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Aula 07 Distribuição de Rende e Base da Pirâmide

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Distribuição de Renda e a 
Base de Pirâmide no Brasil 
 
Profa. Renata Giovinazzo Spers 
FEA-USP 
 
São Paulo, 05 de outubro de 2015 
 
 
Distribuição da Renda 
 A distribuição de renda pode ser vista de vários ângulos: 
i) distribuição setorial da renda: é a participação de cada setor 
da economia no produto. 
ii) divisão regional da renda: é a participação de cada uma das 
regiões na renda global do país. 
iii) divisão pessoal da renda: reflete o grau de concentração de 
rendimentos entre os residentes do país. 
 
 
 
Pobreza 
 A pobreza pode ser definida como um estado de carência em relação a 
alguns indicadores mínimos das condições de vida da população 
como a renda ou outras necessidades elementares. 
 
 
 
Linha de pobreza: define-se um indicador preciso e um valor 
mínimo, considerando-se pobres todos aqueles que se situam 
abaixo desta linha. 
• o salário mínimo/mês, ¼ do salário mínimo/mês, o acesso 
a uma cesta básica por mês etc. 
• Utilizando como linha de pobreza uma cesta mínima de 
consumo, o IPEA calcula o número de pobres brasileiros 
4 Profa. Dra. Renata Spers 
Bens populares: uma visão histórica 
Industrialização como processo imitativo 
• Substituição de importações 
• Lei do similar nacional 
• Proteção às indústrias nascentes 
• Concentração de renda e mercados 
• Limitações e custo elevado de capital 
• Foco nas classes A e B; valores globais 
• Pequena escala empresarial 
• Aversão a risco 
 
5 Profa. Dra. Renata Spers 
Projeções Profuturo 
• Estudos iniciados nos anos 80 
• Identificação crescimento das classes de renda entre 2 a 10 SM 
• Oportunidades: 
• Bens de consumo (Ex: tubaínas, biscoitos, alimentos em 
geral, cosméticos, higiene e limpeza, roupas etc) 
• Bens duráveis (Ex: tanquinhos, eletrodomésticos) 
• Serviços (Ex: cuidados pessoais, crédito) 
6 Profa. Dra. Renata Spers 
Projeções Profuturo: década de 90 
1990 
Milhões de 
famílias 
0 
5 
10 
15 
20 
25 
 < 2 SM 2 a 5 SM 5 a 10 SM 10 a 20 SM > 20 SM 
Centralização 
Modernização 
Centralização 
Conclusão – foco 
em bens populares 
Projeção 1990-2000 : crescimento PIB 4% a.a. 
7 Profa. Dra. Renata Spers 
Cenários para 2020 
Distribuição das famílias brasileiras em classes de 
rendimento
18
23
16
18
15
6
3
16
24
19 18
14
6
3
0
5
10
15
20
25
30
Até 1 SM Mais de
1 a 2 SM
Mais de
2 a 3 SM
Mais de
3 a 5 SM
Mais de
5 a 10
SM
Mais de
10 a 20
SM
Mais de
20 SM
% 
de
 fa
mí
lia
s
2005 2020
Fonte: Profuturo (2008), com base em dados do IBGE 
8 Profa. Dra. Renata Spers 
Definição Base da Pirâmide no Brasil 
Classes C, D e E (até 10 SM/ mês / família) 
Authors Classification 
Schneider (1978) Monthly household income up to 5 minimum wages 
Arruda (1981); Zamith (1993); Alves (2006); Reis (2006) Monthly household income less than or equal to 3 minimum wages 
Giovinazzo (2003); Issa Jr. (2004); Barki (2005); Spers e 
Wright (2006) 
Socioeconomic class C (monthly household income between 4 and 10 
minimum wages) and Socioeconomic classes D and E (monthly household 
income less than 4 minimum wages) 
Marques (2004); Lima, Gosling e Matos (2008) Socioeconomic classes C and D 
Mattoso e Rocha (2005); Mattoso (2005); Castilhos (2007) Housing location 
Parente, Barki e Kato (2005) 
Household income less than R$ 1.200,00. This amount represented at the time 
the study was conducted, 4 minimum wages 
Moura et al. (2006); Ponchio, Aranha e Todd (2006); 
Ponchio e Aranha (2007) 
Monthly household income below 4 minimum wages 
Assad e Arruda (2006) 
Socioeconomic classes D and E, with monthly household income less than 4 
minimum wages 
Barros (2006a); Barros e Rocha (2007) 
Group of domestic workers residents in the Baixada Fluminense 
neighborhoods, State of Rio de Janeiro 
Barros (2006b) 
Definition through the logic of "lacking" because they do not have the required 
goods to be fully included in the consumer society, ended up being 
disqualified as consumers 
Chen (2006); Moreira (2006); Veloso e Hildebrand )(2006); 
Veloso, Hildebrand e Daré (2008) 
Socioeconomic classes C, D and E 
Sobral et al. (2006); Parente, Barki e Kato (2007) Monthly household income below 10 minimum wages 
Silva e Parente (2007) Monthly household income between 2 e 5 minimum wages 
Monteiro, Silva e Ladeira (2008) Monthly household income below R$1.000,00 
Participação da BP no Brasil 
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001/2011 
Participação da BP no Brasil 
Fonte: IBGE 2011 
11 Profa. Dra. Renata Spers 
Household expenditure subdivided into income classes (% of income) 
Average monthly household spending (distribution) - subdivided into total income classes and monthly household equity variation, according to the expenses types 
Brazil 
Variable = Cash and non-monetary average monthly household expenses n (Reais - R$) - Minimum Wage = R$ 415,00 
Year = 2008 
 
 
 
 
 
Types of expenses 
 
BASE OF THE PYRAMID (CLASS C / D / E) HIGH INCOME (CLASS A / B) 
Up to 830 Reais 
Up to 2 MW 
More than 
830 up to 
1,245 Reais – 
More than 2 up 
to 3 MW 
More than 
1.245 up to 
2490 R$-More 
than 3 up to 6 
MW 
More than 
2.490 up to 
4.150-More 
than 6 up to 
10 MW 
 
BoP 
 
More than 
4.150 up to 
6.225- more 
than10 up to 
14 MW 
 
More than 
6.225 up to 
10.375 - More 
than 15 up to 
25 MW 
More than 
10.375 - More 
than 25 MW 
 
High 
Income 
 
 
Total Expenses 744,98 1.124,99 1.810,69 3.133,00 4.778,06 7.196,08 14.098,40 
Consumption Expenses 94% 92% 89% 84% 90% 79% 78% 40% 66% 
Food 28% 25% 21% 17% 23% 14% 12% 6% 10% 
Housing 37% 37% 33% 30% 34% 28% 25% 13% 22% 
Clothes 5% 5% 5% 5% 5% 4% 4% 2% 3% 
Transportation 10% 11% 14% 17% 13% 17% 20% 10% 16% 
Hygiene and Personal care 3% 3% 3% 2% 3% 2% 2% 1% 1% 
Medical care 5% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 3% 5% 
Education 1% 1% 2% 2% 2% 3% 4% 2% 3% 
Recreation and Culture 1% 1% 2% 2% 1% 2% 2% 1% 2% 
Smoking 1% 1% 0% 0% 1% 0% 0% 0% 0% 
Personal Services 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 
Miscellaneous 2% 2% 2% 2% 2% 3% 3% 1% 2% 
Incidental expenses 3% 4% 9% 9% 6% 11% 14% 7% 11% 
Taxes 1% 1% 3% 3% 2% 4% 6% 3% 5% 
Labor contributions 1% 2% 3% 3% 2% 3% 4% 2% 3% 
Banking Services 0% 0% 0% 0% 0% 0% 1% 0% 0% 
Pensions, allowances and 
donations 
1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 
Private Social Security 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 
Other Expenses 0% 0% 1% 1% 0% 1% 2% 1% 1% 
Assets increase 2% 2% 3% 5% 3% 8% 6% 3% 5% 
Property (acquisition) 1% 1% 1% 3% 1% 6% 4% 2% 4% 
Property (renovation) 1% 1% 2% 2% 2% 2% 2% 1% 2% 
Other Investments 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 
Decrease of liabilities 1% 1% 2% 2% 2% 2% 2% 1% 2% 
Loan and payment booklet 1% 1% 1% 1% 1% 2% 2% 1% 1% 
Property Installment 0% 1% 1% 1% 0% 1% 1% 0% 1% 
Perfil de consumo da BP no Brasil 
Faixas salariais Principais alocações do orçamento Tamanho do mercado nos 
principais setores (em bilhões)
Habitação – 37,2% R$ 46,20
Alimentação – 32,7% R$ 40,70
Transporte – 8,2% R$ 10,10
Vestuário – 5,3% R$ 6,60
Assistência à saúde – 4,1% R$ 5,10
Habitação – 36,8% R$ 39
Alimentação – 29,8% R$ 31,50
Transporte - 8,6% R$ 9,10
Vestuário – 5,7% R$ 6,00
Assistência à saúde – 4,7% R$ 4,90
Habitação – 35,9% R$ 60,90
Alimentação – 25,4% R$ 43,20
Transporte – 10,9% R$ 18,50
Vestuário – 5,8% R$ 9,80
Assistência à saúde – 5,0% R$ 8,40
Habitação – 32,7% R$ 81,10Alimentação – 21% R$ 52
Transporte – 13,4% R$ 33,20
Vestuário – 5,7% R$ 14
Assistência à saúde – 5,2% R$ 13
Faixa 4 – mais de 5 a 
10 salários mínimos
Faixa 1 – até 2 
salários mínimos
Faixa 2 – mais de 2 a 
3 salários mínimos
Faixa 3 – mais de 3 a 
5 salários mínimos
• IMPORTÂNCIA DA BP: Aumento da população da BP no Brasil nos últimos 10 anos, de 
82% da população em 2002, para 86% em 2012. Destaque para Classe C. 
• GASTOS ESSENCIAIS: Gastos médios da BP estão concentrados em gastos essenciais: 
habitação, alimentação, transporte e vestuário, que concentram 70% dos gastos da 
população da BP (48% dos gastos da população de alta renda). 
• OUTROS GASTOS: Aumento dos gastos com cuidados pessoais (higiene e beleza), saúde, 
recreação e lazer, eletrodomésticos (INCLUSÃO). 
• EDUCAÇÃO: Poucos recursos são gastos pela população BP com educação. A população 
da base da pirâmide, em média, gasta 90% do seu rendimento em despesas de 
consumo, chegando a 94% para as famílias com renda até 2 salários mínimos. 
 
14 Profa. Dra. Renata Spers 
POPULAÇÃO DA BP NO BRASIL EM 2023 
 1º Quartil Mediana 3º Quartil 
Rodada 1 81,5 85 87 
Rodada 2 84,3 85 86 
Participação 2011: 85,5% da população brasileira pertencente À BP (IBGE) 
 
Participação da população da BP no total da população brasileira 2023 (em %) 
Não haverá uma grande mudança na estrutura de renda da 
população brasileira, nos próximos 10 anos, sendo que a 
população com renda média até 10 SM deverá permanecer a 
maioria da população neste período. 
15 Profa. Dra. Renata Spers 
JUSTIFICATIVAS 
 
Manutenção da BP 
 
Haverá alguma migração entre 
classes, porém sem grandes 
mudanças estruturais (políticas, 
sociais, educacionais, 
econômicas e produtivas) que 
permitam uma alteração na 
estrutura de distribuição de 
renda nos próximos 10 anos. 
 
Aumento da BP 
Situação econômica recessiva do País, 
que deve alavancar o aumento da 
população na BP, aliada a políticas de 
desconcentração de renda 
 
Redução da BP 
Maior poder aquisitivo promovendo 
uma migração de parcela da classe C 
para a B, com redução da BP 
16 Profa. Dra. Renata Spers 
CONSUMO DA BP EM 2023 
Gastos com despesas essenciais: habitação, alimentação e transporte 
Nos próximos 10 anos, a população da BP deve continuar gastando grande 
parte de sua renda em itens básicos, a saber: habitação (32%), alimentação 
(22%), transportes (18%), assistência à saúde (9%) e vestuário (8%), 
totalizando 89% dos gastos. 
Outras despesas: saúde, educação e cuidados pessoais e outros 
• Envelhecimento da população: gastos com saúde 
• Incremento nas despesas da BP na área da saúde pela falta de 
atendimento adequado proporcionado pelo governo 
• Preocupação maior da BP com a educação de seus filhos, que inclusive 
entram no mercado de trabalho para pagar o ensino superior. 
• Lazer: Internet e TV por assinatura 
• Juros decorrentes de empréstimos e parcelamentos 
 
17 Profa. Dra. Renata Spers 
Negócios com potencial para 
atendimento da BP, até 2023 
Rodada 1 
(% respondentes) 
Rodada 2 
(% respondentes) 
Educação 60% 88% 
Serviços de saúde 41% 62% 
Higiene e cuidados pessoais 47% 54% 
Alimentação 33% 50% 
Recreação e Turismo 38% 42% 
Habitação 33% 38% 
Transporte 31% 31% 
Lazer e Entretenimento 21% 31% 
Serviços Financeiros - 15% 
Vestuário - 12% 
Previdencia privada - 4% 
OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS BP 
18 Profa. Dra. Renata Spers 
RENDA NA BP 
 Resultados Rodada 1 (%a.a.) Resultados Rodada 2 
 (%a.a.) 
Classes 
Sociais 
Dados 
1999-2009 
1o 
Quartil 
Mediana 3o 
Quartil 
1o Quartil Mediana 3o Quartil 
A e B 1,5% a.a. 1,0 1,5 1,7 1,1 1,5 2,0 
C 3,5% a.a. 2,8 3,5 4,0 3 3,5 3,9 
D e E 4,9% a.a. 3,0 4,5 5,5 4 4,5 5,0 
Os resultados mostram que as taxas de crescimento da renda, em 
média, deverão se manter constantes paras as Classes A, B e C. Já nas 
classes D e E deverá haver uma redução do crescimento médio anual 
para 4,5%. 
19 
JUSTIFICATIVAS 
Fatores inibidores do aumento de renda 
na BP 
• baixa produtividade e poucos 
investimentos em inovação / educação 
• estagnação do crescimento econômico 
do Brasil 
• Redução de programas sociais do 
governo de transferência de renda 
Fatores alavancadores de renda na 
BP: 
• continuidade da demanda das 
classes populares 
• ajustes salariais 
• oportunidades de emprego 
Profa. Dra. Renata Spers 
20 Profa. Dra. Renata Spers 
ANOS DE ESTUDO NA BP 
 Rodada 1 Rodada 2 
Anos de Estudo 
(em média) 
1o 
Quartil 
Mediana 3o 
Quartil 
1o 
Quartil 
Mediana 3o Quartil 
Classe C 8 10 12 10 10 11 
Classe D 6,6 8 9 8 8 9 
Classe E 5 6 7,7 6 6 7 
Fatores alavancadores da educação: 
aumento da renda, necessidade de 
adquirir conhecimentos, maior 
consciência da classe C com relação 
à importância da educação, políticas 
governamentais (incentivos) ** 
Fatores limitadores da educação na 
BP: 
falta de investimentos e um plano 
estruturado de educação, aumento 
das desistências nas classes mais 
baixas, devido à inserção no 
trabalho informal 
21 Profa. Dra. Renata Spers 
EDUCAÇÃO NA BP 
Fatores para Alavancar Educação (BP) Rodada 1 
(% respondentes) 
Rodada 2 
(% respondentes) 
Percepção de maior renda futura por meio da educação 44% 96% 
Oportunidades Profissionais, tendo em vista a 
competitividade do mercado 
37% 77% 
Melhoria da Qualidade de Vida: Alimentação, saúde, 
transporte, lazer 
33% 62% 
Incentivos e Políticas Governamentais: Educação, crédito, 
financiamento para população de baixa renda 
28% 50% 
Busca por poder de compra 17% 38% 
Ascendência Social, demonstrando "status social" 17% 19% 
Incentivo Familiar/Social 15% 15% 
Busca por conhecimento 4% 0% 
Estabilidade Econômica 4% 4% 
22 Profa. Dra. Renata Spers 
CONCLUSÕES 
• A população da BP deve representar 85% da população brasileira em 
2023 
• Não haverá uma grande mudança na estrutura de renda da 
população brasileira, nos próximos 10 anos: 
• Apesar de haver alguma migração entre classes não haverá 
mudanças estruturais em educação, perfil do emprego, aumento 
da produtividade, que permitam uma mudança radical na 
estrutura de renda do País. 
• Adicionalmente, o cenário econômico do Brasil, ainda que com a 
realização da Copa do Mundo e Olimpíadas, não deverão 
favorecer o crescimento da renda da população (em especial da 
população da BP) nos próximos anos. 
 
23 Profa. Dra. Renata Spers 
• As taxas de crescimento da renda, em média, deverão se manter 
constantes paras as Classes A, B e C. Desta forma, classe C deve 
continuar tendo um crescimento médio anual de 3,5% a.a em sua 
renda. Já nas classes D e E deverá haver uma redução do 
crescimento médio anual para 4,5% a.a. 
• baixa produtividade e poucos investimentos em inovação 
• estagnação do crescimento econômico 
• baixos investimentos em educação 
• esgotamento da política de redistribuição de renda e inclusão 
das classes de renda mais baixa por meio de transferências e 
ações do governo 
 
 
CONCLUSÕES 
24 Profa. Dra. Renata Spers 
• Fator fundamental para ganhos de produtividade e consequente 
aumento na renda na BP, é o investimento em educação. 
• Os especialistas não acreditam na estruturação de uma política 
educacional por parte governo, nos próximos 10 anos, que 
promova uma mudança radical nos níveis educacionais. 
• Entretanto, há um consenso de que haverá um aumento nos 
anos de estudo da população brasileira alavancada 
principalmente pelo aumento da educação na classe C, que 
deverá ter 10 anos de estudo, em média, até 2023. 
 
 
CONCLUSÕES 
25 Profa.Dra. Renata Spers 
Resultado nas Empresas 
> 50% - foco popular 
 
25,4 % 
 
3,05 % 
 
3,6 % 
 
< 50% - foco alta renda 
 
-0,7 % 
 
-31,2 % 
 
-29,4 % 
 
> ou = 70% 
 
29,7 % 
 
 3,4 % 
 
3,97 % 
 
Entre 30% e 70% 
 
5,8 % 
 
-18,5 % 
 
-17,3 % 
 
Grupos de Empresas (% do 
faturamento proveniente do 
mercado popular – C, D e E) 
 
Receita 
Bruta - 
Média da 
Variação 
Anual 
 
 
Resultado 
operacional 
líquido / receita 
bruta – Média 
< ou = 30% 
 
-0,3 % 
 
-25,02 % 
 
-23,8 % 
 
Lucratividade 
(lucro líquido / 
receita bruta) – 
Média 
Média do crescimento do PIB (1997-2002): 1,71% ao ano (real) 
Fonte: Spers (2003) 
26 Profa. Dra. Renata Spers 
Posicionamento das Empresas 
(Foco em mercado alta renda x mercado popular) 
6,04 6,13 
6,26 6,39 
6,96 
7,13 
7,30 
8,30 
7,26 
6,61 6,70 
7,43 
7,70 
6,96 
8,13 
7,
6
1 
5,00 
6,00 
7,00 
8,00 
9,00 
Dimensões Estratégicas e de Marketing 
Im
p
o
rt
ân
ci
a 
p
ar
a 
p
o
si
ci
o
n
am
e
n
to
 
Empresas foco em bens populares Empresas foco em alta renda 
Estratégia e Marketing das Empresas 
Fonte: Spers (2003) 
27 Profa. Dra. Renata Spers 
Variáveis críticas para mercado popular 
Preço - preços mais baixos do mercado 
- principal componente competitivo 
Custo 
- baixos custos como importante componente estratégico 
- investimento em instalações, equipamentos e processos 
- outras formas de reduzir custos: promoção, serviços agregados, 
linha de produtos mais enxuta, produtos e serviços mais simples 
Canal de 
distribuição e 
diferenciação - certo grau de diferenciação da marca 
- principal forma de fazer esta diferenciação não é somente via 
publicidade (menores investimentos para desenvolver a 
identificação da marca diretamente com o consumidor final) 
- promoção e apoio aos canais de distribuição e pontos de venda 
Produto: 
Qualidade 
- atender a todos os requisitos em termos de matérias-primas, 
especificações, observância das tolerâncias, etc. 
- preocupação com a qualidade, pois há pouca possibilidade de 
recompra por este consumidor 
Dimensões críticas 
28 Profa. Dra. Renata Spers 
Variáveis críticas para mercado popular 
Especialização / 
Diversidade de 
produtos e 
segmentação 
 - empresas oferecem menos produtos / atendem menos segmentos do 
que as empresas com foco nas classes A e B 
- poucas opções de produtos padronizados e mais simples, sem grandes 
variações entre eles 
Atendimento 
- serviços auxiliares simples prestados com a sua linha de produtos, com 
poucos diferenciais 
- lay-out das lojas e atendimento adequados a este públicos mais simples, 
importância da localização (mais do que estacionamento) 
Identificação da 
marca e 
publicidade 
- não busca a diferenciação como principal fator competitivo 
- diferenciação junto aos canais de distribuição 
- outras formas de comunicação adequadas a este público e educação do 
consumidor 
Tecnologia 
- comportamento imitativo em termos de tecnologias de produtos 
- investimento em processos para reduzir custos 
- utilização de tecnologias já conhecidas e difundidas. 
Dimensões críticas 
29 Profa. Dra. Renata Spers 
OBRIGADA! 
 
Profa. Renata G. Spers 
renatag@usp.br 
3091-5848 
 
www.fia.com.br/profuturo

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