Ensaio de Compressão Triaxial

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FACULDADE ASSIS GURGACZ 
Avenida das Torres, 500 - Loteamento FAG - Cascavel/PR 
 
FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA 
RESISTENCIA AO CISALHAMENTO DE SOLOS 
 
 
Prof. Me. Maycon André de Almeida 
1
 
 
Ensaio de Compressão Triaxial 
 
 Nesse ensaio, um corpo-de-prova cilíndrico de dimensões H = 2 a 2,5, 
sendo  = 5 ou 3,2 cm, é envolvido por uma membrana impermeável é 
colocado dentro de uma câmara cilíndrica (Figura 6.11). Essa câmara é 
preenchida por água e esta é submetida a uma pressão (3), que atua em 
todo o corpo-de-prova. A tensão vertical sofre acréscimos (1 = 3 + ) e 
induz tensões de cisalhamento no solo, até que ocorra a ruptura ou 
deformações excessivas. As diversas conexões da câmara com o exterior 
permitem medir ou dissipar pressões neutras e medir variações de volume. 
 
 
Figura 1.1. Esquema do Ensaio de Compressão Triaxial. 
 
O ensaio de compressão triaxial pode ser conduzido de várias 
maneiras: 
 a) Ensaio rápido ou não drenado: não se permite dissipação de 
pressões neutras durante a aplicação da tensão confinante (3) e nem 
durante o cisalhamento do corpo de prova, mas pode ser possível medir as 
pressões neutras desenvolvidas durante o ensaio. 
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Avenida das Torres, 500 - Loteamento FAG - Cascavel/PR 
 
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RESISTENCIA AO CISALHAMENTO DE SOLOS 
 
 
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 b) Ensaio adensado-rápido: permite-se a dissipação das pressões 
neutras originadas pelo confinamento do corpo de prova. A dissipação das 
pressões neutras é impedida durante a fase de ruptura, porém essas pressões 
podem ser medidas. 
c) Ensaio lento ou drenado: permite-se a dissipação de pressões 
neutras em todas as fases do ensaio. As tensões são efetivas em todas as 
fases. 
 As curvas tensão-deformação são traçadas em função da diferença de 
tensões principais (1 - 3) ou da relação (’1/’3) para ensaios a volume 
constante, dependendo da finalidade. A diferença de tensões (1 - 3)max 
correspondente à resistência à compressão do corpo de prova no ensaio 
considerado. 
 Vários corpos de prova ensaiados com tensões de confinamento 
constantes e diferentes para cada um, definem a envoltória de resistência 
com os círculos de Mohr obtidos. Dependendo do ensaio podem-se traçar os 
círculos de Mohr em termos de tensões totais ou efetivas, podendo-se obter 
assim uma envoltória referente a tensões totais (c, ) e outra a tensões 
efetivas (c’, ’). 
Em solos não saturados, a resistência ao cisalhamento do solo é 
influenciada pelo valor da sucção matricial, pois a existência de tensões 
capilares culmina em atrações interpartículas, que fazem aumentar as 
tensões efetivas e, conseqüentemente, a resistência. Dessa maneira, os 
ensaios de compressão triaxiais são realizados sob um valor de sucção 
matricial, controlado pelo ensaio (Fredlund & Rahardjo, 1993).