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Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 41 AULA 7: Restos a Pagar, Despesas de Exercícios Anteriores e Suprimento de Fundos SUMÁRIO PÁGINA Apresentação do tema 1 Restos a Pagar 2 Despesas de Exercícios Anteriores 10 Suprimento de Fundos 13 Mais Questões de Concursos Anteriores 18 Memento (resumo) 31 Lista das questões comentadas nesta aula 34 Gabarito 41 Olá amigos! Como é bom estar aqui! “Uma lenda conta que duas crianças patinavam em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação. De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água. A outra criança vendo que seu amiguinho se afogava de baixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: _ Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas! Nesse instante apareceu um ancião e disse: _ Eu sei como ele conseguiu. Todos perguntaram: ‘Como?’ O ancião respondeu: _ Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que ele não seria capaz.” Você é capaz!!! Estudaremos nesta aula os temas Restos a Pagar, Despesas de Exercícios Anteriores e Suprimento de Fundos. Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 41 1. RESTOS A PAGAR Depois que é feito o empenho tendo como base a dotação orçamentária à respectiva despesa, tem-se o início do cumprimento do contrato, convênio ou determinação legal. O próximo passo é a liquidação da despesa, a qual consiste na verificação do direito do credor com base nos títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, tendo por finalidade apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata, e a quem se deve pagar para extinguir a obrigação. No entanto, se a despesa não for paga até o término do exercício financeiro, dia 31 de dezembro, o crédito poderá ser inscrito em “restos a pagar”, com o pagamento podendo realizar-se no exercício subsequente, caso se concluam os estágios faltantes. Consideram-se Restos a Pagar (RAP) ou resíduos passivos as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 de dezembro. Consoante o art. 92 da Lei 4.320/1964, os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas. O entendimento dos estágios da despesa é importante porque o art. 36 da Lei 4.320/1964 distingue as despesas em processadas e não processadas. As despesas processadas referem-se a empenhos executados e liquidados, prontos para o pagamento; as despesas não processadas são os empenhos de contratos e convênios em plena execução; logo, ainda não existe direito líquido e certo do credor. Por exemplo, caso a Administração Pública assine contrato com um laboratório para o fornecimento de vacinas contra o sarampo e, ao final do exercício, ainda não se saiba o número exato de crianças que serão vacinadas, tal despesa não poderá ser liquidada e será considerada não processada, pois ficará pendente a verificação do direito líquido e certo do credor e da importância exata a pagar. Enquanto não ocorrer a verificação do implemento da condição prevista, não haverá o reconhecimento da liquidez do direito do credor, não podendo o empenho ser considerado liquidado. Assim, para pagamento no ano subsequente, a despesa será inscrita em restos a pagar não processados. Ressalto que a despesa pública deve passar pelos estágios da execução: empenho, liquidação e pagamento. Assim, o pagamento dos restos a pagar não processados, o qual passou apenas pelo estágio do empenho, também só poderá ocorrer após a sua regular liquidação. Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 41 Restos a Pagar São as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro. Podem ser: Processados: empenhados, liquidados e não pagos. Não Processados: empenhados, não liquidados e não pagos. 1) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) Despesas de exercícios anteriores constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por credor. Consoante o art. 92 da Lei 4320/64, são os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida, que se constituem em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas. Resposta: Errada 2) (CESPE - Técnico Administrativo - MPU - 2010) Os restos a pagar processados correspondem a despesas orçamentárias do ano anterior pagas com atraso. As despesas processadas referem-se a empenhos executados e liquidados, prontos para o pagamento; as despesas não processadas são os empenhos de contratos e convênios em plena execução, ainda não liquidados, logo não existe ainda direito líquido e certo do credor. Caso a inscrição em Restos a Pagar se refira a despesas processadas, ou seja, àquelas empenhadas e liquidadas, teremos os Restos a Pagar processados. Logo, o conceito de restos a pagar processados não se refere às despesas pagas com atraso. Resposta: Errada Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não anulados, serão inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício (31/12) pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho e liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio exercício. No caso de estimativa, são possíveis duas situações: - Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores. - Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 41 Tivemos uma mudança no tema Restos a Pagar. É uma atualização relativamente pequena no Decreto 93.872/1986, considerando que ele tem mais de 150 artigos. Porém, é muito importante! A mudança está unicamente no art. 68 e seu parágrafo único. Na verdade, houve várias inclusões nesse dispositivo e duas alterações. Foram realizadas pelo Decreto 7.654, de 23/12/2011. Antes, para relembrar: Restos a Pagar - RAP: são as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 de dezembro. São classificados como: RAP processados: empenhados e liquidados, porém não pagos. RAP não processados: empenhados, porém não liquidados e não pagos. Obs: RAP é como são chamados informalmente os Restos a Pagar em diversos órgãos públicos,para você ir se acostumando. As mudanças foram nos RAP não processados! ALTERAÇÕES Alteração 1: impossibilidade de inscrição automática de Restos a Pagar Não Processados. Isso agora depende da observância de algumas regras do Decreto. De: Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar será automática, no encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho, desde que satisfaça às condições estabelecidas neste Decreto para empenho e liquidação da despesa. Para: Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto para empenho e liquidação da despesa. § 1o A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à indicação pelo ordenador de despesas. Comentário: assim, nada de inscrição automática. Isso acabou. Deve haver a indicação do Ordenador de Despesas e ser observadas as regras do Decreto, que permanecem as mesmas: Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 41 Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; IV - corresponder a compromissos assumido no exterior. Alteração II: Os Restos a Pagar Não Processados terão validade até 30 de junho do segundo ano subsequente ao da sua inscrição, com algumas exceções. De: Parágrafo único. Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e não liquidados posteriormente terão validade até 31 de dezembro do ano subsequente de sua inscrição Para: § 2o Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e não liquidados posteriormente terão validade até 30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição, ressalvado o disposto no § 3o. Comentário: antes era 31/12 do ano subsequente, agora é 30/06 do segundo ano subsequente ao da sua inscrição. Porém, há exceções, que chamo aqui de inclusões ao texto do artigo. INCLUSÕES Inclusão I: as exceções quanto ao término de validade em 30 de junho do segundo ano subsequente à inscrição dos RAP Não Processados. § 3o Permanecem válidos, após a data estabelecida no § 2o, os restos a pagar não processados que: I - refiram-se às despesas executadas diretamente pelos órgãos e entidades da União ou mediante transferência ou descentralização aos Estados, Distrito Federal e Municípios, com execução iniciada até a data prevista no § 2o; ou II - sejam relativos às despesas: a) do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC; b) do Ministério da Saúde; ou c) do Ministério da Educação financiadas com recursos da Manutenção e Desenvolvimento do Ensino. § 4o Considera-se como execução iniciada para efeito do inciso I do § 3o I - nos casos de aquisição de bens, a despesa verificada pela quantidade parcial entregue, atestada e aferida; e Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 41 II - nos casos de realização de serviços e obras, a despesa verificada pela realização parcial com a medição correspondente atestada e aferida. Comentário: permanecem válidos os RAP não processados que tenha execução iniciada antes de 30 de junho. O conceito de execução iniciada também é apresentado: _ no caso de aquisição de bens: é a quantidade parcial entregue, atestada e aferida; _ no caso de serviços e obras: é a realização parcial medida, atestada e aferida. Também permanecem igualmente válidos os RAP não processados de despesas do PAC, do Ministério da Saúde e as financiadas com recursos da Manutenção e Desenvolvimento do Ensino do Ministério da Educação. Duas observações: _ tais despesas permanecem válidas independentemente do artigo anterior, ou seja, não precisam estar incluídas como de execução iniciada; _ no caso do PAC e do Ministério da Saúde são todas as despesas. Entretanto, no Ministério da Educação, são apenas os recursos que chamamos de MDE aqui na SOF (Manutenção e Desenvolvimento do Ensino), que são aqueles vinculados pela Constituição Federal. Inclusão II: regras de gestão. § 5º Para fins de cumprimento do disposto no § 2º, a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda efetuará, na data prevista no referido parágrafo, o bloqueio dos saldos dos restos a pagar não processados e não liquidados, em conta contábil específica no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI. § 6º As unidades gestoras executoras responsáveis pelos empenhos bloqueados providenciarão os referidos desbloqueios que atendam ao disposto nos §§ 3º, inciso I, e 4º para serem utilizados, devendo a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda providenciar o posterior cancelamento no SIAFI dos saldos que permanecerem bloqueados. § 7º Os Ministros de Estado, os titulares de órgãos da Presidência da República, os dirigentes de órgãos setoriais dos Sistemas Federais de Planejamento, de Orçamento e de Administração Financeira e os ordenadores de despesas são responsáveis, no que lhes couber, pelo cumprimento do disposto neste artigo. § 8º A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, no âmbito de suas competências, poderá expedir normas complementares para o cumprimento do disposto neste artigo. Comentário: aqui não há o que acrescentar. São regras para a gestão dos RAP não processados, de observância principalmente pela STN e pelas Unidades Gestoras Executoras. Já no que se refere aos restos a pagar processados, consoante Parecer 401/2000 da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o cancelamento de Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 41 restos a pagar processados caracteriza forma de enriquecimento ilícito, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob pena de estar descumprindo o princípio da moralidade que rege a Administração Pública, previsto no art. 37 da CF/1988. Assim, os restos a pagar processados não podem ser cancelados. No entanto, segundo o art. 70 do Decreto 93.872/1986, o qual é baseado na legislação civil, prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos restos a pagar. Logo, as dívidas com RAP, ainda que liquidadas, não podem perdurar indefinidamente. Os Restos a Pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados,só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito. Ou seja, durante os outros anos só serão inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados. Exemplo: determinado crédito adicional especial com vigência plurianual teve no primeiro ano: Empenhados: R$ 100 mil. Liquidados: R$ 80 mil. Pagos: R$ 50 mil. Assim, apenas R$ 30 mil (liquidados e não pagos) serão inscritos em restos a pagar no primeiro ano, porque os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, só serão computados como restos a pagar no último ano de vigência do crédito. O MCASP dispõe que não devem ser reconhecidos como receitas orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas inscritas em Restos a Pagar, o qual consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. O cancelamento de Restos a Pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores que devem ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício. 3) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) A despesa orçamentária que percorre os estágios de empenho e liquidação pode ser inscrita como restos a pagar, que não podem, nesse caso, ser cancelados. Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 41 Já no que se refere aos restos a pagar processados, consoante Parecer 401/2000 da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o cancelamento de restos a pagar processados caracteriza forma de enriquecimento ilícito, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob pena de estar descumprindo o princípio da moralidade que rege a Administração Pública, previsto no art. 37 da CF/1988. Assim, os restos a pagar processados não podem ser cancelados. A questão foi anulada pela banca. Porém, segundo justificativa do CESPE, de fato, o item está certo. O que houve foi dúvida quanto à utilização de abordagem adotada pela LRF, não incluída entre os objetos de avaliação previstos no edital do concurso para agente da polícia federal daquele ano. Logo, para efeitos de estudos, a questão está correta. Resposta: Certa 4) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) A inscrição em restos a pagar de despesas, ainda que não liquidadas, deve ser efetuada, por serem de competência do exercício, quando, prestado o serviço ou entregue o material até 31 de dezembro, ainda se esteja verificando o direito do credor, ou, então, o prazo para o cumprimento da obrigação assumida pelo credor estiver vigendo. A inscrição em restos a pagar de despesas, ainda que não liquidadas, deve ser efetuada, por serem de competência do exercício, quando vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; ou corresponder a compromissos assumido no exterior. Resposta: Certa Ainda consoante o art. 15 do Decreto 93.872/1986: “Art. 15. Os restos a pagar constituirão item específico da programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite de saques fixado.” As despesas extraorçamentárias são aquelas que não constam da Lei Orçamentária e decorrem da contrapartida da receita extraorçamentária. Provêm da obrigação de devolver o valor arrecadado transitoriamente, como os valores de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a pagar e de resgate de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária. Se uma despesa for empenhada em um exercício e somente for paga no exercício seguinte, ela deve ser contabilizada como pertencente ao exercício do empenho. Assim, os Restos a Pagar serão contabilizados como despesas extraorçamentárias, já que o empenho foi efetuado dentro do orçamento do Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 41 exercício anterior. Situações de RAP como receita e como despesa extraorçamentária Inicialmente, a despesa é orçamentária, fixada na LOA. Na Contabilidade Pública, se essa despesa vier a ser inscrita em restos a pagar no fim do exercício, será necessário computá-la como RAP do exercício na receita extraorçamentária do balanço financeiro, para compensar sua inclusão na despesa orçamentária da LOA daquele ano. Na contrapartida, também no balanço financeiro, os RAP, quando forem pagos, serão classificados como despesas extraorçamentárias. Os Restos a Pagar são constituídos por recursos correspondentes a exercícios financeiros já encerrados. No entanto, integram a programação financeira do exercício em curso. De acordo com o art. 71 da CF/1988, o Tribunal de Contas da União tem o dever de elaborar relatório e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, cabendo, exclusivamente, ao Congresso Nacional, julgar as contas prestadas e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo, conforme o inciso IX do art. 49 da CF/1988. Os Restos a Pagar têm tido uma atenção crescente e relevante nos relatórios apresentados pelo TCU, conforme se comprova no relatório apresentado sobre contas do Governo da República, relativas aos últimos exercícios . O TCU ressalva a manutenção de volume expressivo de restos a pagar não processados, inscritos ou revalidados , o que compromete a programação financeira e o planejamento governamental nos exercícios seguintes. O TCU tem mostrado preocupação com o acompanhamento e o controle das contas referentes a restos a pagar, em virtude do expressivo volume de recursos do Governo Federal inscritos nessa rubrica nos últimos exercícios financeiros, devido ao contingenciamento de dotações orçamentárias, promovendo sua descompressão quase ao final do exercício. No entanto, como a descompressão ocorre no final do exercício financeiro, grande parte das despesas ainda não terá passado pelo estágio da liquidação ao término do exercício, devendo ser inscritas em restos a pagar não processados. Em resumo, há um número excessivo de despesas inscritas em Restos a Pagar a cada ano, principalmente em Restos a Pagar não processados. E para evitar abusos em fim de mandato, a LRF, em seu art. 42, parágrafo único, determina: “Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendeswww.estrategiaconcursos.com.br 10 de 41 considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.” O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público observa que, embora a Lei de Responsabilidade Fiscal não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, desta forma, eliminando as heranças fiscais. 5) (CESPE - Analista Judiciário - STF - 2008) O TCU tem chamado a atenção para o fato de que o Poder Executivo, no afã de assegurar e antecipar o alcance da meta de superavit primário, contingencia dotações orçamentárias, promovendo sua descompressão quase ao final do exercício. Isso tem levado à inscrição de elevados valores em restos a pagar, notadamente em restos a pagar processados. Como a descompressão ocorre no final do exercício financeiro, grande parte das despesas ainda não terão passado pelo estágio da liquidação ao término do exercício, devendo ser inscritas em restos a pagar não-processados. Resposta: Errada 2. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES As Despesas de Exercícios Anteriores são dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que ocorrerão os pagamentos. Poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Despesas de Exercícios Anteriores (art. 37 da Lei 4.320/1964) São as despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê- las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. Vamos destrinchar o art. 37 da Lei 4.320/1964: • Despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria: ao final de um exercício, determinada despesa pode não Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 41 ter sido processada, porque o empenho pode ter sido considerado insubsistente e anulado. No entanto, o credor havia, dentro do prazo estabelecido, cumprido sua obrigação. Nesse caso, quando o pagamento vier a ser reclamado, a despesa poderá ser empenhada novamente em Despesas de Exercícios Anteriores. • Restos a Pagar com prescrição interrompida: ainda que os saldos remanescentes dos Restos a Pagar sejam cancelados após o término do prazo previsto, o direito do credor prescreve apenas em cinco anos. Os Restos a Pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda está vigente o direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria. • Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente: algumas obrigações de pagamento criadas em virtude de lei podem ser reconhecidas pela autoridade competente após o fim do exercício financeiro em que foram gerados, ainda que não tenha saldo na dotação própria ou que a dotação não tenha sido prevista. Como exemplo, é o que ocorrerá se a Administração Pública reconhecer dívida correspondente a vários anos de diferenças em gratificações de servidores públicos em atividade. As despesas decorrentes da decisão referentes aos anos anteriores deverão ir à conta de despesas de exercícios anteriores, classificadas como despesas correntes; as dos meses do exercício financeiro corrente serão pagas no elemento de despesa próprio. Para o pagamento das despesas de exercícios anteriores, a despesa deve ser empenhada novamente, comprometendo, desse modo, o orçamento vigente à época do efetivo pagamento. Há necessidade de nova autorização orçamentária. Na classificação por natureza da despesa, há um elemento de despesa específico denominado “despesas de exercícios anteriores”. Assim, as Despesas de Exercícios Anteriores são orçamentárias, pois seu pagamento ocorre à custa do orçamento vigente. As Despesas de Exercícios Anteriores são orçamentárias. As dívidas de exercícios anteriores, que dependam de requerimento do favorecido, prescrevem em cinco anos, contados da data do ato ou fato que tiver dado origem ao respectivo direito. Ainda, segundo o § 1º do art. 22 do Decreto 93.872/1986, o reconhecimento da obrigação de pagamento de despesas de exercícios anteriores cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. Importante destacar que as despesas de exercícios anteriores não se Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 41 confundem com restos a pagar, já que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. 6) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) Se o empenho de uma despesa for considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício, mas, em momento posterior, o credor cumprir com sua obrigação, o pagamento será obrigatório e deverá correr à conta de despesas de exercícios anteriores. Ao final de um exercício, determinada despesa pode não ter sido processada, porque o empenho pode ter sido considerado insubsistente e anulado. No entanto, o credor havia, dentro do prazo estabelecido, cumprido sua obrigação. Nesse caso, quando o pagamento vier a ser reclamado, a despesa poderá ser empenhada novamente em Despesas de Exercícios Anteriores. Tal fato se enquadra no conceito de DEA, pois se refere a despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria. Resposta: Certa 7) (CESPE - Analista Administrativo - ANATEL - 2009) Supondo que determinada despesa estivesse inscrita em restos a pagar, com posterior cancelamento, por não se ter habilitado o credor no momento oportuno, e que, mais adiante, esse pagamento, para o qual já fora aprovada dotação no exercício correspondente, seja reclamado, o respectivo pagamento deverá ser feito mediante reinscrição do compromisso, sem necessidade de nova autorização orçamentária. Supondo que determinada despesa estivesse inscrita em restos a pagar, com posterior cancelamento, por não se ter habilitado o credor no momento oportuno e por ser vedada a reinscrição do compromisso em Restos a Pagar; e que, mais adiante, esse pagamento, para o qual já fora aprovada dotação no exercício correspondente, seja reclamado, estamos diante de Restos a Pagar com prescrição interrompida. São aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor, e que poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria. Para o pagamento das despesas de exercícios anteriores, a despesa deve ser empenhada novamente, comprometendo, desse modo, o orçamento vigente à época do efetivo pagamento. Assim, há necessidade de nova autorização orçamentária. Resposta: Errada 3. SUPRIMENTO DE FUNDOS Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agentee Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 41 O processo tradicional da realização de despesas geralmente é demorado, principalmente quando se exige prévia licitação. No entanto, o administrador público vivencia situações que não podem se sujeitar ao processo normal, as quais exigem ações imediatas que demandam a utilização de recursos públicos. A finalidade do suprimento de fundos é exatamente atender a situações atípicas que exijam pronto pagamento em espécie, que não podem aguardar o processo normal, ou seja, é exceção à realização de procedimento licitatório. O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos: • Para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie. • Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento. • Para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em portaria do Ministro da Fazenda. Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão relacionar-se a mais de uma natureza de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os valores de cada natureza. A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da execução da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. O pagamento ao suprido só será realizado após os estágios do empenho e liquidação. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Já no que se refere à liquidação, tal estágio é representado pelo registro de uma obrigação pelo suprimento, em contrapartida com o direito ao recebimento do bem ou serviço objeto do gasto ou à devolução do valor adiantado. Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 41 Não se concederá suprimento de fundos: • A responsável por dois suprimentos, ou seja, é permitida a concessão de até dois suprimentos com prazo de aplicação não vencido. • A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor. • A responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação. • A servidor declarado em alcance. Entende-se por servidor declarado em alcance aquele que não tenha prestado contas do suprimento no prazo regulamentar ou cujas contas tenham sido impugnadas, total ou parcialmente. Ainda, é vedada a aquisição de material permanente por meio de suprimento de fundos. 8) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) Devido à natureza emergencial das despesas pagas mediante suprimento de fundo, admite-se que, ao se utilizar desse instrumento, não sejam observados os estágios da despesa pública. A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da execução da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. Resposta: Errada 9) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) É vedado ao servidor público receber três suprimentos de fundos simultaneamente, mesmo que desenvolva missões distintas. Não se concederá suprimento de fundos a responsável por dois suprimentos, ou seja, é permitida a concessão de até dois suprimentos com prazo de aplicação não vencido. Logo, é vedado ao servidor público receber três ou mais suprimentos de fundos simultaneamente, mesmo que desenvolva missões distintas. Resposta: Certa Segundo o art. 45 do Decreto 93.872/1986, excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação própria às despesas a realizar, e que não possa subordinar-se ao processo normal de aplicação. Ainda, o suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 41 realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício. O servidor que receber suprimento de fundos é obrigado a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado pelo ordenador de despesa, sem prejuízo das providências administrativas para apuração das responsabilidades. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte. A responsabilidade pela aplicação do suprimento de fundos, após sua aprovação na respectiva prestação de contas, é da autoridade que o concedeu. A concessão de suprimento de fundos deverá ocorrer por meio do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), conhecido como Cartão Corporativo, utilizando as contas de suprimento de fundos somente em caráter excepcional, em que comprovadamente não seja possível utilizar o cartão. O CPGF é instrumento de pagamento, emitido em nome da unidade gestora e operacionalizado por instituição financeira autorizada, utilizado exclusivamente pelo portador nele identificado, nos casos indicados em ato próprio da autoridade competente. Ele permite o acompanhamento das despesas realizadas com os recursos do Governo, facilita a prestação de contas e oferece maior segurança às operações. O Decreto 5.355/2005 dispõe sobre a utilização do CPGF pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, para pagamento de despesas realizadas nos termos da legislação vigente, e dá outras providências. Segundo o art. 2º, a utilização do CPGF para pagamento de despesas poderá ocorrer na aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como suprimento de fundos, sem prejuízo dos demais instrumentos de pagamento previstos na legislação. No entanto, ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda poderá autorizar a utilização do CPGF como forma de pagamento de outras despesas. Segundo o § 6º do art. 45 do Decreto 93.872/1986, é vedada a utilização do CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas: • De que trata o art. 47, ou seja, decorrente de Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação de competência. • Decorrentes de situações específicas do órgão ou entidade, nos termos do autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca superior a 30% do total da despesa anual do órgão ou entidade efetuada com suprimento de fundos. • Decorrentes de situações específicas da agência reguladora, nos termos Acesse www.baixarveloz.netNoções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 41 do autorizado em portaria pelo seu dirigente máximo e nunca superior a 30% do total da despesa anual da agência efetuada com suprimento de fundos. Este é o art. 47 citado acima: “Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para atender a peculiaridades dos órgãos essenciais da Presidência da República, da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, das repartições do Ministério das Relações Exteriores no exterior, bem assim de militares e de inteligência, obedecerão ao Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação de competência. Parágrafo único. A concessão e aplicação de suprimento de fundos de que trata o caput, com relação ao Ministério da Saúde, restringe-se a atender às especificidades decorrentes da assistência à saúde indígena.” A regra geral é a utilização do CPGF para o suprimento de fundos, sendo exceção a abertura de novas contas bancárias destinadas à movimentação de suprimento de fundos (Decreto 6.467/2008). O CPGF é uma modalidade de pagamento, ou seja, não altera em nada os procedimentos existentes para a utilização do suprimento de fundos e sua prestação de contas. Se o ordenador de despesa impugnar as contas do suprido, este deverá devolver, por meio do documento Guia de Recolhimento da União – GRU, os valores das despesas não elegíveis, ou seja, aquelas que não foram aceitas pelo ordenador de despesa da UG, por estar em desacordo com o objeto do suprimento. Cabe ressaltar que a rotina de devolução vale tanto para a conta bancária quanto para o cartão. Atualmente, apenas as despesas de pequeno vulto possuem limites, com percentuais baseados no art. 23 da Lei 8.666/1993: Valores máximos para a concessão de suprimento de fundos Modalidade Obras e serviços de engenharia Compras e serviços em geral CPGF R$ 15.000,00 R$ 8.000,00 Conta tipo B R$ 7.500,00 R$ 4.000,00 Valores máximos por despesa realizada Modalidade Obras e serviços de engenharia Compras e serviços em geral CPGF R$ 1.500,00 R$ 800,00 Conta tipo B R$ 375,00 R$ 200,00 Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 41 Repare que há valores diferenciados para a concessão total e por despesa realizada; por CPGF e por Conta Tipo B; para obras e serviços de engenharia e para compras e serviços em geral. 10) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) O Ministério das Relações Exteriores não pode conceder ou aplicar suprimentos de fundos nos termos do regime especial de execução quando o servidor responsável pelo suprimento estiver em exercício no Brasil. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para atender a peculiaridades dos órgãos essenciais da Presidência da República, da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, das repartições do Ministério das Relações Exteriores no exterior, bem assim de militares e de inteligência, obedecerão ao Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação de competência. Assim, o Ministério das Relações Exteriores não poderá conceder ou aplicar suprimentos de fundos nos termos do regime especial de execução quando o servidor responsável pelo suprimento estiver em exercício no Brasil. Só poderá ser aplicado quando o servidor estiver no exterior. Resposta: Certa Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 41 MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE 11) (CESPE – Analista Administrativo - Administrativa - PREVIC - 2011) Os restos a pagar são as despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data de encerramento do exercício financeiro, inscritas contabilmente como obrigações a pagar no exercício subsequente. Os empenhos referentes a despesas já empenhadas, liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não anulados, serão inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho e liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio exercício. Resposta: Certa 12) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2004) O pagamento de restos a pagar caracteriza-se por ser extraorçamentário. Inicialmente, a despesa é orçamentária, fixada na LOA. Na Contabilidade Pública, se essa despesa vier a ser inscrita em restos a pagar no fim do exercício, será necessário computá-la como RAP do exercício na receita extraorçamentária do balanço financeiro, para compensar sua inclusão na despesa orçamentária da LOA daquele ano. Na contrapartida, também no balanço financeiro, os RAP, quando forem pagos, serão classificados como despesas extraorçamentárias. Resposta: Certa 13) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN - 2010) Suponha que um crédito especial tenha sido autorizado em novembro de determinado ano, mas não tenha sido inteiramente utilizado até o final do exercício. Nesse caso, ele poderá ser reaberto no exercício financeiro subsequente, e as despesas realizadas à conta desse crédito devem ser contabilizadas como resultado de exercícios anteriores. Se um crédito especial tiver sido autorizado em novembro de determinado ano, mas não tenha sido inteiramente utilizado até o final do exercício, ele poderá ser reaberto no exercício financeiro subsequente. Entretanto, as despesas realizadas à conta desse crédito utilizarão as fontes dos créditos adicionais, como o superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício anterior. Não serão contabilizadas como de resultados ou de despesas de exercícios anteriores. Resposta: Errada Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 41 14) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Quando parte das despesas inscritas em restos a pagar é cancelada, o montante correspondente deve ser classificado como receita do exercício em que se deu o cancelamento. O atual MCASP dispõe que não devem ser reconhecidos como receitas orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas inscritas em Restos a Pagar, o qual consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. O cancelamento de Restos a Pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou da restituição de despesas pagasem exercícios anteriores que devem ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício. Resposta: Errada 15) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) Resíduos passivos consistem em despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, que não tenham sido canceladas pelo processo de análise e depuração e que atendam aos requisitos previstos na Lei n.° 4.320/1964, podendo ser inscritas como tal por constituírem encargos incorridos no exercício vigente. Consideram-se Restos a Pagar ou resíduos passivos as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 de dezembro. Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não anulados, serão inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho e liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio exercício. Isso ocorre devido ao regime de competência das despesas, já que devem ser contabilizadas no exercício em que foram geradas. Resposta: Certa 16) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Contabilidade - ABIN – 2010) O adiantamento que caracteriza o suprimento de fundos constitui despesa orçamentária. O estágio da liquidação é representado pelo registro de uma obrigação pelo suprimento, em contrapartida com o direito ao recebimento do bem ou serviço objeto do gasto ou à devolução do valor adiantado. O suprimento de fundos constitui despesa orçamentária. No que se refere à liquidação, tal estágio é representado pelo registro de uma obrigação pelo suprimento, em contrapartida com o direito ao recebimento do bem ou serviço objeto do gasto ou à devolução do valor adiantado Resposta: Certa Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 41 17) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) Uma despesa deve ser considerada processada, para efeito de inscrição em restos a pagar, quando seu estágio de liquidação já tiver transcorrido. As despesas processadas referem-se a empenhos executados e liquidados, prontos para o pagamento. Nessa situação, caso não seja efetuado o pagamento no exercício, a despesa poderá ser inscrita como restos a pagar processados. Resposta: Certa 18) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O suprimento de fundos deve ser contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesas realizadas, no momento da prestação de contas do servidor que tenha efetuado essas despesas. O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício. Não se deve esperar a prestação de contas. Resposta: Errada 19) (CESPE – Analista Administrativo - Administrativa - PREVIC - 2011) Considere que o filho de um servidor público tenha nascido no mês de dezembro de 2010, mas que somente em janeiro de 2011 esse servidor tenha solicitado o pagamento do benefício do salário-família. Nesse caso, o pagamento do benefício do salário-família do mês de dezembro de 2010 pode ser reconhecido como despesa de exercício anterior. Algumas obrigações de pagamento criadas em virtude de lei podem ser reconhecidas pela autoridade competente após o fim do exercício financeiro em que foram gerados, ainda que não tenha saldo na dotação própria ou que a dotação não tenha sido prevista. As despesas decorrentes da decisão referentes aos anos anteriores deverão ir à conta de despesas de exercícios anteriores. Isso ocorre no caso de pagamento retroativo de ano anterior do benefício do salário-família Resposta: Certa 20) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) A reserva de contingência deve-se destinar exclusivamente ao pagamento de restos a pagar que excederem as disponibilidades de caixa ao final do exercício. A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 41 vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. Não há previsão de utilização exclusiva para pagamento de restos a pagar. Resposta: Errada 21) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) O cancelamento de restos a pagar e o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores devem ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício em que o evento ocorreu. O MCASP dispõe que não devem ser reconhecidos como receitas orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas inscritas em Restos a Pagar, o qual consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. O cancelamento de Restos a Pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores que devem ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício. Resposta: Errada 22) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) No momento do pagamento de restos a pagar referente à despesa empenhada pelo valor estimado, verifica-se se existe diferença entre o valor da despesa inscrita e o valor real a ser pago; caso o valor real a ser pago seja superior ao valor inscrito, o saldo existente deve ser cancelado e o valor global deve ser empenhado à conta de despesas de exercícios anteriores. No caso de estimativa, são possíveis duas situações: • Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores. • Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. Assim, no momento do pagamento de restos a pagar referente à despesa empenhada pelo valor estimado, verifica-se se existe diferença entre o valor da despesa inscrita e o valor real a ser pago; caso o valor real a ser pago seja inferior ao valor inscrito, o saldo existente deve ser cancelado. Caso o valor real a ser pago seja superior ao valor inscrito, a diferença deve ser empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores. Resposta: Errada 23) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) Os restos a pagar somente serão considerados despesas de exercícios anteriores quando não estiverem cancelados e não estiver mais vigente o direito do credor. Os Restos a Pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda está vigente o direito do Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 41 credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoriaprópria. Logo, os restos a pagar somente serão considerados despesas de exercícios anteriores quando estiverem cancelados e estiver vigente o direito do credor. Resposta: Errada 24) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Planej Estrat. - ABIN – 2010) São exemplos de elementos de despesas no orçamento: distribuição de receitas, sentenças judiciais e despesas de exercícios anteriores. Na classificação por natureza da despesa, há um elemento de despesa específico denominado “despesas de exercícios anteriores”. São também exemplos de elementos sentenças judiciais e distribuição constitucional ou legal de receitas. Resposta: Certa 25) (CESPE – Técnico Superior – IPAJM – 2010) As despesas realizadas por intermédio de suprimentos de fundos devem ser empenhadas no momento em que o servidor prestar contas sobre os gastos efetuados. O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. Resposta: Errada 26) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) A inscrição de despesa em restos a pagar não processados é procedida após a depuração das despesas pela anulação de empenhos, no exercício financeiro seguinte à sua emissão, ou seja, verificam-se quais despesas devem ser inscritas em restos a pagar, anulam-se as demais e inscrevem-se os restos a pagar não processados do exercício anterior. Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não anulados, serão inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício (31/12) pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho e liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio exercício. Resposta: Errada 27) (CESPE – Analista Administrativo - Administrativa - PREVIC - 2011) O ordenador de despesa no âmbito do programa previdência Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 41 complementar, em caráter excepcional e sob sua inteira responsabilidade, pode conceder suprimento de fundos a servidor, obrigatoriamente precedido de empenho na dotação, para atender despesas eventuais em viagens e com serviços especiais que exijam pronto pagamento. O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. Assim, como exemplo, o ordenador de despesa no âmbito do programa previdência complementar, em caráter excepcional e sob sua inteira responsabilidade, pode conceder suprimento de fundos a servidor, obrigatoriamente precedido de empenho na dotação, para atender despesas eventuais em viagens e com serviços especiais que exijam pronto pagamento. Resposta: Certa 28) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) A utilização do cartão de pagamento do governo federal destina-se à aquisição de materiais e à contratação de serviços enquadrados como suprimento de fundos, sendo vedada sua utilização como forma de pagamento de outras despesas. A utilização do CPGF para pagamento de despesas poderá ocorrer na aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como suprimento de fundos, sem prejuízo dos demais instrumentos de pagamento previstos na legislação. No entanto, ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda poderá autorizar a utilização do CPGF como forma de pagamento de outras despesas. Resposta: Errada 29) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) O pagamento de restos a pagar deve ocorrer no ano seguinte ao da inscrição e mediante prévia liquidação do empenho inscrito em restos a pagar. A despesa pública deve passar pelos estágios da execução: empenho, liquidação e pagamento. Assim, o pagamento dos restos a pagar não processados, o qual passou apenas pelo estágio do empenho, também só poderá ocorrer após a sua regular liquidação. Resposta: Certa 30) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) Considere que um servidor público viaje a trabalho para representar o Brasil em congresso internacional sobre a convergência contábil no setor público Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 41 e que, ao retornar, não preste contas de suprimento de fundos no prazo regulamentar. Nessa situação, o referido servidor é um servidor em alcance. Entende-se por servidor declarado em alcance aquele que não tenha prestado contas do suprimento no prazo regulamentar ou cujas contas tenham sido impugnadas, total ou parcialmente. Resposta: Certa 31) (CESPE- Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008) Caso a administração pública assine contrato com um laboratório para o fornecimento de vacinas contra a paralisia infantil e, ao final do exercício, ainda não se saiba o número exato de crianças que serão vacinadas, tal despesa será inscrita em restos a pagar não- processados. Caso a administração pública assine contrato com um laboratório para o fornecimento de vacinas contra a paralisia infantil e, ao final do exercício, ainda não se saiba o número exato de crianças que serão vacinadas, tal despesa não poderá ser liquidada e será considerada não-processada, pois ficará pendente a verificação do direito liquido e certo do credor e da importância exata a pagar. Assim, para pagamento no ano subsequente, a despesa será inscrita em restos a pagar não-processados. Resposta: Certa 32) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008) Supondo que determinada despesa tenha sido empenhada no exercício e não tenha sido liquidada até 31 de dezembro, que o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo prestador de serviços contratado pela administração esteja vencido, e que o serviço provavelmente não terá maior interesse para a administração, deve-se proceder à inscrição da despesa em restos a pagar, ainda que remota a possibilidade de o serviço vir a ser realizado. Supondo que determinada despesa tenha sido empenhada no exercício e não tenha sido liquidada até 31 de dezembro, ela é passível de ser inscrita em restos a pagar. O prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo prestador de serviços contratado pela administração deve estar vigente ou pode até mesmo estar vencido, desde que esteja em curso a liquidação da despesa ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor. Resposta: Errada 33) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Tendo em vista que são constituídos por recursos correspondentes a exercícios financeiros já encerrados, os restos a pagar não integram a programação financeira do exercício em curso. Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia FederalTeoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 41 Os Restos a Pagar são constituídos por recursos correspondentes a exercícios financeiros já encerrados. No entanto, integram a programação financeira do exercício em curso. Resposta: Errada 34) (CESPE -Gestão Econômico-Financeira e de Custos -Min. da Saúde- 2008) Se a administração pública reconhecer dívida correspondente a vários anos de diferenças em gratificações de servidores públicos em atividade, a despesa decorrente da decisão poderá ser paga na folha de pagamentos regular dos meses seguintes e não poderá ser classificada como despesa de exercícios anteriores. Os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, citados pelo art. 37 da Lei 4320/1964, são aqueles que podem ser reconhecidos pela autoridade competente após o fim do exercício financeiro em que foram gerados, ainda que não tenha saldo na dotação própria ou que a dotação não tenha sido prevista. É o que ocorrerá se a administração pública reconhecer dívida correspondente a vários anos de diferenças em gratificações de servidores públicos em atividade. As despesas decorrentes da decisão referentes aos anos anteriores deverão ir à conta de despesas de exercícios anteriores, classificadas como despesas correntes; as dos meses do exercício financeiro corrente serão pagas no elemento de despesa próprio. Resposta: Errada 35) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) Não constitui restrição para a concessão de suprimento de fundos, quando estes são destinados a cobrir despesas de caráter sigiloso, o fato de o servidor ser responsável por dois suprimentos. Constitui restrição para a concessão de suprimento de fundos o fato de o servidor ser responsável por dois suprimentos, ainda que destinado a cobrir despesas de caráter sigiloso. Resposta: Errada 36) (CESPE – Contador – FUB – 2009) Quando a anulação de uma despesa ocorrer após o encerramento do exercício financeiro, a receita será revertida à dotação originária, podendo ser utilizada para pagamento de despesas de exercício anteriores. Quando a anulação de uma despesa ocorrer durante o exercício financeiro, a receita será revertida à dotação originária, podendo ser utilizada para pagamento de despesas de exercício anteriores, desde que cumpra as demais normas sobre o tema. Resposta: Errada Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 41 37) (CESPE – Contador – IPAJM – 2006) O adiantamento de numerário, dadas as suas peculiaridades, é um caso especial de realização da despesa que prescinde de empenho, quando se tratar de serviços ou aquisições de caráter extraordinário e urgente. A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da execução da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Resposta: Errada 38) (CESPE – Contador – CEHAP/PB - 2009) O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor, não havendo necessidade de se distinguir as despesas processadas das não-processadas. Consoante o art. 92 da Lei 4.320/1964, os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas. Resposta: Errada 39) (CESPE- Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008) Nas despesas realizadas por meio do Cartão de Pagamento do Governo Federal, o empenho na dotação específica deve ser feito contra apresentação da fatura do cartão. A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da execução da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. Logo, exige- se sempre prévio empenho na dotação própria para a realização de despesas em regime de adiantamento, atualmente concebido por meio do Cartão de Pagamento do Governo Federal. Resposta: Errada 40) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008) A utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal, também denominado cartão corporativo, destina-se à aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como suprimento de fundos, sendo vedada sua utilização como forma de pagamento de outras despesas, ainda que autorizada por autoridade competente. A utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal, também denominado cartão corporativo, destina-se à aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como suprimento de fundos. Porém, poderá ser utilizado como forma de pagamento de outras despesas, desde que autorizado por autoridade competente, no caso, ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda. Resposta: Errada Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 41 41) (CESPE – Contador - Correios - 2011) Os restos a pagar inscritos no exercício X1, que forem cancelados no exercício X2, mas vierem a ser pagos no exercício X4, representam despesas extraorçamentárias do exercício X4. Se uma despesa foi inscrita em restos a pagar em X1 e cancelados em X2, deixaram de ser restos a pagar. Entretanto, prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos restos a pagar. Os restos a pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, que são despesas orçamentárias do exercício, respeitada a categoria própria. No caso em tela, ocorrerá em X4. Resposta: Errada (CESPE - AFCE - TCU - 2008) O TCU tem mostrado preocupação com o acompanhamento e o controle das contas referentes a restos a pagar, em virtude do expressivo volume de recursos do governo federal inscritos nessa rubrica nos últimos exercícios financeiros. Julgue os próximos itens, acerca de restos a pagar. 42) O volume expressivo de restos a pagar não-processados inscritos ou revalidados em determinado exercício financeiro compromete a programação financeira e o planejamento governamental nos exercícios seguintes. Há um número excessivo de despesas inscritas em Restos a Pagar a cada ano, principalmente em Restos a Pagar não-processados, o que compromete a programação financeira e o planejamento governamental nos exercícios seguintes. Resposta: Certa 43) A inscrição em restos a pagar é feita na data do encerramento do exercício financeiro de emissão da nota de empenho, mediante registros contábeis, e, nessa mesma data, processa-se também a baixa da inscrição feita no encerramento do exercício anterior. A inscrição terá validade até 31 de dezembro do ano subsequente, período no qual o credor deverá habilitar-se ao recebimento do que lhe é devido, sendo vedada a reinscrição. A questão estava correta em 2008. Porém, com as novas regras, está errada. Os valores inscritos em Restos a Pagar não processados, como regra geral, terão validade até 30 de junho do segundo ano subsequente ao da sua inscrição. Resposta: Errada (na época da prova estava correta). Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia FederalTeoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 41 44) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) No caso de restos a pagar referentes a despesas empenhadas por estimativa, se o valor real a ser pago for superior ao valor inscrito, a diferença deverá ser empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores. No caso de estimativa, são possíveis duas situações: • Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores. • Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. Resposta: Certa 45) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) Tendo em vista o agrupamento de diversos itens registrados como despesas de exercícios anteriores, não é possível manter, nesse caso, os registros de cada despesa segundo a categoria econômica original. Para o pagamento à conta de despesas de exercícios anteriores (DEA), deverá ser respeitada a categoria própria, mantendo-se o registro de cada despesa segundo a categoria econômica original. Logo, se a DEA se referir a despesas correntes, será classificada na categoria econômica das despesas correntes. Da mesma forma, isso acontecerá caso a DEA se refira a despesas de capital, pois será classificada na categoria econômica das despesas de capital. Resposta: Errada 46) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Suponha que, na execução de um contrato, firmado nos últimos quatro meses do exercício, tenha havido divergência na aplicação de suas cláusulas entre a administração e a empresa contratada. O empenho correspondente foi cancelado, revertendo-se o crédito à respectiva dotação, cujo saldo foi baixado ao final do exercício. Nesse caso, esclarecida a situação, no exercício seguinte, e reconhecido o direito do credor, a administração deverá quitar a obrigação à conta de despesas de exercícios anteriores. São despesas de exercícios anteriores aquelas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria. É o que ocorre no caso em tela: ao final de um exercício, determinada despesa pode não ter sido processada, porque o empenho pode ter sido considerado insubsistente e anulado, em virtude de divergência na aplicação de cláusulas contratuais entre a administração e a empresa contratada. No entanto, o credor havia, dentro do prazo estabelecido, cumprido sua obrigação. Esclarecida a situação e reconhecido o direito do credor, a administração deverá quitar a obrigação à conta de despesas de exercícios anteriores. Resposta: Certa Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 41 (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Com base na legislação e nas práticas atinentes a suprimento de fundos, restos a pagar, despesas de exercícios anteriores e rol de responsáveis, julgue o item que se segue. 47) De acordo com a legislação federal, a inscrição de despesas em restos a pagar é válida até o encerramento do exercício financeiro seguinte, mas, nos termos da legislação civil, os direitos dos respectivos credores só prescrevem cinco anos depois. Em 2009 a questão estava correta, agora está errada. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores. Segundo o art. 70 do Decreto 93.872/86, o qual é baseado na legislação civil, prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar. Isso não mudou. A alteração foi que os valores inscritos em Restos a Pagar não processados, como regra geral, terão validade até 30 de junho do segundo ano subsequente ao da sua inscrição. Resposta: Errada (na época da prova estava correta). 48) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Os restos a pagar de despesas processadas são os decorrentes de contratos em execução, cujas despesas ainda não foram liquidadas e para as quais não existe o direito líquido e certo do credor. Os restos a pagar de despesas não processadas são os decorrentes de contratos em execução, cujas despesas ainda não foram liquidadas e para as quais não existe o direito líquido e certo do credor. Resposta: Errada 49) (CESPE – Gestão Econômico-Financeira e de Custos- Min. da Saúde- 2008) Considere a seguinte situação hipotética. A administração reconheceu, em 2007, o direito à percepção de vantagem a servidores de determinado órgão, relativa a exercício anterior. Foi aprovado crédito especial em novembro de 2007, no valor total da obrigação, mas não houve tempo de empenhar e processar a totalidade da despesa até o final do exercício. Nessa situação, em 2008, é necessário solicitar a aprovação de novo crédito especial, para pagamento de despesas de exercícios anteriores, pela diferença remanescente. Não é necessário solicitar a aprovação de novo crédito especial, o qual poderá ter vigência além do exercício em que for autorizado quando o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício (por exemplo, em novembro, como no caso em tela). Nesse caso, a reabertura do crédito é facultativa, limitada ao saldo remanescente e novo ato da administração pública deverá reabri-lo. Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 41 Resposta: Errada 50) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) Na hipótese de o suprimento de fundos ter sido concedido nos termos do regime especial de execução, o cartão de pagamento do governo federal poderá ser utilizado na modalidade de saque. É vedada a utilização do CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas decorrentes, entre outros, de Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação de competência. Resposta: Certa E assim terminamos nossa aula 7. Na próxima aula trataremos de SIDOR/SIOP, SIAFI e Conta única do Tesouro. Forte abraço! Sérgio Mendes Acesse www.baixarveloz.net Noções de Administração p/ Agente e Escrivão da Polícia Federal Teoria e Questões Comentadas do CESPE Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 07 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 41 MEMENTO VII RESTOS A PAGAR Consideram-se Restos a Pagar ou resíduos passivos as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro. São despesas extraorçamentárias e integram a programação financeira do exercício em curso. Os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se: • Despesas processadas: referem-se a empenhos executados e liquidados, prontos para o pagamento; • Despesas não processadas: empenhos em plena execução, logo não existe ainda direito líquido e certo do credor. Na Contabilidade Pública, na estrutura do balanço financeiro, os Restos a Pagar são classificados como receitas extraorçamentárias, para que na contrapartida, quando forem
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