Buscar

MORMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

MORMO
Mormo é uma doença infectocontagiosa, acusada por uma bactéria, a doença atinge homens e equídeos, sendo conhecida em outras regiões por nomes como: lamparão, farcinose, mal de mormo e catarro de burro.
Por ser uma doença infecto contagiosa, quando comprovado a presença da doença o fluxo animal é controlado e são tomadas medidas drásticas de isolamento e até sacrifício. O nome do agente etiológico é a Burkholderia mallei – bacilo gram-negativo.
Como ocorre a transmissão em humanos e animais?
O ser humano pode ser infectado com a bactéria B. Mallei, que causa a doença, através da inalação ou contato com as secreções de um animal contaminado, que podem estar presentes no bebedouro, arreios e ferramentas do animal, por exemplo.
Já em animais a transmissão da doença pode ocorrer através de alimentos, bebedouros, cocho, embocaduras e até por equipamento de montaria.
A principal forma de excreção da doença do organismo é através das vias nasal e oral devido ao rompimento de lesões pulmonares causadas pela doença.
Por isso é recomendado que o animal com suspeita da doença fique em quarentena, longe de outros animais para evitar o contágio até que seja comprovado por exame se o animal está ou não contaminado.
Quais os principais sintomas em humanos e animais?
Inicialmente os sintomas da doença de Mormo no ser humano podem ser inespecíficos causando enjoo, tontura, dor nos músculos, forte dor de cabeça e perda do apetite, até que surgem: 
Suor noturno, mal-estar geral; 
Feridas arredondadas de aproximadamente 1 cm na pele ou nas mucosas, que inicialmente parece uma bolha, mas que aos poucos se torna uma úlcera; 
A face, principalmente o nariz, podem ficar inchados, dificultando a passagem do ar;
Secreção nasal com pus;
Gânglios linfáticos doloridos, ínguas;
Sinais gastrointestinais como diarreia forte.
Pulmões, fígado e baço geralmente são afetados, mas a bactéria pode afetar qualquer órgão e até mesmo os músculos.
O período de incubação pode chegar a 14 dias, mas geralmente os sintomas aparecem num prazo de 5 dias, embora os casos crônicos possam levar meses para se manifestar.
Já nos animais os sintomas são: Febre, emagrecimento, tosse, corrimento nasal e lesões na pele no início nodulares e evoluem para ulceras e após cicatrização formam lesões em formato de estrela.
O aparecimento das lesões na pele é característica da fase crônica da doença. O sistema digestivo é o principal foco de infecção, vias aéreas, cutâneas e genitais também podem ser atingidas pela doença. O animal pode apresentar um ou todos os sintomas.
Quais as principais formas de diagnóstico, tratamento e controle?
O diagnóstico da doença de mormo em humano pode ser feito através da cultura de B. mallei nas lesões, exame de sangue ou PCR. O teste da maleína apesar de ser indicado para os animais, não é utilizado em seres humanos. O raio-x do pulmão é indicado para avaliar o comprometimento deste órgão, mas não serve para confirmar o diagnóstico da doença de mormo.
O tratamento para doença de mormo, também conhecida por Lamparão, é feito com internamento hospitalar com o uso de uma combinação de antibióticos durante alguns dias. Durante o internamento deve-se realizar exames de sangue e radiografias para observar a evolução da doença e adotar tratamentos específicos para os órgãos que possam ser afetados.
Dependendo do estado em que o paciente chega ao hospital pode ser necessário oferecer oxigênio através de uma máscara ou colocá-lo para respirar com ajuda de aparelhos.
Para prevenção da doença de Mormo é recomendado usar luvas e botas ao lidar com animais que possam estar contaminados porque nenhuma vacina está disponível. Os sintomas visíveis que ajudam a identificar a doença nos animais são a secreção nasal, febre e feridas pelo corpo do animal, mas um exame de sangue pode confirmar que o animal está contaminado e deve ser abatido.
A transmissão de uma pessoa para outra é rara e não há necessidade de isolamento, embora as visitas no hospital sejam restritas para permitir o descanso e recuperação do paciente. O contato sexual e a amamentação não devem ser estimulados durante a vigência da doença.
Já em animais o diagnóstico pode ser feito através de técnicas diretas, através do isolamento bacteriano e inoculação em cobaias, e pode também, ser feito através de técnicas indiretas, como pesquisa de anticorpos através da fixação do complemento e ELISA.
O tratamento não é indicado, pois os animais permanecem infectados por toda a vida, tornando-se fontes de infecção para outros animais. Porém, quando é realizado, recomenda-se o uso de produtos à base de sulfas, em especial, sulfadiazina durante 20 dias.
O controle do mormo é baseado no isolamento da área que contém animais doentes, sacrifício destes animais positivos, isolamento e reteste dos suspeitos, cremação dos corpos dos infectados, desinfecção das instalações e todo o material que entrou em contato com os doentes. Deve também ser feito um rigoroso controle do trânsito de animais entre os estados e internacionalmente, com apresentação de resultados negativos de testes realizados até, no máximo, 15 dias antes do embarque dos animais.

Outros materiais