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EAE110 2014 Tópico 1 Introdução

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*
*
Conceito de Economia
Problemas Econômicos Fundamentais
Sistemas Econômicos (Organização Econômica)
Fronteira (Curva) de Possibilidades de Produção
 Conceito de Custos de Oportunidade 
Análise positiva e Análise Normativa
Inter-relação da Economia com as demais Ciências
Divisão do Estudo Econômico
Capítulo 1: Introdução à Economia
*
*
Conceito de Economia
Deriva do grego: OIKOSNOMOS: “aquele que administra a casa”.
Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas.
Economia é o estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. 
Natureza limitada dos recursos da sociedade(restrição física dos recursos)
*
 Recursos produtivos (fatores de produção e insumos): 
 
 - Mão-de-Obra
 - Capital Fatores de Produção
 - Terra
 - Recursos Naturais
 - Matérias-Primas Insumos (“inputs”)
 - Energia
 - Tecnologia
Conceito de Economia
*
*
 
 
 
 
OBJETIVO BÁSICO: atender às necessidades básicas da população, e melhorar o seu padrão de vida.
RESTRIÇÃO: - recursos produtivos (fatores de produção) limitados 
 
CIÊNCIA SOCIAL – repousa sobre decisões humanas
Conceito de Economia
*
*
Como Ciência Social:
 Baseia-se em relações probabilísticas, pois não é possível estabelecer relações exatas entre variáveis econômicas, devido a fatores não previsíveis. Portanto, envolve “apostas” quanto ao futuro. 
 Depende de juízo de valor (repousa sobre decisões humanas), originando várias correntes de pensamento econômico.
Conceito de Economia
*
*
Problemas econômicos fundamentais
Necessidades Humanas: 
Ilimitadas / Crescentes
Recursos Produtivos (fatores de produção, insumos)
Limitados/Finitos
Versus
levam aos chamados Problemas Econômicos Fundamentais 
*
*
O QUE e QUANTO produzir ?
A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e em que quantidade ?
COMO produzir ? 
Diz respeito à eficiência produtiva. Os processos de produção devem ser capital-intensivos, terra-intensivos ou mão-de-obra intensivos? Depende da disponibilidade de recursos 
PARA QUEM produzir ? 
Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica? Quais os setores e grupos da população beneficiados?
Problemas Econômicos Fundamentais
*
*
Sistemas Econômicos
(Organização Econômica)
É a forma como a sociedade está organizada para
desenvolver as
Atividades de produção, circulação, 
distribuição e consumo de bens e serviços.
atividades econômicas.
Principais formas:
Economia de Mercado
 (ou descentralizada, 
 tipo capitalista)
Economia Planificada 
(ou centralizada,
 tipo socialista)
Sistema de concorrência pura
(sem interferência do governo)
 Sistema de mercado misto 
(economia mista)
 (com interferência do governo)
*
*
Base da filosofia do liberalismo econômico.
 Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve se responsabilizar apenas pela moeda (inflação,juros, câmbio), pela regulação do mercado (órgãos de defesa da concorrência), e pela prestação de bens e serviços públicos, como justiça, defesa e segurança nacional, deixando para o mercado a resolução dos problemas econômicos fundamentais. 
Sistema de Concorrência Pura ou Perfeita
(Mercado Perfeitamente Competitivo)
*
*
Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo.
Mão invisível: sem a interferência direta do governo, milhões de consumidores, e milhares de empresas interagem, concorrem, e o mecanismo de preços (oferta x procura) promove o equilíbrio dos mercados. A concorrência leva automaticamente ao equilíbrio dos mercados, ao pleno emprego de recursos (produto potencial) e ao crescimento econômico. 
Sistema de Concorrência Pura ou Perfeita
(Mercado Perfeitamente Competitivo)
*
*
Famílias
Empresas
Mercado de 
Bens e Serviços
Mercado de 
Fatores de 
Produção
Oferta de bens
 e serviços
Demanda de bens
 e serviços
O que e quanto
produzir
Para quem 
produzir
Como
produzir
Demanda de 
serviços dos
fatores de
 produção
Oferta de 
serviços dos
fatores de
 produção
(mão-de-obra, terra, capital)
Sistema de Concorrência Pura ou Perfeita
(Mercado Perfeitamente Competitivo)
*
*
SALÁRIOS: remuneração aos proprietários do fator mão-de-obra
Remuneração dos fatores de produção:
JUROS: remuneração aos proprietários do fator capital financeiro
ALUGUÉIS: remuneração aos proprietários do fator terra (imóveis). Também chamado de Renda da Terra
LUCROS: remuneração aos proprietários do fator “capacidade gerencial” (capital físico). Ou seja, aos proprietários das empresas
 Supõe-se Propriedade Privada dos Fatores de Produção. Toda a renda pertence às famílias, pessoas físicas, e não às empresas. As empresas são entidades onde se organiza a produção, e que pertencem a pessoas físicas (empresários) 
Sistema de Concorrência Pura ou Perfeita
(Mercado Perfeitamente Competitivo)
*
*
Grande simplificação da realidade;
Críticas: Imperfeições (“Falhas”) de Mercado
intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial);
poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado;
força de sindicatos (através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra);
Os preços podem variar não devido ao mercado, mas em função de: 
O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou consumo de determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais (“externalidades”); além disso, existem os bens e serviços públicos, disponibilizados pelo Governo.
O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas preocupam-se com maximizar seus lucros, ou seja, não focam em questões distributivas.
Sistema de Concorrência Pura ou Perfeita
(Mercado Perfeitamente Competitivo)
*
*
Sistema de mercado misto 
 (Economia mista)
(O papel econômico do governo)
Séc. XVIII - XIX
Predomínio: Sistema de mercado próximo ao da concorrência pura. 
Início do Séc. XX
A evolução da tecnologia, do comércio internacional e do mercado financeiro e de capitais exigiu maior atuação do Governo. O mercado sozinho não garantia mais que a economia operasse sempre com pleno emprego dos seus recursos. 
*
*
Compra (demanda) de bens e serviços do setor privado.
Atuação do setor público objetiva corrigir distorções alocativas e distributivas nos mercados:
sobre a formação de preços, (via impostos, subsídios, etc.);
complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.);
fornecimento de bens e serviços públicos não vendidos no mercado (exemplos: educação, justiça, segurança, defesa nacional, etc.);
Sistema de Mercado Misto
(Economia Mista)
*
*
Agência ou Órgão (Bureau) Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. 
Meios de produção
Pertence ao Estado
Matéria-prima, imóveis, capital.
Meios de sobrevivência
Pertence aos Indivíduos
Carros,roupas, televisores, etc.
Economia Centralizada
(Planejamento Central)
*
*
Economia Centralizada
(Planejamento Central)
 Determinação dos preços: os preços, tanto de insumos, como dos produtos finais, são determinados nos computadores de um Órgão (Bureau) Central de Planejamento. 
 Os insumos são fornecidos pelo Órgão Central, e apenas registrados contabilmente, não havendo desembolso monetário.
 
 Repartição do lucro: parte Governo, parte reinvestido na empresa, e o restante dividido entre os administradores (“burocratas”) e trabalhadores.
 Hoje, apenas Cuba e Coréia do Norte adotam o planejamento central. 
*
*
Sistemas Econômicos - Síntese
Propriedade Privada
Problemas econômicos fundamentais resolvidos 
Pelo Mercado
Pelo Órgão Central
Economia de Mercado 
 Centralizada
(Planejamento Central)
 prioriza eficiência alocativa
 prioriza eficiência distributiva
X
Propriedade Pública
*
*
Sistemas Econômicos –
China e Rússia
 Socialismo de Mercado ou Capitalismo de Estado
China e Rússia praticam um regime político comunista, mas com sistema econômico próximo de uma economia de mercado.
Na Russia, pratica-se praticamente uma economia de mercado, sem controle de preços.
Já na China, todos os bancos são estatais, Não há controle de preços, mas há controle da taxa de câmbio e da taxa de juros. Não é permitido capital estrangeiro na Bolsa de Valores. 
*
 NEO-LIBERAIS (ORTODOXOS, MONETARISTAS)
 -Governo é o “Guardião” da moeda. Governo deve cuidar da regulação do mercado (setor financeiro, defesa da concorrência, agencias reguladoras) e investir em bens públicos (justiça, segurança, defesa nacional, educação, saneamento básico, etc), deixando os demais investimentos a cargo do setor privado 
 -Economia de Mercado: o setor privado é mais eficiente
 -Abertura Comercial (Globalização)
 KEYNESIANOS 
 -Governo, além das funções acima, deve também ser condutor do crescimento. Complementa o setor privado, com investimentos em infraestrutura, incentivos fiscais, financiamentos, etc. 
 -Estado terceiriza para o setor privado, não estatiza (cria empresas estatais)
 -Economia de Mercado, mas Governo induzindo investimentos, utilizando principalmente a Política Fiscal (gastos do governo, incentivos fiscais) -Abertura Comercial (Globalização) 
 HETERODOXOS: CORRENTES DE ESQUERDA (SOCIALISTAS, MARXISTAS, ESTRUTURALISTAS )
 -Estatizantes: ”o Estado preocupa-se com o social, enquanto as empresas privadas preocupam-se apenas com o lucro”
 -Protecionistas/Nacionalistas: prioridade ao mercado interno. Barreiras alfandegárias para proteger a indústria nacional.
 -Controles de preços (exemplo: gasolina, tarifas de energia elétrica, transportes públicos, etc ). Os mais radicais também são favoráveis ao controle de juros, câmbio e remessa de lucros. Ou seja, como uma economia centralizada, assemelhada à adotada em Cuba e Coréia do Norte. 
 -Críticos da abertura comercial, cujo objetivo real, para eles, seria favorecer empresas multinacionais, principalmente norte-americanas (“Consenso de Washington”)
 
“Mainstream”:
 (duas vertentes econômicas, dentro do sistema capitalista).
 Predomina nos países desenvolvidos e nos principais países emergentes: BRICS, Sudeste da Ásia, Austrália, Nova Zelândia, Chile, México, Colômbia, etc.)
-Monetaristas: FGV-RJ, PUC-RJ,USP,
 IBMEC-RJ,INSPER-SP -Keynesianos: FGV-SP, PUC-RJ, USP
América Latina
(com algumas exceções, como Chile, Perú, Colômbia e México). Forte presença no Brasil (principalmente), Cuba, Bolívia, Venezuela, Equador, Nicarágua, Uruguai). Inclui também a Argentina peronista (estatizante, e sindicalista). Essas correntes incluem a maioria dos economistas do atual Governo, bem como a quase totalidade dos economistas das universidades públicas (exceto USP) e das PUCs (exceto PUC-RJ e PUC-MG), sob liderança da UFRJ e UNICAMP. 
 Correntes de Pensamento Econômico 
 no Brasil
*
“Desenvolvimentistas” 
 
Também autodenominados “Heterodoxos”;
Corrente quase que exclusiva da América Latina, adotada pelos governos de esquerda (exceção Chile);
 Características:
 -a prioridade da política econômica é manter o crescimento e emprego a qualquer custo, por meio de estímulos ao consumo das famílias. Acreditam que estímulos à Demanda incentivam automaticamente o setor privado a investir, aumentando assim a Oferta Agregada (o PIB) 
 -Estatizantes: cabe ao Estado direcionar o crescimento e emprego, provendo a infraestrutura necessária, e estimular intensamente o consumo das famílias, através de políticas fiscais expansionistas (isenções tributárias, gastos públicos, políticas assistencialistas)
 -são críticos de políticas anti-inflacionárias ortodoxas (neoliberais, monetaristas), como as adotadas nos Governos FHC e Lula (primeiro mandato). Nessas ocasiões, liderados pelos ministros Dilma Roussef (Minas e Energia e Casa Civil) e Guido Mantega (Fazenda), argumentavam que o Banco Central preocupava-se exclusivamente com o controle da inflação, e não com o crescimento e emprego. “Não há desenvolvimento sem inflação”(Celso Furtado).“Qual o problema com inflação de 15% ao ano?” (Dilma Roussef em 2005);
 Como os keynesianos, também são críticos do monetarismo, mas divergem quanto ao papel do Estado na economia. Os keynesianos não são estatizantes, e seguem princípios capitalistas, como economia de mercado, privatizações, controle da taxa de inflação, etc. Os desenvolvimentistas são em geral socialistas, críticos do capitalismo, estatizantes, no sentido de priorizar o papel das empresas estatais, e avessos a privatizações (tese da “privataria”) e a políticas fiscais restritivas (as quais, segundo eles, sacrificam o crescimento econômico e o emprego); 
 Nem sempre é fácil a distinção, porque tem keynesianos que também se intitulam “heterodoxos”, e economistas de esquerda dizendo-se “keynesianos” ou “pós keynesianos”. O que ambos queremé diferenciar-se dos neoliberais monetaristas. 
*
*
A Fronteira ou Curva de Possibilidades de Produção (ou ainda Curva de Transformação) é uma ilustração gráfica que mostra as várias combinações possiveis que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.
É fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados.
Fronteira de Possibilidades de Produção
fronteira máxima 
 recursos plenamente 
empregados. Ou seja, mostra que a limitação de recursos produtivos obriga as sociedades a fazerem opções, escolhas, sobre o que, como, quanto e para quem produzir.
*
*
 ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO 
 A B C D E F
 
 y = manteiga 0 3 6 8 9 10 
 (mil toneladas) 
 x = canhões 15 14 12 10 7 0 
 (mil unidades) 
 
 
Fronteira de Possibilidades de Produção
*
*
Os pontos da FPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y.
A: capacidade ociosa (ineficiência). Economia não está utilizando totalmente os recursos de que dispõe. 
D: Nível impossível de produção. Posição inalcançável com os recursos disponíveis. Depende de fatores como inovação tecnológica.
B e C: Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. Pleno emprego de recursos (produto potencial, com os recursosque dispõe,).
Quantidade Produzida (bem x)
Quantidade Produzida (bem y)
Fronteira de Possibilidades de Produção
*
*
Formato côncavo: Lei dos custos crescentes
Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema operando a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de determinado produto implica necessariamente a redução das quantidades de outro produto.
Em resposta a constantes reduções impostas ao produto que estará sendo sacrificado, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menores do produto cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos disponíveis e em uso.
Fronteira de Possibilidades de Produção
*
*
Deslocamentos positivos: decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis (Crescimento Econômico). Inovações tecnológicas: com a mesma quantidade de insumos obtém-se maior quantidade de produtos.
Deslocamentos negativos: decorrem da redução, sucateamento ou progressiva desqualificação do fatores de produção disponíveis.
Quantidade Produzida (bem x)
Quantidade Produzida (bem y)
Fronteira de Possibilidades de Produção
*
*
Custo de Oportunidade (ou Custo Implícito ou Custo Alternativo) é o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la.
O conceito de Custo de Oportunidade 
B  C  custo de oportunidade para obter mais 50 unidades de x é 200 unidades de y 
C  B  custo de oportunidade para obter mais 200 unidades de y é 50 de x.
Quantidade Produzida (bem x)
Quantidade Produzida (bem y)
Fronteira de Possibilidades de Produção
*
Os economistas tentam descrever o mundo como ele é. 
*
Análise Positiva e Análise Normativa
Argumentos Positivos
Argumentos Normativos
Ex.: para reduzir a taxa de inflação, precisamos reduzir a moeda e o crédito. 
Ex.: O Governo deveria promover melhor distribuição de renda. 
Os argumentos positivos não envolvem juízo de valor. Devem explicar os fatos da realidade de forma objetiva. Já os argumentos normativos envolvem juízo de valor, e questões ideológicas e subjetivas. 
Os economistas prescrevem como o mundo deveria ser. 
*
*
Dificuldade de separar os fatores essencialmente econômicos dos extra-econômicos.
A autonomia da cada um dos ramos das Ciências Sociais não deve ser confundida com um total isolamento, mas sim observada sob diferentes óticas e investigada em termos não unilaterais, mas interligados.
Inter-relação da Economia com as demais Ciências
*
*
Economia e Filosofia, Moral e Ética
Na chamada pré-economia, que corresponde ao período da Idade Média, a atividade econômica era vista como parte integrante da Filosofia, Moral e Ética, predominando princípios como Lei de Usura, preço justo, discutidos por filósofos como São Tomás de Aquino
*
*
Economia, Física e Biologia
O início do estudo sistemático de Economia coincidiu com grandes avanços científicos nas áreas de Física e Biologia, nos séculos XVIII e XIX.
Segundo a concepção organicista (biologia), a Economia se comportaria como um órgão vivo, daí termos como funções, circulação, fluxos, estoques na Teoria Econômica.
Já de acordo com a concepção mecanicista (física), as lei da Economia se comportariam como determinadas leis da física, daí termos como estática, dinâmica, velocidade, aceleração, etc.
*
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Política é a arte de governar. A Economia nasceu como Economia Política. As atividades econômicas são indissociáveis das relações de poder e da autoridade. 
A orientação básica de política econômica parte do Poder Executivo, que determina o objetivo: crescimento? Controle da inflação? Distribuição de renda? 
Ou seja, a política fixa os objetivos. O papel da Teoria Econômica é mostrar como maximizar os benefícios, e minimizar o custos da política econômica decidida pelo poder executivo. 
Economia e Política
Por outro lado, a estrutura política encontra-se também subordinada ao poder econômico. Exemplos: agricultores na época da política do café com leite até os anos 30; o poder de grandes grupos econômicos, o poder sindical, etc.
*
*
A História facilita a compreensão do presente, e ajuda nas previsões para o futuro, com base nos fatos ocorridos no passado.
Economia e História
Por outro lado, os fatos econômicos, assim como os avanços tecnológicos, afetam o desenrolar da História (Revolução Industrial, quebra da Bolsa de Nova York, crise do Lehman Brothers, Plano Real, etc.)
*
*
Os diferentes padrões de crescimento econômico dos países dependem da dotação de recursos produtivos (terra, capital, mão de obra). A localização de empresas também depende da concentração espacial das fontes de recursos e dos mercados consumidores, envolvendo questões de logística. 
Os acidentes geográficos interferem no desempenho das atividades econômicas.
Economia e Geografia
A inter-relação entre Economia e Geografia está na origem das áreas de estudo denominadas Economia Regional, Economia Urbana e Economia do Meio Ambiente.
*
*
O objetivo do estudo de Teoria Econômica é a melhoria do bem estar social, ou seja, das condições sócio-econômicas da sociedade.
A política econômica, ao atingir os indivíduos de certas classes sociais, interfere diretamente no objeto de estudo da sociologia, isto é, na dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes de renda.
Políticas salariais e gastos sociais ( educação, saúde, transporte, alimentação etc. ) são exemplos que direta ou indiretamente influenciam na mobilidade social.
Economia e Sociologia
*
*
Leis Anti-truste: objetivando a defesa da concorrência, atuam sobre as estruturas de mercado, assim como no comportamento das empresas.
Agências Reguladoras: ditam as regras de atuação em determinadas áreas (ex.: ANP-Agência Nacional do Petróleo, ANATEL-Agência Nacional de Telecomunicações, etc.)
O Direito fixa as instituições e leis, ou seja, o aparato legal, sobre as quais se desenvolve a atividade econômica
A Constituição Federal determina a competência para execução de política econômica. Estabelece os direitos e deveres dos agentes econômicos.
Economia e Direito
*
*
A Economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades estatísticas. Muitas relações do comportamento econômico podem ser expressas através de funções matemáticas.
Econometria: a estratégia de se estimar as relações entre variáveis econômicas por relações matemáticas. 
A utilização de métodos quantitativos permite:
- elaborar previsões micro e macroeconômicas, 
- testar as proposições e hipóteses formuladas teoricamente, com os dados da realidade.
Economia, Matemática e Estatística
*
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Divisão do Estudo Econômico
Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens. 
Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. Também chamada Teoria de Preços. 
Estuda o mercado em que o conjunto de empresas e o total dos consumidores de um determinado produto se inserem. 
Ou seja, a Microeconomia estuda o agregado de empresas e o agregado de compradores de um determinado bem ou serviço. Não deve ser confundida com Administração de Empresas, cujo foco é o estudo do comportamento de empresas específicas. 
*
*
Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo, procurando identificar e medir as variáveis (agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) de um país, e a inserção do mesmo na economia mundial.
Ou seja, estuda a determinação e comportamentodos grandes agregados econômicos:
 -determinação: Contabilidade Social (Contas Nacionais)
 -comportamento: Teoria Macroeconômica propriamente dita (como os agregados se relacionam, e como podem ser influenciados pelos instrumentos de política econômica)
Trata de questões conjunturais, de curto prazo, com foco no nível de emprego e controle da inflação.
Divisão do Estudo Econômico
*
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Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem estar) da coletividade ao longo do tempo. Trata de questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per capita, melhoria da distribuição de renda, evolução tecnológica). 
O conceito de Desenvolvimento Econômico é mais amplo que o conceito de Crescimento Econômico, que refere-se exclusivamente ao comportamento da renda per capita ao longo do tempo.
Divisão do Estudo Econômico
*
*
Divisão do Estudo Econômico
Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações financeiras). Trata da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior (exportações, importações), das transações envolvendo serviços (fretes, seguros) e rendas (remessa de lucros, pagamento de juros da dívida externa, pagamento de royalties),e das relações financeiras internacionais (empréstimos, investimentos, aplicações financeiras). 
Os instrumentos de política econômica mais diretamente ligados à economia internacional são a Política Cambial (taxa de câmbio), e a Política Comercial (tarifas, incentivos fiscais e monetários, barreiras quantitativas e qualitativas) 
*
*
Campos de Estudo em Economia
Economia do Setor Público
Economia Monetária
Economia do Trabalho
Economia Internacional
Economia Industrial
Economia Agrícola
Economia do Setor Serviços
Economia Urbana
Economia Regional
Economia do Meio Ambiente
Economia da Tecnologia
Economia do Desenvolvimento
História do Pensamento Econômico
Estatística Econômica e Econometria 
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Conceito de Economia: Economia é a ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem empregar (alocar) recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, com objetivo de satisfazer às necessidades humanas e melhorar o padrão de bem-estar da sociedade.
Os recursos produtivos, ou fatores de Produção, são:
 - Mão-de-Obra;
 - Capital;
 - Terra;
 - Recursos Naturais;
 - Matérias-Primas;
 - Tecnologia.
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 NOMES MAIS CONHECIDOS: 
 
 Neoliberais/ortodoxos/monetaristas:
 Affonso Celso Pastore (USP) 
 José Alexandre Scheinkman (Princeton) 
 Pedro Malan (PUC-RJ)
 Gustavo Franco (PUC-RJ) 
 Armínio Fraga (PUC-RJ) 
 Ilan Goldstajn (PUC-RJ)
 Maílson da Nóbrega (CEUB-Brasília)
 Eduardo Giannetti da Fonseca (Ex-USP, INSPER)
 Edmar Bacha (PUC-RJ)
 Persio Arida (USP)
 Alexandre Schwartzman (USP, Ex-Diretor do Banco Central)
 Keynesianos:
 Delfim Netto (USP)
 José Serra (Engenharia USP, Economia UNICAMP)
 Luiz Carlos Bresser Pereira ( FGV-São Paulo)
 Yoshiaki Nakano (FGV-São Paulo)
 Luiz Gonzaga Belluzzo (UNICAMP)
 Luciano Coutinho (Cornell/UNICAMP, Presidente BNDES)
 Luiz Carlos Mendonça de Barros (Engenharia USP, Economia UNICAMP)
 José Roberto Mendonça de Barros (Economia USP)
 Antonio Correia de Lacerda (PUC-SP)
 Socialistas/Marxistas/Estruturalistas(Cepalinos)/desenvolvimentistas
 Dilma Roussef (UFMG,UFRGS, UNICAMP)
 Fernando Pimentel (UFMG, Ministro Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)
 Guido Mantega (UNICAMP, Ministro da Fazenda)
 Fernando Haddad (USP, Prefeito de São Paulo)
 Marcio Pochmann (UNICAMP)
 Paul Singer (USP, Secretário de Economia Solidária do Governo Federal) 
 Leda Paulani (USP, Secretária do Planejamento da Prefeitura de São Paulo)
 Reinaldo Gonçalves (UFRJ) 
A Presidente Dilma Roussef tem um perfil “desenvolvimentista estatizante”, como aliás seus ministros da área econômica (Guido Mantega, Miriam Belchior, Fernando Pimentel), o Ministro da Educação Aloísio Mercadante e o Secretário do Tesouro Arno Augustin. O grau de estatização tem aumentado em seu governo, principalmente no setor financeiro, através dos bancos públicos, e das Agências Reguladoras (ANEEL, ANATEL, etc), criadas no Governo FHC. Esses órgãos perderam sua autonomia a partir do primeiro mandato do Governo Lula, devido em grande medida à influência da atual presidente, enquanto Ministra de Minas e Energia e posteriormente Ministra da Casa Civil. A justificativa dada pelo Governo na época foi de que as negociações com setores estratégicos, como energia elétrica, mineração, portos, aeroportos, estradas, etc., deveriam ser tratadas a nível de Ministérios, e não com agências de perfil eminentemente técnico. Essa postura acabou “politizando” as negociações com grandes projetos de infraestrutura, gerando insegurança (“incertezas regulatórias”) para os investidores. Pelo menos no início do Governo Dilma, o Banco Central nitidamente perdeu a autonomia operacional que gozava nos governos FHC e Lula, o que podia ser percebido pelas constantes declarações da Presidente e do Ministro da Fazenda sobre juros e câmbio, tema sobre o qual apenas o presidente do Banco Central deveria se manifestar. Aparentemente, o Banco Central recuperou parte da sua autonomia, como se percebe pelas aumentos da taxa SELIC, a partir de abril de 2013.
Mas a Presidente Dilma foi forçada a repensar sua posição quanto à questão das privatizações, dada a baixa taxa de investimento e consequentemente baixa taxa de crescimento do país. Percebeu que as privatizações (que o PT prefere chamar de concessões”), ao passar a maior parte dos investimentos em infraestrutura para o setor privado, pode permitir liberar o governo federal para praticar as chamadas políticas sociais, de grande apelo eleitoral. Entretanto, é lamentável que, devido ao viés ideológico estatizante, o Governo do PT deixou de realizar os investimentos requeridos para melhoria da infraestrutura desde 2003, não tirando proveito do período do maior “boom” da economia mundial que se tem notícia (2003/2007). Não fosse esse viés, o Governo Lula poderia praticar suas políticas sociais, e, com a colaboração do setor privado, investir ao mesmo tempo em infraestrutura. O Brasil, mesmo com o fraco desempenho recente da economia mundial, poderia hoje estar crescendo pelo menos por volta de 5% ao ano, como os demais emergentes (BRICS e demais países da América Latina), e não entre 1,0 e 2,5%, como atualmente. Essa é talvez a maior crítica à política econômica do Governo petista
, cujos resultados estão aparecendo com mais clareza na atual gestão.
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