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Resumo Matéria Macroeconomia

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Universidade de São Paulo
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Departamento de Economia
EAE-106 – Introdução à Economia
Macroeconomia
As Variáveis Macroeconômicas
O fluxo de Renda
Existe um fluxo de renda, que vai a empresas fornecem bens para o mercado de bens, que são trocados por dinheiro pelas famílias, que são contratadas por dinheiro pelas empresas.
O dinheiro pago por um bem é dividido entre todas as empresas que fabricaram tal bem.
Existem diversas formas de remuneração por serviços prestados e bens produzidos:
- Salário: remuneração de mão-de-obra.
- Juros e aluguéis: remuneração do capital.
- Royalties: remuneração de propriedade intelectual.
- Lucro: remuneração do risco e da capacidade empresarial.
O fluxo de renda é circular, ou seja, o dinheiro que uma empresa recebe pela venda de um bem é utilizado para pagar os salários, o aluguel, os juros de empréstimos e os donos.
Denomina-se o total produzido pelas empresas de produto do país. Já a soma de todas as formas de remuneração das famílias constitui a renda do país. Temos que Produto=Renda e Despesas=Produto.
Poupança e Investimento
Considera-se uma economia em que as famílias podem poupar para consumir no futuro e as empresas podem investir, ou seja, adquirir equipamentos ou máquinas. Seja Y o produto, renda ou despesa, C o consumo agregado (soma do consumo privado de cada indivíduo), I o investimento agregado (soma dos investimentos) e S a poupança privada (soma das poupanças dos indivíduos), tem-se:
Produto=Despesa=C+I, Produto=Renda=C+S
C+I=C+S I=S
Economia Completa
Adicionando o governo no modelo, tem de se incluir impostos, exportações e importações:
- T=Impostos – total pago ao governo
- G=gastos do governo
- X=exportações
- M=importações
Assim, o produto total de um país pode ser decomposto em partes: consumida pelas famílias, utilizada em investimentos pela empresa, utilizada pelo governo, que será exportada, que será importada.
Produto=C+I+G+X-M
I=S +(T-G)+(M-X), sendo (T-G) a poupança pública e (M-X) a poupança externa.
Poupança e Déficits: Poupança externa e do governo somadas à poupança privada (s) financiam o total de investimentos no país. 
PIB, PNB e outras siglas: 
- Produto líquido: desconta do produto a depreciação de máquinas, enquanto o produto bruto não desconta.
- Produto Nacional: considera a renda dos habitantes do país, enquanto o produto interno considera a renda referente ao que foi produzido no país.
PIB é o Produto Interno Bruto, PNB é o Produto Nacional Bruto e o PNL é o produto Nacional líquido.
Setor Externo
Balanço de Pagamentos: B2-B1=(X2-M2)+Rb, sendo o lado esquerdo a conta financeira e o lado direito as transações correntes.
- Balança Comercial: exportações menos importações de bens e serviços. Corresponde ao termo X2-M2. Se X-M é positivo, convenciona-se dizer que se tem um superávit na balança comercial e se é negativo, tem-se um déficit.
- Remuneração dos fatores de produção: pagamentos de juros sobre dívidas e lucros de empresas estão nessa conta. Brasileiros têm ativos no exterior e estrangeiros têm ativos no Brasil. Os pagamentos recebidos menos os juros e lucros enviados para o exterior correspondem ao termo rB1.
Se X-M+Rb>0, estamos recebendo dinheiro dos estrangeiros, e temos um superávit na conta de transações correntes. Caso contrário, temos um déficit.
- B2-B1 representa a conta financeira. Esta considera aquisições de ativos em outros países e o pagamento de dívidas assumidas em períodos anteriores.
Moeda e Inflação
As funções da moeda
Como a economia de troca é complexa, as pessoas perceberam que é possível utilizar determinado bem como meio intermediário de trocas. Ele deve ser fácil de carregar, divisível.
A moeda tem outras funções: unidade de conta (por exemplo, contabilidade) e reserva de valor.
Com as trocas, que são facilitadas pela moeda, a economia como um todo se torna mais eficiente.
Índices de preços, valores nominais e valores reais
O valor nominal de um bem é expresso em moeda. Já o valor real é o que o dinheiro pode comprar.
WR=Wn/p, sendo WR a variável real, Wn a variável nominal e p o preço.
Índice de Preços: um índice de preços é basicamente o preço de um conjunto de bens e serviços que sintetiza o consumo aproximado de um cidadão com determinada faixa de renda.
	Produto Real e Nominal: Sendo Y o produto real e P o índice de preços, temos que Produto Nominal=P.Y
	Inflação: é um aumento no índice de preços. A inflação π é dada por π=P2-P1/P1. 
Moeda e Inflação
Teoria Quantitativa: estabelece um vínculo entre a quantidade de moeda circulante na economia e o produto nominal. O fluxo monetário e o fluxo real estabelecem uma ligação entre a quantidade produzida na economia e a quantidade de moeda. Denominando o total de unidades monetárias por M, e a velocidade com que a moeda circula v, temos que o fluxo monetário é igual a M x v. Denotando o produto real de Y e o índice de preços de P, temos que o valor nominal produzido pela economia é de P x Y unidades monetárias.
M.v=P.Y
Custos da Inflação: A inflação não é negativa para a sociedade pelo fato de perdermos o poder aquisitivo, pois ocorrem reajustes salariais, por exemplo, um vendedor: ele tem de pagar mais pelos bens, mas recebe mais por cada bem vendido. 
A inflação é um problema pelo fato de que turva a comparação de preços de bens. Além disso, a inflação alta faz com que empresas direcionem mais recursos para se proteger da inflação, recursos esses que poderiam estar envolvidos em atividades produtivas. Outro problema da alta inflação é que as trocas são dificultadas pelo baixo valor real das moedas. Com a inflação alta, os preços se alteram muito rapidamente, e o governo tende a fazer medidas intervencionistas na economia. Por último, a inflação amplia as desigualdades sociais, pois os mais ricos conseguem proteger seu dinheiro da inflação com investimentos. Esses argumentos são válidos para taxas de inflação altas.
Taxas de Juros
Juro Nominal e Juro Real: Considerando uma pessoa que empresta 1000 reais a taxa de juros de 10% ao ano. Após um ano, ela receberá 1100 reais. Esses 10% são chamados de juro nominal, i=10%.
Para descobrir o juro real, consideremos que um livro custa 50 reais, portanto 1000 reais compram 20 livros. Se a inflação dos livros é zero, com os 1100 recebidos é possível comprar 22 livros. O juro real r=22-20/20=10%. Logo, com inflação zero, i=r.
Caso o preço dos livros se eleve em 10% (55 reais por unidade), com os 1100 reais é possível comprar 20 livros ainda. R=20-20/20=0%. O juro real nesse caso equivale ao juro nominal de 10% menos os 10% de inflação do preço do livro.
Logo, conclui-se que r=i-π.
Moeda e Bancos
Criação de Moeda: os economistas classificam a moeda em quatro categorias, M1, M2, M3 e M4em ordem decrescente de disponibilidade de uso, ou liquidez. O papel moeda em circulação, as reservas dos bancos e os depósitos de correntistas são chamado de M1.
Sabe-se que o governo cria a moeda, mas os bancos privados também geram moeda. O governo altera a oferta de moeda na economia via o que se chama de operações de mercado aberto. Assim, o governo troca parte da sua dívida, em mãos do setor privado, por moeda que vai parar nos caixas dos bancos.
Bancos alteram a oferta de moeda quando tomam recursos emprestados de um correntista e emprestam a outros. Essa ação efetivamente cria moeda. Por exemplo, quando alguém deposita R$1000,00 no banco e ele empresta parte desse dinheiro para alguém, digamos RS300,00. Existe agora, RS1300,00 em circulação: 1000 na conta do primeiro cliente e 300 na conta do segundo. Esses R$300,00 foram criados pelo Banco.
Multiplicador Bancário: Do total do dinheiro emitido pelo governo, uma parcela B as pessoas carregam consigo, b é depositada no banco. Assim, bB é a parcela inicialmente depositada no sistema bancário. Todo banco possui uma fração a de reservas que não empresta. Então abB é o total de reservasbancárias, enquanto o total emprestado é dado pela subtração do depositado menos o guardado em forma de reservas: bB-abB=(1-a)bB. Tendo que M é o Montante de de moeda na economia, M=B/1-(1-1)b. A razão 1/1-(1-a)b é chamada de multiplicador bancário.
Assim, quando a exigência de reservas em caixa imposta pelo governo (a) se reduz, o volume de moeda na economia (M) cresce. Como os empréstimos feitos pelos bancos variam inversamente com a, quanto menor for a, maior será o multiplicador. Quanto maior a parcela do dinheiro depositado nos bancos (b), maior será a quantidade de recursos disponíveis para o banco emprestar e, portanto, maior será o multiplicador.
Macroeconomia no Longo Prazo
O produto por habitante é uma variável que reflete o bem-estar econômico da população, apesar de não ser uma medida perfeita de desenvolvimento.
Aritmética do Crescimento
O crescimento possui natureza exponencial e não linear. Dessa forma, é preferível crescer razoavelmente durante um longo período de tempo do que muito em um curto período de tempo.
Denominando g a taxa de crescimento do produto por habitante e y o produto por habitante, temos:
Y2010=(1+g)y2009
Generalizando, temos que: yT=(1+g)Ty0.
Histórico do Crescimento
Os países começaram a ter crescimento econômico a partir do século XVII, com a Revolução Industrial na Inglaterra. Até então, o crescimento do produto acompanhava o crescimento da população, mantendo o Produto per Capita constante.
Determinantes do Crescimento
Os fatores de produção são:
-Nível de Capital físico por habitante: máquinas e equipamentos.
- Capital Humano: educação e saúde da população. Sem isso, o capital físico não tem importância.
- Terra
- Produtividade: incorpora muitas coisas, como a tecnologia empregada na produção, as leis que regulamentam a produção.
Em economias que esses fatores estão desenvolvidos, os países desenvolvem-se.
Retornos Decrescentes de Escala
Crescimento e Instituições
Países ricos são aqueles onde as instituições são de boa qualidade, ou seja, que facilitam as interações entre os agentes privados e impedem que o governante da vez se aproprie do que foi produzido pelo setor privado. As pessoas terão mais incentivos a abrir negócios, investir capital físico e humano e em novas tecnologias onde a propriedade privada é protegida.
Papel do Governo
O governo não deve forçar as pessoas a tomarem determinadas medidas, deve agir apenas quando houver falhas de mercado. Na URSS, por exemplo, o governo obrigava as pessoas a pouparem dinheiro, de forma que podia investir em grandes indústrias, entretanto, o povo vivia em péssimas condições. Não há, entretanto, consenso sobre as áreas onde essa ação do governo é importante.
Macroeconomia no Curto Prazo
Oferta Agregada
A oferta agregada é dada pela soma de todos os bens e serviços fornecidos pelo conjunto de empresas na economia.
Economia Internacional
Taxa de Câmbio
A taxa de câmbio é um preço, que se paga em moeda nacional por moeda estrangeira. Quando a taxa de câmbio real dólar aumenta em reais, diz-se que o real se depreciou e caso diminua, ele apreciou-se.
O preço relativo entre duas moedas é denominado taxa de câmbio nominal, pois mede quantas unidades monetárias de certa divisa podem ser compradas com uma unidade monetária de outra. Para transformarmos valores nominais em valores reais, dividimos os valores monetários por um índice de preço. A taxa de câmbio real é dada por:
e=Preço do conjunto de bens nos EUA ( em US$)
 Preço do conjunto de bens no Brasil (em US$)
Nesses caso a taxa de câmbio real é entre os EUA e o Brasil.
A taca de câmbio real é a razão entre os preços nos Estados Unidos e no Brasil convertidos à mesma unidade. Se 1 dólar compra E reais, temos que esses E reais servem para adquirir E/P unidades de bens no Brasil. Nos EUA, o mesmo 1 dólar é capaz de comprar 1/P* unidades de bens.
e=
Quando e se eleva, diz-se que a moeda brasileira depreciou-se em termos reais: os norte-americanos compram mais bens no Brasil com a mesma quantidade de dólares.
Paridade de Poder de Compra
Lei do Preço Único: O mesmo bem deve ter o mesmo valor real em qualquer lugar do mundo, caso contrário, seria comprado apenas em um lugar ou comprado no lugar mais barato e vendido no mais caro. Assim, p=E.p*.
Na prática, a lei do preço único não vigora, pois existem restrições físico-tecnológicas, pois levar um bem para outro país não sai de graça e importações geralmente são taxadas.
Bens comercializáveis e não comercializáveis: existem bens que são comercializáveis, como por exemplo, laranja, chocolate, computadores. Entretanto existem bens e serviços que não são, como por exemplo, cortes de cabelo, aluguéis de apartamento. O custo de transporte ajuda a definir se um bem é comercializável ou não.
José Luiz Brufatto de Oliveira

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