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14/03/2018 1 Universidade de Rio Verde FORV Faculdade de Odontologia de Rio Verde Fazenda Fontes do Saber Campus Universitário Rio Verde - Goiás Fone: (64)3611-2200 (64)3611-2234 - INTRODUÇÃO À EMBRIOLOGIA HUMANA - Profa Me. Vanessa Barbosa de Moraes Thompson BIBLIOGRAFIA BÁSICA • KATCHBURIAN, Eduardo; ARANA, Victor. Histologia e embriologia oral. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. • AVERY, James K. Desenvolvimento e histologia bucal. 3.ed.Porto Alegre: Artmed, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR • Moore, Keith. Embriologia Clínica. Elsevier, 8ª edição. EMBRIOLOGIA HUMANA • Ciência que abrange todas as modificações ocorridas desde o encontro dos gametas masculino e feminino, ou seja, a fertilização, até o nascimento do indivíduo. Órgãos reprodutivos • Órgãos reprodutivos femininos Cavidade uterina Endométrio Perimétrio Tuba uterina Oócito secundário humano 14/03/2018 2 Categorias de folículos ovarianos, desde o primordial até o maduro. Crescimento folicular Ovulação • Órgãos reprodutivos masculinos Espermatozóide humano Tubulos seminíferos Espermatogênese N=23 N=46 14/03/2018 3 Imagem de corte histológico de testículo mostrando detalhes da estrutura dos túbulos seminíferos e células intersticiais. ColoraçãoH&E.Aumento 400x. a: Células de Sertoli; b: Espermatogônias; c: Espermatócitos primários; d:Tecido intersticial do testículo com presença de células de Leydig (também chamadas células intersticiais do testículo). GAMETOGÊNESE CICLO MENSTRUAL O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas no ovários (desenvolvimento dos folículos ovarianos, ovulação e formação do corpo lúteo). FECUNDAÇÃO 14/03/2018 4 ASPECTOS GERAIS DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO A partir da fecundação e da formação do zigoto, observa-se as maiores transformações pelas quais um ser vivo passa em toda a sua vida. As mudanças decorrem basicamente de três processos importantes: Segmentação ou clivagem Gastrulação Organogênese • O desenvolvimento começa na fecundação, quando um espermatozóide penetra em um oócito para formar um zigoto, que é uma célula totipotente altamente especializada, que tem a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula. • Contém cromossomos e genes derivados da mãe e pai. O zigoto se divide muitas vezes e é progressivamente transformado em um ser humano multicelular por meio de divisão celular, migração, crescimento e diferenciação. Fases da fecundação • Passagem de um espermatozóide através da corona radiata do oócito; • Penetração na zona pelúcida; • Fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide; • Término da segunda divisão meiótica do oócito; • Formação do pronúcleo masculino; • Lise das membranas pronucleares. Resultados da fecundação • A fecundação: o Estimula o oócito secundário a completar a segunda divisão meiótica, produzindo o segundo corpúsculo polar; o Restaura o número diplóide normal de cromossomos no zigoto; o Leva à variação da espécie humana por meio da mistura de cromossomos maternos e paternos; o Determina o sexo cromossômico do embrião; um espermatozóide portador de um X produz um embrião do sexo feminino e um espermatozóide portando um Y produz um embrião do sexo masculino; o Causa a ativação metabólica do oócito, que inicia a clivagem do zigoto. CLIVAGEM DO ZIGOTO Repetidas divisões mitóticas do zigoto, resultando em rápido aumento do número de células, os blastômeros. Blastogênese: • Trofoblasto: delgada camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta; • Embrioblasto: grupo discreto de blastômeros que é o primórdio do embrião. FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO 14/03/2018 5 Formação do blastocisto Cerca de 5 dias após a concepção, aparece uma cavidade contendo líquido em seu interior, a blastocela, marcando, assim, o início da fase denominada blastocisto. O blastocisto é delimitado por uma camada de células externas, o trofoblasto, de onde se originará parte da placenta, e apresenta ainda uma saliência de massa celular na parede interna, o embrioblasto, que irá desenvolver o embrião propriamente dito. Blastocisto em corte evidenciando as seguintes estruturas: em 1, embrioblasto; em 2, trofoblasto; e em 3, blastocele. É no estágio de blastocisto que ocorre a nidação, fenômeno em que o embrião se implanta no endométrio. Dessa forma, inicia- se a gravidez que se encerra no parto. Imagem: Blatocisto em corte / Autoria da American Mathematical Society / Disponibilizada por Lennert B / Domínio Público Embrioblasto Trofoblasto Blastocele FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO E IMPLANTAÇÃO NO ÚTERO O embrião, por volta do nono dia após a concepção, já se encontra totalmente implantado no útero. Desenho esquemático evidenciando o fenômeno da nidação NIDAÇÃO: IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO NO ÚTERO Sinciciotrofoblasto Citotrofoblasto Epiblasto HipoblastoCavidade Amniótica Cavidade Vitelina Primitiva Membrana de Heuser se formando Membrana de Heuser se formando Capilar materno rompido extravasando sangue para o interior da lacuna INÍCIO DA ORGANOGÊNESE Esquema da implantação do blastocisto humano no endométrio uterino, evidenciando a formação do hipoblasto e epiblasto. • A diferenciação dos tecidos embrionários tem início com a formação do hipoblasto, cujas células crescem e delimitam a blastocela, originando o saco vitelínico, que não tem função nos mamíferos; • O hipoblasto se diferencia e origina o epiblasto, ou ectoderma primitivo, que tem uma cavidade cheia de fluido em seu interior; trata-se do líquido amniótico; • o disco embrionário é formado pela porção de células que revestem tanto a cavidade amniótica quanto o saco vitelínico, sendo a partir dele que são formados todos os tecidos. A. Epiblasto; B. Disco bilaminar; C. Endodermo; D. Hipoblasto. GASTRULAÇÃO O estágio seguinte é o de gastrulação, que tem seu início em uma região periférica do disco embrionário. Nessa fase, o plano corporal do embrião vai se definindo, ocorrendo migrações e reorganização de células, fazendo com que a blastocela desapareça. Enquanto isso, uma nova cavidade se forma contendo um líquido. Essa nova cavidade é denominada arquêntero (esboço do futuro tubo digestório). O arquêntero comunica-se com o meio externo por meio de uma abertura, o blastóporo (que posteriormente irá formar o ânus do embrião). Formação da gástrula Blastocela Blastocela residual Arquêntero Blastóporo Ectoderma Mesentoderma FORMAÇÃO DOS FOLHETOS GERMINATIVOS É na gástrula, ainda, que os blastômeros se diferenciam em três conjuntos de células embrionárias ou folhetos germinativos. São eles: ectoderma, mesoderma e endoderma, desenvolvidos a partir do disco embrionário. Cada folheto cumpre seu papel formando as seguintes estruturas: ECTODERMA: forma epiderme, anexos cutâneos, pelos e unhas, esmalte dos dentes, sistema nervoso central, receptores dos órgãos dos sentidos e parte dos olhos, orelhas e cavidade nasal. MESODERMA: forma derme, osso, músculo, cartilagem, tecido conjuntivo, coração, células e vasos sanguíneos, os linfócitos e vasos linfáticos, baço e algumas glândulas. ENDODERMA: forma as mucosas dos sistemas digestório, respiratório e urogenital, algumas glândulas, como o timo e a tireoide, e também os ductos hepáticos e pancreáticos e o revestimento da orelha interna. 14/03/2018 6 DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FORMAÇÃO DA NÊURULA O tubo nervoso: a sua formação tem início pela diferenciação de células ectodérmicas, que adquire o aspecto de uma placa achatada denominada placa neural, desenvolvendo-se ao longo do dorso do embrião. Essa estrutura, por sua vez, dará origem ao encéfalo e a outras estruturas. A notocorda:é uma estrutura que dá suporte ao tubo nervoso, orientando a sua diferenciação. Essa estrutura libera substâncias que induzem as células do tubo nervoso para a formação do sistema nervoso central. Estágio de nêurula e formação do tubo nervoso e notocorda. Imagem: Estágio de nêurula e formação do tubo nervoso e notocorda / autoria de Goodlett, C.R., and Horn, K.H / disponibilizado por Bobjgalindo / Domínio Público FORMAÇÃO DOS ANEXOS EMBRIONÁRIOS À medida em que o desenvolvimento do embrião prossegue, ele é gradativamente envolvido pela bolsa amniótica, que o mantém bem hidratado e protegido contra possíveis choques mecânicos. Na parte ventral do embrião, próximo ao saco vitelínico, surge uma bolsa denominada alantoide, que é pouco desenvolvida, mas contribui para a formação da placenta. O desenvolvimento do mesoderma, juntamente com o trofoblasto, originará o córion, anexo embrionário que envolverá o embrião e outros anexos. Os anexos embrionários são essenciais para a vida e sobrevivência do embrião no útero materno. Imagem: Feto de cerca de oito semanas, incluso no âmnio / Desenho de Henry Gray / Disponibilizada por Irigi / Domínio Púlico Saco vitelínico Cordão Umbilical Cordão Umbilical Córion Placenta Âmnio Duto vitelínico DESENVOLVIMENTO FETAL Com cinco semanas de vida, o embrião já começa a apresentar contrações musculares. Braços e pernas já são evidentes. O feto, com nove semanas, já tem cerca de 2,5 centímetros de comprimento e aparência humana. Surgem as células ósseas. Imagem: Embrião Humano / Autoria de Ed Uthman / Disponibilizado por DO11.10 / Domínio Público. Imagem: Embrião Humano de 9 semanas / Autoria de Ed Uthman / Disponibilizado por Patho / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic No período fetal, que vai da 9ª até a 38ª semana de gestação, verifica-se um rápido crescimento do corpo e o novo ser já tem praticamente todos os órgãos, sistemas e tecidos formados. Aos sete meses, caso ocorra um nascimento prematuro, o feto apresenta grandes chances de sobrevivência. Imagem: Ultrassom 4D de um feto / Imagem produzida por Wolfgang Moroder / Disponibilizada por Moroder / GNU Free Documentation License Feto com cerca de sete meses de vida 1ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO • Fecundação • Clivagem • Formação do blastocisto • Formação do hipoblasto • Início da implantação 2ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO • Formação da cavidade amniótica • Formação do saco vitelino primitivo • Formação do disco embrionário bilaminar (epiblasto e hipoblasto) • Conclusão da implantação • Instalação da circulação útero-placentária primitiva • Formação do saco coriônico • Formação da placa pré-cordal 14/03/2018 7 3ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO • Gastrulação: formação das camadas germinativas (ectoderma, endoderma e mesoderma) • Neurulação: formação do tubo neural • Formação da notocorda • Desenvolvimento do celoma intra-embrionário • Desenvolvimento dos somitos • Desenvolvimento do sistema cardiovascular primitivo • Desenvolvimento das vilosidades coriônicas 4ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO • Dobramento do embrião • O coração primitivo bombeia sangue • Formação dos brotos dos membros superiores e inferiores • Conclusão da neurulação 5ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO • O crescimento da cabeça excede o de outras regiões • Aparecimento dos primórdios das rins permanentes 6ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO • Os primórdios dos dedos começam a se desenvolver nas placas das mãos • Aparecem as saliências auriculares e contribuem para a formação do pavilhão auricular 7ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO • Aparecem chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos 8ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO • Ao final da oitava semana, o embrião tem características humanas visualmente distintas, no entanto, a cabeça ainda é desproporcionalmente grande, constituindo quase a metade do embrião
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