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Aula 3 : Teoria da evaporação : balanço de massa e energia Evaporação Pressão nas câmaras • Pode-se representar um equipamento de evaporação, de maneira simplificada, como uma câmara de condensação e uma câmara de evaporação. Assim, como há duas câmaras separadas, a pressão em cada uma das câmaras são diferentes. • Em geral a pressão da câmara de evaporação < pressão atmosférica , pois provoca maior ∆T. Q = U * A * ∆T Fatores que influenciam o projeto de evaporadores • Q = U * A * ΔT U – coeficiente global troca termica A - area de troca ΔT – diferença de T Em que ΔT é a diferença entre a temperatura de condensação e a temperatura de evaporação e é função de : Pressão na câmara de evaporação Pressão na câmara de condensação Tipo de solução Projeto do equipamento Pressão de trabalho das 2 camaras • Escolha da pressão – influencia nas temperaturas - sensibilidade para a solução a ser concentrada • Porém P muito alta na câmara de condensado ∆Hv diminui • Maior espessura do equipamento , maior custo equipamento . • Balanço Custo investimento. – área trocador X custo no geral • Objetivo no projeto – troca (T) X custo (espessura) • Pressão de vapor de aquecimento - usual 4 ata – aprox 145 oC Velocidades de transferência • A velocidade de evaporação é determinada pela velocidade de transmissão de calor, que está relacionado ao coeficiente de transmissão térmica . Este está relacionado ao tipo de evaporador, ao tipo de solução que se trabalha. Normalmente precisa ser determinado experimentalmente. • Normalmente quanto maior o T (diferença entre as temperaturas das 2 câmaras) ocorre o aumento do U devido ao aumento da velocidade de circulação causada pela conveção natural. Isto ocorre até uma determinada temperatura chamada de T critica. A partir deste ponto o U começa a diminuir devido a formação de uma camada de vapor na superficie. Figura acima a e b. Balanço material Global - F = L + V Soluto - F * xf = L * xl F, L, V - Vazão mássicas de alimentação,do solvente e da solução concentrada [kg/h] Xl - Concentração de soluto na solução concentrada (base úmida) [kgsoluto/kgsolução] Xf - Concentração de soluto na alimentação (base úmida) [kgsoluto/kgsolução] Balanço Energético Q entra = Q sai Q recebido = Q cedido Q cedido = W *∆H + F *hF Q recebido = V * Hv + L * hl + perdas W * ∆H + F * hf = V * Hv + L * hl + perdas F, L, W, V - Vazões mássicas da alimentação , solução concentrada, do vapor vivo e do solvente [kg/h] hf - Entalpias da alimentação liquida [kcal/kg] Hv - Entalpia do vapor no topo [kcal/kg] hl - Entalpia do liquido saturado [kcal/kg] Q - Fluxo de calor [kcal/h] • Para o calculo do balanço energético é necessario determinar as entalpias das correntes , a partir da temperatura e da pressão no caso dos vapores e temperatura e composição no caso das correntes liquidas. • Para o caso de solventes usuais é bastante facil encontrar dados experimentais da entalpia destes. Por exemplo : vapor dágua, vapor de benzeno, etc..... Principais medidas de performance: • Capacidade: Massa de água vaporizada por unidade de tempo; • Economia: Massa de água vaporizada por massa de vapor consumido (menor que 1 no de simples efeito e elevado para múltiplo efeito); • Consumo de vapor: massa de vapor consumida por unidade de tempo que é igual à capacidade dividida pela economia. Determinando as entalpias Nos casos de se conhecer a capacidade calorifica da solução pode-se calcular a entalpia por meio dela. Sem mudança de fase: 𝐶𝑝 = ቚ 𝜕ℎ 𝜕𝑇 𝑝 A pressão constante : 𝜕ℎ = 𝐶𝑝 ∗ 𝜕𝑇 Onde : h - ho = Cp *( T - To ) Considerando referência ho=0 para To h = Cp *( T - To ) Se considerar Cp constante e calculado na condição de temperatura média em T e To , teremos: ℎ = 𝐶𝑝 ∗ (𝑇 − 𝑇𝑜) Se Cp é função da temperatura , teremos: ℎ = න 𝑇𝑜 𝑇 𝐶𝑝 ∗ 𝑑𝑇 Então ∆H vapor tabela de vapor e hl e hf por capacidade calórica. Exercicio 1 Suco de tomate tendo uma concentração de 12% de sólidos deve ser concentrado até 25% em sólidos . A máxima temperature permitida para processamento é de 135oF ( 57,2 oC). A alimentação é de 1000 kg/h e entra a 100oF ( 37,8 oC) . O vapor de aquecimento entra saturado a 25 Psia. O coeficiente global de troca térmica “ U “ é de 600 BTU/h.ft2 oF. A capacidade calorifica da alimentação é estimada em 0,95 BTU /lb.oF e pode ser considerada que varia linearmente com a composição do suco. Desprezar o EPE da solução. Determinar : a) área de troca térmica necessaria b) Vazão de vapor de aquecimento. Exercicio 2 Em um evaporador simples se concentram 20.000 kg/h de uma solução de 10% a 50% em peso. O vapor de aquecimento é saturado a 1,6 atm e na câmara de evaporação se mantém uma pressão absoluta de 450 mmHg. Para a solução de 50% e a capacidade calórifica da solução diluida é de 0,85 Kcal/kg.oC. Considerar desprezível os efeitos térmicos e de dissolução e diluição. A solução entra no evaporador a 25oC e o coeficiente global de troca térmica é de 1800 Kcal/h m2.oC Determinar : a) área de troca térmica necessaria b) Vazão de vapor de aquecimento. c) economia Exercicio 2 Em um evaporador simples se concentram 20.000 kg/h de uma solução de 10% a 50% em peso. O vapor de aquecimento é saturado a 1,6 atm e na câmara de evaporação se mantém uma pressão absoluta de 450 mmHg. Para a solução de 50% o aumento do ponto de ebulição é de 10oC e a capacidade calórifica da solução diluida é de 0,85 Kcal/kg.oC . Considerar desprezível os efeitos térmicos e de dissolução e diluição. A solução entra no evaporador a 25oC e o coeficiente global de troca térmica é de 1800 Kcal/h m2.oC Determinar : a) área de troca térmica necessaria b) Vazão de vapor de aquecimento.
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