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1 Estratégia de Operações FEA USP – 2° Semestre 2016 Real Anatomy Daniel Saraiva Felipe Rodrigues Ilana Tamer Victor Capovila Victor Viana 2 SUMÁRIO Introdução 3 Realidade aumentada 3 Revisão teórica 5 Canvas 5 Estratégia de operações 12 Modelo de negócios inovador 15 Produto 15 Estratégia de Operações 22 Análise Financeira 25 Plano de Marketing 29 Implementação 33 Referências bibliográficas 36 3 INTRODUÇÃO Como parte do desenvolvimento da disciplina de Estratégia de Operações do curso de Administração de Empresas da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo no segundo semestre de 2016 foi desenvolvido um plano de negócios com ênfase na estratégia de operações de um negócio inovador. O trabalho foi coordenado pela Profª Dra. Adriana Marotti. A estratégia de operação de uma empresa é a vertente mais importante dentro da organização, uma vez que ele rege todas as diretrizes estratégicas de uma empresa, tendo grande impacto no resultado da mesma. No intuito de colocar em prática os conceitos dessa disciplina, o presente estudo é uma proposta de negócio - o Real Anatomy, software de realidade aumentada que promete revolucionar o mercado de ensino de medicina. O objetivo do estudo é propor um modelo viável de negócios, o que será avaliado por uma banca composta por prestigiados profissionais envolvidos com startups e inovação em grandes corporações, o chamado intraempreendedor. A metodologia utilizada foi baseada no Business Model Generation, utilizando diferente canvas para formalizar a proposta de atuação da empresa. Por fim, para comprovar a viabilidade econômico-financeira foi desenvolvido um modelo de Fluxo de Caixa Descontado de 5 anos de modo a determinar o Valor Presente Líquido (VPL) do projeto e a Taxa Interna de Retorno (TIR). Realidade aumentada Realidade Aumentada é uma tecnologia que permite que o mundo virtual seja misturado ao real, possibilitando maior interação e abrindo uma nova dimensão na maneira como nós executamos tarefas, ou mesmo as que nós incumbimos às máquinas. Assim, se você pensava que objetos pulando para fora da tela eram elementos de filmes de ficção científica, está na hora de mudar seus conceitos. Aliás, o que acontece com a Realidade Aumentada é o contrário: você pulará para dentro do mundo virtual para interagir com objetos que só estão limitados à sua imaginação. Resumidamente, a Realidade Aumentada teve sua origem em algo muito simples: etiquetas. Os códigos de barras não estavam mais cumprindo com perfeição a tarefa de carregar todas as informações que se queria obter através de sua leitura. Por isso, foram criados os códigos 2D (duas dimensões), que permitiam o armazenamento de muito mais informação do que os códigos de barras. Os códigos bidimensionais são justamente os responsáveis pela possibilidade de projetar objetos virtuais em uma filmagem do mundo real, melhorando as informações exibidas, expandindo as fronteiras da interatividade e até possibilitando que novas tecnologias sejam utilizadas, bem como as atuais se tornem mais precisas. A Realidade Aumentada é utilizada combinando-se um código de duas dimensões com um programa de computador. Como funciona? Três componentes básicos são necessários para a existência da Realidade Aumentada: 4 1. Objeto real com algum tipo de marca de referência, que possibilite a interpretação e criação do objeto virtual; 2. Câmera ou dispositivo capaz de transmitir a imagem do objeto real; 3. Software capaz de interpretar o sinal transmitido pela câmera ou dispositivo. O processo de formação do objeto virtual é o seguinte: 1. Coloca-se o objeto real em frente à câmera, para que ela capte a imagem e transmita ao equipamento que fará a interpretação. 2. A câmera “enxerga” o objeto e manda as imagens, em tempo real, para o software que gerará o objeto virtual. 3. O software já estará programado para retornar determinado objeto virtual, dependendo do objeto real que for mostrado à câmera. 4. O dispositivo de saída (que pode ser uma televisão ou monitor de computador) exibe o objeto virtual em sobreposição ao real, como se ambos fossem uma coisa só. 5 REVISÃO TEÓRICA CANVAS Business Model Canvas O Business Model Canvas (BMC) é uma ferramenta de gerenciamento de estratégico. É utilizado para criar ou desenvolver um modelo de negócio para uma determinada empresa. Foi criado por Alex Osterwalder em sua tese de doutorado de sistemas de informação gerencial. O objetivo de sua criação foi “o melhor modo de descrever o modelo de negócio de uma companhia”. Segundo o criador, não é suficiente encontrar o melhor modelo com as melhores práticas para a execução de um negócio, sendo necessário também revisá-lo constantemente a partir da mudança dos paradigmas em que a empresa está inserida. O Business Model Canvas é composto por nove elementos: Atividades-Chave, Parceiros- Chave, Custos, Recursos-Chave, Canais, Receita, Cliente, Relações do Consumidor e Proposição de Valor. O principal objetivo de sua utilização é a validação do modelo de negócio, fornecendo, ao final do processo, o meio através do qual a empresa vai criar valor, entregar aos clientes e gerar renda neste processo. As principais vantagens da utilização do BMC são: ● Método Visual, permitindo uma visão holística do negócio da empresa ● Envolve os principais stakeholders da empresa ● Extração rápida de propostas de valor que atendam e potencializam os principais objetivos desejados, anteriormente à formatação do produto ou serviço ● Identificação a priori do modelo de negócio ● Auxílio na identificação e eliminação do que não é primordial à empresa em um primeiro momento ● Intercambialidade do painel, objetivando a reflexão exata do que a empresa é naquele momento. ● Alinhamento dos participantes: Auxílio àqueles que estão envolvidos com os processos da empresa no melhor conhecimento da empresa/projeto e de seus objetivos, fazendo com que as pessoas envolvidas andem todas na mesma direção ● Propiciação da inovação: possibilita a discussão de opiniões, criando um entendimento comum entre os envolvidos e gerando indicadores fortes para a inovação estratégica As principais desvantagens são: ● Superficialidade, não se aprofundando na análise de cada bloco em detalhe ● Falta de embasamento teórico e científico, podendo gerar dados inconsistentes. ● Ausência de monitoramento e controle ● Análise de riscos superficial ● Cronograma oferecendo visão apenas a nível macro 6 ● Custos não-detalhados A seguir, vamos detalhar cada parte do Business Model Canvas Na parte de Infraestrutura, temos os Parceiros-Chave, Recursos-Chave e Atividades-Chave. ➜Parceiros-Chave: para se otimizar as operações e diminuir riscos, as empresas frequentemente cultivam relações comprador-fornecedor para que elas possam focar em sua atividade principal. ➜Recursos-Chave: São os recursos necessários para a criação de valor ao consumidor. São considerados como ativos para a empresa, sendo necessários para sustentar e suportar o negócio. Podem ser humanos, financeiros, físicos ou intelectuais. ➜Atividades-Chave: As atividades mais importantes para a execução da proposta de valor. ➜Proposta de Valor: É o conjunto de produtos ou serviços que servirão para satisfazer as necessidades do consumidor. De acordo com o criador do Business Model Canvas, a proposta de valor é o que diferencia uma empresa de seus competidores. A proposta de valor gera valor ao abordarvários elementos como novidade, desempenho, customização, design, marca/status, preço, redução de custos, acessibilidade e conveniência/usabilidade. A proposta de valor pode ser quantitativa (preço e eficiência) ou qualitativa (experiência geral do consumidor e resultado). ➜Segmentos do Consumidor: identificação dos clientes que a empresa quer servir. Os diferentes tipos de segmentos de mercado incluem mercado “de massa”, Mercado de Nicho, segmentado, diversificado, etc. ➜Canais: A empresa deve entregar a proposta de valor ao consumidor-alvo através de diferentes canais. ➜Relacionamentos com o Consumidor: para garantir a sobrevivência e o sucesso de qualquer negócio, as empresas devem identificar o tipo de relação eles querem criar com o consumidor. As formas de relacionamento com o fornecedor podem ser de Assistência Pessoal, Próprio Serviço, serviço automatizado. *A seguir, a estrutura de Finanças: ➜Estrutura de Custos: demonstra a principal diferença sobre operar sob diversos modelos de negócio. As classes de estrutura de negócio são divididas entre dois valores: modelo de custos fortemente ligada durante à noite. Características da Estruturas de Custo: Custos Fixos e variáveis, economias de escala de após. ➜Fluxos de receita: A forma como a empresa ganha dinheiro através de uma variedade de fluxos de receitas. Rendimentos de uma empresa. Abaixa uma representação do Business Model Canvas: 7 Value Proposition Canvas O VPC define a razão pela qual os clientes devem optar pela sua oferta em vez de recorrer a qualquer outra opção no mercado. Este Canvas também foi criado por Ostenwalder, que, devido à importância dos setores abordados pelo Value Proposition Canvas, decidiu dar um zoom no BMC, criando um canvas especialmente destinado para a avaliação de como a empresa está criando ou irá criar valor para o cliente e qual é o Segmento de Clientes que/ será atingido. É composto por dois segmentos: Clientes e Proposta de Valor Do lado dos clientes: -Customer Jobs* (tarefas de qualquer natureza que o cliente precisa desempenhar; ex: matar a sede, trabalhar, se divertir, etc.); -Pains (dores, queixas, insatisfações) -Gains (alegrias, desejos, aspirações) Após uma visão clara de quem é seu cliente, a segunda etapa é preencher a proposta de valor: -Produtos e serviços (itens com características que resolvem as tarefas apontados nos Customer Jobs) -Pain killers (assim como analgésicos, são as características do seu produto ou serviço que aliviam as dores ou insatisfações do seu cliente) 8 -Gain creator (assim como estimulantes, são as características do seu produto ou serviço que tornam a vida do cliente mais fácil e feliz, ou mesmo superam as expectativas do público que já estava satisfeito com outras ofertas do mercado) Dentro da abordagem do Desenvolvimento de Clientes, o Value Proposition Canvas destina-se a responder a seguinte pergunta: o produto realmente soluciona o problema de um público específico? Já o BMC destina-se à validação do Consumidor, onde busca-se saber se produto ou serviço, dentro de um modelo de negócios, é escalável. As duas ferramentas podem ser usadas conjuntamente, podendo ser consideradas complementares e consecutivas. Abaixo a representação do Canvas: Jornada do Consumidor O Customer Journey Canvas (CJC) é um gráfico orientado que descreve os principais pontos de contato do consumidor com o serviço prestado. A interação passo-a-passo é similar ao blueprint. Algumas vantagens de sua utilização é a visão geral do processo de prestação de serviços da empresa e a eliminação de informação redundante. Outro forte aspecto é que o CJC explicita aos gestores da empresa o que eles sabem e o que não sabem sobre o serviço oferecido pela empresa. O CJC é dividido em três quadros principais: Período Pré-Serviço: 9 ● Propaganda/ Relações Públicas (Como a proposta de serviço é comunicada pelo prestador de serviço?) ● Mídias Sociais (Quais informações anteriores à prestação de serviço os clientes podem encontrar nas mídias sociais?) ● Boca-a-boca (O que amigos, colegas e familiares comunicam sobre o serviço ou a prestação do serviço?) ● Experiências Passadas (Quais experiências passadas as pessoas possuem com serviços ou prestadores de serviços similares?) ● Expectativas (Quais são as potenciais expectativas quanto ao serviço ou ao prestador de serviço?) Período do Serviço ● Jornada do Consumidor (Quais são os pontos de contato com o Cliente?; existe algum ponto crítico onde o cliente tem experiências especialmente boas ou ruins?) ● Experiências (Quais experiências individuais os consumidores têm com o serviço ou o prestador de serviço durante o período em que o serviço é prestado?) Período Pós Serviço ● Customer Relationship Management (como o prestador de serviço acompanha as necessidades do cliente?) ● Mídias Sociais (o que os clientes comunicam nas redes sociais após a prestação do serviço?) ● Boca-a-boca (O que os clientes dizem a seus amigos, colegas e famílias sobre o serviço após sua prestação?) ● Satisfação/ Insatisfação (Os clientes avaliam a prestação de serviço a partir da comparação de suas expectativas com suas experiências) O CJC é útil para a criação de um serviço, pois traz à tona as informações necessárias a nível macro para a estruturação do processo de prestação de serviço. Já no caso de um processo já existente, o CJC mostra-se útil na avaliação de determinada área quanto ao seu suporte ou destruição do valor na experiência do cliente No processo de criação do produto, o CJC auxilia o gestor no processo de criação de valor para o cliente através da identificação e da organização dos pontos de contato com o cliente As desvantagens que cercam esse modelo são a pobreza de informações quanto ao custo das etapas de serviço, consequentemente dificultando uma avaliação técnica do processo, e seu processo de criação de valor a níveis de menor agregação. Abaixo a representação do modelo: 10 White Space White Space é a zona que ainda não é explorada pelo mercado, ou que não possui um produto relevante e acessível ao público. Esta zona será a área de atuação do produto ou serviço a ser criado pela empresa. Para se identificar um white space, é necessário mapear os produtos que estão inseridos na área da atuação da empresa. Após isso, deve-se inserir os concorrentes em um diagrama cartesiano, cruzando dois fatores críticos para o cliente. Para nosso produto, o eixo X do gráfico corresponde ao custo do produto, enquanto que o eixo Y corresponde ao Nível de Experiência oferecido. Então, deve-se escolher um espaço em branco, que representa um setor não coberto pelo mercado. Esta análise também é útil para analisar a viabilidade do produto frente aos concorrentes, esboçar um preço de venda e identificar pontos fortes e fracos. 11 Canvas das Incertezas e Riscos O canvas das incertezas e riscos visa identificar se o mercado, a tecnologia e os recursos organizacionais podem sustentar o produto projetado pela empresa. Esta ferramenta exige a reflexão sobre os fatores desconhecidos, as incertezas mais críticas e as suposições e constatações feitos pelos idealizadores do produto. Também há espaço para a transcrição do aprendizado durante e após tal reflexão. 12 ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES Estratégia de operações é o padrão global geral das decisões que determinam as competências a longo prazo e suas contribuições para a estratégia global, de qualquer tipo de operações, através da conciliação dos requisitos de mercado com os recursos.Suas áreas de decisão são: estratégia de capacidade, estratégia de rede de suprimentos, estratégia de tecnologia de processo, desenvolvimento e organização. Estratégia de Localização A decisão de localização é importante porque envolve investimentos significativos, o custo de reverter a decisão é muito alto, os custos da movimentação física e os riscos também são altos. Os principais drivers de decisão podem ser divididos em dois tipos: Fatores geograficamente variáveis: aqui há um trade-off entre custos e receitas e nível de serviço Fatores institucionais: São derivados do ambiente social, político e econômico Alguns fatores que ajudam a determinar a localização: 13 Estratégia de Rede de Suprimentos Estratégia de rede de suprimentos é a direção estratégica de relacionamentos de uma organização com os fornecedores, os clientes, fornecedores dos fornecedores, clientes dos clientes. A estratégia de rede de suprimentos visa assegurar que a organização tenha um entendimento de suas redes de suprimentos, determinar os relacionamentos adequados da rede de suprimentos para as suas diversas atividades, entender o comportamento da rede de suprimentos, ou seja, com as dinâmicas de uma rede de suprimentos afetarão a organização e como as redes podem ser gerenciadas para benefício da organização no longo prazo. Os diferentes tipos de relacionamento da rede de suprimentos podem ser posicionas em termos de seu escopo de recursos implícito e de seus relacionamentos de mercado. A decisão terceirização-integração vertical Nenhum negócio faz tudo o que precisa para produzir os seus produtos e serviços. A organização deverá utilizar o bom senso na decisão as operações de fornecedores ou clientes. Vantagens de fazer internamente: Assegurar a entrega confiável de mercadorias e serviços; pode reduzir custos; pode ajudar a melhorar a qualidade do produto ou serviço; e ajuda na compreensão de outras atividades na rede de suprimentos. Vantagens de da integração vertical extensiva (desvantagens): Cria um monopólio interno; você não pode explorar as economias de escala; resulta na perda de flexibilidade; isola você da inovação (os fornecedores e clientes são as principais fontes de inovação; e distrai você das atividades essenciais. 14 Suprimento em parceria O suprimento em parceria é visto como o meio-termo entre os “extremos” da integração vertical e a negociação de mercado. Elas são vistas como alianças estratégicas, pois tentam obterá algumas das proximidades e eficiência de coordenação da integração vertical sem a necessidade de possuir os ativos e tentar realizar a melhoria do serviço e o incentivo para melhoria continua, o que frequentemente é vista como o benefício da negociação de mercado tradicional. Ecossistema de Inovação O conceito de inovação aberta é fundamental para o entendimento do conceito de ecossistema de inovação, que pode ser entendido como é um constructo que visa enaltecer a interdependência entre atores envolvidos no desenvolvimento, na produção e comercialização de uma inovação complexa. (Adner and Kapoor, 2010) Os principais atores do ecossistema de inovação são: a empresa focal, que irá entregar ou articular outros atores para inovar; os fornecedores que irão ajudar a estruturar as redes necessárias para desenvolver e produzir a inovação, e fornecerão os materiais componentes e sistemas são responsáveis por produzir e desenvolver a inovação; os clientes, que são aqueles que compra ou usam o serviço; e os complementares, que são os parceiros que irão desenvolver as inovações necessárias para que os clientes aproveitem os benefícios da inovação. (Adner and Kapoor, 2010) A interdependência pode estar relacionada a diversos aspectos, dentre eles a interdependência de desempenho. O desempenho de um ator pode afetar outros ou até mesmo o ecossistema como um todo. A interdependência pode ser de recursos. Empreendedores obtém recursos necessários para desenvolver a oportunidade empreendedora. Esses recursos podem ser de infraestrutura, recursos humanos, financeiros, de investidores. A interdependência também pode ser de incertezas da forma como uma firma focal pode afetar outros atores e vice-versa, existindo assim uma rede de incertezas. O foco é compreender a alocação de atividades entre esses atores no processo de inovação. (Adner and Kapoor, 2010) Um dos grandes desafios do ecossistema de inovação consiste no fato de que a criação, captura e compartilhamento de valor precisam ser pensadas numa perspectiva mais ampla. (Adner and Kapoor, 2010) 15 MODELO DE NEGÓCIO INOVADOR PRODUTO Após feita a análise de oportunidades chegou-se ao nosso produto final. O conceito é um software que, através de um óculos de realidade aumentada, permite que os estudantes de medicina tenham uma nova experiência para estudar. Uma alternativa que promete ser interativa, fidedigna e de alta qualidade. Esse é o Real Anatomy, que será melhor definido e explicado a seguir. Proposta de Valor Para definir a razão pela qual os clientes devem optar pelo nosso produto em detrimento de qualquer outra opção no mercado, desenvolvemos o Canvas da proposta de valor. Verificamos o que o cliente já tinha e o que ele desejava e definimos a forma de atender isso. Abaixo está o resultado do trabalho do grupo. Jornada do Cliente Para descrever os principais pontos de contado do consumidor com o nosso software, analisamos passo-a-passo cada interação. Isso deu insights para desenvolvermos o nosso modelo de negócios. No caso, ao vermos que os alunos das universidades ao terem contato com o software, ela julga a qualidade do produto e pode vim a querer adquiri-lo, por isso decidimos disponibilizar uma versão paga para esses consumidores e com isso capturar mais valor do cliente. 16 A jornada do consumidor também ajudou a entender como a empresa cria, entrega e captura valor para os seus clientes. Abaixo o resultado do trabalho do grupo: 17 Business Model Canvas Utilizou-se o Business Model Canvas para desenvolver o modelo de negócio da empresa, e promover análises e expectativas a partir do modelo. Os Parceiros-Chave identificados para a empresa foram as Universidades e Institutos de Medicina, assim como os fabricantes de óculos de realidade aumentada. O primeiro parceiro é essencial por ser o maior meio de promoção do contato dos universitários com o produto. Já o segundo é de suma importância a fim de possibilitar o oferecimento do meio de uso do software por um preço mais acessível. No campo das Atividades-Chave, identificou-se a necessidade de desenvolver e aprimorar o software, criar parcerias com as universidades e entender profundamente os desejos e necessidades dos alunos. Os Recursos-Chave são representados pelo Investimento Externo, Banco de Dados e Capital Humano. O primeiro recurso será suprido através de aportes de capital de investidores após a divulgação do produto. O Banco de Dados será desenvolvido por programadores e será atualizado junto com médicos e faculdades de Medicina parceiras. O terceiro foi estimado através de uma Análise de Viabilidade. A proposta de valor do produto é proporcionar aprendizado de anatomia aos estudantes de medicina de forma interativa e acessível. Com base na análise dos serviços oferecidos pelos concorrentes, identificamos que havia uma lacuna de oferecimento de um produto que fornecesse 18 aprendizado de anatomia através de um alto nível de realidade que se mantivesse acessível ao público-alvo. O Relacionamento com o consumidor será estabelecido através de visitas a universidades, contato por meiodigital e através do suporte ao usuário por meio do aplicativo. Desta forma, pode-se estar atento a seus desejos e necessidades através dos meios digitais, que se mostra como o preferido pelo cliente. Os canais serão os Óculos de Realidade Virtual, as Mídias Digitais e o Fórum dos alunos de Medicina. Será através destes meios que a empresa conseguirá entregar sua Proposta de Valor. Os Segmentos de Consumidores definidos pela empresa serão as Universidades e Institutos de Medicina e os alunos de medicina e da área de saúde em geral. Acredita-se que, através do estabelecimento de parcerias com as faculdades de medicina e da disponibilidade de uso gratuito pelos alunos, os estudantes demandarão um maior período de uso, que se dará através da aquisição do produto para uso pessoal. A Estrutura de Custos envolverá Mão-de-Obra qualificada, os desenvolvedores, a Pesquisa e Desenvolvimento do produto, a Manutenção das Plataformas Digitais e a Propaganda. Todos estes custos foram estimados na Análise de Viabilidade do projeto. As Fontes de Receita identificadas foram a Assinatura Mensal do Software, representando uma fonte perene e segura, já que sua cobrança ocorrerá enquanto o software estiver sendo utilizado, e as receitas advindas de parcerias com fabricantes de óculos 3D. Esta última parceria visa oferecer o pacote hardware + software por um preço inferior ao da compra de ambos os produtos separadamente. 19 White Space Matriz Nível Experiência x Custo Ao mapear os concorrentes do produto, identificou-se que o mercado possui dois níveis de experiência: nenhuma e máxima experiência. Analogamente, os custos também obedecem uma distribuição extrema: custo zero, custo alto, e custo altíssimo. O estudo teórico corresponde ao nível zero de experiência, representado pelo vídeo aulas e livros de anatomia. A interação com o meio de estudo é restrita à visão e à audição, sem nenhum estímulo a outro sentido. O preço deste nível de experiência é zero para a vídeo aula, pois é acessível através da internet em sites gratuitos como “Coursera” e “Aula de Anatomia”, e alto para os livros de anatomia, que custam em média R$500 reais. O outro nível corresponde à experiência máxima, onde os alunos assistem uma cirurgia real ou dissecam cadáveres, utilizando visão, audição, olfato e tato. Neste nível, o custo é absurdamente alto. Assistir a uma cirurgia real representa um alto custo devido ao limite máximo de pessoas que podem estar no local, encarecendo este meio. Dissecar cadáveres representa um custo ainda maior: cerca de 50 mil reais. Não é mais possível a tomada de corpos do IML, sendo necessário esperar doações de famílias, o que encareceu extremamente o custo deste meio. Portanto, considera-se o custo de ambos os meios como altíssimo. 20 O produto que será desenvolvido pela empresa busca oferecer um meio de estudo que possua um alto nível de experiência, possibilitando a interação do usuário com o produto através da utilização de tato, visão e audição, juntamente com um custo acessível ao estudante de medicina. A interatividade do produto é um dos principais atrativos, possibilitando um aprendizado veloz e maior memorização. Quanto ao custo, visou-se pesquisar a renda familiar média dos estudantes de medicina da capital, e também estimar o custo do conjunto de livros de medicina necessários para o estudo. Assim, objetivou-se oferecer um custo menor do que os livros, com um nível de experiência muito maior. Diagrama Incertezas Ao refletir sobre as incertezas de mercado, identificou-se que a disposição a pagar e o preço são desconhecidos. A partir daí, buscou-se identificar a renda familiar média dos estudantes de medicina e estudou-se o preço dos produtos dos outros players. Também se percebeu que há a possibilidade de imitação de nosso produto, o que nos levou a propor uma versão gratuita, porém reduzida do produto. Os testes executados pela empresa identificaram a rentabilidade do produto, a Taxa Interna de Retorno (TIR) e a aceitação do mercado dentro de perspectivas positivas e negativas. Aprendeu-se também que uma segmentação de mercado e estratégias específicas para cada segmento são essenciais. Quanto às incertezas de tecnologia, identificou-se que o tempo de desenvolvimento do software é desconhecido, o que poderia comprometer pontos estratégicos como a data de lançamento do produto e o custo de desenvolvimento, já que sua maior parcela é destinada ao pagamento de salário dos programadores. As incertezas mais críticas eram a qualidade do software 21 em si e a disponibilidade de acesso do software em qualquer hardware de óculos 3D. Já os testes levantaram questões como o desgaste físico devido ao uso prolongado e a facilidade de entendimento e acesso pelo consumidor. Aferiu-se que a fidelidade à realidade é um importante fator crítico de sucesso, seja pela atualização dos dados, seja pelo nível de detalhe visual. Já sobre as incertezas relativas aos Recursos e à Organização, identificou-se o acesso à mão-de-obra e o capital como fatores desconhecidos. Reconheceu-se também a necessidade de um banco de dados com as últimas informações de anatomia como uma incerteza crítica, o que certamente irá demandar atenção e bons investimentos, bem como o conhecimento de mão-de- obra qualificada para a prestação e suporte do produto a ser oferecido pela empresa. Frente a todas as incertezas supracitadas, executou-se o cálculo do capital necessário para a concretização da ideia. Nesta análise, projetou-se o custo total de desenvolvimento em cerca de R$900 mil, o custo de manutenção no primeiro ano de R$1,3 milhões e uma taxa interna de retorno de 30%. 22 ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES A estratégia de operações da empresa foi definida em cima de duas principais áreas de decisão, no caso, estratégia de rede de suprimentos e estratégia de localização. Os objetivos operacionais que norteiam a nossa estratégia de operações são qualidade, flexibilidade. Nossa estratégia de operações: Estar perto do nosso público alvo e das fontes de recursos para as operações, garantir a qualidade dos produtos através dos altos investimentos internos e das parcerias, prezando também pela flexibilidade, com alta capacidade de inovatividade. Estratégia de Localização A estratégia de operações da empresa foca em buscar a proximidade aos mercados consumidores e a mão de obra. Sendo assim: Região Global: Brasil, devido à grande concentração de universidades, estudantes e profissionais da área da saúde. Alguns dados que suportam a nossa decisão: o A cada 10 mil habitantes, trabalham 81,4 profissionais da saúde o Número de Médicos no Brasil (Conselho Federal de Medicina): 425.829 o População brasileira (IBGE - 15/11/2016): 206.701 mil habitantes o Proporção médicos/habitantes: um médico para cada 486 habitantes ou 0,2% do total de habitantes Esses dados suportam a hipótese de que o Brasil é um grande mercado com grande potencial, além disso, é um país muito receptivo a novas tecnologias estrangeiras. Sub-Região: Sudeste, devido à grande concentração do nosso público alvo e de mão de obra qualificada, escolhemos o Sudeste, além disso nessa região estão muitas universidades referências em todo o país, tais como USP, UNICAMP, UFRJ e UFMG. Alguns dados que suportam a nossa decisão: o 54 mil estudantes de medicina (36% do Total) o 30 universidades de medicina o 54.122 alunos de medicina. Comunidade: São Paulo capital, devido à grande concentração de mão de obra, de médicos e alunos de medicina, além de grandes fundos de investimentos que possam vim a fazer um aporto ao nosso negócio. Alguns dados que suportam a nossa decisão:o N° médicos no Estado de São Paulo: 180.471 o O estado de São Paulo concentra mais de 40% de todos os médicos do Brasil (42,38%) o N° de médicos na Capital: 77.181 o Universidades no Estado de SP: 140 (6% do total de universidades do Brasil) o Grandes fundos de investimentos com escritório na cidade: Tarpon Investimentos, XP Investimentos, Pátria Investimentos e muitos outros. 23 Estratégia de rede de suprimentos Para manter a qualidade do nosso produto, decidimos internalizar ao desenvolvimento do software e focar nessa competência. Fazendo isso iremos assegurar a entrega confiável, ajudar a melhorar a qualidade do serviço e melhorara a compreensão das atividades de desenvolvimento de software que será a competência core da empresa. Por isso, teremos uma equipe de desenvolvimento interna. Com relação ao fornecimento do óculo de realidade aumentada, devido a sua grande importância estratégica, decidimos adotar o suprimento em parceiras. O objetivo não é possuir ativos para construir o óculo de realidade aumentada, mais sim obter algumas das vantagens da proximidade e eficiência da integração vertical. Faremos incentivos para que os nossos fornecedores mantenham a melhoria contínua. A manutenção do equipamento será terceirizada também, para que não percamos o foco no do nosso core business. Essa parceria tem como um dos objetivos ter informações acerca da capacidade de produção de óculos desses fornecedores para que possamos alinhar o nosso esforço promocional para venda de assinatura a disponibilidade de óculos de realidade aumentada. Ecossistema de inovação Mapeamentos o nosso ecossistema de inovação para analisar se todos estavam preparados para aproveitar os benefícios da inovação, para analisar possíveis atrasos e também para definir os relacionamentos que promovem a inovação aberta na empresa. O ecossistema de inovação do nosso produto é constituído de: 24 Empresa Focal: Real Anatomy Clientes: Universidades e Alunos Complementares: Governo e empresas produtoras de óculos de realidade aumentada Fornecedores: Desenvolvedores, Centros de pesquisas e fundos de investimentos O relacionamento entre os principais atores pode ser entendido da seguinte forma: O governo investe nas faculdades, alunos e centros de pesquisas através de incentivos financeiros, isso porque a garantia a saúde de qualidade para a população é um dos papéis do Estado, por isso é interessante para investir e atuar como catalizador das parcerias entre alunos e centros de pesquisa. Os fundos por sua vez, também investem nos alunos e nos centros de pesquisa buscando obter lucros com a inovação do nosso produto. As universidades estimulam os alunos a inovar e dar sugestões para os desenvolvedores. Abaixa uma figura que representa os relacionamentos do ecossistema de inovação da Real Anatomy: 25 ANÁLISE FINANCEIRA Potencial de Mercado Nossa análise financeira se pauta primeiro em uma série de premissas. Primeiro, identificamos o mercado potencial da Real Anatomy, que se compõe por faculdades privadas de medicina e alunos desse mesmo curso. Como dito anteriormente, o foco geográfico do produto seria primeiramente na capital e estados de São Paulo, e depois, sendo escalável para em 5 anos atingir todo o Sudeste. Abaixo encontra-se gráfico com o número de faculdades privadas de Medicina por cada estado desta região. Como pode-se ver, a maior parte se concentra na cidade de SP, por isso o foco inicial do projeto nesta cidade. O gráfico abaixo, por sua vez, retrata o potencial de alunos de Medicina na região. 26 Receita Partindo desse potencial de mercado, o grupo entendeu que a assinatura do nosso produto se devia principalmente a alunos do 1o ano de curso, dado que é nesse período que se cursam as matérias de Anatomia. Tal número de alunos é simplesmente igual ao total de alunos/ duração média do curso (6 anos). Estabelecemos premissas de rump-up, entrando em outros estados ao longo dos 5 anos de projeção. Isso resulta em um potencial como abaixo: Ano 1 2 3 4 5 Potencial Alunos 4058 6989 6989 8568 9019 Market-share 25% 28% 30% 33% 35% Esse representa o potencial de assinaturas feitas pelas universidades. Estabelecemos também assinaturas out-of-pocket, ou seja, alunos que possuem o serviço (ou não) na faculdade e desejam também obtê-lo para si mesmos. Esse share aumenta conforme abaixo: Ano 1 2 3 4 5 % share OOP 50% 55% 60% 65% 70% Feita a análise do potencial de mercado, passamos então ao método de precificação e reconciliação da receita. Estabelecemos uma precificação por assinatura, cujo valor é igual a R$ 50 no ano 1, e aumentando conforme a inflação nos anos seguintes. É preciso notar que esse valor é um pouco maior que 1% da mediana das mensalidades de faculdades privadas de medicina, nossa métrica de benchmarking. Isso nos gera uma receita conforme mostra o quadro abaixo: 27 Custos Passando para os nossos custos, segmentamos em 2 partes: custos de desenvolvimento (para projetar e implementar o aplicativo) e custos de manutenção (para manter as operações em funcionamento). Os custos de desenvolvimento são iguais a um total de R$ 900 mil, que se dividem em: Já os custos de manutenção totalizam R$ 1.3 milhões por mês, compostos como mostrado abaixo: Retorno Tais custos são reajustados com inflação. Continuando a compor a Demonstração de Resultados, assumimos que o endividamento total da empresa no ano 0 é igual a 30% dos custos de desenvolvimento, ou seja, R$ 235k, com maturidade de 5 anos e taxa de juros de 14.25% (SELIC). A depreciação equivale a Equipamentos (máquinas e computadores) cuja vida útil é de 7 anos (premissa). Isso nos leva a uma DRE consolidada: 28 Derivado disso, podemos inferir um Fluxo de Caixa preliminar como abaixo: Isso confere ao investimento uma Taxa interna de Retorno (TIR) de 30% e resultados expressivos de geração de caixa já a partir de 2018 (ano 2). 29 PLANO DE MARKETING Para definir as principais ações de marketing do nosso produto, realizamos um plano de marketing completo, baseado no modelo proposto em. Análise SWOT Estratégia de marketing Posicionamento competitivo Proporcionar aprendizado sobre anatomia humana de forma mais interativa e dinâmica por um preço intermediário Clientes Prioritários Grandes universidades, estudantes de medicina e médicos da cidade de São Paulo Imagem desejada Ser conhecido como software de aprendizado de anatomia humana mais inovador, interativo e dinâmico Matriz Produto X Mercado A empresa precisa atingir desenvolver os mercados, gerando conhecimento sobre o produto 30 Objetivos Estratégicos de Marketing Rentabilidade 1. Atingir o Breakeven até 2018 2. Obter uma TIR superior a 30% até 2021 Market share 3. Ter 55% dos alunos de medicina da cidade de São Paulo e lança o produto no Rio de Janeiro até 2021 4. Vender o nosso produto para 35% das universidades de medicina da cidade de São Paulo até 2018 Imagem 5. Atingir 70% de conhecimento (awareness) da marca em São Paulo até 2021 6. Obter NPS acima de 80 até 2021 Plano de Ação – 4 Ps de Marketing Produto Desenvolver o Real Anatomy para ser personalizado, interativo e dinâmico no aprendizado sobre anatomia humana Investir 780 mil reais no desenvolvimento do Real Anatomy para garantir a qualidade do software e torna-lo o mais fiel a realidade possível e com taxa de errospróxima de zero Desenvolver um fórum para dúvidas sobre anatomia para os nossos clientes Premium Parceria com editoras de livros sobre anatomia humana para aumentar o know how da empresa sobre o assunto Manter atualizações constantes para evitar a pirataria do nosso software e manter um auto nível de inovação 31 Preço Baixo preço de entrada para aumentar o Market Share Assinatura mensal e possibilidade de uso da versão grátis para aumentar a incidência da compra teste Oferecer descontos na contratação de mais serviços do Real Anatomy Praça Parceria com fornecedores de óculos Parceria com universidades Parceria com entidades estudantis para divulgar o Real Anatomy Desenvolver uma interface agradável no site para facilitar a entrada de clientes que desejam testar o Real Anatomy Promoção Realizar eventos em universidades para divulgar o Real Anatomy Desenvolver uma equipe de vendas diretas para vender o Real Anatomy as universidades Publicar conteúdo de qualidade no site torna-lo referência no em aprendizado interativo em medicina Participar dos principais eventos da área médica para aumentar o conhecimento sobre o Real Anatomy Investir no Buzz Marketing (Estimulação do Marketing Boca-a-Boca) através de descontos e privilégios aos estudantes que recomendarem o Real Anatomy Controle – Principais Indicadores Indicador Benchmarking Fonte de Mensuração Ações Corretivas Nº de Universidades clientes Base Atual Relatórios Internos Aumentar as ações da equipe de vendas diretas N° de Alunos clientes Base Atual Relatórios Internos Aumentar a divulgação voltada a alunos NPS Acima de 80% Pesquisa sobre atuais clientes Melhorar a qualidade e confiabilidade do produto Conhecimento do produto Acima de 70% Pesquisa de Marketing Intensificar as ações de promoção do Real Anatomy Lucratividade Positiva até 2018 Relatórios financeiros Aumentar as ações para expansão da base de clientes e reduzir custos 32 Teste de Robustez do Plano de Marketing Flexibilidade O plano permite adequações das ações de marketing conforme o aumento de escala do negócio Oportunidade O mercado na cidade de São Paulo possuí o maior mercado disponível com Brasil, com 20% dos médicos, 25 mil alunos e as Universidades mais renomadas do país. Rentabilidade O plano financeiro mostrou que o produto é rentável e a previsão e de obter lucro já no segundo ano de implementação Viabilidade Na cidade de São Paulo há recursos e mercados em potencial que viabilizar o nosso plano Vulnerabilidade A entrada de concorrentes no mercado e a pirataria podem pôr em risco o sucesso do nosso plano Validade Para a validade das ações estipuladas é necessário que as pesquisas de marketing sejam feitas corretamente Coerência A busca pela prospecção de novos clientes e universidades parceiras faz aumentar o número de assinaturas e consequentemente a nossa receita 33 IMPLEMENTAÇÃO Queremos que o nosso negócio sai do papel, por isso definimos os primeiros passos e o cronograma de implementação do projeto. Site Um dos primeiros passos para a implementação do projeto é desenvolver um site para comunicar o produto e já criar expectativas para os nossos clientes. No site deverá conter vídeos com demonstrações do produto, informações sobre as primeiras universidades onde serão lançados os produtos e também os nossos principais parceiros. No site também será o local onde os nossos clientes poderão baixar a versão grátis do aplicativo e também entrar no fórum para dúvidas que é exclusivo para os nossos assinantes Premium. Abaixo uma imagem sobre uma sugestão para o site: 34 Parcerias Através das análises feitas no plano de marketing, definimos as principais parceiras chaves para o nosso produto: Centros de pesquisa e editoras: O objetivo é adquirir conteúdo médico para o desenvolvimento do Real Anatomy Universidades e entidades estudantis: O objetivo é aumentar o conhecimento do Real Anatomy entre o nosso público alvo. Um fator crítico de sucesso são as parcerias com os professores para que eles recomendem o nosso produto aos alunos. Cronograma de Implementação Para implementar o projeto proposto, desenvolveu-se um cronograma, uma espécie de roadmap para tirar a ideia do papel. Inicialmente, já no mês de dezembro de 2016 deve-se iniciar o desenvolvimento da plataforma com suporte de programadores qualificados e uma equipe médica part time que irá validar as questões técnicas para garantir que o produto seja fidedigno. Conforme descrito anteriormente, um produto necessário para usar o Real Anatomy é um óculos de realidade aumentada, hardware que é produzido por diversas empresas de tecnologia. Em janeiro de 2017 deve ser iniciada a busca por parceiros estratégicos que possam oferecer seus óculos para serem combinados com o software do Real Anatomy, desde que atinjam os requisitos mínimos de qualidade. Esse processo deve ser encerrado até o fim de março de 2017, junto com o desenvolvimento da plataforma. Já no mês de fevereiro de 2017, paralelamente ao desenvolvimento, uma equipe de vendas será formada para dar início à prospecção de clientes e venda de assinaturas para faculdades de medicina. As vendas se encerram em abril de 2017, decorrente do início do semestre letivo nas faculdades de medicina e tornando mais difícil a venda e implementação do software no meio do semestre. Com isso, têm início o lançamento do aplicativo em São Paulo, sendo liberado aos alunos que ou pagaram pela versão premium ou estudam numa faculdade que contratou o Real Anatomy para os alunos. O foco da empresa seria, ao longo do primeiro ano de operação, no mercado paulista. No segundo ano, em abril de 2018, será feita uma expansão para o mercado fluminense pois trata-se do segundo maior mercado potencial na região sudeste. Estima-se que seja necessário um aporte de capital em novembro de 2017 e para tal será feita uma prospecção de investidores de agosto a outubro de 2017. O foco é encontrar um 35 investidor que não só ofereça o capital necessário, mas também possa cooperar com insights de gestão para fomentar o crescimento do negócio e assim maximizar o valor de mercado do Real Anatomy. 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Adner, R. (2006). Match Your Innovation Strategy to Your Innovation Ecosystem Match Your Innovation Strategy to Your Innovation Ecosystem. Harvard Business Review, 84(4), 98– 107. Adner and Kapoor. (2010). Value creation in innovation ecosystems. Campomar,Marcos Cortez; Ikeda, A. A. (2011). O Planejamento de Marketing e a Confecção de Planos - Dos Conceitos a um Novo Modelo Chesbrough, H. (2007). Business Model Innovation: It’s Not Just About Technology Anymore. Strategy & Leadership, 12–17. Chesbrough, H. (2010). B. M. I. O. and B. (2010). Business Model Innovation: Opportunities and Barriers. Long Range Planning, 354–363. Gassmann, O., Enkel, E., & Chesbrough, H. (2010). The Future of Open Innovation. R&D Management. R&D Management, 1–9. Henry Chesbrough, & Rosenbloom, and R. S. (2002). The Role of the Business Model in Capturing Value from Innovation : Evidence from Xerox Corporation ’ s Technology Spinoff Companies. Industrial and Corporate Change. Mcgrath, R. G., & Macmillan, I. C. (1995). Discovery Driven Planning : Turning Conventional Planning on its Head. Harvard Business Review, 73(4), 44–54. McIntyre, D. P., & Arati, S.(2016). Networks, platforms and Strategy. Strategic Management Journal. Teece, D. J. (2010). Business Models , Business Strategy and Innovation. Long Range Planning, 43(2–3), 172–194. Ross, S. A., Westerfield, R. W., & Jordan, B. D. (2000). Princípios de Administração Financeira, 525.
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