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LIBERDADE DE FUMAR Lei Antifumo: Nexo causal e responsabilidade civil Autor: André Jorgetto de Almeida Narrativa: Em 7 de maio de 2009 foi promulgada a Lei Estadual 13.541/2009, conhecida como “Lei Antifumo”, proibindo o consumo de produtos fumígenos em locais total ou parcialmente fechados com circulação de pessoas em recintos de uso coletivo, sob pena em caso de descumprimento. Quando já em vigência da referida lei, um Centro Acadêmico de uma Universidade Pública, impetra mandado de segurança preventivo contra a Fundação de Proteção de Defesa do Consumidor de São Paulo – PROCON/SP, objetivando que a Lei Estadual 13.541/2009 não fosse aplicada em suas dependências. Outrossim, afirma que não se trata de entidade empresária e, portanto, não pode ser sancionada nos termos dos arts. 56 e seguintes da Lei 8.078/1990 (“Código de Defesa do Consumidor”). Argumenta também que a responsabilização seria daquele que, supostamente, descumprira a lei e não da entidade, afinal, quase todos os frequentadores são estudantes universitários, não havendo escusa nenhuma no descumprimento da legislação, não devendo ser a associação estudantil responsabilizada pela conduta de alunos fumantes. A Fundação PROCON/SP, por sua vez, diz que o Centro Acadêmico é um recinto coletivo fechado sem condições de isolamento e ventilação, embora entidade privada, está situada em prédio público. Sustenta também que o Estado tem o dever de proteger a saúde e, consequentemente, de combater o fumo em geral. Alega ainda que a referida associação estudantil, mesmo tendo afixado os avisos de proibição do fumo em pontos de visibilidade, já foi sancionada diversas vezes por conta da conduta dos estudantes. Os autos seguem conclusos para decisão. Questões: 1. Com base nas regras gerais sobre o consumo do tabaco no País, responda: a. Em que termos o consumo de tabaco é permitido? b. A restrição ao consumo de tabaco é uma afronta à liberdade de fumar? As proibições tão amplas ao tabaco configuram ingerência estatal de caráter totalitário sobre as decisões de pessoas em relação aos seus próprios corpos? 2. Contraposto(s) à liberdade de fumar, que direito(s) está(ão) protegido(s) pela “Lei Antifumo”? 3. Na hipótese de Lei Federal que regula produtos fumígenos ser silente a respeito do fumo em lugares fechados, poderia a Lei Estadual discipliná-lo? 4. Assiste razão a pretensão do Centro Acadêmico? Por quê?
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