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ESTUDO DIREITO EMPRESARIAL
	RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Na hipótese de recuperação judicial, caso haja problemas no fluxo de caixa, pode ser CONVOLADA/convertida em falência. Contudo, caso ainda haja alguma controvérsia de créditos exigíveis, o credor pode com base no artigo 83, IV, “d” da lei 11.101/2005, que determina que na hipótese acima mencionada, a classificação dos créditos na falência obedece a seguinte ordem: (..) IV – CRÉDITOS COM PRIVILÉGIO ESPECIAL, a saber: d) Aqueles em favor dos MEI; ME e EPP verificando o disposto na Lei Complementar nº 123/2016. Dando privilégio ao ME. 
Quando o devedor requerer a RECUPERAÇÃO JUDICIAL, não pode deixar de alterar, no plano de recuperação , o valor ou as condições originais de pagamento dos créditos devidos aos credores. Contudo, seguindo a Lei Complementar de nº 147/2014 que alterou o artigo 41 da lei 11.101/2005, para determinar que as ME e EPP credoras passam a compor assembleia geral de credores, juntamente com os créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho, créditos com garantia real e créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados. 
Frise-se que, que caso o devedor não altere os valores na recuperação judicial ou as condições originais de pagamento, o credor ME e EPP poderá participar da assembleia de credores, porém, em decorrência da NÃO ALTERAÇÃO DOS VALORES E CONDIÇÕES INICIAIS a ME/EPP não terá direito a voto e não será considerada para fins de verificação do quórum de deliberação, com fulcro no artigo 45,§3º da lei 11.101/2005. 
Na hipótese em que se trata de Credor titular da posição de proprietário fidunciário de bens moveis e imóveis de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel onde conste nos contratos cláusulas de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o §4º do artigo 6º da lei 11.101/2005, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essencial a sua atividade empresarial. DESTA FORMA, NÃO ESTÃO SUJEITOS AOS EFEITOS DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL OS CRÉDITOS CUJOS CREDORES SUSTENTAM POSIÇÃO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL.
STAY PERIOD – período de 180 dias caracterizado pela suspensão do curso da prescrição de todas as ações e execuções (CÍVEIS E TRABALHISTAS) em face do devedor, a contar do deferimento do processamento da recuperação. Isso tem por finalidade viabilizar a elaboração e aprovação do próprio plano de recuperação judicial. 
Embora seja autorizada a suspensão da prescrição pelo prazo de 180 dias conforme acima falado, o artigo 6º,§7 da lei 11.101/2005 é taxativo em dizer que as execuções fiscais não são submetidas a suspensão no período acima descrito, podendo apenas conceder o parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e na Legislação Ordinária Específica. 
 
Com base no artigo 6,§2 c/c art 59 da lei 11101/05 as reclamações trabalhistas não estão sujeitas ao STAY PERIOD, no qual devem ser sujeitadas a vara do trabalho até a apuração do crédito devido, a ser inscrito no quadro geral de credores pelo valor determinado em sentença. CONTUDO APENAS AS RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS EM FASE DE CONHECIMENTO DEVERÃO SER SUSPENSAS, NÃO EM FASE DE EXECUÇÃO 
Salienta-se que, bens objeto de arrendamento mercantil e alienação fiduciária, quando essenciais a atividade empresarial, não poderão ser retirados da posse do devedor durante a STAY PERIOD , em razão do artigo 49, §3 da lei 11.101/05 
	DAS NOTAS PROMISSÓRIAS E LETRAS DE CAMBIO
 A Nota Promissória deve seguir o roll do artigo 75 da lei Uniforme Relativa às Letras de Cambio e notas promissórias (CHAMADA LEI DE GENEBRA), nesse caso deve-se obrigatoriamente se atentar aos requisitos essenciais das notas promissórias constando em referido título a DENOMINAÇÃO, ESTAR NA LINGUA NATIVA DO TÍTULO, VALOR CLARO E DETERMINADO, DATA DE VENCIMENTO, DATA E LUGAR DA EMISSÃO DA NOTA , NOME DA PESSOA QUE DEVE PAGAR OU A TERCEIRO AUTORIZADO PARA O PAGAMENTO, ASSINATURA DO EMISSOR (subscritor).
Portanto, na hipótese de não constar um dos itens acima mencionados, a nota promissória não produz os efeitos ao que se destina, contudo a ausência da data de emissão não está prevista entre as exceções, portanto, não há interpretação para sanar o vício. Deste modo, havendo avalista em branco, poderá ser alegado o vício de exceção ao pagamento perante o credor. 
	INSTITUTO DO CHEQUE
Com base no entendimento jurisprudencial o cheque constitui pagamento a vista (art. 32, caput da lei 7357/85, e em eventual pos-datação não modifica os prazos de apresentação e de prescrição do titulo, sob o risco de responder pelo artigo 192 do CC e aos princípios cambiários da abstração e da literalidade. 
O cheque somente pode ser emitido contra banco ou instituição financeira que lhe seja equiparada. 
Com base no artigo 38 da lei 7357/85 O PORTADOR NÃO PODE RECURSAR PAGAMENTO PARCIAL, e, nesse caso, o sacado pode exigir que esse pagamento conste do cheque e que o portador lhe dê a respectiva quitação. Conforme o artigo 59 da mesma lei. 
A prescrição do cheque é de 6 (seis ) meses para EXECUÇÃO, a contar da expiração do prazo de apresentação; ação de regresso de um obrigado contra outro, a contar do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado. 
	EXECUTIVIDADE DO CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO/EMPRESTIMO
Com base no entendimento a sumula 233 Superior Tribunal de Justiça, o contrato de abertura de crédito, bem como a nota promissória a ele vinculada, não são considerados títulos executivos extrajudiciais, por que o contrato é ilíquido e carece de autonomia. Portanto, com fulcro na sumula 258 do STJ a nota promissória vinculada ao contrato é exequível, uma vez que o título que a originou é ilíquido,

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