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Bacharelado em 
Administração
Estratégias de 
negócio e projetos 
de investimento
Organizadora
Thaisa Bechelli Yamanaka
1o semestre de 2018 – 6a edição w
w
w.
m
et
od
ist
a.
br
Universidade Metodista de São Paulo
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Biblioteca Central da Universidade Metodista de São Paulo)
Coordenador do Curso de 
Administração:
Oswaldo Martins dos Santos Filho
Organizadora
Thaisa Bechelli Yamanaka 
Professores Autores
Emerson Bisco
Natacha Irene Rene Pouget
Wagner de Paula Gonsalez
 Assessoria Pedagógica 
Ana Claudia Betonio Rubio
Eliana Vieira dos Santos 
Luciane Moreno de Senna
Naiane Pereira de Melo
Produção de Materiais 
Didático-Pedagógicos EAD
Marcio Araujo Oliverio
Revisão 
Carlos Alberto Coelho
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO 
Rua do Sacramento, 230 - Rudge Ramos 
09640-000 São Bernardo do Campo - SP 
Tel.: 0800 889 2222 - www.metodista.br/ead
Diretor Geral
Robson Ramos de Aguiar
Conselho Diretor
Dr. Paulo Borges Campos Jr (Presidente), Aires Ademir Leal Clavel (Vice-presidente), Esther 
Lopes (Secretária). Vogais: Rev. Afranio Gonçalves Castro, Augusto Campos de Rezende, Jonas 
Adolfo Sala, Rev. Marcos Gomes Tôrres, Dr. Oscar Francisco Alves Jr., Ronilson Carassini, Valdecir 
Barreros. Suplente: Nelson Custódio Fér
Reitor: Prof. Dr. Paulo Borges Campos Junior
Coordenadora de Graduação: Alessandra Zambone
Coordenador de Pós-Graduação e Pesquisa: Prof. Drª Adriana Barroso de Azevedo
Diretoria de EAD: Robson Ramos de Aguiar
Coordenação do EAD: Prof. Ms. Marcio Araujo Oliverio
É permitido copiar, distribuir, exibir e executar a obra para uso não comercial, desde que 
dado crédito ao autor original e à Universidade Metodista de São Paulo. É vedada a 
criação de obras derivadas. Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar 
claro para outros os termos da licença desta obra
Un3e Universidade Metodista de São Paulo
 Estratégias de negócio e projetos de investimento / Universidade 
 Metodista de São Paulo. Organizadora Thaisa Bechelli Yamanaka. 
 6.ed. São Bernardo do Campo : Ed. do Autor, 2017.
 157 p. (Cadernos didáticos Metodista - Campus EAD)
 Bibliografia
 ISBN 978-85-7814-362-6 
 1. Estratégia - Negócios 2. Investimentos - Projetos I. Yamanaka, 
Thaisa Bechelli II. Título.
CDD 658
ex
pe
di
en
te
Bacharelado em 
Administração
Estratégias de 
negócio e projetos 
de investimento
Organizadora
Thaisa Bechelli Yamanaka
SÃO BERNARDO DO CAMPO
1o semestre de 2018 – 6a edição
UMESP
ap
re
se
nt
aç
ão
Palavra do Reitor
Estimado(a) aluno(a) do Campus EAD Metodista,
Receba os nossos votos de um feliz ano novo!
Este é o Guia de Estudos do seu curso. Ele foi escrito e organizado pelos seus 
professores e pela equipe EAD, a fim de que você possa desenvolver ainda mais seu 
aprendizado ao longo do semestre. Cada texto escrito tem relação com o conteúdo 
da aula e é indicado para complementar seus estudos semanais. 
Nossa dedicação e empenho têm sido para expandir os polos de apoio pre-
sencial de forma a levar a educação para você com a maior qualidade possível, 
sempre pensando na forma mais eficaz de gerar interações entre docente e discente.
Temos novidades! Oferecemos um novo modelo de EAD, flexibilizando ainda 
mais as possibilidades de estudo. Agora, além dos cursos semipresenciais e total-
mente online, oferecemos ao aluno a opção entre comparecer ao polo ou assistir às 
aulas de onde estiver, utilizando um computador, notebook, tablet ou smartphone 
com acesso à internet.
Em 2017, trabalhamos na elaboração do nosso Plano de Desenvolvimento 
Institucional – PDI, que nos permitirá ter uma melhor compreensão de nosso desem-
penho constante da proposta inicial do PDI 2007/2016 e comparar a situação atual e 
futura da Instituição, com vistas a sanar fragilidades que tenham sido identificadas.
Reconhecendo a importância do PDI para a Universidade, concretizaremos os 
planos da UMESP para os próximos anos, deixando explícitas nossa missão institu-
cional e as estratégias para atingirmos as metas e os objetivos propostos, articulando 
as ações para a manutenção de nossos padrões de qualidade.
Gratidão a você, caro(a) aluno(a), que escolheu para sua formação a Univer-
sidade Metodista de São Paulo, confiando a nós este grande desafio de educar! 
Desejamos um excelente semestre! 
Prof. Dr. Paulo Borges Campos Júnior 
Reitor
Universidade Metodista de São Paulo
6
Caros(as) alunos(as), 
Bem-vindos(as) ao curso de Administração na 
modalidade a distância!
O Guia de Estudos é composto por textos elaborados pelos professores, 
com o intuito de abordar a teoria, os principais conceitos, as características 
e as aplicações práticas de temas específicos e importantes na formação do 
administrador.
Com o foco em você, aluno(a), esse material foi especialmente elaborado 
para atender as necessidades de aprendizagem, proporcionando uma leitura 
atualizada, interessante e agradável, sendo ao mesmo tempo formativa e 
informativa.
Os textos presentes neste Guia de Estudos também oferecem base para 
o desenvolvimento das atividades de Práticas Administrativas (cursados do 3º 
ao 6º período) e do Plano de Negócios (cursado no 8º período). No decorrer 
da leitura, você perceberá a inter-relação dos textos, ajudando-o(a) a compre-
ender a interação entre os assuntos
No decorrer do curso, a medida em que acontecem as teleaulas, as 
aulas-atividades e que você executa os exercícios propostos no Leitura @tiva, 
o processo de aprendizagem se torna mais fluido. Por esse motivo, é funda-
mental que seja feita a leitura dos textos e atividades propostas. O constante 
esclarecimento de dúvidas com professores(as) temáticos(as) e auxiliares 
também é fundamental para seu processo de aprendizado, garantindo a ex-
celência do mesmo.
Esperamos que os conteúdos ora aqui apresentados sejam por você 
apreciados, compreendidos e utilizados na prática cotidiana, para o seu cres-
cimento pessoal e principalmente profissional.
Bons estudos!
Oswaldo Martins dos Santos Filho
Coordenador do Curso de
Administração - EAD
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Universidade Metodista de São Paulo
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Administração
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Módulo: Projetos de Investimento e Financia-
mento
Formação de Preço e Enquadramento Fiscal
O ponto de equilíbrio
O fluxo de caixa e as estimativas de receitas, custos, 
despesas e impostos
O Valor Presente Líquido - VPL, A taxa interna de 
retorno - TIR e os paybacks simples e descontado
O Custo de Capital como TMA
Desenvolvimento Completo de Estudos de Projetos 
de Investimento e Financiamento - O Caso Ômicron
Projeto: Uma ferramenta estratégica para alcançar a 
vantagem competitiva
Conhecendo as fases de um Projeto
Módulo: Estratégia de Negócios
Iniciando o Planejamento estratégico
Desenvolvimento do objetivos estratégicos
Aplicação da análise estratégica de Mercado
Variações de unidades estratégicas
su
m
ár
io
Formação de preço e 
enquadramento fiscal
Objetivos:
- Demonstrar o que é e como o mark-
-up deve ser calculado;
- Apresentar a formação de preço de 
acordo com o Enquadramento Fiscal 
da empresa;
- Exemplificar o impacto da formação 
de preço de acordo com o Enquadra-
mento Fiscal e os pontos mais impor-
tantes entre as diferenças de preços de 
acordo com o Enquadramento.
Prof. Emerson Bisco
Projetos de investimento e 
financiamento
Módulo
www.metodista.br/ead
Introdução
Olá meu caro aluno! Neste material abordaremos o tema a formação de preço e o enquadra-
mento fiscal e sua implicância na formação de preço de produtos, mercadorias e serviços.
A ideiaprincipal deste tema é lhe proporcionar uma visão abrangente de como as empresas 
devem obedecer a certos critérios no que tange ao recolhimento de impostos e o impacto que estes 
têm na formação de preço. Com isto você irá perceber que não se pode deixar de levar em conside-
ração que impostos que a empresa paga e como se deve proceder para que estes sejam repassados 
ao preço de venda, afinal é sempre o consumidor final que arcará com esta despesa.
O que é Preço?
Existem diversas definições de preços e cada uma delas está ligada com a área em que está se 
aplicando este conceito. Mais especificamente, em economia, contabilidade, finanças, administração 
e negócios, a palavra preço é o valor monetário expresso através de um valor (número) e que está 
associado a uma mercadoria, produto ou serviço.
Toda empresa, seja ela uma indústria, um comércio ou uma prestadora de serviços, precisa 
determinar com a maior precisão possível, seus preços de venda sob pena de arcar com as conse-
quências acerca deste fato: perder mercado por estabelecer preços altos demais ou contrariamente 
sofrer prejuízos pela venda de seus produtos, mercadorias e serviços abaixo dos gastos envolvidos 
na empresa como um todo.
As empresas visam lucro, logo precisam vender seus produtos, mercadorias ou serviços de 
maneira que estas vendas sejam capazes de cobrir todos os gastos envolvidos em uma empresa: 
custos, despesas e impostos.
Basicamente, a formação do preço de venda pode ser simplificada pela equação Custo + Lucro 
+ Despesas + Impostos = Preço de Venda.
Alguns fatores externos à empresa também podem influenciar os preços: a concorrência, a 
aceitação do mercado, objetivos da empresa em determinado momento. Basicamente a formação de 
preço está atrelada ao interesse da empresa e logicamente esta deseja obter a melhor rentabilidade 
possível, seja no presente ou em um futuro. Por isto que as empresas procuram sempre conter seus 
gastos o máximo possível: a grande concorrência em praticamente todos os setores faz com que 
novas empresas surjam mais “enxutas”. Empresas mais compacta e melhor planejada têm menos 
custos e despesas, com maior capacidade de produção, e consequentemente com maior vantagem 
competitiva, o que acaba impactando diretamente no valor do preço de venda.
Podemos notar que a formação de preços é muito mais complexa do que apenas o levanta-
mento dos custos e despesas para se chegar a um valor que se quer “ganhar”. Obviamente dentre 
as variáveis que estão fora do controle da empresa, como concorrência, mudanças econômicas, 
mudanças de costume dos consumidores, imagem da empresa no mercado entre outros, devem 
ser analisadas em paralelo aos objetivos da empresa e sua necessidade de cobrir custos e despesas.
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www.metodista.br/ead
Segundo o Sebrae (2016), além do aspecto financeiro, a definição do preço de venda deve 
levar em conta o aspecto mercadológico. O preço deverá estar próximo do praticado pelos concor-
rentes diretos da mesma categoria de produto e de qualidade. Também devem ser considerados 
o nível de conhecimento de marca, o tempo de mercado, o volume de vendas já conquistado e a 
agressividade da concorrência. 
Mas o lado racional da formação de preços, que é aquele que se calcula o valor do preço de 
venda com base nos gastos que a empresa tem, com o levantamento de todos os custos, despesas e 
impostos, adicionando-se a margem de ganho que a empresa quer ter, deve ser utilizado por todas 
as empresas. Além de se chegar ao preço que se precisam vender seus produtos, mercadorias ou 
serviços, o cálculo do preço de venda baseado nos gastos da empresa permite que ela também possa 
analisar toda sua estrutura de custos e despesas e tomar decisões acerca de processos produtivos e 
despesas com administração, vendas entre outras, permitindo ao administrador corrigir ou melhorar 
o desempenho da empresa cada vez mais.
Talvez depois de ter lido isto, você possa começar a enxergar a “ponta do iceberg” da formação 
de preço e a sua complexidade e importância da estrutura de custos de uma empresa. Apesar de 
existirem fatores exógenos mais fortes que a empresa possa controlar, a luta pela redução de custos 
e despesas sempre será essencial para a formação de preço e manutenção da competitividade da 
empresa.
Desta forma, a contabilidade de custos vem contribuir com seus métodos de cálculo, ajudan-
do o administrador a estruturar os gastos, organizando-os através dos padrões estabelecidos pelos 
sistemas de Custeio por Absorção e Custeio Variável/Direto.
Os impostos sobre as vendas
Existem alguns impostos que surgem somente no momento em que a empresa efetua suas 
vendas. Esses impostos são chamados de impostos diretos, porque estão diretamente ligados à ven-
da/atividade da empresa. Não é a intenção deste tópico se aprofundar no assunto, até porque este 
é complexo e envolve assuntos jurídicos também, além de que a área fiscal é extremamente ampla 
e complexa em nosso país e as leis mudam rapidamente. Sem contar que alguns segmentos, deter-
minadas empresas possuem uma legislação específica para o cálculo e recolhimento dos impostos.
Mas basicamente toda empresa paga alguns impostos sobre o valor das suas vendas. Os im-
postos mais conhecidos que são calculados com base no valor das vendas são o ICMS – Imposto 
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o IPI – Impostos sobre Produtos Industrializados, o PIS 
– Programa de Integração Social e a COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
e o ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
Estes impostos também devem entrar na composição do preço de venda e sempre quem arca 
com eles é o consumidor final.
Universidade Metodista de São Paulo
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Formação de preços utilizando a técnica do cálculo por dentro
Para a formação de preço é necessário utilizar uma técnica matemática chamada cálculo por 
dentro. Esta técnica permite que após determinado o valor dos gastos que serão a base para calcular 
o preço, seja possível “embutir” a margem de lucratividade e as alíquotas de impostos que a empresa 
paga, para que assim, após a empresa deduzir todos os seus gastos, incluindo os impostos, tenha a 
sobra do lucro no qual ela desejava.
Vamos observar com detalhes como uma pessoa, que desconhece esta técnica, formaria o 
preço de algum produto aleatório com base nos gastos que a empresa incorreu.
Utilizando o Markup ou Mark-up para formar preço
Quando falamos em impostos, abordamos alguns métodos de cálculos de impostos diretos 
e indiretos no qual estes são representados por uma alíquota em percentual, como por exemplo, o 
ICMS a ser pago é de 18%, o IRPJ é de 15% entre outros.
Para que possamos formar o preço de um produto é necessário que a empresa determine a 
uma margem de lucratividade que deseja ter, além é claro, de incluir as alíquotas de impostos, pois 
como já dito, o consumidor final sempre que arcará com os impostos.
Uma técnica muito utilizada para o cálculo do preço dos produtos, com a inclusão dos impos-
tos e margem de lucratividade e caso existam, outras alíquotas, como bonificação para vendedores, 
entre outros é chamada de Markup.
Em português, Markup significa taxa de marcação, que é um fator normalmente designado em 
percentual aplicado sobre o gasto total dos produtos, mercadorias ou serviços para que seja encon-
trado o valor de venda destes respectivos produtos, mercadorias ou serviços. No Markup devem ser 
incluídos todos os fatores que se deseja cobrar no preço de venda, como tributos, comissões, taxas 
de franquia, margem de lucro desejada e o que mais se achar viável, de acordo com a estratégia de 
venda da empresa.
Vamos à um exemplo:
Vamos supor que determinado produto de uma empresa possua os seguintes percentuais 
incidentes sobre o preço de venda:
- Impostos sobre vendas: 17% - Lucro desejado: 15% então temos: 17% + 15% = 32%
Utilizandoo quociente acima, devemos subtraí-lo de 1, então temos: 1- 0,32 = 0,68 ou 68%
Assim encontramos o valor do Markup, que será utilizado juntamente com os gastos que 
empresa tem em uma fórmula já conhecida:
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Preço de venda = gastos variáveis / Markup
Formação de preços baseado no sistema de custeio variável/direto
Neste método, a margem de lucro é calculada somente sobre a soma dos gastos variáveis e não 
sobre a soma do total de custos com o total das despesas, como é feito no Custeio por Absorção. A 
formação de preço pelo custeio variável/direto faz com que a empresa encontre o valor do preço de 
venda do que ela comercializa sem contar com os gastos fixos. Isso indica que, ela ficará dependente 
da venda de uma quantidade mínima de produtos/mercadorias ou serviços que sejam capazes de 
gerar uma margem de contribuição que suficiente para cobrir os gastos fixos e gerar lucro. É exata-
mente aqui que o estudo sobre formação de preços começa a ficar um tanto mais complexo, pois 
ele envolve algumas variáveis que devem ser levadas em consideração quando se forma um preço 
de venda. A metodologia de cálculo é a mesma que utilizamos no custeio por absorção, apenas se 
diferenciando, como já mencionado, a utilização exclusiva dos gastos variáveis e embutindo a mar-
gem de lucro e os impostos. Então, a fórmula de cálculo sofre uma pequena mudança ficando assim:
Preço de Venda = Gastos Variáveis / (100% - valor percentual da margem de lucro - % impostos 
sobre vendas)
Vamos utilizar os seguintes dados e aplicar este conceito para verificar a diferença de preço 
encontrada nos dois sistemas de custeio, considerando uma margem de lucratividade de 30% e 18% 
de impostos sobre vendas novamente:
Preço de Venda = 250,00 / (100% - 30% - 18%)
Preço de Venda = 250,00/ 0,52 – (52% é a mesma coisa que 0,52 só que em decimal)
Preço de Venda = 480,77
Conferindo se chegamos aos 30% de margem de lucratividade, que no custeio variável devemos 
considerar a margem de contribuição:
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Observe que no Custeio Variável/Direto a margem de lucratividade aparecerá no Resultado da mar-
gem de Contribuição. Isto porque no Custeio Variável Direto foi utilizado apenas os gastos variáveis 
para formar o preço, sendo que os custos fixos ficaram fora do cálculo. Veremos mais adiante, que 
formar preço pelo Custeio Variável/Direto é a maneira mais correta, mas que implica em descobrir 
qual será a quantidade mínima que a empresa precisa vender para conseguir cobrir todos os Gastos 
Fixos também.
Considerações finais:
 No custeio variável/direto, apenas os gastos variáveis são considerados. Isto ajuda a “flexibili-
zar” a formação de preço e isolar aqueles gastos que ocorrem independente da quantidade vendida 
de produtos, mercadorias ou serviços. Desta maneira fica mais adequado calcular preço de vendas 
para quantidades específicas permitindo que a empresa atenda diferentes demandas com preços 
diferenciados, uma vez que o gasto fixo, por ser um tipo de gasto que tem um valor relativamente 
mais baixo quando o comparamos com o custo de matérias primas ou mão-de-obra, por exemplo.
E para que você entenda mais tecnicamente o nome do que foi feito no momento do cálculo 
do preço de venda, a conta 100% - percentual da margem de lucro - % da alíquota dos impostos 
sobre vendas, que no exemplo foi 100% - 30% - 18% = 52% ou em decimal, que é como deve ser 
feito na calculadora, 1 - 0,3 – 0,18 = 0,52. Este resultado 52% ou 052 é chamado de mark-up.
Então Mark-up é um índice que indica o quanto o valor de venda do produto deve estar aci-
ma de seus gastos variáveis e dos impostos sobre vendas para que a empresa, após deduzir estes 
impostos e gastos consiga obter, em percentual, a margem de contribuição desejada.
O Enquadramento fiscal e a formação de preço - Introdução
Como a carga tributária é alta no Brasil, esta consequentemente impacta na formação de 
preço dos produtos, serviços e mercadorias, já que os impostos devem ser embutidos no preço de 
venda. De acordo com o enquadramento fiscal, a formação de preço deverá ter algumas variações 
em função da metodologia de cálculo dos impostos, já que para cada enquadramento fiscal, além de 
ser diferente a maneira de cálculo de dois impostos (IRPJ e CSLL) grande parte dos impostos diretos 
tem alíquotas e regras diferentes para cada enquadramento fiscal.
Para que você possa entender melhor, a seguir será apresentado um exemplo para demonstrar 
como que a formação de preço deve levar em consideração a carga tributária e consequentemente 
o enquadramento fiscal, pois não se obtém os mesmos resultados em enquadramentos diferentes 
mesmo que a empresa tenha o mesmo valor de vendas, de custos e despesas. Para isto, veja esta 
empresa fictícia, e imagine que supostamente ela pudesse escolher qualquer um dos enquadramen-
tos fiscais. Tomando como base os dados abaixo e elaborando a DRE com base nos três enquadra-
mentos, veja a grande diferença de resultados obtidos por cada um dos enquadramentos em um 
determinado mês.
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www.metodista.br/ead
Nesta comparação, há a suposição de que a empresa não está formando o preço de venda 
de seus produtos, mercadorias ou serviços com base no seu enquadramento fiscal. Ou seja, inde-
pendente de qual enquadramento ela faça parte, o preço de venda é igual para todos. Obviamente 
esta é uma situação atípica, que raramente poderá ser aplicada na realidade, devido a limitação que 
cada enquadramento fiscal impõe. Mas este exemplo serve para mostrara você, que de acordo com 
o enquadramento fiscal da empresa, o preço de venda tem de ser afetado, pois caso isso não ocorra 
levaria à resultados catastróficos para a empresa, como demonstrados anteriormente.
Para encerrar a apuração do Resultado pelo Custeio Variável/Direto (somente ilustração):
Universidade Metodista de São Paulo
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O que é Preço? – Introdução
A ideia principal deste tema é lhe proporcionar uma visão abrangente de como as empresas 
devem obedecer a certos critérios no que se refere ao recolhimento de impostos e o impacto que 
estes têm na formação de preço. Com isto você irá perceber que não se pode deixar de levar em 
consideração que impostos que a empresa paga e como se deve proceder para que estes sejam 
repassados ao preço de venda, pois afinal, é sempre o consumidor final que arcará com esta despesa.
Existem diversas definições de preços, e cada uma delas está ligada com a área em que está se 
aplicando este conceito. Mais especificamente, em economia, contabilidade, finanças, administração 
e negócios, a palavra preço é o valor monetário expresso através de um valor (número) e que está 
associado a uma mercadoria, produto ou serviço.
Toda empresa, seja ela uma indústria, um comércio ou uma prestadora de serviços, precisa 
determinar com a maior precisão possível, seus preços de venda sob pena de arcar com as conse-
quências acerca deste fato: perder mercado por estabelecer preços altos demais, ou contrariamente, 
sofrer prejuízos pela venda de seus produtos, mercadorias e serviços abaixo dos gastos envolvidos 
na empresa como um todo. As empresas visam lucro, logo precisam vender seus produtos, merca-
dorias ou serviços de maneira que estas vendas sejam capazes de cobrir todos os gastos envolvidos 
em uma empresa: custos, despesas e impostos.
Alguns fatores externos à empresa também podem influenciar os preços: a concorrência, a 
aceitação do mercado, objetivos da empresa em determinado momento. Basicamente a formação 
de preço está atrelada ao interesse da empresa e logicamente esta deseja obter a melhor renta-
bilidade possível, seja no presente ou em um futuro. Por isto que as empresas procuram sempre 
conter seus gastos o máximo possível: a grande concorrência em praticamente todos os setores 
faz com que novas empresas surjam mais “enxutas”, com uma estruturade custos menor, que a faz 
mais competitiva. Empresas mais compacta e melhor planejada têm menos custos e despesas, com 
maior capacidade de produção, e consequentemente com maior vantagem competitiva, o que acaba 
impactando diretamente no valor do preço de venda.
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Desta maneira é possível notar que a formação de preços é muito mais complexa do que apenas 
o levantamento dos custos e despesas para se chegar a um valor que se quer “ganhar”. Obviamente 
dentre as variáveis que estão fora do controle da empresa, como concorrência, mudanças econômi-
cas, mudanças de costume dos consumidores, imagem da empresa no mercado entre outros, devem 
ser analisadas em paralelo aos objetivos da empresa e sua necessidade de cobrir custos e despesas.
Segundo o SEBRAE (2016) “além do aspecto financeiro, a 
definição do preço de venda deve levar em conta o aspecto merc-
adológico. O preço deverá estar próximo do praticado pelos con-
correntes diretos da mesma categoria de produto e de qualidade. 
Também devem ser considerados o nível de conhecimento de 
marca, o tempo de mercado, o volume de vendas já conquistado e 
a agressividade da concorrência”.
Mas o lado racional da formação de preços, que é aquele que se calcula o valor do preço de 
venda com base nos gastos que a empresa tem, com o levantamento de todos os custos, despesas 
e impostos, adicionando-se a margem de ganho que a empresa quer obter, deve ser utilizado por 
todas as empresas. Além de se chegar ao preço que se precisam vender seus produtos, merca-
dorias ou serviços, o cálculo do preço de venda baseado nos gastos da empresa permite que ela 
também possa analisar toda sua estrutura de custos e despesas e tomar decisões acerca de proces-
sos produtivos e despesas com administração, vendas entre outras, permitindo ao administrador 
corrigir ou melhorar o desempenho da empresa cada vez mais.
Talvez depois de ter lido isto, você possa começar a enxergar a “ponta do iceberg” da forma-
ção de preço e a sua complexidade e importância da estrutura de custos de uma empresa. Apesar 
de existirem fatores externos mais fortes que a empresa possa controlar, a luta pela redução de 
custos e despesas sempre será essencial para a formação de preço e manutenção da competitivi-
dade da empresa.
Os Impostos sobre as Vendas
Existem alguns impostos que surgem somente no momento em que a empresa efetua suas 
vendas. Não é a intenção deste tópico se aprofundar no assunto, até porque este é complexo e 
envolve assuntos jurídicos também, além de que a área fiscal é extremamente ampla e complexa 
em nosso país e as leis mudam rapidamente. Sem contar que alguns segmentos, determinadas 
empresas possuem uma legislação específica para o cálculo e recolhimento de alguns impostos. 
Mas basicamente toda empresa paga alguns impostos sobre o valor das suas vendas. Os impostos 
mais conhecidos que são calculados com base no valor das vendas são:
- ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;
- IPI – Impostos sobre Produtos Industrializados;
- PIS – Programa de Integração Social;
- COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social;
- ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
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Estes impostos também devem entrar na composição do preço de venda e sempre quem 
arca com eles é o consumidor final.
Formação de preços utilizando a técnica do cálculo por dentro
Para a formação de preço é necessário utilizar uma técnica matemática chamada cálculo 
por dentro. Esta técnica permite que após determinado o valor dos gastos que serão a base para 
calcular o preço, seja possível “embutir” a margem de lucratividade e as alíquotas de impostos 
que a empresa paga, para que assim, após a empresa deduzir todos os seus gastos, incluindo os 
impostos, tenha a sobra do lucro no qual ela desejava. Para isto é necessário o cálculo do Markup, 
que nada mais é que um coeficiente que fará a inclusão de todos os valores percentuais que de-
verão constar no preço de venda, como por exemplo, os impostos, a margem de lucratividade, 
entre outros, de acordo com a necessidade da empresa.
Utilizando o Markup ou Mark-Up para formar preço
Quando os assuntos são impostos, serão abordados alguns métodos de cálculos de impostos 
diretos e indiretos no qual estes são representados por uma alíquota em percentual, como por 
exemplo, o ICMS a ser pago é de 18%, o IRPJ é de 15% entre outros. Para que seja possível formar 
o preço de um produto é necessário que a empresa determine a uma margem de lucratividade 
que deseja obter, além é claro, de incluir as alíquotas de impostos, pois como já dito, o consumidor 
final sempre que arcará com os impostos.
Uma técnica muito utilizada para o cálculo do preço dos produtos, com a inclusão dos 
impostos e margem de lucratividade e caso existam, outras alíquotas, como bonificação para 
vendedores, entre outros é chamada de Markup.
Em português, Markup significa taxa de marcação, que é um fator normalmente designado 
em percentual aplicado sobre o gasto dos produtos, mercadorias ou serviços (de acordo com o 
sistema de custeio adotado) para que seja encontrado o valor de venda destes respectivos produtos, 
mercadorias ou serviços. No Markup devem ser incluídos todos os fatores que se deseja cobrar no 
preço de venda, como tributos, comissões, taxas de franquia, margem de lucratividade desejada 
e o que mais se achar viável, de acordo com a estratégia de venda da empresa.
Exemplo: Supondo que determinado produto de uma empresa possua os seguintes percen-
tuais incidentes sobre o preço de venda:
- Impostos sobre vendas: 17%
- Lucro desejado: 15%
então somando: 17% + 15% = 32%
Utilizando o quociente acima, deve-se subtraí-lo de 1 para encontrar o Markup: 100% - 32% 
= 68% ou em decimal 1 – 0,32 = 0,68
Assim encontramos o valor do Markup, que será utilizado juntamente com os gastos que 
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empresa tem em uma fórmula:
Preço de Venda = Gastos Variáveis / Markup
Mark-up é um índice que indica o quanto o valor de venda do produto deve estar 
acima de seus gastos variáveis e dos impostos sobre vendas para que a empresa, após 
deduzir estes impostos e gastos consiga obter, em percentual, a margem de contribuição 
desejada.
Formação de Preços baseado no Sistema de Custeio Variável/Direto
Neste método, a margem de lucro é calculada somente sobre a soma dos gastos variáveis e 
não sobre a soma do total de custos com o total das despesas, como é feito no Sistema de Custeio 
por Absorção. A formação de preço pelo custeio variável/direto faz com que a empresa encontre o 
valor do preço de venda do que ela comercializa sem contar com os gastos fixos. Isso indica que, 
ela ficará dependente da venda de uma quantidade mínima de produtos/mercadorias ou serviços 
que sejam capazes de gerar uma margem de contribuição que suficiente para cobrir os gastos 
fixos e gerar lucro. É exatamente aqui que o estudo sobre formação de preços começa a ficar um 
tanto mais complexo, pois ele envolve algumas variáveis que devem ser levadas em consideração 
quando se forma um preço de venda. Veja um exemplo utilizando os seguintes dados e aplicando 
o conceito de Markup, considerando uma margem de lucratividade de 30% e 18% de impostos 
sobre vendas novamente:
Markup = 100% - 30% - 18% = 52% ou em decimal 1 - 0,3 - 0,18 = 0,52
Preço de Venda = 250,00/ 0,52 – (52% é a mesma coisa que 0,52 só que em decimal)
Preço de Venda = 480,77
Conferindo se a empresa obteve 30% de margem de lucratividade: (lembre-se que no custeio 
variável/direto, a margem de lucratividade será encontrada na Margem de Contribuição da DRE:
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Observe que no Custeio Variável/Direto a margem de lucratividade aparecerá no resultado 
da Margem de Contribuição. Isto porque no Custeio Variável Direto foiutilizado apenas os gastos 
variáveis para formar o preço, sendo que os custos fixos ficaram fora do cálculo. Veremos mais 
adiante, que formar preço pelo Custeio Variável/Direto é a maneira mais correta, mas que implica 
em descobrir qual será a quantidade mínima que a empresa precisa vender para conseguir cobrir 
todos os Gastos Fixos também.
Considerações finais:
No custeio variável/direto, apenas os gastos variáveis são considerados. Isto ajuda a “flexi-
bilizar” a formação de preço e isolar aqueles gastos que ocorrem independente da quantidade 
vendida de produtos, mercadorias ou serviços. Desta maneira fica mais adequado calcular preço 
de vendas para quantidades específicas permitindo que a empresa atenda diferentes demandas 
com preços diferenciados, uma vez que o gasto fixo, por ser um tipo de gasto que tem um valor 
relativamente mais baixo quando o comparamos com o custo de matérias primas ou mão-de-
obra, por exemplo.
A formação de preço no enquadramento fiscal Simples Nacional
Como o Simples Nacional é o enquadramento no qual todos os impostos são aglutinados 
em uma única alíquota e o valor dos impostos sobre venda é calculado utilizando esta alíquota 
multiplicando sobre o valor da Receita de Vendas Bruta, fica muito fácil de calcular o Markup e 
o preço de venda dos produtos, mercadorias e serviços de empresas que fazem parte deste en-
quadramento fiscal.
Veja um exemplo para ficar mais prático e fácil o entendimento: a empresa Delta, que com-
ercializa componentes de borracha para indústrias automobilísticas, incorreu nos seguintes custos 
e despesas durante o mês de março de 2011:
Sabendo que a empresa está enquadrada no sistema de tributação Simples Nacional e que 
sua alíquota é de 11,61% com base em seu faturamento, calcule o preço de venda unitário deste 
determinado produto, sabendo que a empresa produziu 20.000 unidades e deseja obter 25% de 
lucro sobre a Receita Bruta. Depois efetue a Montagem da Demonstração do Resultado do Exercício 
pelo Sistema de Custeio Variável/Direto considerando que toda produção foi vendida.
1° passo: Calcular o Markup:
Para facilitar fica melhor sempre utilizar os números no formato decimal: 100% - 36,61% 
= 63,39%, em decimal isto deve ser digitado na sua máquina de calcular da seguinte forma: 1 – 
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0,3661 = 0,6339.
2° passo: Classificar os gastos: no sistema de custeio por Variável/direto, basta utilizar os 
gastos variáveis. Então, com base em nossa tabela anterior de gastos tem-se os seguintes Gastos 
Variáveis:
E aproveitando que já se está sendo feito o agrupamento dos gastos de acordo com a clas-
sificação que será utilizada na DRE, pode agrupar os Custos Fixos:
E assim tem-se todas as classificações necessárias para compor a DRE e formar o preço de 
venda:
No sistema de custeio variável/direto, deve-se utilizar apenas os Gastos Variáveis na conta 
de formação de preço, pois é a Margem de Contribuição que tem que apresentar o ganho de 
25% desejado pela empresa. Isto porque os gastos fixos representam a parcela de gastos que a 
empresa tem independente da quantidade vendida. Desta maneira o administrador consegue 
isolar os gastos fixos e analisar apenas os gastos que ocorrem quando a empresa está vendendo 
seu produto, mercadoria ou serviço. Outro ponto importante é que a visão do administrador pode 
ser focada para os gastos envolvidos no processo produtivo da empresa e nos gastos fixos, que 
independem das vendas da empresa ficando mais fácil “atacar” pontos críticos de gastos ou até 
desperdícios. Isto faz com se tenha maior controle dos gastos, de forma mais detalhada e isolada 
fazendo com que o administrador consiga aumentar a rentabilidade e competitividade da empresa 
através do controle de gastos. Sendo assim, o sistema de custeio variável/direto é utilizado para 
tomada de decisões, de uso exclusivo da empresa, não sendo possível utilizá-lo para atender o 
fisco ou algum órgão governamental.
3° passo: calculando o preço de venda - Como gasto variável unitário é de 102.000,00, ba-
star encontrar o gasto por unidade, dividindo este valor pelas quantidades produzidas: 102.000,00 
/ 20.000 unidades = 5,10 por unidade. Aplicando o Markup:
Preço de Venda = 5,10 / 0,6339 = 8,05
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4° passo: Agora basta apurar o resultado pelo Custeio Variável/Direto e verificar se a margem 
de lucratividade de 25% será atingida com a venda das 20.000 unidades:
A formação de preço no enquadramento fiscal Lucro Presumido
Após a apresentação do processo de cálculo do Markup e do preço de venda no Simples 
Nacional, você irá avançar um pouco mais e entender como funciona a formação de preço para 
uma empresa que está enquadrada no Lucro Presumido.
A maneira de se calcular o preço de venda para as empresas que estão neste enquadramento 
fiscal é um pouco mais complexa, pois, diferente do Simples Nacional, que considera apenas 
uma alíquota única de impostos sobre vendas e que dentro desta alíquota encontram-se dois 
impostos que não são considerados impostos sobre vendas, que é a Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido – CSLL e o Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ, o calculo de formação de preço 
requer mais detalhes. Desta forma os impostos sobre vendas, são aqueles que são calculados 
sobre o valor total das vendas, ou Receita Bruta de Vendas. São eles: o Imposto sobre Circulação 
de Mercadorias e Serviços – ICMS, o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, o Programa de 
Integração Social – PIS, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS e o 
Imposto sobre Serviços – ISS. Há também outros dois impostos, que não são calculados com base 
no valor total das vendas, mas sim sobre o que a empresa deixa de lucro. Estes dois impostos são: 
a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL e o Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ.
No caso do enquadramento fiscal Lucro Presumido, que possui um sistema de cálculo que 
presume o quanto a empresa obtém de Lucro com base no valor de suas vendas, pode deixar 
confusa esta explicação, pois como foi dito, estes dois impostos não são calculados com base no 
valor das vendas. Tome cuidado, pois o valor das vendas é tomado apenas como referência para se 
encontrar um Lucro no qual o governo instituiu alíquotas para se chegar a um valor de lucro com 
base no segmento que a empresa atua. Isto foi feito para evitar que as empresas manipulassem 
seus custos e despesas para diminuir o lucro fiscal para pagar menos CSLL e IRPJ, já que quando 
se aplica uma alíquota para encontrar o lucro presumido, ignoram-se todos os custos e despesas 
que a empresa teve.
Com base nisto, entenda como se calcula o valor do preço de venda neste enquadramento 
fiscal.
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Formando o preço de Venda
Para calcular o Markup, se faz necessário fazer a soma de todas as alíquotas de impostos e 
margem de lucratividade que a empresa deseja obter. Mas como no Lucro Presumido existem mais 
dois impostos que não são calculados diretamente com base no valor das vendas, é necessário des-
cobrir a alíquota correta para incluir no cálculo do Markup. Então veja como isso funciona: no Lucro 
Presumido uma empresa paga de CSLL e IRPJ a alíquota de 9% e 15% respectivamente sobre outra 
alíquota de presunção que é aplicada sobre o valor de vendas, como a seguir:
* No Lucro Presumido existe a variável do excedente do Imposto de Renda, que é 10% 
sobre o valor que exceder a 20.000,00 na no mês do Lucro Presumido, ou seja, quando se faz 
a conta do Valor da Receita Bruta de Vendas multiplicada pela alíquota de Presunção do IRPJ, 
se encontra o valor do Lucro Presumido do Imposto de Renda no qual será aplicado a alíquota 
do imposto, que é de 15%. Neste valor de Lucro Presumido, caso tenha ultrapassado o valor 
de 20.000,00 tem-se que calcular o excedente de 10% sobre o valor queultrapassou 20.000,00. 
Como este valor sempre será variável e impossível de se prever se faz necessário um ajuste na 
alíquota de IRPJ para que o valor do excedente também seja embutido no preço de venda do 
produto. Caso a empresa já saiba que não haverá pagamento de excedente porque o valor de 
sua Receita Bruta de Vendas não atinge valores que faça com que o Lucro Presumido mensal 
não ultrapasse 20.000,00, então não é necessário nenhum ajuste. E caso a empresa já tenha a 
perspectiva de que o valor do Lucro Presumindo irá ultrapassar 20.000,00 sugere-se que ao 
invés de utilizar a alíquota de 15% para formar o preço, utilize a alíquota de 22% para que o 
excedente do IRPJ também esteja incluso no preço de venda de maneira aproximada, já que 
cada empresa terá Receitas diferentes e consequentemente este ajuste deveria ser diferente. No 
exemplo anterior, como a empresa não teve um valor de Lucro Presumido acima de 20.000,00, 
a alíquota do imposto de renda utilizada para formar o preço de venda, não sofreu nenhum 
ajuste, fica em 15%.
Aqui tem-se uma pequena regra matemática, que pode ser aplicada para simplificar o cálculo 
dos impostos e conseguir transformar duas alíquotas, a de presunção e a dos impostos propriamente 
ditas, em apenas uma, já que precisamos embutir ela na conta do Markup.
Veja só: se a empresa paga 15% de IRPJ sobre o valor que foi encontrado aplicando a alíquota 
de presunção, que aqui neste exemplo foi de 8%, então pode-se multiplicar estas duas alíquotas para 
se chegar a uma única e usá-la no cálculo do Markup. E o mesmo é válido para a CSLL: se a empresa 
paga 9% sobre uma alíquota de 12%, basta multiplicar estas duas alíquotas para termos uma única. 
Fazendo as contas para conferir:
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Na tabela acima, no IRPJ basta multiplicar a alíquota de presunção e a alíquota do imposto: 8% 
X 15% = 1,2% (0,08 X 015 = 0,012) e a mesma coisa para a CSLL: 12% X 9% = 1,08% (0,12 X 0,09 = 
0,0108). Se utilizar o valor destas alíquotas que foram calculadas e aplica-las sobre o valor da Receita 
Bruta de Vendas que foi utilizada no cálculo anterior, o resultado será exatamente o mesmo que 
calcular estes impostos passo a passo:
Então para embutir o valor dos impostos no cálculo do Markup para o custeio variável/direto, 
não se deve esquecer-se de fazer esta conta para incluir o IRPJ e a CSLL, pois não será possível ao 
final da apuração do resultado chegar ao valor de lucro líquido desejado pela empresa.
Veja um exemplo completo para que você compreenda todo o processo: A empresa 
Remendão Ltda. fabrica pneus para carros. Seu faturamento anual está por volta de 45.000.000,00, 
enquadrando-a no sistema de tributação pelo Lucro Presumido. Em determinado mês, a empresa 
incorreu nos seguintes custos e despesas para a fabricação de 50.000 unidades de pneus:
Sabendo-se que as alíquotas de impostos que essa empresa paga, são:
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A empresa almeja conseguir um lucro de 15% após o pagamento de todos os impostos, in-
cluindo CSLL e IRPJ. Pede-se: calcule o preço de venda unitário de cada pneu e depois efetue a mon-
tagem da DRE pelo valor de venda de toda a produção pelo sistema de Custeio por Variável/direto.
1° Passo: Cálculo do Markup:
2° passo: Classificação dos gastos:
3° passo: calcular o preço de venda:
4° passo: apurar o resultado e verificar se a empresa obteve a lucratividade desejada no custeio 
variável/direto:
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Aqui no Custeio Variável/Direto, tem-se que tomar a Margem de Contribuição para verificar se 
a empresa fez as contas corretamente para estabelecer o preço de venda e conseguir atingir a mar-
gem de lucratividade de 15%. Se olharmos o valor do ”check” da Margem de Contribuição veremos 
que é 17,843% e a empresa desejava uma lucratividade de 15%.
Mas temos que levar em contra que essa lucratividade deve ser líquida, ou seja, a empresa de-
seja obter 15% depois de pagar os impostos. Como ainda existem dois impostos a serem deduzidos 
da Margem de Contribuição, que são o IRPJ e a CSLL, então se retirarmos o valor percentual destes 
impostos do valor de 17,84% que encontramos, verificaremos que todas as contas estão corretas, 
pois o resultado será de 15%. Veja:
Lembre-se, no Custeio Variável/Direto, o check da Margem de Contribuição está in-
cluso o IRPJ e CSLL, pois a Margem de Contribuição deve cobrir também estes dois impos-
tos.
A formação de preço no enquadramento fiscal Lucro Real
O enquadramento Lucro Real possui o diferencial, quando comparado com o Lucro Presumido, 
de que a empresa vai pagar seus dois impostos (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL 
e o Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ) que incidem sobre o verdadeiro lucro da empresa. 
Ou seja, a empresa calcula o IRPJ e CSLL sobre o lucro obtido após a dedução de todos os outros 
impostos que incidem sobre as vendas e os gastos (custos e despesas), e diferentemente do Lucro 
Presumido, no qual se tem de aplicar a alíquota de presunção para descobrir o Lucro Presumido 
para assim aplicar as alíquotas destes dois impostos, ignorando todas as deduções que a empresa 
tem impostos diretos, custos e despesas. Da mesma maneira, nos enquadramentos Simples Nacio-
nal e Lucro Presumido o processo é o mesmo: se tem que calcular o Markup para conseguir chegar 
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ao preço de venda. Como o IRPJ e a CSLL incidem apenas sobre o lucro que a empresa obteve e 
nesta etapa ainda não se tem o preço de venda, não é possível incluir estes dois impostos na conta. 
Posteriormente, quando for abordado o tema sobre Ponto de Equilíbrio será apresentado como se 
procede para ajustar as quantidades necessárias para se obter o lucro desejado pela empresa após 
ela pagar estes dois impostos. Veja um exemplo completo para entender todo o processo: A empresa 
Remendão Ltda. fabrica pneus para carros. Seu faturamento anual está por volta de 45.000.000,00, 
enquadrando-a no sistema de tributação pelo Lucro Real. Em determinado mês, a empresa incorreu 
nos seguintes custos e despesas para a fabricação de 50.000 unidades de pneus:
Sabendo-se que as alíquotas de impostos que essa empresa paga, são:
A empresa almeja conseguir um lucro de 15% após o pagamento de todos os impostos, in-
cluindo CSLL e IRPJ. Pede-se: calcule o preço de venda unitário de cada pneu e depois efetue a mon-
tagem da DRE pelo valor de venda de toda a produção pelo sistema de custeio por variável/direto.
1° Passo: Cálculo do Markup:
2° passo: Já se tem o Markup, então basta classificar gastos em variáveis e fixos e descobrir o 
valor do gasto variável unitário:
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3° passo: calcular o preço de venda:
4° passo: apurar o resultado e verificar se a empresa obteve a lucratividade desejada no custeio 
variável/direto:
No custeio variável/direto, utiliza-se a Margem de Contribuição para verificar se a empresa 
fez as contas corretamente para estabelecer o preço de venda e conseguir atingir a margem de 
lucratividade de 15%. Notem que a empresa teve prejuízo, logo não tem que pagar o IRPJ e CSLL. 
Caso a empresa tenha lucro, tem-se que aplicar as alíquotas de IRPJ e CSLL sobre o valor do LAIR – 
Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social, em uma conta de percentual simples para 
se obter os valores destes impostos.
Comparativo de Formação de Preço: Simples Nacional, Lucro Presumido 
e Lucro Real
 Você acabou de entender como funciona a inclusão de todos os impostos na formação de 
preço de produtos, mercadorias ou serviço em todos os enquadramentos fiscais. Devo deixar claro 
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que a metodologia aqui apresentada demonstra a inclusão de todos os impostos e alíquotas que a 
empresa deseja repassar ao preço final do produto. As grandes maiorias dos livros que abordam o 
assunto não incluemo IRPJ e a CSLL na formação de preço e quando a empresa desconta estes dois 
impostos do seu lucro, a lucratividade desejada não é atingida, ficando evidenciada no Lucro Antes 
do Imposto de Renda (LAIR). Isto para as empresas que são enquadradas no Lucro Presumido e Lucro 
Real, já que o Simples Nacional tem o IRPJ e CSLL inclusas na sua alíquota que incide sobre os valores 
das vendas. Para mim, como professor de finanças, não vejo sentido querer uma lucratividade que 
ainda se tem de pagar impostos sobre ela. 
Acredito que o estudo fica mais consistente quando o valor final (Resultado Líquido ou Lucro 
Líquido) representa exatamente a lucratividade que a empresa deseja. Por este motivo resolvi fazer 
toda esta demonstração nos cálculos deste material. 
Para efeito de comparação e aplicando tudo o que foi demonstrado, veja um exemplo de uma 
empresa fictícia que poderia estar em qualquer um dos Enquadramentos Fiscais, e com base nisto e 
no lucro desejado, veja qual seria o impacto no valor final de seu produto para que pudesse atingir 
a margem de lucratividade que foi estabelecida. Então supondo que esta determinada empresa, que 
deseja uma margem de lucratividade de 20% sobre suas vendas, tenha os seguintes gastos para a 
produção de 20.000 unidades de um produto que comercializa:
Supondo que a alíquota para o Simples Nacional desta empresa seja 10,82%, o preço de venda 
com a margem de lucratividade de 20% seria:
Agora basta apurar o resultado do exercício pelo custeio variável direto e verificar se a lucrativi-
dade de 20% desejada pela empresa foi atingida. Lembrando que esta lucratividade deverá aparecer 
na Margem de Contribuição, já que estamos utilizando o Sistema de Custeio Variável/Direto que é 
o mais indicado para fins gerencias e mais aplicado em Contabilidade Gerencial. Montando a 
Demonstração de Resultado - DRE para verificar se tudo está correto:
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Notem uma pequeníssima diferença no resultado de 0,01%. Isto é por causa do arredondamento 
feito no preço de venda no momento da divisão do custo unitário pelo mark-up (5,25 / 0,6918) que 
daria 7,588898526, mas como nossa moeda tem apenas duas casas depois da vírgula, o preço de 
venda foi arredondado para 7,59 e isto impactou nesta diferença que é irrelevante. Outro detalhe é 
que não temos os valores de IRPJ e CSLL destacadas, pois como já dito, no Simples Nacional estes 
impostos estão embutidos na alíquota única e não se faz necessário a separação deles.
No Enquadramento Fiscal Lucro Presumido, é necessário construir o novo preço de venda já 
que a metodologia e as alíquotas dos impostos são outras. Vamos supor que esta empresa pagaria 
as seguintes alíquotas caso ela estivesse enquadrada no Lucro Presumido:
Então o preço de venda unitário ficaria:
Apurando o resultado com base neste preço de venda:
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Reparem que no Lucro Presumido, o IRPJ e CSLL estão destacados e são calculados com base 
no valor das vendas para encontrar a base de presunção e assim aplicar a alíquota de cada imposto.
 Por termos embutido no valor de vendas os impostos que são mais caros quando compara-
dos com o Simples Nacional, o preço de venda unitário aumentou e consequentemente a empresa 
teve um lucro líquido maior que no Simples Nacional. Lembrando que a Margem de Contribuição 
deve representar a lucratividade de 20% que a empresa deseja ter. Como o IRPJ e a CSSL também 
foram incluídos, a margem de lucratividade terá o valor maior que 20% pois no momento em que 
se retiram estes dois impostos o valor deve ser de 20%: 22,3% - 1,08% - 1,2% = 20,02%. Novamente 
a pequena diferença se deve aos arredondamentos já comentados.
 E por último no Enquadramento Fiscal Lucro Real, se tem que recalcular novamente o preço 
de venda em função das alíquotas diferentes que a empresa pagaria caso estivesse enquadrada nele. 
Supondo que a empresa pagasse as seguintes alíquotas caso estive enquadrada no Lucro Real:
Efetuando o cálculo para descobrir o preço de venda novo:
Notem que o preço de venda é o maior quando comparado aos outros enquadramentos, 
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Simples Nacional e Lucro Presumido, pois aqui no Lucro Real a carga tributária é maior. Como essa 
carga tributária foi toda transferida para o preço de venda, obviamente que este preço de venda 
unitário seja maior que a dos outros enquadramentos.
 Apurando o resultado para verificar se está correto:
Comparados todos os resultados dos três enquadramentos fiscais podemos notar que o Lucro 
Presumindo é o que proporciona uma maior lucratividade, mesmo pagando mais IRPJ e CSLL. Isto 
porque a carga tributária de impostos sobre vendas é menor que a do Lucro Real. Quando comparado 
ao Simples Nacional, que tem uma menor carga tributária, o Lucro Presumido ainda leva vantagem 
porque os impostos foram embutidos no preço de venda, o que fez com que os preços ficassem 
maiores, gerando este lucro. Obviamente está sendo levada em consideração uma situação hipotética 
no qual o preço de venda não influencia na demanda. Outro detalhe importante é que não existe 
regra para determinar qual enquadramento é o que proporciona maior lucratividade, pois cada em-
presa e situação irá determinar um resultado diferente que pode levar à escolha do enquadramento 
mais adequado. Logo sempre é necessário fazer as devidas contas para se descobrir qual vai ser o 
enquadramento que vai proporcionar um maior lucro.
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Comparando o valor de venda idêntico nos três Enquadramentos Fiscais
 Como visto, fica claro que o enquadramento fiscal influencia o preço de venda dos produtos, 
mercadorias e serviços. Mas imagine uma situação similar a anterior, onde a empresa possa escolher 
qual enquadramento fiscal deseja ter, mas que independente de qual enquadramento escolha, ela irá 
praticar o mesmo preço de venda do seu produto. Então, utilizando os mesmos dados dos exemplos 
anteriores veja os resultados a empresa teria caso vendesse seu produto por 8,00, que foi escolhido 
aleatoriamente, sem cálculo nenhum de markup ou de preço.
 Esta comparação serve para mostrar a importância que a escolha do enquadramento fiscal e a 
formação de preço com base nos impostos têm para as empresas, pois muitas delas, principalmente 
microempresas, empresas de pequeno porte e até algumas empresas de médio porte não calculam 
seus preços de vendas levando em consideração o enquadramento fiscal. Elas apenas adotam um 
preço médio de mercado, muitas vezes tomando como base o valor do preço de seus concorrentes 
ou produtos similares, o que, do ponto de vista econômico-financeiro é um grande erro.
Em qualquer um dos enquadramentos fiscais, a receita bruta seria a mesma, pois o preço de 
venda unitário é o mesmo e a quantidade vendida também para os três enquadramentos. Mas a 
carga tributária deve ser respeitada com base no enquadramento fiscal e os impostos devem ser 
recolhidos conforme a legislação determina. Isto impactaria diretamente no resultado final da em-
presa, alterando drasticamente seu Resultado Líquido conforme foi demonstrado acima.
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O Ponto de Equilíbrio
Objetivos:
- Demonstrar quais são os três tipos de 
Pontos de Equilíbrio;
- Aplicar os Pontos de Equilíbrio de 
acordo com cada Enquadramento 
Fiscal e a sua respectiva formação de 
preço;
- Analisar e conferir os resultados obti-
dos com os pontos de equilíbrio.
Prof. Emerson Bisco
Projetos de investimento e 
financiamento
Módulo
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O Ponto de Equilíbrio
Também conhecido como Break Even Point é o método no qual é possível calcular o volume 
que a empresa precisa produzir ou vender para que consiga cobrir todos os custos e despesas fixas, 
além de, obviamente, cobrir os custos e despesas variáveis que ela necessariamente temde incorrer 
para fabricar/vender o produto, mercadoria ou serviço. No ponto de equilíbrio necessariamente não 
há lucro ou prejuízo, de uma maneira simplificada. A partir do momento em que a empresa venda 
volumes adicionais superiores à quantidade definida como Ponto de Equilíbrio, então ela passa a ter 
lucros. A principal função do Ponto de Equilíbrio é estabelecer uma meta mínima de venda necessária 
para empresa não tenha prejuízo. Uma vez calculado o Ponto de Equilíbrio, se a empresa não conse-
guir atingir a venda da quantidade calculada, então ela passará a ter prejuízo. Mas também existem 
outros tipos de pontos de equilíbrio que, por exemplo, definem a quantidade a ser vendida paras 
se obter um lucro. Isso também será apresentado na sequência. O cálculo do Ponto de Equilíbrio 
envolve apenas o sistema de custeio variável/direto, visto que nas fórmulas que serão apresentadas 
adiante, sempre será utilizada a Margem de Contribuição, e como ela só faz parte deste sistema de 
custeio, deve-se ficar restritos a ele quando se trata deste tema.
 Apesar de ser uma ferramenta simples e fácil de calcular, a falta da definição do Ponto de 
Equilíbrio para qualquer empresa, principalmente para as Microempresas e Empresas de Pequeno 
porte, é o fator crucial para a falta de planejamento e direcionamento a ser seguido. Segundo o 
Sebrae (2016), cerca de 73% das microempresas fecham no primeiro ano de vida.
 Muitas vezes as pessoas movidas pelo impulso de ser independente, deixa de lado o racional, 
que seria fazer um estudo mais profundo da viabilidade de abertura de um negócio, e abrem suas 
empresas na expectativa de que elas deem certo. Quando fecham as portas, geralmente seus pro-
prietários culpam o governo, a instabilidade política, a falta de crédito, altos custos. Mas isto deveria 
ter sido analisado pelo proprietário antes de abrir sua empresa.
 Já em empresas de médio e grande porte, a probabilidade disso acontecer é menor, em fun-
ção de elas já terem desenvolvido um controle interno de custos e métodos de formação de preço 
e quantidades a serem vendidas impostas pelo mercado. Para estas empresas, no qual a competi-
tividade é grande, pequenos erros podem causar sérios problemas financeiros. Unindo tudo isto às 
agressivas ações de marketing, ultrapassar o ponto de equilíbrio fica mais fácil.
Tipos de Ponto de Equilíbrio
Existem três tipos de Ponto de Equilíbrio:
- Ponto de Equilíbrio Contábil,
- Ponto de Equilíbrio Econômico e
- Ponto de Equilíbrio Financeiro
Ponto de Equilíbrio Contábil: é a definição mais comum e mais utilizada, a clássica. O Ponto 
de Equilíbrio Contábil é a maneira no qual se calcula a quantidade a ser vendida pela empresa de 
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produto, mercadoria ou serviço suficiente para gerar uma Receita Bruta de Vendas que deverá cobrir 
todos os impostos, custos e despesas e não obter nem lucro nem prejuízo.
A partir de uma unidade a mais vendida das quantidades apuradas pelo Ponto de Equilíbrio, 
a empresa começa a obter lucro. A fórmula do Ponto de Equilíbrio Contábil é:
Ponto de Equilíbrio Econômico: no ponto de equilíbrio contábil, encontra-se as quantidades 
necessárias somente para cobrir todos os custos e despesas fixos, sem a obtenção de lucro. Já no 
Ponto de Equilíbrio Econômico a empresa pode calcular as quantidades que deve produzir/vender 
para obter o lucro, em valor monetário que deseja. Assim a fórmula é bem similar à do PEC, apenas 
apresentando a inclusão do valor do lucro desejado aos Gastos Fixos na fórmula. Então se tem:
Ponto de Equilíbrio Financeiro: Para o cálculo deste Ponto de Equilíbrio, é necessário levar 
em consideração os conceitos econômicos e financeiros aplicados em finanças e contabilidade. 
Quando se tem um resultado econômico, este valor representa ganhos ou gastos que a empresa 
efetivamente não incorreu, ou seja, não entrou ou saiu de seu caixa. Um exemplo clássico de gasto 
econômico é a depreciação, que é lançada como despesa na DRE, mas que efetivamente a empresa 
não desembolsou dinheiro.
 Por exemplo, os gastos fixos de uma empresa somam 5.000,00 e existe a parcela de 300,00 
embutidas no custo fixo referente a depreciação. Logo o valor a ser utilizado é de 4.700,00 (5.000,00 
– 300,00), representando a verdadeira situação financeira da empresa. Assim, ficamos com a seguinte 
fórmula:
Vale lembrar que o cálculo do PEF leva a empresa estar equilibrando-se financeiramente, mas 
estará com prejuízo econômico de 300,00 já que não estará conseguindo recupera-se da parcela 
consumida de seu Ativo Imobilizado, impossibilitando que ela possa fazer a reposição de algum equi-
pamento, veículo ou outros, uma vez que ela não estará recuperando este valor para conseguir ter 
dinheiro no futuro para tal troca. O PEF deve ser utilizado como um limitador máximo de um cenário 
pessimista para a empresa, pois apesar de a empresa não ter conseguido fazer reserva financeira 
para a reposição de seus Imobilizados, ela ainda não teve prejuízo financeiro.
O Cálculo do Ponto de Equilíbrio
O Ponto de Equilíbrio vem completar o conjunto necessário para uma perfeita tomada de 
decisão. Até agora, foi explanado como classificar custos e despesas, depois o impacto dos impos-
tos e por fim como calcular o preço de venda. Com o Ponto de Equilíbrio é possível descobrir as 
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quantidades mínimas que uma empresa deve vender de seus produtos, mercadorias ou serviços 
para, pelo menos, não incorrer em prejuízo. Desta maneira a empresa poderá minimizar erros de 
estratégias de vendas e estabelecer suas metas e vendas e obter assim, o resultado que busca. Para 
aqueles que desejam abrir uma empresa, calcular o ponto de equilíbrio e verificar a quantidade de 
produtos, mercadorias ou serviços que tem de vender é um ótimo indicativo para ser analisado e 
poderá impactar na decisão desta abertura, já que o empresário saberá quanto tem de vender para 
obter o resultado que busca. Para ficar mais claro, veja um exemplo no qual é aplicado o conceito 
de Ponto de Equilíbrio:
A empresa Delta, que comercializa componentes de borracha para a indústria automobilística, 
incorreu nos seguintes custos e despesas durante o mês de março de 20X1:
Sabendo que a empresa paga a alíquota de impostos sobre vendas de 11,61%, calcule o preço 
de venda unitário deste determinado produto, sabendo que foram produzidos 20.000 unidades e 
a empresa deseja obter um Lucro de 25%. Em seguida descubra qual a quantidade mínima que a 
empresa precisa vender para obter o Ponto de Equilíbrio. Faça a Montagem da Demonstração do 
Resultado do Exercício pelo Sistema de Custeio Variável/Direto e confira se a empresa não obteve 
nem lucro, nem prejuízo.
Apenas para o exemplo ficar completo se deve começar da mesma maneira que foi feito 
quando se calculou o preço de venda, pois na fórmula do Ponto de Equilíbrio, é necessário o uso 
do valor da Margem de Contribuição Unitária e este valor só se obtém depois que se calcula o valor 
do preço de venda.
1° passo: Classificar Custos e Despesas, Variáveis e Fixos:
2° passo: Calcular o Mark-up:
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3° passo: Apurar os custos e despesas da empresa, classificando-os e calculando o gasto 
por unidade produzida:
4°passo: Agora basta aplicar a fórmula do Ponto de Equilíbrio Contábil e descobrir as 
quantidades necessárias para não ter nem Lucro nem Prejuízo. Como nas fórmulas dos Pon-
tos de Equilíbrio se faz necessário a utilização da Margem de Contribuição Unitária, ou seja, a 
Margem de cada uma unidade do produto, é preciso calcular este valor primeiro.
A empresa Delta precisaria vender pelo menos 14.488 unidades para não ter prejuízo. 
Tome cuidado, no valor de 14.488, foi feito um arredondamento, pois o valor exato da 
conta é de 14.488,43902 unidades. Como não tem como vender “pedaço” do produto(casas 
decimais), se tem de arredondar o valor, o que vai impactar em uma pequena diferença no 
momento que se apura o resultado. Fique atento!
6°passo: Verificando se o resultado está correto:
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Notem que se tem uma pequena diferença, mas que é irrelevante no resultado final. Isto é o 
impacto de dois arredondamentos que fizemos: um é o do preço de venda e o outro é das quanti-
dades vendidas. Mas isto não tem relevância, como já dito, servindo apenas como alerta para que 
você não ache que está fazendo errado.
7°passo: Aplicando o conceito do Ponto de Equilíbrio Econômico. Como já explicado, no 
Ponto de Equilíbrio Econômico se tem a inclusão do valor monetário que a empresa deseja 
obter de Lucro. Então basta apenas incluir este na fórmula, juntamente com os Gastos Fixos 
para descobrir qual a quantidade necessária a ser vendida para obter este Lucro.
Supondo que neste exemplo, a empresa deseja obter um lucro de 50.000,00 com a venda de 
um único produto. Então calculando a quantidade necessária a ser vendida a parir da fórmula:
Na fórmula, basta apenas incluir o valor do lucro desejado pela empresa, pois o valor da Mar-
gem de Contribuição Unitária já havia sido calculado anteriormente. Novamente se tem um valor 
arredondado de 39.297 unidades, sendo que o valor sem arredondamento seria de 39.297,40994, 
com uma pequena diferença irrelevante no resultado final em função deste arredondamento.
Outro detalhe importante é que na fórmula está sendo utilizado o valor monetário que 
empresa deseja obter. Não faça confusão com o cálculo da formação de preço, no qual utili-
zamos o valor que a empresa deseja obter em percentual. São cálculos totalmente distintos: 
aqui utilizamos o quanto a empresa deseja ter de lucro em dinheiro e não um percentual sobre 
suas vendas. Note que existe uma diferença bem grande.
Apurando o resultado para verificar se a empresa consegue obter o lucro de 50.000,00 com a 
venda de 39.297 unidades:
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8°passo: E por fim, se tem o Ponto de Equilíbrio Financeiro, no qual a empresa quer 
isolar aqueles gastos que não representaram uma efetiva saída de dinheiro de seu caixa. As 
depreciações se encaixam perfeitamente nesta situação, pois elas são lançadas na DRE como Custo 
ou Despesa, mas que a empresa não desembolsou um centavo. Houve apenas uma perda do valor 
do bem que a empresa tem. Neste exemplo se tem a depreciação das Máquinas, no valor de 400,00. 
Então, aplicando na fórmula:
Vendendo a quantidade de 14.290 unidades a empresa conseguiria pagar todos os seus gastos 
fixos e variáveis, juntamente com os impostos. As depreciações, como não significam pagamentos 
que envolvem saída de dinheiro, não teriam impacto financeiro na empresa. Agora basta conferir se 
esta quantidade vendida é realmente suficiente para pagar todos os gastos e impostos da empresa 
com exceção da depreciação.
Notem que a empresa fica com um Prejuízo Líquido de 400,01. Este prejuízo é o valor 
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da Depreciação, que foi excluída da conta do Ponto de Equilíbrio. A diferença de 0,01 centa-
vo é referente ao arredondamento das quantidades a serem vendidas, conforme comentado 
anteriormente.
Então o Ponto de Equilíbrio Financeiro, como o próprio nome diz, revela a quantidade a ser 
vendida suficiente para a cobertura dos gastos que efetivamente serão pagos. Gastos que representam 
apenas uma situação econômica, ou seja, que não sairá dinheiro do caixa da empresa para pagá-lo, 
não entra neste cálculo. Isto porque a empresa faz várias análises, e que na pior das hipóteses, ela 
tem que vender a quantidade suficiente para cobrir seus gastos financeiros, podendo deixar de lado 
temporariamente estes gastos econômicos. Mas isto não pode se estender por muito tempo, visto 
que um gasto econômico como a depreciação, é lançada como um custo ou despesa e apesar de 
não participar da formação de preço do produto, mercadoria ou serviço a empresa precisa lucrar o 
suficiente para também ter capacidade de efetuar substituições, manutenções e modernizações, já 
que constantemente, máquinas e equipamentos evoluem, surgindo novos modelos mais eficientes.
O Ponto de Equilíbrio e a relação com os Enquadramentos Fiscais
A partir de agora será apresentado como os Enquadramentos Fiscais irão modificar o Ponto de 
Equilíbrio. Como já abordado anteriormente, o tipo de Enquadramento Fiscal impacta diretamente 
no valor do preço de venda de produtos, mercadorias e serviços. Sendo assim, uma determinada 
quantidade a ser vendida para cobrir os gastos fixos de uma empresa enquadrada no Simples Na-
cional, por exemplo, não será a mesma quantidade a ser vendida por outra empresa enquadrada no 
Lucro Presumindo ou Real, por exemplo. 
O Ponto de Equilíbrio no enquadramento fiscal Simples Nacional
O Ponto de Equilíbrio vem completar o conjunto necessário para uma perfeita tomada de 
decisão. Até agora, foi demonstrado como o Enquadramento Fiscal das empresas funciona e como 
ele impacta no preço de venda. Com o Ponto de Equilíbrio será possível descobrir as quantidades 
mínimas que uma empresa deve vender de seus produtos, mercadorias ou serviços para, pelo me-
nos, não incorrer em prejuízo, mas levando em consideração também, o Enquadramento Fiscal ao 
qual ela faz parte. 
No Simples Nacional é bem fácil calcular o ponto de equilíbrio, já que o exemplo que foi apre-
sentado anteriormente já foi calculado como sendo uma empresa enquadrada nele, pois a empresa 
paga somente uma única alíquota de impostos sobre vendas. O enunciado era o seguinte:
A empresa Delta, que comercializa componentes de borracha para a indústria automobilística, 
incorreu nos seguintes custos e despesas durante o mês de março de 20X1:
Sabendo que a empresa paga a alíquota de impostos sobre vendas de 11,61%, calcule o pre-
ço de venda unitário deste determinado produto, sabendo que foram produzidas 20.000 unidades 
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e a empresa deseja obter um lucro de 25%. Em seguida descubra qual a quantidade mínima que 
a empresa precisa vender para obter o ponto de equilíbrio e faça a Montagem da Demonstração 
do Resultado do Exercício - DRE pelo sistema de custeio variável/direto e confira se a empresa não 
obteve nem lucro, nem prejuízo.
1° passo: Classificar Custos e Despesas, Variáveis e Fixos:
2° passo: Calcular o Markup:
3° passo: Apurar os custos e despesas da empresa, classificando-os e calculando o gasto 
por unidade produzida:
4°passo: Agora basta aplicar a fórmula do Ponto de Equilíbrio Contábil e descobrir as 
quantidades necessárias para não ter nem Lucro nem Prejuízo. Como na fórmula precisamos 
da Margem de Contribuição por unidade do produto, é necessário calcular este valor primeiro. 
Então temos:
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5°passo: Aplicando na Fórmula:
A empresa Delta precisaria vender pelo menos 14.488 unidades para não ter prejuízo. 
Tome cuidado, no valor de 14.488, foi feito um arredondamento, pois o valor exato da 
conta é de 14.488,43902 unidades. Como não tem como vender “pedaço” do produto, se tem 
de arredondar o valor, o que vai impactar em uma pequena diferença no momento que fomos 
apurar o resultado. Fique atento!
6°passo: Verificando se o resultado está correto:
7°passo: Agora aplicando o conceito do Ponto de Equilíbrio Econômico. Como já explicado, 
no Ponto de Equilíbrio Econômico se tem a inclusão do valor monetário, que a empresa deseja 
obter. Então basta apenas incluir este e aplicar na fórmula para descobrir qual a quantidade 
necessária a ser vendida para obter este lucro.
 Supondo que neste exemplo, a empresa deseja obter um lucro de 50.000,00 com a venda de 
um único produto. Então calcularemos a quantidade necessária a ser vendida a parir da fórmula:
Na fórmula, basta apenas incluir o valor do lucro desejado pelaempresa, pois o valor da Mar-
gem de Contribuição Unitária nós já havíamos calculado anteriormente. Novamente se tem um valor 
arredondado de 39.297 unidades, sendo que o valor sem arredondamento seria de 39.297,40994. 
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Novamente tem-se uma pequena diferença irrelevante no resultado final em função deste arredon-
damento.
Outro detalhe é que na fórmula está sendo utilizado o valor monetário que empresa de-
seja obter. Não faça confusão com o cálculo da formação de preço, no qual utilizamos o valor 
que a empresa deseja obter em percentual. São cálculos totalmente distintos: aqui utilizamos 
o quanto a empresa deseja ter de lucro em dinheiro e não um percentual sobre suas vendas. 
Note que existe uma diferença bem grande.
Apurando o resultado para verificar se a empresa consegue obter o lucro de 50.000,00 com a 
venda de 39.297 unidades:
8°passo: E por fim, se tem o Ponto de Equilíbrio Financeiro, no qual a empresa quer 
isolar aqueles gastos que não representaram uma efetiva saída de dinheiro de seu caixa. As 
depreciações se encaixam perfeitamente nesta situação, pois elas são lançadas na DRE como Custo 
ou Despesa, mas que a empresa não desembolsou um centavo. Houve apenas uma perda do valor 
do bem que a empresa tem. Neste exemplo se tem a depreciação das Máquinas, no valor de 400,00. 
Então, aplicando na fórmula teríamos:
Vendendo a quantidade de 14.290 unidades, a empresa conseguiria pagar todos os seus gastos 
fixos e variáveis, juntamente com os impostos. As depreciações, como não significam pagamentos 
que envolvem saída de dinheiro, não teriam impacto financeiro na empresa. Vamos conferir se esta 
quantidade vendida é realmente suficiente para pagar todos os gastos e impostos da empresa com 
exceção da depreciação.
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O Ponto de Equilíbrio no enquadramento fiscal Lucro Presumido
No Lucro Presumido, se faz necessário o acréscimo de alguns pequenos detalhes quando 
comparado ao Simples Nacional. Neste enquadramento será necessária a inclusão de outros dois 
impostos: o IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica e CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido. A metodologia é bem similar, apenas sendo necessárias algumas contas a mais para que 
seja possível que tudo fique certo. Veja no exemplo a seguir quais são estes detalhe: A empresa 
Remendão Ltda. fabrica pneus para carros. Seu faturamento anual está por volta de 45.000.000,00, 
enquadrando-a no sistema de tributação pelo Lucro Presumido. Em determinado mês, a empresa 
incorreu nos seguintes custos e despesas para a fabricação de 50.000 unidades de pneus:
Sabendo-se que as alíquotas de impostos que essa empresa paga, são:
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A empresa almeja conseguir um lucro de 15% após o pagamento de todos os impostos, in-
cluindo CSLL e IRPJ. Sendo assim, calcule o preço de venda unitário de cada pneu e depois efetue a 
montagem da DRE pelo valor de venda de toda a produção pelo sistema de Custeio por Absorção.
1° Passo: Cálculo do Markup:
2° passo: Apurar os custos e despesas da empresa, classificando-os e calculando o gasto 
por unidade produzida:
3° passo: calcular o preço de venda:
Agora é necessário calcular a Margem de Contribuição Unitária para que assim seja possível 
calcular todos os Pontos de Equilíbrio. Apenas é necessário também descontar o IRPJ e a CSLL da 
conta onde se calcula a Margem. Veja como fica:
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Aplicando na Fórmula:
Então a empresa Remendão precisaria vender pelo menos 55.739 unidades para não 
ter prejuízo. 
Tome cuidado, no valor de 55.739, pois foi feito um arredondamento, sendo que o 
valor exato da conta é de 55.739,60516 unidades. Como não tem como vender “pedaço” 
do produto, tem-se que arredondar o valor. Isto vai ocasionar uma pequena diferença no 
momento que se for apurar o resultado. Fique atento!
Verificando se o resultado está correto:
Note uma pequena diferença (o resultado deveria ser “zero”), mas que é irrelevante. 
Isto é o impacto de dois arredondamentos que fizemos: um é o do preço de venda e o outro 
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é das quantidades vendidas (calculada no Ponto de Equilíbrio). Caso a Margem de Contri-
buição Unitária não tivesse sido calculada com quatro casas decimais, esta diferença poderia 
ser maior. Mas esta diferença de 0,16 é desprezível, ou seja, a conta do Ponto de Equilíbrio 
foi feita corretamente.
O próximo passo é aplicar o conceito e a metodologia do Ponto de Equilíbrio Econômico. 
Como já explicado, no Ponto de Equilíbrio Econômico tem-se a inclusão do valor monetário, que 
a empresa deseja obter. Então basta apenas incluir este e aplicar na fórmula para descobrir qual 
a quantidade necessária a ser vendida para obter este lucro.
 Supondo que neste exemplo, a empresa deseja obter um lucro de 50.000,00 com a venda 
de um único produto. Então deve-se calcular a quantidade necessária a ser vendida a parir da 
fórmula:
Na fórmula, basta apenas incluir o valor do lucro desejado pela empresa, pois o valor da 
Margem de Contribuição Unitária já foi previamente calculado. Novamente tem-se um valor ar-
redondado de 69.468 unidades, sendo que o valor sem arredondamento seria de 69.467,32565. 
Este arredondamento causará uma pequena diferença irrelevante no resultado final.
Um detalhe importante é que na fórmula do Ponto de Equilíbrio utiliza-se o valor 
monetário que empresa deseja obter. Cuidado para não fazer confusão com o cálculo da 
formação de preço, no qual é utilizado um percentual de Margem de Lucratividade. São 
cálculos totalmente distintos: a Margem de Lucratividade é para formar o preço de venda e 
obter a Margem de Contribuição e o valor do Lucro que a empresa deseja obter é um valor 
monetário que deverá resultar na DRE como Lucro Líquido.
Apurando o resultado para verificar se a empresa consegue obter o lucro de 50.000,00 com 
a venda de 69.468 unidades:
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E por fim, calculando o Ponto de Equilíbrio Financeiro, no qual a empresa precisa isolar 
aqueles gastos que não representaram uma efetiva saída de dinheiro de seu caixa. As depreciações 
se encaixam perfeitamente nesta situação, pois elas são lançadas na DRE como Custo ou Despesa, 
mas que a empresa não desembolsou um centavo. Neste exemplo a depreciação das Máquinas 
foi no valor de 27.000,00. Então, aplicando na fórmula, tem-se:
Vendendo a quantidade de 48.325 unidades, a empresa conseguiria pagar todos os seus 
gastos fixos e variáveis, juntamente com os impostos. As depreciações, como não significam paga-
mentos que envolvem saída de dinheiro, não teriam impacto financeiro na empresa. A seguir veja 
a conferência de que esta quantidade vendida é realmente suficiente para pagar todos os gastos 
e impostos da empresa com exceção da depreciação.
Notem que a empresa ficaria com um Prejuízo Líquido de 27.001,46. Este prejuízo é o valor 
da Depreciação, que foi excluída da conta do Ponto de Equilíbrio. A diferença de 1,46 centavos é 
referente ao arredondamento das quantidades a serem vendidas, pois o valor da depreciação é 
de 27.000,00.
O Ponto de Equilíbrio no Enquadramento Fiscal Lucro Real
 Este é o último tipo de enquadramento fiscal que será utilizado no cálculo do Ponto de 
Equilíbrio. Como a formação de preço já foi apresentada, será necessária apenas a atenção em 
alguns pontos para que se possa fazer a conta devidamente correta, já que nos enquadramentos 
Simples Nacional e Lucro Presumido a metodologia de cálculo do IRPJ e da CSLL é um pouco dife-
rente quando comparado ao Lucro Real. 
 No Lucro Real, é necessário percorrer o mesmo caminho para a formação de preço, calculo 
do Mark-up e o preço de venda. Depois segue-se calculando o valor da Margem de Contribuição 
Unitária sem a inclusão do IRPJ e CSLL e na sequência, o Ponto de Equilíbrio.

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