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1 CAP. 1 INTRODUÇAO AO CONCRETO ARMADO

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A história do material mais utilizado na construção civil 
IInnttrroodduuççããoo aaoo CCoonnccrreettoo AArrmmaaddoo  
 
 
 
1 O concreto e o Aço 
 
 
 
11..11 IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO  
 
Porque concreto armado? 
 
O concreto simples  é um material de construção constituído pela 
mistura proporcional de materiais inertes, agregados graúdo e miúdo, com 
um  aglomerante  hidráulico  e  água.  Esses  materiais,  quando  associados 
entre  si  resultam  em  outros  materiais  amplamente  utilizados  na 
construção civil: 
 
 Pasta: cimento + água 
 Argamassa: pasta + agregado miúdo (areia) 
 Concreto (concreto simples): Argamassa + agregado graúdo (brita). 
Uma vez que o cimento é um material de construção relativamente 
caro,  a  utilização  do  agregado  graúdo  justifica‐se  na  intenção  de 
reduzir  os  custos  sem  que  a  qualidade  do  material  seja  muito 
prejudicada. 
 Microconcreto:  concreto  em  que  o  agregado  graúdo  tem 
dimensões reduzidas 
 Concreto de Alto Desempenho (CAD): Concreto que se obtém com 
a  incorporação  de  micro‐sílica  e  aditivos  químicos  ao  concreto 
simples.  Inicialmente  era  denominado  de  concreto  de  alta 
resistência (CAR), mas teve o nome alterado após constatar‐se que 
apresentava  não  só  um  aumento  na  resistência,  mas  também  a 
A  palavra  cimento  é 
originada  do  latim 
Caementu,  que  na 
velha  Roma  designava 
uma  espécie  de  pedra 
natural  proveniente  de 
rochedos. 
ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  ARMADO  
 
Prof. Joaquim Araújo Junior 
 
2
melhoria  de  outras  propriedades  que,  principalmente,  elevam  a 
durabilidade da estrutura. 
 
O  concreto  apresenta  excelente  resistência  a  compressão, mas  a 
sua resistência a tração é deficiente. Assim, torna‐se importante associar o 
concreto  à  um material  que  tenha  boa  resistência  a  tração  e  seja  mais 
deformável que o concreto. 
O  concreto  estrutural  é  o material  de  construção  composto  que 
resulta da união do concreto simples com barras de aço de baixo teor de 
carbono,  dispostas  de  forma  conveniente  em  seu  interior.  No  concreto 
estrutural, o aço é denominado de armadura. Dependendo da associação 
entre  o  concreto  e  a  armadura,  o  concreto  estrutural  pode  ser 
caracterizado como concreto armado ou concreto protendido. Denomina‐
se concreto armado ao concreto estrutural em que as armaduras não são 
pré‐alongadas  durante  a  construção.  Quando  ocorre  esse  pré‐
alongamento de modo permanente, o concreto estrutural recebe o nome 
de concreto protendido. Neste curso, estudaremos os fundamentos para 
o projeto de estruturas em concreto armado. 
Basicamente,  o  sucesso  do  concreto  armado  como  material 
estrutural deve‐se a combinação das capacidades resistentes do concreto 
e  do  aço  das  armaduras. Na  idealização  estrutural,  o  concreto,  devido  a 
sua excelente resistência à compressão, ocupa as partes comprimidas nas 
peças  de  concreto  armado,  enquanto  o  aço,  que  apresenta  excelente 
resistência à tração, é disposto nas partes tracionadas, principalmente.  É 
o que ocorre em vigas, por exemplo. Em virtude de sua baixa resistência à 
tração,  o  concreto  fissura  na  zona  tracionada  do  elemento  estrutural. 
Então,  a  partir  deste  momento,  os  esforços  de  tração  passam  a  ser 
absorvidos pelas armaduras de aço.  
Nas  estruturas  de  concreto  armado,  os  esforços  atuantes  nas 
armaduras  são  decorrentes  das  ações  aplicadas  à  superfície  externa  da 
estrutura  após  a  sua  construção.  Isso  significa  que  as  tensões  e 
deformações que surgem nas armaduras são exclusivamente decorrentes 
do  carregamento  externo  à  peça  onde  elas  estão  inseridas.  Portanto,  as 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
Prof. Joaquim Araújo Junior  3 
armaduras são solicitadas em consequência das deformações do concreto 
da própria estrutura. Assim, as armaduras acompanham passivamente as 
deformações  da  estrutura,  por  isso,  no  concreto  armado  elas  são 
chamadas de armaduras passivas. 
Quando  o  concreto  endurece,  formando  a  peça  estrutural,  o 
concreto e suas armaduras passam a trabalhar solidariamente, isto é, não 
existe escorregamento relativo entre os dois materiais. Esta é a hipótese 
fundamental da teoria do concreto armado. 
No  concreto  protendido,  utilizando  dispositivos  adequados,  as 
armaduras  de  protensão  são  tracionadas  durante  a  construção  da 
estrutura,  armazenando  tensões  residuais  permanentes.  Embora  as 
armaduras  de  protensão  também  tenham  seus  esforços  alterados  pelo 
carregamento externo à peça onde elas estão  inseridas, essas alterações 
são  relativamente  pequenas  quando  comparadas  aos  esforços  iniciais 
introduzidos pelos aparelhos de protensão. Desse modo, as armaduras de 
protensão  exercem um papel  ativo  na distribuição dos  esforços  internos 
nas  peças  estruturais  onde  estão  inseridas,  por  isso,  são  chamadas  de 
armaduras ativas. 
A Figura 1‐1 apresenta a seção transversal de uma viga de concreto 
armado  submetida  à  flexão,  destacando‐se  as  porções  da  seção 
transversal que estão sujeitas à compressão e à tração.  
 
 
 
 
Figura 1‐1: Viga de concreto armado sujeita a flexão, MARINO [8] 
 
Entretanto,  o  aço  também  apresenta  uma  boa  resistência  à 
compressão,  podendo  ser  utilizado  para  colaborar  com  o  concreto  em 
regiões comprimidas. Este é o caso de pilares, por exemplo. A Figura 1‐2 
apresenta  um  pilar  em  concreto  armado  submetido  a  uma  carga  de 
compressão axial.  
Na  prática,  veremos 
que não existem pilares 
sujeitos exclusivamente 
a  carregamentos  axiais 
centrados. A ABNT NBR 
6118:2014  considera 
que  a  carga  deve  ser 
aplicada  considerando‐
se  uma  excentricidade 
mínima,  conforme 
veremos  nos  capítulos 
seguintes. 
NOTA:  O  estudo  de 
pilares  será  realizado  no 
capítulo  7.
ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  ARMADO  
 
Prof. Joaquim Araújo Junior 
 
4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1‐2: Pilar de concreto armado sujeito à carga de compressão axial, MARINO [8] 
 
A resistência à tração do concreto é normalmente desprezada nas 
análises  estruturais,  sendo  que  seu  valor  pode  ser  tomado  como 
aproximadamente 1/10 da resistência à compressão. 
Além  dos  benefícios  evidentes  decorrentes  da  combinação  das 
propriedades  estruturais  do  concreto  e  do  aço,  é  consenso  no  meio 
técnico que são 3 os fatores que contribuem mais significativamente para 
o sucesso do concreto armado como material estrutural: 
 
1. Aderência entre o concreto e o aço da armadura. A aderência 
entre  o  concreto  e  a  armadura  é  o  principal  fator  do  sucesso  do 
concreto  armado,  sendo  possível  afirmar  que  não  haveria  o 
concreto armado se não houvesse aderência entre o concreto e o 
aço. Devido a essa solidariedade, quando submetido as diferentes 
ações que atuam nas construções, as deformações que ocorrem na 
armadura  são  aproximadamente  as  mesmas  que  ocorrem  no 
concreto  adjacente,  impedindo  que  ocorra  o  escorregamento 
relativo  entre  esses  materiais.  Como  veremos  nos  próximos 
capítulos, quase todo o desenvolvimento teórico dos fundamentos 
do  concreto  armado é baseado na hipótese das  seções planas de 
Navier, associada ao fato das deformações iguais entre a armadura 
e o concreto adjacente.   
  
De acordo com a ABNT 
NBR  6118:2014  (item 
3.1.3): 
Elementos  de  concreto 
armado  são  “aqueles 
cujo  comportamento 
estrutural  depende  da 
aderência  entre 
concreto  e  armadura  e 
nos  quais  não  se 
aplicam  alongamentos 
iniciais  das  armaduras 
antes da materialização 
dessa aderência”. 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  ArmadoProf. Joaquim Araújo Junior  5 
2. Proximidade dos valores dos coeficientes de dilatação térmica 
linear do concreto e do aço. Os coeficientes de dilatação  térmica 
do concreto e do aço são aproximadamente iguais. Assim, quando 
existe variação de temperatura, os deslocamentos relativos entre a 
armadura e o concreto adjacente são praticamente nulos. Este fato 
torna possível adotar para o concreto armado o mesmo coeficiente 
de  dilatação  térmica  do  concreto  simples.  Dessa  forma,  quando 
uma  estrutura  de  concreto  armado  for  submetida  a  moderadas 
variações  de  temperatura,  as  tensões  internas  entre  o  aço  e  o 
concreto (geradas pela diferença entre os coeficientes de dilatação 
térmica)  serão  pequenas.  Mesmo  nos  casos  em  que  a  estrutura 
possa ficar submetida a elevadas temperaturas (como em situações 
de incêndios, por exemplo), a adoção de um maior cobrimento de 
concreto já pode ser uma medida suficiente para reduzir a variação 
de temperatura no nível das armaduras. 
 
3. O concreto envolve as armaduras, protegendo‐as da corrosão. 
Uma vez que as barras de aço  são envolvidas pelo  concreto, este 
evita  a  oxidação  da  armadura  protegendo‐a  de  ataques  químicos 
provenientes  do  meio  ambiente.  Apesar  da  fissuração,  quase 
sempre  inevitável  em  uma  estrutura  de  concreto  armado,  a 
durabilidade  das  armaduras  não  fica  prejudicada,  desde  que  as 
aberturas  das  fissuras  sejam  limitadas.  Portanto,  o  concreto 
armado  não  necessita  cuidados  especiais,  ao  contrário  do  que 
ocorre com estruturas metálicas, por exemplo.  
 
1.1.1 Consumo de concreto armado 
 
O  concreto  como material  de  construção  está  presente  na  quase 
totalidade  das  obras  de  engenharia,  sejam  públicas  ou  privadas.  Seu 
volume de consumo é o maior em todo o mundo comparado aos outros 
materiais do setor da indústria da construção.  
ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  ARMADO  
 
Prof. Joaquim Araújo Junior 
 
6
Segundo  MEHTA[9],  o  consumo  de  concreto  em  1920  era  de 
aproximadamente  700  milhões  de  toneladas  por  ano.  Em  meados  da 
década  de  60,  o  consumo  de  concreto  totalizava  cerca  de  3  bilhões  de 
toneladas, o que na época, equivalia a uma tonelada de concreto por ser 
humano vivo. No  início do  século XXI,  o  consumo anual  de  concreto era 
próximo de 6 bilhões de toneladas, ou seja, a ordem de uma tonelada por 
ser humano vivo tem‐se mantido constante ao longo dos anos. 
Atualmente, estima‐se que o consumo atual do concreto no mundo 
seja  da  ordem  de  11  bilhões  de  toneladas  ao  ano,  sendo  o  segundo 
material mais consumido pelo homem, atrás somente da água.  
Segundo  diversos  autores,  existem  3  fatores  que  contribuem  para  o 
concreto ser o material mais consumido na construção: 
 
A) Devido a excelente resistência à água. Diferente de outros materiais, a 
capacidade  do  concreto  de  enfrentar  a  ação  da  água  sem  sofrer  grande 
deterioração torna‐o o material ideal para a construção de estruturas para 
controle,  armazenamento  e  transporte  de  água,  como  barragens, 
reservatórios, canais etc. A Figura 1‐3 mostra a usina hidrelétrica de Itaipú, 
construída  em  1982  com  a  utilização  de mais  de  10 milhões  de metros 
cúbicos de concreto. 
Figura 1‐3: Usina hidrelétrica de Itaipú, MEHTA[9] 
 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
Prof. Joaquim Araújo Junior  7 
B) O concreto é moldável. Facilidade em obter elementos estruturais em 
concreto nas mais variadas formas e tamanhos, devido ao concreto fresco 
possuir consistência plástica, sendo capaz de adaptar‐se as fôrmas. 
 
C)  Baixo  custo  e  disponibilidade.  Os  principais  componentes  para 
produção do concreto, água, cimento Portland, e principalmente, pedra e 
areia,  são  relativamente  baratos  e  encontrados  em  fontes  locais,  não 
muito  distantes  da  obra,  praticamente,  em  todos  os  lugares  do mundo. 
Desse  modo,  os  custos  gerais  da  matéria  prima  são  significativamente 
menores que o das alternativas apresentadas por outros materiais, como o 
aço, por exemplo.  
 
Mais  recentemente,  dentro  de  uma  visão  de  sustentabilidade  das 
construções, o concreto poderia, ainda, ser considerado como um material 
“ecologicamente  correto”,  não  só  por  requerer,  na  sua  produção,  um 
consumo  relativamente  baixo  de  energia,  como  também  por  ser  um 
material que pode reciclar grande quantidade de resíduos industriais. 
 
11..22 AA  HHIISSTTÓÓRRIIAA  DDOO  CCOONNCCRREETTOO  AARRMMAADDOO  
 
O conhecimento da nossa história é  fundamental para uma melhor 
compreensão do tempo presente, em qualquer área de estudo, não sendo 
diferente para o concreto armado. As lições aprendidas ao longo dos anos 
através dos estudos, experimentos e construções de várias obras em todo 
o  mundo  contribuíram  decisivamente  para  o  estado  atual  de 
desenvolvimento tecnológico das estruturas de concreto armado. A seguir, 
procura‐se  relatar  um  breve  resumo  cronológico  da  história  das 
construções de concreto.  
O momento exato na história em que o concreto teria surgido ainda 
divide a opinião de alguns renomados pesquisadores, não havendo ainda, 
um  consenso  a  respeito  desta  data.  Todavia,  segundo  PINHEIRO  & 
GIONGO  (1986),  o  concreto  surgiu  com  o  desejo  de  se  criar  uma  pedra 
artificial,  resistente,  econômica  e  durável  como  a  pedra  natural  e  que 
Figura 1‐4: Pantheon de 
Roma 
Localizado  em  Roma,  o 
Pantheon  é  o  único 
edifício  construído  na 
época  greco‐romana  que 
se  encontra  em  perfeito 
estado  de  conservação. 
Construído  originalmente 
em  27  a.C.,  na  República 
Romana,  no consulado de 
Marco  Vipsânio  Agrippa 
foi  destruído  por  um 
incêndio  em  80  d.C.  e 
reconstruído  em  125  d.C. 
no  reinado  do  imperador 
Adriano.  No  mesmo  ano, 
em  27  a.C.,  o  senado 
romano  atribiui  a 
Otaviano  poderes 
absolutos e conferiu‐lhe o 
novo  título  de  Augusto, 
evidenciando  o  fim  da 
República  e  o  início  do 
Império Romano. 
ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  ARMADO  
 
Prof. Joaquim Araújo Junior 
 
8
apresentasse  como  vantagem  a  possibilidade  de  ser  moldada  nas 
dimensões e nas formas desejadas.  
Alguns  pesquisadores  dizem  que  os  antigos  egípcios  foram  os 
inventores do concreto, alegando que o concreto poderia ter sido utilizado 
na construção das partes  internas das pirâmides. Acredita‐se que no  seu 
interior  foram  usados  blocos  de  concreto  feitos  de  um  tipo  de  cimento 
denominado “geopolímero”, que era composto de pedra britada, silte do 
Nilo e resíduos das minas de cobre da área do Monte Sinai. Assim, apenas 
os blocos externos das pirâmides seriam de pedra natural, mas esta teoria 
é contestada por vários pesquisadores.  
A arquitetura grega é decorrente do emprego de vigas e placas de 
pedra.  Entretanto,  como  a  resistência  à  tração  das  pedras  obrigava  a 
utilização de pequenos vãos  (daí o motivo do grande número de colunas 
nas  obras  erguidas  na  Grécia  antiga),  especula‐se  que  os  gregos  teriam 
sido  os  primeiros  a  procurar  um  material  alternativo,  resultando  na 
invenção do concreto.  
Por  um  outro  ponto  de  vista,  vários  arqueólogos  acreditam  que  o 
concreto  teria  vindo do Oriente Médio,  ou dos  fenícios,  todos  antes dos 
romanos. 
A  maioria  dos  pesquisadores  acredita  que  foram  os  romanos  os 
inventores do concreto. Entretanto, mesmo que não o tenham criado, eles 
foram sem dúvida nenhuma os primeiros que o usaram de forma eficaz e 
em  larga  escala.  Os  gregos  e  romanos  utilizaram  por muito  tempo  uma 
mistura  de  cal,  água,  pedra  e  areia.  Posteriormente,  os  romanos 
adicionaram à essa mistura as cinzas vulcânicas doVesúvio, que endurecia 
em  contato  com  a  água.  Estas  cinzas  eram  encontradas  na  cidade  de 
Puzzoli,  e  deram  origem  ao  nome  pozolana.  Eles  também  utilizaram 
aditivos  em  suas  misturas,  como  o  sangue,  que  funcionava  como  um 
incorporador de ar nas argamassas, devido à propriedade de dispersão da 
hemoglobina. Na construção do Pantheon de Roma (ver Figura 1‐4), uma 
das obras mais impressionantes do Império Romano, estima‐se que foram 
utilizados sete tipos diferentes de concreto, do mais pesado ao mais leve, 
à medida que se chegava ao topo da cúpula, o que se constituiu no uso de 
Figura  1‐5:  Coliseu  de 
Roma 
O  Coliseu  foi  construído 
durante  o  império 
romano, entre os anos de 
70  a  80  d.C.,  durante  os 
governos dos imperadores 
Vespasiano  e  seu  filho 
Domiciano.  Incialmente 
projetado para receber 50 
mil  pessoas,  foi  ampliado 
com  um  4º  andar  no 
reinado  de  Alexandre 
Severo  e  Gordiano  III, 
atingindo a capacidade de 
receber  até  90  mil 
pessoas.  No  início    do 
século  V,  foi  danificado 
por  um  terremoto  e 
restaurado  anos  mais 
tarde.  É  considerado  pela 
UNESCO  Patrimônio  da 
Humanidade,  e  foi    eleito 
em  2007,  como  uma  das 
Sete Novas Maravilhas do 
Mundo. 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
Prof. Joaquim Araújo Junior  9 
concreto  com agregados  leves,  há  praticamente  dezenove  séculos.  Além 
do  Pantheon,  essa  mistura  desenvolvida  pelos  romanos  também  foi 
empregada na construção de aquedutos, pontes e outras obras públicas, 
como, por exemplo, no Coliseu (Figura 1‐5). Finalmente, construções dessa 
época  são  as  primeiras  nas  quais  foram  encontradas  associações  de  um 
metal  à  argamassa.  Os  romanos  utilizaram  barras  de  bronze  dentro  de 
argamassas de pozolanas,  indicando que o princípio do concreto armado 
esteve presente em algumas de suas construções. 
Com a chegada dos Bárbaros e a queda do Império Romano, o uso 
do concreto se perdeu até quase o final do século XVIII. Neste período, a 
pedra foi o material de construção mais utilizado, seguida pela madeira. 
Somente  em  1770,  com  o  arquiteto  Jean  Rondelet,  o  concreto 
reaparece  na  França,  na  construção  da  Igreja  de  Santa  Genoveva,  hoje 
Pantheon de Paris. Essa construção foi  feita em alvenaria armada, com a 
associação  de  ferro  e  pedra  natural,  com  os  espaços  vazios  sendo 
preenchidos com uma argamassa de cal. 
Em  seguida,  ainda  no  século  XVIII,  os  ingleses  John  Smeaton  e 
James  Parker  desenvolveram  pesquisas  sobre  o  cimento.  Em  1756, 
Smeaton  conseguiu  obter  um  produto  de  alta  resistência  por  meio  de 
calcinação  de  calcários  moles  e  argilosos  e  em  1791  usou  essa  mistura 
como base da construção do Farol de Eddistone, em Cornwall. 
Com o desenvolvimento das pesquisas na área do cimento, chega‐
se a um outro  inglês, o construtor Joseph Aspdin, que em 1824 queimou 
conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando‐as num pó fino. A 
mistura,  após  secar  tornava‐se  tão  dura  quanto  as  pedras  utilizadas  nas 
construções e não se dissolvia em água. Foi patenteado pelo construtor no 
mesmo  ano,  com  o  nome  de  cimento  Portland,  por  apresentar  cor  e 
propriedades  de  durabilidade  e  solidez  semelhantes  às  rochas  da  ilha 
britânica  de  Portland,  situada  no  condado  de  Dorsek.    Quase  que 
paralelamente a Aspdin, Louis Vicat, na França, também chega ao cimento 
portland. Em 1845, Johnson desenvolve o cimento como nós o utilizamos 
hoje.  
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Chega‐se  então  a  1849,  data  oficial  do  surgimento  do  concreto. 
Nesta  data  o  agricultor  francês  Joseph‐Louis  Lambot  desenvolveu  um 
barco  em argamassa  armada,  chamada na  época  de  cimento  armado. O 
objetivo  de  Lambot  era  fazer  um  barco  com  um  material  que  não  se 
deteriorasse  com  o  tempo,  em  contato  com  a  água.  Ele  costumava  sair 
para  pescar  com  seus  filhos,  e  os  barcos  de  madeira  acabavam 
apodrecendo  de  tempos  em  tempos,  sendo  necessário  fazer  outros.  O 
experimento deu  certo e  Lambot o apresentou na Exposição de Paris de 
1855. Também nesse ano (1855) é montada a primeira fábrica de cimento 
na Alemanha. 
Em 1854, o inglês William Boutland Wilkinson, fabricante de gesso 
e de argamassa,  registrou uma patente de um sistema de piso utilizando 
vigas  regularmente  espaçadas,  com  os  vazios  entre  as  nervuras 
preenchidos com moldes de gesso e o plano de piso com uma fina capa de 
concreto armado com cabos de aço expurgados de guindastes de minas. 
O grande responsável pela difusão do concreto armado na Europa, 
e  em  seguida  na  América,  foi  o  horticultor  e  paisagista  francês  Joseph 
Monier, que havia visto o barco de Lambot na Exposição de Paris. Monier 
também  tinha  problemas  com  o  apodrecimento  de  vasos  de  madeira, 
onde  ele  cultivava  suas  plantas,  e  começou  então  a  fazer  vasos  de 
argamassa armada, mesmo material do barco, que não se deteriorava em 
contato  com  a  água.  A  partir  de  1861,  Monier  começou  a  fazer  outros 
objetos  e  obter  patentes  para  eles,  à  medida  que  viajava  pela  Europa, 
vendendo suas peças e difundindo o material, que hoje conhecemos como 
concreto  armado  (até  cerca  do  ano  de  1920  o  concreto  armado  era 
chamado de “cimento armado”). 
Nesse mesmo ano (1861), o engenheiro químico François Coignet, 
também francês, obtém uma patente para execução de peças de concreto 
armado.  Em  1867,  Monier  tira  a  patente  para  os  vasos,  em  1868  para 
tubos e reservatórios, em 1869 para placas e em 1873 para pontes. Nesse 
mesmo ano (1873), o engenheiro mecânico William E. Ward, nos Estados 
Unidos, constrói uma casa de três pavimentos em concreto armado. 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
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Dentre  os  americanos,  o  advogado  Thaddeus  Hyatt  é  um  dos 
grandes  nomes  dessa  época,  deixando  grandes  contribuições  para  as 
construções  de  concreto  armado.  Em  1877  ele  tira  a  patente  de  um 
sistema  de  execução  em  vigas  de  concreto  e  aço,  onde  a  posição  das 
barras  previa  os  efeitos  de  tração  e  cisalhamento,  e  já  sugeria  o  uso  de 
estribos  e  barras  dobradas.  Porém,  seus  estudos  não  ganharam 
repercussão por falta de publicação. 
Até  esta  época,  a  armadura  era  disposta  no  concreto 
empiricamente,  de  forma  a  adequar‐se  com  a  forma  da  estrutura 
desenvolvida,  sem  levar  em  conta  os  esforços  envolvidos.  Na  França, 
Hennebique  foi  o  primeiro  após  Hyatt  a  compreender  a  função  das 
armaduras  no  concreto.  “Percebeu  a  necessidade  de  dispor  outras 
armaduras  além  da  armadura  reta  de  tração.  Imaginou  armaduras 
dobradas, prolongadas em diagonal e ancoradas na zona de compressão. 
Foi  o  primeiro  a  colocar  estribos  com  a  finalidade  de  absorver  tensões 
oriundas  da  força  cortante  e  o  criador  das  vigas  T,  levando  em  conta  a 
colaboração da laje como mesa de compressão”, (Vasconcelos, 1985). 
Em 1880, Monier vendeu suas patentes a uma empresa alemã, que 
contratou  o  professor  Emil  Mörsch,  da  Universidade  de  Stuttgart,  para 
realizar  estudos  sobre o  concreto  armado,  estudos estes que  resultaram 
na formulação da Teoria Clássica de Mörch, em 1902. A partir desta teoria, 
baseada  em  resultados  de  ensaios  experimentais,  as  primeiras  normas 
para  o  cálculo  e  a  construção  em  concreto  armado  foram  redigidas, 
propiciando  o  desenvolvimento  deste  material  na  construção.  A  treliça 
clássica  de Mörsch  é  uma  das  maiores  invenções  em  concreto  armado, 
permanecendo ainda aceita,apesar de ter surgido há mais de 100 anos. 
Seria  injusto  atribuir  a  invenção  do  concreto  somente  à  uma 
pessoa. Como se pôde ler nos parágrafos acima, vários foram aqueles que 
contribuíram para a evolução do concreto, com destaque aos pioneiros: os 
franceses  Lambot,  Monier  e  Coignet,  o  norte‐americano  Hyatt,  e 
posteriormente, o alemão Mörsch.  
 
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Este  texto  procurou  apresentar  de  maneira  resumida  como  o 
concreto,  um  material  em  constante  evolução,  vem  se  desenvolvendo, 
desde o seu aparecimento no início do século passado, até os dias de hoje, 
seja através do surgimento de novas tecnologias, ou com o surgimento de 
novos materiais, tais como os aditivos e as fibras, entre outros.  
A  seguir,  apresentam‐se  de  forma  cronológica  os  fatos  mais 
significativos nos primeiros desenvolvimentos do concreto armado: 
 
 1852 ‐ Coignet executa elementos de construção com emprego de 
concreto armado (vigotas e pequenas lajes); 
 1867  a  1878  ‐  Mounier  registra  patentes  para  construção, 
primeiramente de vasos, tubos e depósitos e, depois, de elementos 
de construção; 
 1880 ‐ Hennebique constrói a primeira laje armada com barras de 
aço de seção circular; 
 1884 e 1885 ‐ Firmas alemãs, entre elas Wayss e Freytag, adquirem 
as patentes de Monier, para emprego na Alemanha e na Áustria; 
 1886  ‐  Könen,  na Alemanha,  escreve  a  primeira  publicação  sobre 
cálculo de concreto armado; 
 1888 ‐ Döhring, também na Alemanha, registra a primeira patente 
sobre aplicação de protensão em placas e em pequenas vigas; 
 1892 ‐ Hennebique obtém patente do primeiro tipo de viga, como 
as atuais, com estribos; 
 1897  ‐  Rabut  inicia  o  primeiro  curso  sobre  concreto  armado 
("cimento armado"), na École des Ponts et Chaussées, na França; 
 1902  ‐  Mörsch,  engenheiro  da  firma  Wayss  e  Freytag,  publica  a 
primeira  edição  de  seu  livro,  “Teoria  e  Prática  do  Concreto 
Armado”,  apresentando  resultados  de  numerosas  experiências  e 
tornando‐se  um  dos  maiores  contribuintes  para  o  progresso  do 
concreto armado. A obra de Mörsch, sob vários aspectos, continua 
válida até hoje; 
As  fissuras  (trincas  de 
pequena abertura, ≈ 0,05 
a 0,4 mm), causadas pela 
tensão  de  tração  no 
concreto,  atrasaram  o 
desenvolvimento  do 
concreto  armado  devido 
à  dificuldade  de  como 
tratar  e  resolver  o 
problema.  Como  forma 
de contornar o problema 
da  fissuração  no 
concreto,  M.  Koenen 
propôs,  em  1907, 
tracionar previamente as 
barras de aço, originando 
tensões  de  compressão 
na seção, para eliminar a 
tração  no  concreto  e, 
conseqüentemente, 
eliminar  as  fissuras. 
Surgia  assim  o  chamado 
“Concreto  Protendido”. 
Porém,  as  experiências 
iniciais  não  lograram 
êxito. 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
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 1904  ‐  Com  o  desenvolvimento  do  novo  tipo  de  construção, 
tornou‐se necessário  regulamentar o projeto e  a  execução.  Surge 
na Alemanha a primeira norma sobre concreto armado; 
 1900 a 1910 ‐ São publicados os resultados de diversas comissões 
na França, Alemanha e Suíça.  
 1912  ‐  Mörsch  e  Könen  desenvolvem  os  princípios  do  concreto 
protendido com a introdução de tensão prévia nas armaduras para 
eliminar  os  esforços  de  tração.  A  idéia,  porém  foi  abandonada 
devido às altas perdas de tensão registradas ao longo do tempo;  
 1928  ‐    Freyssinet  (considerado  o  pai  do  concreto  protendido) 
utiliza  os  aços  de  baixa  relaxação,  obtendo,  assim,  o  concreto 
protendido como o conhecemos hoje; 
 1945  ‐ A  partir  desse  ano,  após  a  2a Guerra Mundial,  o  concreto 
protendido passa a ser usado em escala comercial.  
 1950  –  Criação  do  CEB  (Comitê  Europeu  do  Concreto),  do  qual  o 
Brasil passa a fazer parte. 
 
Ao final da década de 1950, os concretos de alta resistência (CAR) 
começaram  a  ser  produzidos.  Inicialmente,  concretos  com  resistência  à 
compressão  superior  a  35  MPa  eram  considerados  como  de  alta 
resistência. Atualmente, concretos com resistência à compressão acima de 
100 MPa são obtidos com relativa facilidade.  
O limite de resistência para considerá‐lo de alta resistência, ou não, 
ainda não está totalmente definido, varia de país para país, e às vezes até 
mesmo  dentro  de  um  único  país  há  divergências.  Porém,  pode‐se  dizer 
que  o  uso  do  concreto  de  alta  resistência,  seja  ela  acima  de  40,  50  ou 
60MPa, é uma constante em quase todo o mundo.  
Com o desenvolvimento dos concretos de alta resistência, chegou‐
se,  nos  dias  atuais,  a  um  novo  tipo  de  concreto:  o  concreto  de  alto 
desempenho  (CAD).  Na  realidade,  um  novo  conceito  para  os  diferentes 
tipos de concreto já existentes. Quando se diz CAD, deve‐se estabelecer a 
que  se  refere  o  desempenho  desejado,  seja  ele  a  alta  resistência  ou  a 
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durabilidade, por exemplo. Na maioria dos casos essas duas propriedades 
ocorrem juntas. 
Desde  então,  vários  pesquisadores  vêm dando  suas  contribuições 
ao desenvolvimento do concreto em todo o Mundo, inclusive o Brasil. 
 
1.2.1 O concreto no Brasil 
 
Apesar  das  contradições  quanto  a  qual  foi  realmente  a  primeira 
obra no Brasil, desde o início do século XX têm sido produzidas inúmeras 
obras em concreto armado no país.  
Segundo Vasconcelos (1985) [1], o qual afirma que em 1913, a “vinda da 
firma alemã Wayss &  Freytag  constituiu  talvez  o  ponto mais  importante 
para o desenvolvimento do  concreto armado no Brasil”.  Sua empresa no 
Brasil  foi  registrada  somente  em  1924,  sob  o  nome  de  Companhia 
Construtora Nacional,  funcionando  até  1974.  Imagina‐se  que,  de  1913  a 
1924,  Wayss  utilizou‐se  da  firma  de  um  alemão,  L.  Riedlinger,  para 
construir  várias  obras  no  Brasil,  como  40  pontes  de  concreto  armado. 
Riedlinger  importou mestres  de  obras  da  Alemanha,  e  a  firma  serviu  de 
escola para a formação de especialistas nacionais, evitando a  importação 
de mais estrangeiros. 
Embora o Brasil não tenha participado na descoberta do concreto, 
já  que  as  pesquisas  tecnológicas  na  Europa  e  Estados Unidos  eram bem 
mais avançadas que as nossas na época, soube muito bem usá‐lo de forma 
criativa, ousada e eficiente, como comprovam o nosso acervo de obras por 
todo  o  país.  Hoje,  além das  contribuições  construtivas,  o  Brasil  participa 
efetivamente  no  desenvolvimento  tecnológico  do  concreto,  e  da  ciência 
da  engenharia  como  um  todo.  A  seguir,  apresenta‐se  uma  lista  de 
importantes obras em concreto armado realizadas no Brasil: 
 
 1904  ‐  Casas  e  sobrados  construídos  com  cimento  armado  em 
Copacabana, no Rio de Janeiro.  
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 1908  ‐ Ponte  com 9 m de vão,  executada no Rio de  Janeiro pelo 
construtor  Echeverria,  com  projeto  e  cálculo  do  francês  François 
Hennebique. 
 1909 ‐ Ponte na Rua Senador Feijó, com vão de 5,4 m. 
 1910  ‐  Ponte  sobre  o  Ribeirão  dos  Machados,  com  28  m  de 
comprimento,  construída na Av. Pereira Rebouças, em São Paulo. 
Essa ponte ainda existe em ótimo estado de conservação. 
 1911  ‐ Ponte  sobre o Rio Camanducaia,  na  Fazenda Modelo,  em 
Amparo, São Paulo; 
 1912  ‐  Ponte  sobre  o  Rio  Tamanduateí,  na  Moóca,  São  Paulo. 
Trata‐se de uma ponte em arco de 29 m de vão, construída como 
parte das obras de retificação e canalização do rio; 
 1912  ‐ Paredes  laterais  e  lajes  do  fundo  e  do  teto  dasobras  de 
reconstrução  de  dois  grandes  reservatórios  do  sistema  de 
abastecimento de água de Belo Horizonte; 
 1914 ‐ Diversas obras de arte (pontes, viadutos, muros de arrimo) 
na  duplicação  da  linha  da  Serra  do  Mar  da  EFCB.  Nessas  obras 
foram  usados  trilhos  velhos  como  armadura  de  concreto,  não  se 
tratando, portanto, de concreto armado com o significado que hoje 
se lhe dá; 
 1914  ‐ Muros  de  arrimo  laterais  em  dois  trechos  das  obras  de 
retificação e canalização do Rio Tamanduateí, São Paulo; 
 1924  ‐  Jockey  Club  do  Rio  de  Janeiro,  fundações  em  estacas  de 
concreto armado cravadas até uma profundidade máxima de 24 m, 
perfazendo um total de 8 km, um recorde sul‐americano na época; 
A partir de 1924 quase todos os cálculos estruturais passaram a ser 
feitos no Brasil, com destaque para o engenheiro estrutural Emílio 
Baumgart.  
 1926  ‐  Jockey  Club  do  Rio  de  Janeiro,  marquise  da  tribuna  de 
sócios com balanço de 22,4 m, recorde mundial na época (projeto 
e construção de Christiani & Nielsen); 
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 1926 ‐ Ponte Presidente Sodré (antiga Itajurú) em Cabo Frio, arco 
de 67 m de vão e flecha de 10,5 m, recorde sul‐americano na época 
(projeto e construção de Christiani & Nielsen) 
 1925  a  1929  ‐  Edifício  Martinelli,  construído  em  São  Paulo  com 
área de 40.000 m², o maior do mundo, na época, com 106,5 m de 
altura e 30 pavimentos; 
 1930  ‐  Elevador  Lacerda, na  cidade  de  Salvador,  construído  pela 
filial  brasileira  da  firma  dinamarquesa  Christiani  &  Nielsen.  É  o 
maior elevador de passageiros para fins comerciais no mundo, com 
elevação de 59 m, e altura total de 73 m; 
 1930 ‐ Ponte de Herval (ou Ponte Emílio Baumgart, destruída pelas 
enchentes de 1983) em Santa Catarina, sobre o Rio do Peixe, com o 
maior  vão  do mundo,  na  época,  de  68 m  em  viga  reta.  Primeira 
ponte do mundo em concreto  construída em balanços  sucessivos 
(destruída numa enchente em, aproximadamente, 1982); 
 1930 ‐ Estátua do Cristo Redentor no Corcovado, mais alta estátua 
(30 m) de concreto armado do mundo, na época; empreendimento 
e realização do engenheiro Heitor da Silva Costa, escultura de Paul 
Landowski e cálculos do Bureau d’Études L. Pelnard, Considère & A. 
Caquot – Paris;  
 1928  a  1931  ‐  Edifício  “A  Noite”,  construído  no  Rio,  com  22 
pavimentos:  o mais  alto  edifício  do mundo  em  concreto  armado, 
na época, com 102,8 m de altura a partir do rés‐do‐chão e 3,6 m 
enterrados; projeto de Emílio Baumgart e construção de Gusmão, 
Dourado & Baldassini; 
 1937  ‐  Ponte  ferroviária na estrada de  ferro Mayrink‐Santos,  em 
viga contínua de 3 tramos (24,33 + 30 + 24,33 m), conhecida como 
Viaduto 19; a maior ponte ferroviária do mundo na época, projeto 
de Humberto da Fonseca; 
 1939 ‐ Ponte ferroviária sobre o Rio Mucuri com 39,3 m, recorde 
mundial, na época, para este tipo de ponte, em viga reta (projeto 
de Baumgart); 
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 1939 ‐ Jockey Club de São Paulo, marquise da tribuna dos sócios 
com 25,2 m, recorde mundial na época; 
 1943  ‐  Cúpula  do  Salão  de  Jogos  do  Hotel  Quitandinha  em 
Petrópolis; recorde sul‐americano em casca elíptica, na época, com 
diâmetro de 46,4 m e  flecha de 12,6 m; projeto de Antonio Alves 
Noronha; 
 1949 ‐ Ponte do Galeão, a mais longa ponte (e a de maior área de 
tabuleiro)  do  mundo,  na  época,  em  concreto  protendido,  com 
380m de extensão e 7.600 m², construída pela Civilhidro; 
 1952 ‐ Ponte de Joazeiro sobre o Rio São Francisco, a mais longa do 
mundo  (801 m), na época, em seu gênero: ponte  rodo‐ferroviária 
em viga reta contínua; o comprimento da viga contínua é de 561 m 
(vão máximo de 44,8 m); 
 1952  ‐  Ponte  sobre  o  Rio  das  Antas,  o  maior  arco  de  concreto 
armado  do mundo,  na  época,  com  186 m  de  vão  (com  tabuleiro 
intermediário),  no  Rio  Grande  do  Sul;  projeto  de  Antonio  Alves 
Noronha; 
 1960 ‐ Ponte de Estreito, sobre o Rio Tocantins, com o maior vão 
do  mundo  (140  m),  na  época,  em  viga  reta,  construída  pelo 
processo  de  balanços  sucessivos,  em  concreto  protendido,  pela 
primeira vez no Brasil; construção e projeto de Sergio Marques de 
Souza; 
 1962 ‐ Ponte da Amizade (ponte internacional de Foz do Iguaçu ou 
Ponte  Presidente  Stroessner  como  a  denominam  os  paraguaios) 
com o maior arco de concreto armado do mundo, na época, com 
290 m de vão; 
 1962  ‐ Edifício  Itália, o mais alto edifício em concreto armado do 
mundo,  durante  alguns  meses,  antes  da  conclusão  dos 
acabamentos,  perdendo,  logo  em  seguida,  para  o  Marina  City 
(Chicago); 
 1969  ‐  Garagem  San  Siro,  em  São  Paulo:  o  mais  alto  edifício  –
garagem  do  mundo,  com  altura  de  90,3  m  acima  da  calçada, 
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esbeltez 10:1, 36 andares; interessante solução estrutural de Mario 
Franco; projeto arquitetônico e construção de A. Danilovic; 
 1969 ‐ Museu de Arte de São Paulo (MASP), com laje de 30 x 70 m 
livres,  recorde  mundial  de  vão,  na  época,  projeto  estrutural  da 
equipe técnica do Prof. Figueiredo Ferraz, projeto arquitetônico de 
Lina Bo Bardi, construção de Heleno & Fonseca; 
 1975  ‐  Ponte  Colombo  Salles  em  Florianópolis,  a  maior  viga 
contínua  protendida  do  mundo  (1.227  m),  projeto  da  equipe 
técnica  do  Prof.  Figueiredo  Ferraz,  construída  pela  Construtora 
Norberto Odebrecht; 
 1982  ‐  Usina  Hidrelétrica  de  Itaipu,  é  a  maior  do  mundo  na 
modalidade  de  barragem  de  gravidade  aliviada,  com  190  m  de 
altura e mais do que 10 milhões de metros cúbicos de concreto; foi 
projetada por quatro consórcios de firmas brasileiras e paraguaias 
e  construída  do  mesmo  modo  com  coordenação  americano‐
italiana. 
 1995  ‐  Edifício  World  Trade  Center,  em  São  Paulo,  projeto  de 
Aflalo & Gasperini  Arquitetos  e  construído  pela  Construtora OAS; 
possui  177.000 m²  de  área  construída,  que  engloba:  duas  torres, 
uma de 26 e outra de 17 andares; estrutura em laje lisa protendida 
com 25 cm de altura e vãos de 10 m, com vigas de bordo. 
 1995  ‐  Edifício  Suarez  Trade,  em  Salvador,  projeto  da  Leite  & 
Miranda, com 33 andares e 40.000m², com concreto de 60MPa nas 
colunas  da  torre,  andarestipo  com  600m²  totalmente  livres,  sem 
pilares  intermediários,  estrutura  protendida  nervurada  no  tipo, 
com 15m de vão e espessura total de somente 400mm, laje plana 
(sem vigas) em concreto armado nos andares de garagem. 
 19??  ‐  Edifício  Manhattan  Tower,  no  Rio  de  Janeiro,  projeto  da 
Leite & Miranda, é um recorde mundial em esbeltez para edifícios, 
para 114m de altura, são somente 8m de largura, uma relação de 
14 para 1, com a torre principal com 33 andares. 
 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
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11..33 VVAANNTTAAGGEENNSS  EE  DDEESSVVAANNTTAAGGEENNSS  DDOO  CCOONNCCRREETTOO  AARRMMAADDOO  
 
O concreto armado é um material que vem sendo largamente usado 
em todos os países do mundo, em todos tipos de construção, em função 
de várias características positivas, como por exemplo: 
 
a) Economia: especialmente no Brasil, os seus componentes (água e 
agregados graúdos e miúdos) são facilmente encontrados e relativamente 
a  baixo  custo;  Ocorre  também,  o  baixo  custo  de mão‐de‐obra,  pois  em 
geral não exige profissionais com elevado nível de qualificação. 
b)  Conservação:  em  geral,  o  concreto  apresenta  boa  durabilidade, 
desde que seja utilizado com a dosagem correta, sendo muito importantea execução de cobrimentos mínimos para as armaduras; 
c)  Adaptabilidade:  O  concreto  é  moldável,  permitindo  grande 
variabilidade de formas e de concepções arquitetônicas. 
d)  Rapidez  de  construção:  a  execução  e  o  recobrimento  são 
relativamente  rápidos; Os Processos  construtivos  são  conhecidos  e  bem 
difundidos  em  quase  todo  o  país,  havendo  facilidade  e  rapidez  de 
execução, principalmente se forem utilizadas peças pré‐moldadas. 
e)  Segurança  contra  o  fogo:  desde  que  a  armadura  seja  protegida 
por um cobrimento mínimo adequado de concreto 
f)  Impermeabilidade:  O  concreto  é  pouco  permeável  à  água, 
quando  executado  em  boas  condições  de  plasticidade,  adensamento  e 
cura. 
g)  Resistência  a  choques  e  vibrações:  É  resistente  a  choques  e 
vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e a desgastes mecânicos. 
h)  Apresenta  boa  resistência  à  maioria  dos  tipos  de  solicitação, 
desde  que  seja  feito  um  correto  dimensionamento  e  um  adequado 
detalhamento das armaduras. 
i)  A  estrutura  é  monolítica  (quando  o  concreto  é  moldado 
diretamente na obra), fazendo com que todo o conjunto trabalhe quando 
a peça é solicitada. 
ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  ARMADO  
 
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j)  Os  gastos  de manutenção  são  reduzidos,  desde  que  a  estrutura 
seja bem projetada e adequadamente construída. 
 
Por  outro  lado,  o  concreto  armado  também  apresenta 
desvantagens,  que  precisam  ser  analisadas.  Devem  ser  tomadas  as 
providências  adequadas  para  atenuar  suas  conseqüências.  As  principais 
são: 
 
a) Peso próprio elevado, relativamente à resistência: 
b) Reformas e adaptações são de difícil execução; 
c)  Fissuração.  Devido  a  baixa  resistência  a  tração  (ou  devido  a 
retração  ou  fluência),  mesmo  que  não  haja  prejuízo  estrutural,  pode 
comprometer a estética ou a funcionalidade, conduzindo a estrutura a um 
estado limite de utilização. 
d) Transmite calor e som. 
e) Fragilidade. 
f) Custo de formas para moldagem. 
g) Corrosão das armaduras, se o cobrimento não for devidamente 
executado. 
 
O  concreto  armado  é  utilizado  nas  mais  diversas  obras  de 
engenharia  em  todo  o  mundo.  Algumas  aplicações  do  concreto  são 
relacionadas a seguir: 
 
• Edifícios: mesmo que a estrutura principal não seja de concreto, alguns 
elementos, como as fundações, provavelmente o serão; 
• Galpões e pisos industriais ou para fins diversos; 
•  Obras  hidráulicas  e  de  saneamento:  barragens,  tubos,  canais, 
reservatórios, estações de tratamento etc.; 
•  Rodovias:  pavimentação  de  concreto,  pontes,  viadutos,  passarelas, 
túneis, galerias, obras de contenção etc.; 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
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• Estruturas diversas: elementos de cobertura,  chaminés,  torres, postes, 
mourões, dormentes, muros de arrimo, piscinas, silos, cais,  fundações de 
máquinas etc. 
 
11..44 NNOORRMMAALLIIZZAAÇÇÃÃOO  
 
Até março de 2003 a principal norma para o projeto de estruturas de 
concreto  armado  era  a  NBR  6118:1980,  ou  NB1:1978.  Após  passar  por 
vários anos em processo de  revisão,  a NB1:1978  foi  substituída por uma 
nova  versão,  a  NBR  6118  –  Projeto  de  Estruturas  de  Concreto  ‐ 
Procedimento  –  Março/2003,  que  incluiu  também  as  estruturas  de 
Concreto Protendido. As  recomendações para  a  execução das  estruturas 
de concreto passaram a fazer parte da norma NBR 14931:2003. 
A  partir  de  2003  a  NBR  6118  passou  a  ser  revisada  regularmente. 
Atualmente, a versão em vigor corresponde a última revisão, realizada em 
2014. 
Todo  o  conteúdo  desta  disciplina  e  das  demais  nas  áreas  de 
concreto armado e protendido  seguem as  recomendações  constantes da 
NBR  6118:2014,  sendo  importante  salientar  que  a  partir  de  11/09/1990 
com a lei federal Nº. 8078 (Lei de Defesa do Consumidor), artigo 39‐VII, na 
falta  de  normas  oficiais,  o  atendimento  às  normas  da  ABNT  tornou‐se 
obrigatório. 
A NBR 6118:2014 define os critérios gerais que regem o projeto das 
estruturas de concreto, sejam elas de edifícios, pontes, obras hidráulicas, 
portos ou aeroportos etc, devendo ser complementada por outras normas 
que fixem critérios para estruturas específicas. 
A  seguir,  apresenta‐se  as  normas  relacionadas  à  NBR  6118:2014  e 
cujas  disposições  que  constituem  prescrições  para  esta  norma.  A  ABNT 
possui  a  informação  das  Normas  Brasileiras  em  vigor  em  um  dado 
momento.  Como  toda  norma  está  sujeita  a  revisão,  recomenda‐se  que 
seja verificada a conveniência de se usarem as edições mais recentes das 
normas citadas a seguir: 
 
A  ABNT  surgiu  em  1940 
como  consequência  da 
elaboração  da  própria 
NB1,  a  partir  de  uma 
demanda  levantada  pela 
Associação  Brasileira  de 
Cimento Portland – ABCP, 
em 1937. Nessa época, os 
ensaios  com  materiais  de 
concreto  (para  medir  a 
resistência)  eram 
realizados  em  dois 
laboratórios  tidos  como 
referências  em  termos  de 
qualidade:  o  Instituto 
Nacional  de  Tecnologia 
(INT – localizado no Rio de 
Janeiro)  e  o  Instituto  de 
Pesquisas  Tecnológicas 
(IPT,  localizado  em  São 
Paulo).  Os  laboratórios, 
apesar  de  respeitados  e 
rigorosos  em  suas 
avaliações,  utilizavam 
procedimentos  diferentes 
para  testar  materiais  de 
concreto,  o  que  gerava 
discrepâncias  entre  os 
resultados. Neste sentido, 
surgiu  a  necessidade  da 
criação  de  uma  entidade 
que fosse responsável por 
definir  critérios  e 
metodologias 
padronizadas. 
Figura  1‐6:  Normas  da 
ABNT 
ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  ARMADO  
 
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ABNT NBR 5674:1999 ‐ Manutenção de edificações ‐ Procedimento. 
ABNT NBR 5732:1991 ‐ Cimento Portland comum ‐ Especificação. 
ABNT  NBR  5733:1991  ‐  Cimento  Portland  de  alta  resistência  ‐ 
Especificação. 
ABNT  NBR  5735:1991  ‐  Cimento  Portland  de  alto‐forno  ‐ 
Especificação. 
ABNT NBR 5736:1991 ‐ Cimento Portland pozolânico ‐ Especificação. 
ABNT  NBR  5737:1992  ‐  Cimento  Portland  resistente  a  sulfatos  ‐ 
Especificação. 
ABNT  NBR  5738:1994  ‐  Moldagem  e  cura  de  corpos‐de‐prova 
cilíndricos ou prismáticos de concreto ‐ Procedimento. 
ABNT NBR 5739:1994 ‐ Concreto ‐ Ensaio de compressão de corpos‐
de‐prova cilíndricos ‐ Método de ensaio. 
ABNT  NBR  6004:1984  ‐  Arames  de  aço  ‐  Ensaio  de  dobramento 
alternado ‐ Método de ensaio. 
ABNT  NBR  6120:1980  ‐  Cargas  para  cálculo  de  estruturas  de 
edificações ‐ Procedimento. 
ABNT  NBR  6122:1996  ‐  Projeto  e  execução  de  fundações  ‐ 
Procedimento. 
ABNT  NBR  6123:1988  ‐  Forças  devidas  ao  vento  em  edificações  ‐ 
Procedimento. 
ABNT  NBR  6153:1988  ‐  Produto  metálico  ‐  Ensaio  de  dobramento 
semi‐guiado ‐ Método de ensaio. 
ABNT  NBR  6349:1991  ‐  Fios,  barras  e  cordoalhas  de  aço  para 
armaduras de protensão – Ensaio de Tração – Método de ensaio. 
ABNT NBR 7190:1997 ‐ Projeto de estruturas de madeira. 
ABNT  NBR  7222:1994  ‐  Argamassa  e  concreto  ‐  Determinação  da 
resistência  à  tração  por  compressão  diametral  de  corpos‐de‐prova 
cilíndricos ‐ Método de ensaio. 
ABNT NBR 7477:1982 ‐ Determinação do coeficiente de conformação 
superficial  de  barras  e  fios  de  aço  destinados  a  armaduras  de  concreto 
armado ‐ Método de ensaio. 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
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ABNT NBR 7480:1996  ‐ Barras e fios de aço destinados a armaduras 
para concreto armado ‐ Especificação. 
ABNT NBR 7481:1990 ‐ Tela de aço soldada ‐ Armadura para concreto 
– Especificação. 
ABNT  NBR  7482:1991  ‐  Fios  de  aço  paraconcreto  protendido  – 
Especificação. 
ABNT NBR 7483:1991 ‐ Cordoalhas de aço para concreto protendido 
– Especificação. 
ABNT NBR 7484:1991 ‐ Fios, barras e cordoalhas de aço destinados a 
armaduras de protensão – Ensaios de  relaxação  isotérmica – Método de 
ensaio. 
ABNT  NBR  7680:1983  ‐  Extração,  preparo,  ensaio  e  análise  de 
testemunhos de estruturas de concreto – Procedimento. 
ABNT  NBR  8522:1984  ‐  Concreto  ‐  Determinação  do  módulo  de 
deformação estática e diagrama tensão‐deformação ‐ Método de ensaio. 
ABNT NBR 8548:1984  ‐  Barras  de  aço  destinadas  a  armaduras  para 
concreto armado com emenda mecânica ou por solda ‐ Determinação da 
resistência à tração ‐ Método de ensaio. 
ABNT  NBR  8681:2003  ‐  Ações  e  segurança  nas  estruturas  ‐ 
Procedimento. 
ABNT NBR 8800:1986  ‐  Projeto e execução de estruturas de aço de 
edifícios (Método dos estados limites) ‐ Procedimento. 
ABNT NBR 8953:1992  ‐ Concreto para  fins estruturais  ‐ Classificação 
por grupos de resistência ‐ Classificação. 
ABNT NBR 8965:1985  ‐ Barras de aço CA 42S com características de 
soldabilidade  destinadas  a  armaduras  para  concreto  armado  ‐ 
Especificação. 
ABNT NBR 9062:2001 ‐ Projeto e execução de estruturas de concreto 
pré‐moldado – Procedimento. 
ABNT NBR 11578:1991 ‐ Cimento Portland composto – Especificação. 
ABNT NBR 11919:1978 ‐ Verificação de emendas metálicas de barras 
de concreto armado ‐ Método de ensaio. 
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ABNT  NBR  12142:1991  ‐  Concreto  ‐  Determinação  da  resistência  à 
tração na flexão em corpos‐de‐prova prismáticos ‐ Método de ensaio. 
ABNT  NBR  12654:1992  ‐  Controle  tecnológico  de  materiais 
componentes do concreto ‐ Procedimento. 
ABNT NBR 12655:1996 ‐ Concreto ‐ Preparo, controle e recebimento 
– Procedimento. 
ABNT NBR 12989:1993 ‐ Cimento Portland branco – Especificação. 
ABNT  NBR  13116:1994  ‐  Cimento  Portland  de  baixo  calor  de 
hidratação – Especificação. 
ABNT NBR  14859‐2:2002  ‐  Laje  pré‐fabricada  –  Requisitos.  Parte  2: 
Lajes bidirecionais. 
ABNT  NBR  14931:2003  ‐  Execução  de  estruturas  de  concreto  ‐ 
Procedimento. 
ABNT NBR ISO 6892:2002 ‐ Materiais metálicos – Ensaio de tração à 
temperatura ambiente. 
ABNT  NBR NM  67:1998  ‐  Concreto  ‐  Determinação  da  consistência 
pelo abatimento do tronco de cone. 
 
 
 
 
 
 
Cap . 1   ‐   I n t rodução  ao  Conc re to  Armado    
 
Prof. Joaquim Araújo Junior  25
11..55 QQUUEESSTTIIOONNÁÁRRIIOO  
 
01. Quais  fatores  contribuem  para  que  o  concreto  seja  o material mais 
amplamente utilizado na construção civil? 
02. Quais  as  principais  vantagens  do  concreto  armado  em  relação  a 
outros materiais de construção civil? 
03. Quais são os componentes do concreto simples? 
04. Qual a diferença entre concreto armado e concreto protendido? 
05. O que são armaduras passivas? 
06. O que são armaduras ativas? 
07. Qual a ordem de grandeza da relação entre as tensões de resistência 
à tração e de resistência à compressão do concreto? 
 
ESTRUTURAS  DE  CONCRETO  ARMADO  
 
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11..66 RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS  BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS  
 
[1]. 2 Vargas, M. A tecnologia no Brasil. In: FERRI, M. G. & MOTOYAMA, 
S.,  coord.  História  das  Ciências  no  Brasil.  São  Paulo,  EDUSP,  1979. 
cap. 13, p. 331‐73, apud VASCONCELOS (1992). 
[2]. ABNT  NBR  5738:1994.  Moldagem  e  cura  de  corpos‐de‐prova 
cilíndricos  ou  prismáticos  de  concreto  ‐  Procedimento.  Rio  de 
Janeiro, 1994. 
[3]. ABNT NBR 5739:1994. Concreto ‐ Ensaio de compressão de corpos‐
de‐prova cilíndricos ‐ Método de ensaio. Rio de Janeiro, 1994. 
[4]. ABNT  NBR  6118:2014.  Projeto  de  estruturas  de  concreto  ‐ 
Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.  
[5]. CARVALHO, R.  C.;  FIGUEIREDO FILHO,  J.  R. Cálculo e detalhamento 
de  estruturas  usuais  de  concreto  armado:  segundo  a  NBR 
6118:2014. São Carlos: EdUFSCar, 2014. 
[6]. LEONHARDT,  F.;  MONNING,  E.  Construções  de  concreto.  Rio  de 
Janeiro, Interciência. v. 1 a 6; 
[7]. MACGREGOR,  J.  G.  Reinforced  concrete  ‐  Mechanics  and  design. 
Prentice Hall, 6th ed. Upper Saddle River, 2011. 
[8]. MARINO, M. A. Concreto Armado ‐ Apostila. UFPR, Curitiba, Paraná, 
2006. 
[9]. MEHTA,  P.  K.;  MONTEIRO,  P.  J.  M.  Concreto  ‐  Estrutura, 
propriedades e materiais. IBRACON, 1ª ed. São Paulo, 1994.

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