custos e benefícios. A principal dificuldade reside no fato de que muitos bens e serviços não são transacionados no mercado, e, por essa razão, não possuem preços definidos. Em geral, os recursos ambientais se enquadram nessa categoria. Para introduzir na análise um fator adicional de complicação, convém lembrar que o consumo das gerações futuras também deve ser levado em consideração, de tal forma a incorporar um componente de distribuição de riqueza inter-geracional. (AULA 3) . Questão 4 (2,0 pontos): Explique o que é um Estudo de Impacto Ambiental, descreva como ele deve ser sintetizado e diga se ele possui alguma força normativa: Resposta: O EIA é um procedimento de caráter analítico técnico-científico, elaborado por equipe multidisciplinar, que diz respeito à caracterização e descrição dos impactos ambientais previsíveis em virtude de obras ou de atividades a serem implantadas em determinadas áreas, com sugestões específicas relacionadas a alternativas que sejam consideradas mais apropriadas para reduzir os efeitos deletérios sobre o meio ambiente. O EIA deve ser sintetizado sob a forma de um relatório, denominado Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que deverá servir como instrumento de divulgação. Assim, o EIA é apenas um instrumento de cognição (que gera conhecimento) para formar o convencimento de um tomador de decisão, por meio da caracterização da situação de impacto ambiental possível, não tendo qualquer força normativa intrínseca (força de lei ou regulamento). No máximo, o EIA poderá conter sugestões acerca de medidas e alternativas destinadas a minimizar impactos negativos sobre o ambiente. (AULA 6). Questão 5 (2,0 pontos): A assimilação do conceito de desenvolvimento sustentável não ocorreu por igual em todos os setores industriais, nem tampouco em empresas de todos os portes. Em razão das pressões da sociedade sobre as indústrias mais poluidoras, tais como a petroquímica, a metalúrgica e o setor de papel e celulose, os prejuízos decorrentes dos passivos ambientais e de imagem forçaram uma reorientação estratégica, no sentido de uma mudança de postura com relação às questões ambientais. Por esse motivo, estes setores foram pioneiros na tentativa de incorporar os preceitos de sustentabilidade ambiental em suas ações. Na última década do século XX, ocorreram grandes pressões no sentido de que as empresas reduzissem ou mesmo eliminassem emissões, efluentes e desperdícios nas suas operações. Naquela ocasião, um dos principais óbices à adoção da gestão ambiental era a concepção dominante de que a proteção do meio ambiente e o lucro seriam mutuamente excludentes. Explique se havia razão na ocasião para que ocorresse esta crença de que o lucro e a proteção ao meio ambiente seriam mutuamente excludentes, bem como se esta crença se manteve ou foi substituída: Resposta: Na ocasião havia a suposição de que a implementação da gestão ambiental nas empresas reduziria os lucros, ao mesmo tempo em que forçaria as empresas a repassarem os custos para os consumidores, reduzindo a competitividade. Havia coerência nessa idéia, haja vista que o custo da tecnologia ambiental era elevado, porque ela não estava muito disponível e nem era tão aperfeiçoada quanto hoje. Porém, com o passar dos anos, fortaleceu-se a percepção deque as tecnologias ambientais tinham um potencial inverso, ou seja, eram capazes de reduzir custos por intermédio de uma racionalização dos processos produtivos, sobretudo no que diz respeito ao uso de insumos e na redução de desperdícios. Tal conjunto de práticas disseminou o modelo de gestão ambiental baseado no gerenciamento da qualidade total. Esse modelo de gestão ficou conhecido como ecoeficiência (que será objeto de uma de nossas aulas futuras), que se caracterizava pela capacidade de promover substituições de uso de insumos e processos e permitiu significativa economia de recursos, incrementando a produtividade e a eficiência, bem como resultando numa vantagem de custos sobre os competidores. (AULA 9)
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