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CINESIOLOGIA
Título : Cinesiologia do Ombro - Articulção Acrômio-clavicular 
Conteúdo :
Articulação Acrômio-clavicular (AC)
A articulação AC une a escápula à clavícula. É uma articulação sinovial plana com 3° de liberdade de movimento, realizando deslizamentos em consonância com a movimentação da articulação gleno-umeral . Ela tem uma cápsula e dois ligamentos principais; um disco pode ou não estar presente. A função primária da AC é manter a relação entre a clavícula e a escápula nos estágios iniciais de elevação do membro superior e permitir à escápula mais rotação no tórax nos estágios finais de elevação. Elevação da extremidade superior refere-se à combinação de movimento escapular, clavicular e umeral que ocorre quando o braço é levantado para frente ou para o lado (flexão, abdução e todos movimentos entre esses). 
 
Superfícies articulares
A articulação AC consiste na pequena faceta convexa da extremidade lateral da clavícula e a pequena faceta côncava do acrômio da escápula. Dado o tamanho e contorno das facetas, a AC é considerada incongruente. A inclinação das superfícies articulares varia de indivíduo para indivíduo. Depalma descreve três tipos articulares onde o ângulo de inclinação das superfícies de contato varia entre 36.1 a 16° da vertical. Quando mais próximo da vertical as superfícies são, mais sujeitas ao gasto elas são durante as forças de arrasto.
 
Movimentos
 
As facetas articulares da AC são pequenas, permitem poucos movimentos e tem uma grande quantidade de diferenças individuais. Pôr essas razões os estudos são inconsistentes em identificar os movimentos e seus eixos para essa articulação. Morris cita três movimentos e eixos que são consistentes com as observações de outros autores: rotação escapular, alamento e tipping.
Rotação da escápula
 
Dos três movimentos citados por Morris, o principal movimento da escápula na articulação AC é a rotação escapular. Ele ocorre em torno de um eixo ântero-posterior situado entre a articulação e o ligamento coracoclavicular. Rotação escapular permite a fossa glenóide voltar-se para cima (rotação para cima da escápula) ou para baixo (rotação para baixo da escápula). Rotação ocorrendo na AC é, portanto, idêntica e sinônimo de rotação ocorrendo na ET.
Alamento (Winging) da escápula
 
Os últimos movimentos da escápula que falaremos são menos distintos que a rotação escapular. O primeiro desses pequenos movimentos AC é descrito como um alamento da escápula, que ocorre em torno de um eixo vertical. Não há consenso em como chamar esse movimento. Entretanto, o termo alamento, é quase universalmente aceito para descrever uma translação patológica posterior da borda vertebral da escápula. Como também é feito em outras partes do corpo humano, nós iremos empregar o mesmo termo para descrever uma resposta normal de magnitude não patológica (ex. lordose normal versus lordose exagerada). Alamento, portanto, pode ser usado para descrever um movimento posterior normal da borda vertebral da escápula (ou movimento anterior da fossa glenóide) que deve ocorrer para manter contato da escápula com a curvatura horizontal do tórax a medida que a escápula escorrega no tórax em abdução e adução. Se a abdução da articulação ET ocorresse como um movimento translatório puro, a escápula iria mover-se diretamente para fora da coluna vertebral e a fossa glenóide iria voltar-se lateralmente. Somente a borda lateral da escápula iria manter contato com a caixa torácica. Na realidade, abdução escapular total resulta na fossa glenóide voltando-se para frente com toda a escápula em contato com a caixa torácica. A escápula seguiu o contorno da caixa torácica rodando através de um eixo vertical na articulação AC, com a borda vertebral movendo posteriormente e a fossa glenóide movendo-se anteriormente.
Tipping da escápula
 
O segundo dos pequenos movimentos AC é tipping da escápula. Pode ser visualizado como o movimento do ângulo inferior da escápula posteriormente enquanto a borda superior se move anteriormente em torno de um eixo coronal. Assim como para o alamento escapular, não há consenso em como chamar esse movimento. O termo "tipping" também vem de uma condição patológica da escápula que é vastamente (mas não universalmente) usada. Tipping escapular, assim como alamento escapular, ocorre para manter contato da escápula com o contorno da caixa torácica. A medida que a escápula move-se para cima ou para baixo na caixa torácica, a escápula deve ajustar sua posição para manter contato com a curvatura vertical das costelas. Esse ajuste requer o movimento posterior do ângulo inferior da escápula na articulação AC em torno de um eixo coronal. Esse movimento de tipping também ocorre durante a rotação da clavícula. Se a clavícula fosse fixa na escápula (sem articulação AC), a rotação clavicular na articulação EC iria carregar a escápula juntamente, movendo o ângulo inferior anteriormente para dentro da caixa torácica. Ao contrário, a articulação AC permite a escápula contrarodar, produzindo um movimento posterior do ângulo inferior em torno de um eixo coronal durante a rotação clavicular.
Dada a configuração das facetas da articulação AC, a artrocinemática dessa articulação é a mesma para rotação AC, alamento e tipping. Em todos esses movimentos, a superfície côncava acromial irá deslizar na faceta clavicular convexa na mesma direção do movimento da escápula.
 
Disco acromio-clavicular
 
O disco da articulação AC é variável em tamanho e difere entre indivíduos durante diferente épocas da vida, e entre lados do mesmo indivíduo. Até os dois anos de idade, a articulação AC é uma união fibrocartilagínea. Com o tempo um espaço articular se desenvolve, geralmente mantendo alguma fibrocartilagem dentro da articulação. Degeneração do disco se dá em torno da quarta década, com os espaços articulação diminuídos por volta da sexta década. 
 
Cápsula e ligamentos da AC
A cápsula da articulação AC é fraca e não pode manter a integridade da articulação sem o suporte de ligamentos. Os ligamentos AC superior e inferior ajudam a cápsula a manter unidas as superfícies de contato e a controlar a estabilidade horizontal. As fibras do ligamento superior são reforçadas por fibras aponeuróticas dos músculos trapézio e deltóide, resultando que essa porção superior é mais forte que a inferior.
O ligamento coracoclavicular, ainda que não pertença diretamente à articulação AC, provê muito da estabilidade desta e une firmemente a clavícula com a escápula. Esse ligamento é dividido numa porção lateral, o ligamento trapezóide, e numa medial, o ligamento conóide. O ligamento trapezóide tem formato quadrilátero e se situa predominantemente no plano sagital. O ligamento conóide é mais triangular e se situa essencialmente no plano frontal (medial e levemente posterior ao trapezóide). Os dois ligamentos são separados por tecido adiposo e uma grande bursa. Ainda que esses ligamentos contribuam para a estabilidade horizontal, eles são críticos para prevenir o deslocamento superior da clavícula no acrômio. Subluxação horizontal pode ocorrer com os ligamentos trapezóide e conóide intatos (através do rompimento da fraca cápsula e dos ligamentos AC), mas deslocamento vertical da articulação é quase sempre acompanhado por ruptura dos ligamentos coracoclaviculares. As duas porções do ligamento limitam a rotação da escápula. As fibras extremamente fortes do ligamento coracoclavicular também ajudam na transmissão de forças compressivas da escápula para a clavícula. Uma queda para o lado com a mão estendida tenderia a transladar a escápula mediamente devido ao impacto do úmero. A medida que a escápula e seu processo coracóide tentam mover mediamente, o ligamento trapezóide fica tenso, transferindo a força do impacto para a clavícula e, posteriormente, para a forte articulação EC. O papel mais crítico representado pelo ligamento coracoclavicular, como veremos adiante, é o de produzir rotação longitudinal da clavícula necessária para uma ADM completa na elevaçãodo membro superior. 
Ao contrário da forte articulação EC, a articulação AC é extremamente susceptível para o trauma e degeneração. Tratamento de torções, subluxações e deslocamentos dessa articulação ocupa uma grande parte da literatura sobre o ombro. Controvérsia existe na descrição e classificação da subluxações e deslocamentos e no tratamento cirúrgico e não cirúrgico. Esta relativa instável articulação, entretanto, parece recuperar razoavelmente bem depois da lesão independente do fato das estruturas periarticulares se mantiveram integras e suporte adicional foi dado por fixação interna.
 
 
 Título : Cinesiologia do Ombro - Articulação Gleno-umeral 
Conteúdo :
Articulação Gleno-umeral (GU)
A articulação GU é uma articulação sinovial esferóide com 3° de liberdade. Ela tem uma cápsula e diversos ligamentos e bursas. A articulação é formada pela grande cabeça do úmero e pela pequena fossa glenóide. Como a fossa glenóide da escápula é o segmento proximal da articulação GU, qualquer movimento da escápula (e de suas uniões interdependentes EC e AC) podem afetar a função da GU. A articulação GU tem congruência sacrificada para servir à mobilidade necessária para a mão. Ela é, segundo Fenlin, um "arranjo mal feito", susceptível tanto a mudanças degenerativas quanto ao desarranjo. O potencial para tal patologias varia com a configuração particular da articulação do indivíduo; existem muitas possíveis diferenças entre indivíduos e entre lados do mesmo indivíduo. 
 
Superfícies articulares
A fossa glenóide da escápula serve de superfície articular proximal para essa articulação. Quando a escápula está parada sobre o tórax, a borda vertebral da escápula não está necessariamente vertical, nem a escápula está num verdadeiro plano frontal. Consequentemente, a orientação da rasa fossa glenóide pode variar de acordo com a posição de repouso da escápula. Alguns autores consideram que a fossa glenóide é voltada superiormente e anteriormente quando o indivíduo esta em repouso; outros encontraram variações de pessoa para pessoa, com a maioria apresentando uma fossa voltada levemente inferiormente. A curvatura da superfície da fossa é maior plano frontal (comprimento) que no plano sagital (largura). Steindler dá os arcos GU como sendo 75° no plano frontal e 50° no plano sagital.
O úmero é o segmento distal da articulação GU. A cabeça umeral tem uma superfície articular que é invariavelmente maior que a do segmento proximal, formando 1/3 a ½ de uma esfera. Como uma regra geral, a cabeça enxerga medialmente, superiormente, e posteriormente em relação a diáfise do úmero e aos côndilos umerais. Um eixo através da cabeça umeral e outro longitudinal da diáfise umeral formam um ângulo de 130 a 150° no plano frontal. Isto é comumente conhecido como o ângulo de inclinação do úmero. No plano transverso um eixo através da cabeça umeral e um eixo através dos côndilos umerais formam um ângulo que varia muito mais que a maioria dos outros parâmetros, mas pode ser dado a título de ilustração como de 30° posteriormente. Este ângulo é conhecido como o ângulo de torsão. A torsão posterior normal da cabeça umeral pode ser denominada torsão posterior ou retrotorsão do úmero.
 
Lábio glenóide
 
Quando os braços estão pendentes ao lado do corpo, as superfícies articulares da articulação GU apresentam pouco contato. A maioria do tempo a superfície inferior da cabeça umeral descansa numa pequena porção inferior da fossa. A superfície articular total disponível da fossa glenóide é aumentada por uma estrutura conhecida como lábio glenoidal. Esta estrutura envolve e é unida à periferia da fossa glenóide, promovendo pelo menos um aumento na profundidade ou na curvatura da fossa. Ainda que tradicionalmente se pensava que essa estrutura era fibrocartilagem sinovial, mais recentemente se propôs que é na realidade uma dobra redundante de tecido fibroso conectivo denso com pouca fibrocartilagem. Esta dobra de tecido conectivo é contínuo com a cápsula da articulação superficialmente e parece desaparecer anteriormente com a rotação lateral do úmero.
 
Cápsula glenoumeral e ligamentos
 
Toda articulação GU na posição de repouso (braço pendente) é envolta por uma cápsula grande e solta que é apertada superiormente e frouxa anteriormente e inferiormente. A cápsula tem o dobro do tamanho da cabeça umeral e, quando frouxa, permite mais de 2,5 cm de afastamento da cabeça na fossa glenóide. A relativa lassidão da cápsula GU é necessária para a grande excursão das superfícies articulares, mas provê pouca estabilidade sem o reforço dos ligamentos e músculos. Este reforço é mais fraco inferiormente, mas mais evidente anteriormente já que forças sobre a cabeça umeral são mais prováveis de deslocá-la anteriormente que inferiormente. Quando o úmero abduz no plano frontal, a cápsula torce sobre si mesma e se aperta. A torsão é acentuada quando o úmero é concomitantemente rodado lateralmente, fazendo da abdução com rotação lateral a posição fechada da articulação GU.
Os ligamentos que reforçam a cápsula da articulação GU são os ligamentos glenoumerais e o ligamento coracoumeral. Os três ligamentos glenoumerais (superior, médio e inferior) formam um Z na cápsula anterior e podem existir como mero engrossamento da cápsula ou, como descrito por Cailliet, como dobras sobre si mesma da cápsula anterior. Cada um dos ligamentos se tornam tensos e restringem certos tipos de movimentos. Todas as porções tensionam na rotação lateral do úmero e nos movimentos de deslizamento anterior da cabeça umeral. A contribuição dos ligamentos glenoumerais e da cápsula associada para a estabilidade da articulação é negligenciável, especialmente pelo fato de haver uma área de fraqueza entre as porções superior e média do ligamento glenoumeral conhecida como forame de Weitbrecht. 
O ligamento coracoumeral se origina do processo coracóide e se une com a cápsula superior e o tendão do m. supraespinhoso para inserir no tubérculo maior do úmero. Ele restringe a rotação lateral do úmero mas tem uma função mais importante que é a de suportar passivamente o membro superior contra a força da gravidade, como breve descreveremos.
 
Bursa
 
Existem diversas bursas associadas com o complexo do ombro e com a articulação GU especialmente. Enquanto todas contribuem para a função, as mais importantes são as bursas subacromial e subdeltoídea. Estas bursas separam o tendão do supraespinhoso e a cabeça umeral do acrômio do processo coracóide, ligamento coracoacromial e músculo deltóide. Essas bursas podem estar separadas mas geralmente são contínuas. São conjuntamente conhecidas como bursa subacromial. Essa bursa permite um deslizamento suave entre o úmero e tendão supraespinhoso com as estruturas ao seu redor. Interrupção ou falha nesse mecanismo de deslizamento é uma causa comum de dor e limitação na articulação GU.
 
Arco coracoacromial
 
As estruturas que se sobrepõe a bursa subacromial (o acrômio e o ligamento coracoacromial) são conhecidas como arco coracoacromial (ou supraumeral). O arco coracoacromial forma um domo osteoligamentoso que protege a cabeça umeral e os sensíveis músculos, tendões e bursas que se situam acima da cabeça umeral de traumas por cima. Estes traumas são bem comuns e podem ocorrer em tarefas simples do dia-a-dia como carregar algum peso sobre o ombro. O arco também impede a cabeça do úmero de se deslocar superiormente. Paradoxalmente o impacto da cabeça umeral no arco (prevenindo beneficamente seu deslocamento superior) simultaneamente causa compressão de estruturas que se situam entre a cabeça umeral e o arco.
 
Movimentos da articulação GU
 
A articulação GU é normalmente descrita como tendo 3° de movimento: flexão-extensão, abdução-adução e rotação medial-lateral. A quantidade de cada um desses movimentos ocorrendo somente na GU varia consideravelmente. Steindler cita como havendo de 100 a 150° de flexão-extensão, onde a maior parte do movimento ocorre como flexão. A quantidade de rotação medial-lateralvaria com a posição. Com o braço pendente ao lado do corpo, rotação medial-lateral pode ser limitada em até 50°. Abduzindo o úmero para 90° libera o arco de movimento para 120°. A restrição do movimento com o braço pendente se deve ao impacto do tubérculo menor na fossa glenóide com rotação medial e ao impacto do tubérculo maior no acrômio com rotação lateral. Com o braço abduzido essas restrições ósseas desaparecem e a restrição passa a ser capsular e muscular.
A máxima quantidade de movimento para abdução na GU é tópico de muita discussão. Existe um consenso, entretanto, que a quantidade de abdução do úmero no plano frontal (ativamente ou passivamente) será diminuída se o úmero for mantido em rotação medial; ele não irá abduzir na fossa glenóide mais do que 60°. A restrição é causada pela impactação do tubérculo maior no acrômio. Quando o úmero está lateralmente rodado, o tubérculo maior irá passar debaixo ou atrás do acrômio, e a abdução continua desimpedida. Não há necessidade de rotação do úmero para a integridade da flexão. Devido ao movimento para frente na flexão, o tubérculo maior automaticamente escorrega para trás no acrômio. 
A ADM para flexão e abdução da articulação GU (presumindo que o impacto do tubérculo maior não irá ocorrer) é reportada como sendo entre 90 a 120°, ou até 135°. Aumentando a confusão, alguns estudos examinaram o movimento no plano frontal (abdução) e sagital (flexão), enquanto outros investigaram a elevação no chamado plano da escápula. O plano da escápula é aquele em que esta está posicionada no repouso, sendo de 30 a 45° do plano frontal em direção ao plano sagital, ou seja, a cerca de meio caminho entre esses dois planos. Quando o úmero se move no plano da escápula, há menos restrição de movimento. A cápsula não está torcida e, portanto, menos tensa que no movimento do plano frontal. Também, quando o úmero de move no plano da escápula, não é necessária a rotação lateral para prevenir o impacto do tubérculo maior no acrômio. Elevação no plano da escápula é conhecida como abdução no plano da escápula e foi encontrado 107° por Freedman e Monroe e 112° por Doody e Waterland. Esses valores se situam entre 90 e 120° citado por Steindler.
Um outro fato que irá influenciar a quantidade de abdução é se o movimento é efetuado ativamente ou passivamente. Cailliet propõe que há 90° de abdução se o movimento é realizado ativamente e 120° quando realizado passivamente. A restrição da abdução a 90° quando realizado ativamente é evidente quando a escápula está imobilizada, mas é difícil de observar se há movimento concomitante da escápula. Alguns autores acreditam haver 90° de abdução tanto para o movimento passivo como para o ativo. Parece haver consenso entre os investigadores que a flexão na varia para o movimento ativo ou passivo, sendo consistentemente 120°. 
 
Artrocinemática
A fossa glenóide e a cabeça umeral são superfícies incongruentes; a cabeça umeral convexa não é congruente à fossa glenóide côncava. Dada essa incongruência, rotação da articulação em qualquer direção não se dá como um giro puro, mas requer que o movimento do úmero seja acompanhado por um rolamento e deslizamento da cabeça do úmero na fossa glenóide na direção oposta ao movimento do corpo do úmero. Por exemplo, adução do úmero iria causar um rolamento superior da cabeça umeral na fossa. A grande cabeça umeral iria rapidamente chegar ao fim da superfície glenóide e a cabeça do úmero iria impactar no acrômio. Se a cabeça desliza para baixo enquanto rola pela fossa, ADM total pode ser obtida. Somando-se a isso, a cabeça umeral também pode deslizar posteriormente e anteriormente. Foi mostrado, por exemplo, que durante o arremesso de uma bola, a fase de extensão do braço para pegar impulso é acompanhada de deslizamento posterior da cabeça na fossa, enquanto a fase de aceleração é acompanhada por um deslizamento anterior da cabeça na fossa.
É a função dos músculos que cruzam a GU de (1) mover o úmero, (2) prover o deslizamento intra-articular, e (3) manter aposição das superfícies articulares. As últimas duas são necessárias para a estabilidade dinâmica da GU. Numa articulação GU normal, impacto da cabeça umeral no acrômio ou no ligamento coracoacromial não ocorre.
Estabilização estática do braço pendente
 
Devido à incongruência das superfícies articulares da GU, as superfícies ósseas sozinhas não podem manter contato na posição de braço pendente. A gravidade atua no úmero paralela à sua diáfise numa direção para baixo (força translatória negativa). Isso iria requerer uma força para cima para manter o equilíbrio. Essa força poderia ser suprida por músculos, como o deltóide anterior, a cabeça longa do bíceps ou do tríceps. Entretanto, Basmajian e Bazant e MacConnail e Basmajian mostraram que o complexo do ombro é eletricamente silencioso quando o braço está pendente e relaxado, ou até mesmo quando é puxado vigorosamente para baixo. O mecanismo de estabilidade então deve ser passivo. A gravidade (G) agindo no úmero é uma força translatória pura mas está a uma distância do centro de rotação da cabeça umeral. Devido a isso, a gravidade cria um momento de adução (torque contrário aos ponteiros do relógio) no úmero. A gravidade deve ser compensada por uma força que produza um torque de mesma magnitude mas no sentido da abdução. Esta força pode ser aplicada pela cápsula superior e pelo ligamento coracoumeral, que estão tensionados quando o braço está ao lado do corpo. Como essas estruturas se inserem no tubérculo maior, o braço de momento dessa força passiva é quase o dobro daquele da força de gravidade. O componente translatório para cima dessas estruturas irão contrabalançar o componente para baixo da força de gravidade. O componente rotatório tem sentido para dentro, comprimindo as superfícies articulares.
A tensão passiva da cápsula e ligamento coracoumeral é suficiente na maioria dos casos de se opor à força da gravidade. Quando o membro suporta algum peso, o momento de adução (gravidade mais a carga) pode requerer mais força que pode ser provida por essas estruturas. Basmajian e Bazant mostraram que nesse momento o músculo supraespinhoso contrai. A linha de ação desse músculo é quase idêntica à da cápsula superior e do ligamento coracoumeral, já que essas estruturas tem a mesma inserção. O supraespinhoso pode ser assistido pelo deltóide posterior quando força adicional é requerida.
Sempre que a força passiva da cápsula superior e do ligamento coracoumeral é insuficiente, tensão ativa pelo supraespinhoso é recrutada. Na verdade, o papel do supraespinhoso pode ser mais crítico que a sua atividade eletromiográfica indica. Ainda que não contraia quando o braço jaz pendente ao lado do corpo, paralisia ou disfunção desse músculo pode levar a uma subluxação gradual inferior da GU. Sem o reforço passivo do supraespinhoso intacto, a carga constante na cápsula superior e no ligamento coracoumeral faz essas estruturas cederem e resulta em instabilidade articular. Subluxação GU é comumente encontrada em pacientes com função diminuída no complexo do ombro por AVC. Evidência, então, leva a conclusão que a estabilização estática do braço pendente se deve a tensão passiva na cápsula superior, ligamento coracoumeral, e no supraespinhoso inativo. Reforço adicional pode ser provido com contração ativa do supraespinhoso.
 
Estabilidade dinâmica da articulação GU
 
É geralmente aceito que o deltóide e o supraespinhoso são os principais abdutores da GU. O deltóide anterior também é considerado principal flexor da GU. Tanto a abdução quanto a flexão são atividades de elevação com similaridades biomecânicas. O exame das linhas de ação resultantes do deltóide e do supraespinhoso na abdução permite observar a estabilização da GU durante o movimento. Quando a força de ação (FD) é decomposta em seus componentes translatórios (ftd) e rotatório (frd), o componente translatório é de longe o maior. Ou seja, a maioria da força de contração do deltóide faz a cabeça do úmero subir; apenas uma pequenaparte da força está causando rotação (abdução) do úmero. A força do deltóide constitue um exemplo em que uma força translatória aplicada na direção da articulação não é uma influência estabilizadora. A superfície articular do úmero não está alinhada com sua diáfise; portanto, uma força paralela ao osso cria um efeito de deslocamento e não de estabilização. Se essa força translatória do deltóide não fosse oposta, a cabeça do úmero iria impactar no arco coracoacromial. Após essa impactação a abdução poderia continuar, mas a dor das estruturas comprimidas limitaria o movimento. A força da gravidade não pode se opor a ftd, já que a resultante do deltóide deve exceder a gravidade antes que qualquer rotação possa ocorrer. Outra força deve ser introduzida. Esta é a principal função dos músculos da bainha rotatória.
 
Bainha rotatória
Os músculos supraespinhoso, infraespinhoso, redondo menor e subescapular compõem a bainha rotatória. Os tendões de inserção desses músculos se misturam e reforçam a cápsula GU. Todos tem linhas de ação que significantemente contribuem para a estabilidade dinâmica da GU. Quando essas forças são decompostas pode ser visto que a força rotatória não apenas causa alguma rotação do úmero, como também comprime a cabeça na fossa glenóide. Agora nós temos um exemplo de um componente rotatório criando estabilização articular! Ainda que os músculos da bainha rotatória sejam importantes coaptadores , igualmente (ou talvez mais) critico para a função de estabilização é a força translatória inferior (ft) desses músculos. A soma dos três componentes translatórios inferiores dos músculos da bainha praticamente anula a força translatória para cima do deltóide. O componente translatório da bainha rotatória reduz o arrasto entre a cabeça do úmero e a fossa glenóide. A força resultante translatória para cima ou o arrasto na cabeça do úmero (força do deltóide mais força da bainha) é maior com 45° de elevação na GU; em cerca de 60° de elevação, o arrasto e a força compressiva é igual. Quando a GU quase completou o total de abdução, a força de arrasto é negligenciável.
Além do papel estabilizador, o redondo menor e o infraespinhoso, ao contrário do subescapular, contribuem para a abdução promovendo a rotação lateral necessária para evitar a impactação do tubérculo maior no acrômio.
A ação do deltóide junto com a ação combinada do infraespinhoso, redondo menor e subescapular formam um par de forças. Num par de forças, a ação em sentido divergente cria uma rotação pura. Neste caso, as ações divergentes criam um quase perfeito giro da cabeça do úmero em torno de um eixo fixo.
Ainda que o supraespinhoso faça parte da bainha rotatória, a sua linha de ação tem um componente translatório para cima ao contrário dos outros músculos da bainha que tem o componente translatório para baixo. Dada a sua linha de ação, o supraespinhoso é ineficaz para anular à tendência ao deslocamento superior do deltóide. O supraespinhoso ainda é muito eficaz como estabilizador da GU já que, como os outros músculos da bainha, seu componente rotatório gera uma forte força compressiva. Ao contrário dos outros músculos da bainha, o componente rotatório do supraespinhoso tem um grande braço de alavanca oferecendo vantagem para a abdução. Como um abdutor ele é capaz de sozinho produzir não apenas uma ADM total mas também em estabilizar a articulação com a assistência da gravidade. A gravidade age como um sinergista estabilizador do supraespinhoso agindo contra a pequena força translatório para cima produzida por esse músculo. Saha refere-se ao supraespinhoso como um músculo guiador. Um músculo guiador causa uma mudança de superfícies dentro da articulação, geralmente através do deslizamento, e dirige a superfície articular para pontos apropriados de contato. A gravidade e o supraespinhoso agem como guiadores verticais resultante das duas forças causa um escorregamento para baixo da cabeça do úmero durante a abdução, permitindo contato total das superfícies e evitando o deslocamento para cima. Os outros músculos da bainha também são guiadores de acordo com Saha, ainda que em alguns pontos do percurso de movimento sua importância resida em guiar horizontalmente; isto é, deslizamento anterior e posterior da cabeça do úmero. Ao subescapular é creditado a função de guiar posteriormente a cabeça do úmero, portanto se opondo à forças de deslocamento anteriores.
Custos da estabilidade dinâmica
 
A requisição pela estabilidade dinâmica varia durante o movimento na GU. Estabilidade anterior é considerada ser uma função do músculo subescapular, enquanto o infraespinhoso e o redondo menor protegem a cabeça do úmero posteriormente. Alguma necessidade comum de estabilidade existe não importando em que plano o úmero é movido. Equilíbrio em qualquer parte do percurso é função de (1) a força dos movimentadores principais, (2) a força da gravidade e (3) a força dos impactadores e guiadores. Inman, Saunders, e Abbott apropriadamente adicionaram um quarto ponto, a força de fricção e a da reação da articulação. Qualquer força de arrasto dentro da articulação GU cria alguma fricção entre suas superfícies articulares. E, todas as forças compressivas que impactam a cabeça na fossa glenóide deve ser oposta por uma força igual da fossa glenóide de sentido contrário (força de reação). Quando todos os fatores estão em equilíbrio e operando normalmente, a cabeça do úmero roda num centro de rotação relativamente fixo, com a única excursão significante ocorrendo no inicio da elevação.
Ainda que ocorra pouco deslizamento superior da cabeça do úmero durante a elevação do braço, existem mudanças substanciais de pressão dentro na bursa subacromial conforme o úmero percorre sua elevação. Essas pressões são relacionadas tanto com a posição do braço e a carga, com pressões maiores na bursa quando o braço suporta carga e numa posição elevada. A pressão da bursa subacromial elevada e a coincidente pequena vascularização do tendão do supraespinhoso abaixo dela, pode ser responsável pelas mudanças degenerativas vistas nesse tendão com o avanço da idade. Degeneração desse tendão resulta em pequenas rupturas em pequenos traumas com o avanço da idade. Isso pode explicar a alta incidência de dor no ombro com o avanço da idade. A dor também pode ser devido a diminuição do espaço articular na articulação AC visto com o avanço da idade. Sejam as reclamações de dor devido ao trauma no tendão ou diminuição do espaço articular, sintomática ou assintomáticas rupturas na bainha rotatória são vistas em quase todas as pessoas acima de 70 anos, sendo o supraespinhoso o maior candidato a apresentar lesões antes dos outros tendões da bainha. A frequencia de lesões no supraespinhoso pode ser devido não só a sua baixa vascularização, mas também ao seu papel tanto na movimentação do braço quando em sustentá-lo na posição de repouso. Ao contrário da maioria dos músculos que contraem durante sua atividade principal e depois relaxam, o supraespinhoso está ou contraindo (em flexão, abdução ou no braço pendente com carga) ou passivamente tensionado (braço pendente sem carga) em quase todas as posições da articulação GU. Lesões na bainha rotatória tipicamente produzem dor nos movimentos entre 60 e 120° de abdução (GU e escapular). Essa faixa constitue o que é chamado arco doloroso. Dor devido a degeneração da AC é mais tipicamente encontrado quando o braço é elevado acima do arco doloroso. 
Qualquer desequilíbrio da ação sinergética dos quatro fatores de equilíbrio para a estabilidade dinâmica da GU pode levar a centros variados de rotação da cabeça do úmero e à excessiva excursão desta na fossa glenóide. Esses desvios mecânicos podem levar a mudanças degenerativas em outras estruturas da articulação além da bainha e à subluxação. A predisposição para deslocamentos das superfícies articulares existe quando variações estruturais individuais ocorrem na direção de: (1) desvio anterior da fossa glenóide; (2) excessiva retrotorsão da cabeça do úmero; ou (3) guiadores horizontaisfracos (bainha rotatória).
Mecanismo do bíceps
 
A cabeça longa do bíceps corre superiormente da face anterior do corpo do úmero através do sulco intertubercular até o tubérculo supraglenoidal. Ele entra pela cápsula por uma abertura entre os músculos subescapular e supraespinhoso, penetrando a cápsula mas não a sinóvia. Dentro do sulco intertubercular o tendão do bíceps é envolvido por uma bainha e mantido dentro do sulco pelo ligamento transverso do úmero. A cabeça longa do bíceps, por causa de sua posição, é as vezes considerada parte do reforço da bainha rotatória da GU. O bíceps é capaz de contribuir para a força de flexão e, se estiver lateralmente rodado, contribui para a abdução. 
Sua relevância para o ombro, entretanto, tem mais a ver com a disfunção do que com a função. Ou seja, sua contribuição para o movimento normal da GU tem menos impacto que sua contribuição para problemas no ombro. Toda vez que o úmero se eleva em flexão ou abdução, quer o bíceps esteja ativo ou passivo, seu tendão deve deslizar dentro do sulco intertubercular debaixo do ligamento transverso. Se a bainha do tendão está rompida ou inflamada, o mecanismo de deslize pode ser interrompido e dor pode ser produzida. Ruptura do ligamento transverso faz com que o tendão saia do sulco durante os movimentos de rotação do úmero, desgastando o tendão e levando a microtraumas dolorosos. Assim como o tendão do supraespinhoso, o tendão do bíceps é pouco vascularizado e, portanto, sujeito a mudanças degenerativas.
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Título : Cinesiologia do Ombro - Rítmo Escápulo-umeral 
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RITMO ESCÁPULO-UMERAL
O complexo do ombro age de uma forma coordenada para prover um movimento amplo e suave do membro superior. Movimento na GU apenas não poderia dar ao úmero toda amplitude de elevação existente (flexão ou abdução). A amplitude tem sua contribuição das articulações EC e AC. Durante o movimento normal, cada articulação dá a sua contribuição de forma coordenada e concomitante, o que é conhecido por ritmo escápulo-umeral. 
 
Contribuições escápulo-torácica e glenoumeral
A articulação escápulo-torácica (ET) contribui tanto para a flexão quanto para a abdução do úmero, rodando para cima a fossa glenóide cerca de 60° da posição de repouso. Se o úmero fosse fixo na fossa, só isso já iria implicar em 60° de elevação. O úmero não é fixo, naturalmente, podendo mover-se na fossa. A articulação GU contribui em 120° de flexão e cerca de 90 a 120° de abdução. A combinação de movimento escapular e umeral resulta numa elevação máxima de 180°, com cerca de 2° de elevação na GU para cada 1° na ET. Como já foi visto, existe discordância quando à amplitude de elevação na GU. Não surpreendentemente, também há discordância quanto à razão da contribuição escapular e umeral. Quando a amplitude citada para a GU é menor, a razão pode ser 3° de elevação GU para 2° de elevação ET.
Há três propósitos para o ritmo escápulo-umeral: (1) a distribuição do movimento entre duas articulações permite ADM maior com menos comprometimento da estabilidade que ocorreria com apenas uma articulação; (2) manter a fossa glenóide numa posição ótima para acomodar a cabeça do úmero permite maior congruência articular e reduz a força de arrasto; (3)permite que os músculos agindo no úmero mantenham uma boa relação comprimento-tensão impedindo ou minimizando a insuficiência ativa.
Durante os primeiros 60° de flexão ou 30° de abdução do úmero, uma quantidade e tipo inconsistente de movimento escapular ocorre em relação a GU. Durante esse período, a escápula procura uma posição de estabilidade em relação ao úmero. Nesta fase inicial, movimento ocorre principalmente na articulação GU, ainda que o aumento da carga sobre o braço pode aumentar a contribuição escapular. Com o aumento da elevação, a escápula aumenta sua contribuição, aproximando à razão de 1:1 com a GU; na parte final do movimento, a GU novamente aumenta sua contribuição. Poppen e Walker encontraram a razão GU para ET de 5:4 entre 24° até a elevação máxima no plano da escápula. Eles notaram, entretanto, que os ângulos absolutos atingidos em cada articulação deram uma relação de 2° de movimento GU para 1° de movimento ET.
 
Contribuições esterno-clavicular (EC) e acromio-clavicular (AC)
 
Quando os braços estão pendentes ao lado do corpo, as superfícies articulares da articulação GU apresentam pouco contato. A maioria do tempo a superfície inferior da cabeça umeral descansa numa pequena porção inferior da fossa. A superfície articular total disponível da fossa glenóide é aumentada por uma estrutura conhecida como lábio glenoidal. Esta estrutura envolve e é unida à periferia da fossa glenóide, promovendo pelo menos um aumento na profundidade ou na curvatura da fossa. Ainda que tradicionalmente se pensava que essa estrutura era fibrocartilagem sinovial, mais recentemente se propôs que é na realidade uma dobra redundante de tecido fibroso conectivo denso com pouca fibrocartilagem. Esta dobra de tecido conectivo é contínuo com a cápsula da articulação superficialmente e parece desaparecer anteriormente com a rotação lateral do úmero.
Cápsula glenoumeral e ligamentos
 
Ritmo escápulo-umeral envolve a contribuição das articulações AC e EC, assim como da ET e GU. Isto é verdade pois a articulação ET é parte de uma cadeia cinética fechada, e movimento da escápula só pode ocorrer com movimento concomitante em 1 ou ambas articulações (EC e AC). O arco de 60° de rotação para cima realizado pela escápula pode ser atribuído ao movimento da EC e AC através da força dos músculos trapézio e serrátil anterior. Estes dois músculos são os únicos capazes de rodar superiormente a escápula.
Fase 1
 
As porções superior e inferior do trapézio combinam com as porções superior e inferior do serrátil para produzir uma força rotatória para cima na escápula. Ainda que este movimento iria ocorrer mais provavelmente na articulação AC, tensão nos ligamento trapezóide e conóide impedem esse movimento AC. Rotação para cima da escápula na articulação AC iria resultar em um movimento para baixo do processo coracóide da escápula. Já que o processo coracóide está unido à clavícula pelo ligamento coracoclavicular, o movimento da escápula é prevenido. Entretanto, a força rotatória para cima continua a medida que o trapézio e serrátil se contraem; os músculos produzem movimento na próxima articulação disponível - a articulação EC. A tração dos músculos na escápula (e a tração direta do trapézio superior sobre a clavícula) forçam a clavícula a se elevar. A elevação clavicular na articulação EC carrega a escápula cerca de 30° de rotação para cima, já que esta está unida na porção lateral da clavícula. O movimento escápulo-torácico ocorre em torno de um eixo que parece intersectar a base da espinha da escápula com a articulação EC. Elevação da clavícula é impedida quando o ligamento costoclavicular se torna tenso.
Durante a rotação inicial da escápula que ocorre com a elevação clavicular na articulação EC, a articulação AC mantém uma relação relativamente fixa entre a escápula e a clavícula. Não há rotação para cima na articulação AC. Ainda que o ligamento coracoclavicular tenha impedido a rotação da escápula em relação à clavícula, ele permite algum tipping e cerca de 10° de alamento escapular, que mantém a escápula contra o gradil costal. Quando o ligamento costoclavicular se torna tenso e a elevação clavicular termina, a escápula terá rodado cerca de 30°. Como o movimento escápulo-torácico ocorre concomitantemente com movimento GU, a articulação GU terá elevado cerca de 60° (usando a razão de 2:1). O braço terá sido elevado de 90 a 100° (30° de ET + 60° de GU).
Fase 2
A medida que o trapézio e serrátil continuam a gerar uma força rotatória na escápula, o movimento escapular ainda é restringido pelos ligamentos coracoclaviculares na articulação AC e pelo ligamento costoclavicular na EC. Sendo que não há outro movimento disponível para dissipar a força do trapézio e serrátil,o processo coracóide da escápula desce, puxando o ligamento coracoclavicular e com ele o tubérculo conóide da clavícula, situado posteriormente. O movimento resultante é rotação da clavícula em seu eixo longitudinal. A rotação clavicular irá virar a extremidade lateral da clavícula para cima sem causar elevação na articulação EC. A escápula, unida a extremidade lateral da clavícula será carregada por mais 30° de rotação para cima através de um eixo ântero-posterior na articulação AC. A articulação AC também permite um máximo de 20° de tipping e 40° de alamento a medida que a escápula acha sua posição final na caixa torácica.
Se 180° é aceito como máxima elevação (flexão ou abdução) do úmero, elevar o braço até a horizontal envolve 60° de movimento na GU e 30° de movimento escápulo-torácico, com o movimento escapular provido pela elevação clavicular na articulação EC. Elevar o braço da horizontal para a vertical envolve 60° adicionais de movimento GU (com rotação lateral necessária para a abdução no plano frontal) e 30° de movimento escapular produzido pela rotação clavicular na articulação AC. Para a clavícula rodar em torno de seu eixo longitudinal, tanto a EC como a AC devem estar livres para mover.
A sequencia de eventos do ritmo escapuloumeral ocorrem independentemente do plano no qual o braço é elevado. Ou seja, ainda que a as quantidades de movimentos possam variar, cada componente contribui 
de forma similar seja para a flexão, abdução, ou abdução no plano da escápula. Uma diferença já notada é que abdução no plano frontal requer concomitante rotação lateral do úmero para permitir ADM total. Ainda há outra diferença entre a elevação no plano frontal e no plano sagital. Ainda que a escápula deva rodar para cima em ambos movimentos, flexão requer abdução simultânea da escápula. Abdução da escápula traz a fossa glenóide para frente mantendo-a em linha com o corpo do úmero. Se isso não ocorresse, a cabeça do úmero ficaria sem proteção posteriormente; deslocamentos posteriores poderiam ocorrer com uma força relativamente pequena. Em abdução no plano frontal, a escápula tende a permanecer em sua posição de repouso ou ligeiramente aduzida.
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Título : Cinesiologia do Cotovelo 
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COMPLEXO DO COTOVELO
 
 
Componentes: úmero + rádio + ulna
 
ARTICULAÇÕES:
1. Articulação Úmero-radial e Úmero-ulnar (do cotovelo, propriamente dita)
2. Articulação Rádio-ulnar proximal
3. Articulação Rádio-ulnar distal
 
GENERALIDADES:
- Posição de referência para cotovelo: posição anatômica
- Posição de referência para rádio-ulnares: posição intermediária (polegar para frente)
- 1 grau de liberdade no cotovelo:
      Plano sagital: Flexão (145o ativa, 160o passiva) Extensão (relativa, 0-5o)
- 1 grau de liberdade na rádio-ulnar:
      Plano transverso: Pronação (80o ) Supinação (90o)
 
 
Articulações Úmero-radial e Úmero-ulnar (cotovelo)
 Articulação em gínglimo – 1 grau de liberdade
      Flexão (130-145o ativa e 160o passiva) e extensão (0-5o)
Movimentos de rolamento e deslizamento
        Articulam-se: Tróclea do úmero na incisura troclear da ulna
        Capítulo do úmero na fóvea articular do rádio
        Palheta umeral: tróclea e capítulo dirigidos anteriormente (45o)
       Cápsula frouxa que envolve  fossa radial, coronóide e fossa do
olécrano (no úmero) + olécrano e processo coronóide (na ulna) +
ligamento anular (no rádio)
 
 
 ESTABILIDADE= ossos + ligamentos colaterais radial e ulnar
 
Colo troclear é vertical: antebraço em extensão é mais oblíquo para fora
e para baixo (VALGO FISIOLÓGICO); em flexão, o antebraço projeta-se
exatamente na frente do braço.
11o para homens adultos, 14o para mulheres adultas e 6o para crianças.
 
Articulações Rádio-ulnares proximal e distal
 Trocóide (proximal e distal) – 1 grau de liberdade:
 Supinação e pronação - rádio gira em relação à ulna
 ARCO DE MOVIMENTO: 90o para supinação e 80o –
90o para pronação, contados a partir da posição
intermediária do antebraço.
 ESTABILIDADE: ligamento anular + membrana interóssea +
ligamentos rádio-ulnar dorsal e palmar
 
 
MÚSCULOS DO COTOVELO
 
M. bíceps do braço porção longa e curta: contribuem para a
flexão quando o antebraço está supinado.
M. braquial é o motor primário da flexão de cotovelo, sendo ele
igualmente efetivo em qualquer posição do cotovelo: pronação ou
supinação, uma vez que sua inserção é no processo coronóide da ulna.
M. braquiorradial: quando o antebraço está em posição neutra (entre
as posições de supinação e pronação máximas), o músculo mais efetivo
para flexão de cotovelo é o braquiorradial
M. pronador redondo: quando a pronação é rápida e resistida, esse
músculo auxilia o pronador quadrado na pronação do antebraço.
M. tríceps do braço porção longa, lateral e medial: é o único
extensor de cotovelo, embora a sua inserção distal situe-se próxima do
eixo de rotação do cotovelo.
M. ancôneo: auxilia na extensão
M. pronador quadrado: é o principal pronador do antebraço
M. supinador: é o principal músculo supinador do antebraço, e
quando o cotovelo está em flexão, a tensão no supinador diminui e o
bíceps do braço auxilia na supinação.
Título: Cinesiologia do punho e mão
Conteúdo :
 
PUNHO E MÃO
 
INTRODUÇÃO
 
O punho tem a função significativa de controlar a relação comprimento-tensão dos músculos multiarticulares da mão à medida que se ajustam as diversas atividades e formas de preensão. A mão é uma ferramenta valiosa, através da qual nós controlamos nosso ambiente e expressamos idéias e talentos.
 
ESTRUTURA E FUNÇÃO DE PUNHO E MÃO
 
Partes Ósseas
- Punho: radio distal, escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezóide, capitato e hamato.
 
- Mão: 5 metacárpicos e 14 falanges compõem a mão e 5 dígitos.
 
 
Articulações do Complexo do Punho e seus Movimentos
- Complexo do punho
O complexo do punho é multiarticular e feito por duas articulações compostas. É biaxial, permitindo flexão (flexão volar), extensão (dorsiflexão), desvio radial (abdução) e desvio ulnar (adução).
- Articulação radiocárpica
Está envolvida por uma cápsula frouxa, porém forte, reforçada por ligamentos também compartilhados com a articulação mediocárpica.
 
- Articulação mediocárpica
É uma articulação composta entre as duas fileiras de cárpicos. Tem uma cápsula que é também contínua com as articulações intercárpicas.
Os movimentos fisiológicos dos punhos são: flexão, extensão, desvio radial e desvio ulnar.
 
- Pisiforme
O pisiforme é classificado como um osso do do carpo. Não é parte da articulação do punho, mas funciona como um osso sesamóide no tendãodo flexor ulnar do carpo.
 
 
- Ligamentos
A estabilidade e alguns movimentos passivos do complexo do punho dependem de numerosos ligamentos: o colateral ulnar e radial, o radiocárpico dorsal e volar (palmar), o ulnocárpico e o intercárpico.
 
 
Articulações do Complexo da Mão e seus Movimentos
 
- Articulações Carpometacárpicas dos dígitos 2 a 5
As articulações são envolvidas numa cavidade articular comum e incluem as articulações de cada metacárpico com a fileira distal de cárpicos e as articulações entre as bases de cada metacárpico.
Os movimentos fisiológicos dos metacárpicos são a flexão (arqueamento) e a extensão (achatamento).
 
- Articulação capometacárpica do polegar; dígito 1
Essa articulação é uma articulação biaxial em formato de sela (selar) entre o trapézio e a base do 5º metarcápico.Tem uma cápsula frouxa e AM grande, o que permite que o polegar se mova para longe da palma da mão para atividades de oposição e preensão.
Os movimentos fisiológicos do primeiro metacárpico são: flexão, extensão, abdução e adução.
 
- Articulações metacarpofalângicas
São articulações condilóidesbiaxiais coma a extremidade distal de cada metacárpico convexa e a falange proximal côncava, mantida por um ligamento volar e 2 colaterais. Os colaterais tornam-se tensos durante a flexão completa e restringem a abdução e adução nessa posição.
Os movimentos fisiológicos da primeira falange são: flexão, extensão, abdução e adução.
 
Articulações interfalângicas
Existe uma articulação interfalângica proximal e uma distal para cada dedo, do 2 ao 5; o polegar tem somente uma articulação interfalângica.
Os movimentos fisiológicos de cada falange são: flexão e extensão.
 
 
Função da Mão
 
- Relações comprimento-tensão
A posição do punho controla o comprimento dos músculos extrínsecos dos dedos.
 
- Arqueamento e achatamento
Ocorre arqueamento da mão com flexão dos dedos e achatamento da mão com extensão. O arqueamento melhora a mobilidade da mão para uso funcional e o achatamento para largar objetos.
 
- Mecanismo extensor
Estruturalmente, o capuz extensor é feito pelo tendão do extensor comum dos dedos. Cada estrutura tem um efeito no mecanismo extensor.
 
- Padrões de garra e preensão
Garras de potências envolvem agarrar um objeto com dedos parcialmente fletidos contra a palma da mão, com contrapressão do polegar aduzido.
Padrões de precisão envolvem manipulação de um objeto que não está em contato com a palma da mão entre o polegar abduzido e os dedos em oposição.
Principais Nervos Sujeitos à Pressão e Trauma no Punho e Mão
 
- Nervo mediano
Ao entrar na mão, esse nervo passa através do túnel cárpico no punho com os tensões flexores. O túnel cárpico é coberto por um ligamento transverso relativamente inelástico, espesso.
 
- Nervo ulnar
Entra na mão através de uma cava formada pelo osso pisiforme e o gancho do osso hamato, e é coberto pelo ligamento cárpico volar e músculo palmar curto.
 
- Nervo radial
Entra na mão como nervo radial superficial, que é somente sensorial.
 
 
Padrões de Dor Referida e Lesão Nervosa
 
A mão é o ponto terminal de vários nervos importantes. Lesão ou compressão desses nervos podem ocorrer em qualquer lugar ao longo de seu percurso, da coluna cervical até sua terminação. O que o paciente sente como dor ou distúrbio sensorial na mão pode ser devido a lesão no nervo em qualquer lugar de seu percurso, ou a dor pode ser devida a irritação tecidual na origem segmentar comum.
 
 
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Título : Cinesiologia do Quadril (Coxo-femural) 
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ARTICULAÇÃO COXO-FEMORAL
 
A articulação da coxo-femoral é formada pela cabeça do fêmur, que roda dentro do acetábulo formado pelos ossos do quadril; a cabeça do fêmur e o acetábulo são recobertos por uma camada de cartilagem, com aproximadamente três milímetros de espessura. Geralmente não é possível identificá-la com precisão, pois se encontra em meio a grandes massas musculares, o que o torna dificilmente perceptível.
O quadril é uma articulação proximal do membro inferior, é uma articulação muito importante para a tomada do peso da marcha. Seus movimentos são realizados por uma única articulação, denominada articulação coxo - femoral, esta possue três eixos e três graus de liberdade.
- Um eixo transversal: situado no plano, onde se efetuam os movimentos de flexão e extensão;
- Um eixo vertical: este eixo longitudinal permite os movimentos de rotação externa e rotação interna.
- Um eixo ântero: posterior: situado no plano sagital , onde efetua-se de abdução e adução.
O ângulo entre o eixo do colo femoral e o corpo do fêmur normal é 125 graus. Um ângulo patologicamente maior é chamado de coxa valga e um ângulo patologicamente menor coxa vara.
 
 
MOVIMENTOS
 
1. FLEXÃO: A amplitude da flexão é variável de acordo com vários fatores. A flexão ativa do quadril é menos ampla que a flexão passiva. A posição do joelho intervém igualmente na amplitude da flexão, enquanto o joelho está estendido, a flexão não é maior que 90 graus enquanto que com o joelho fletido, ela atinge ou ultrapassa os 120 graus.Se as duas articulações do quadril são fletidos passiva e simultaneamente, enquanto os joelhos são fletidos, a face anterior das coxas entram em contato com o tronco pois, na flexão das articulações coxo-femurais, associa-se a báscula do quadril para trás pela retificação da lordose lombar.
 
2. EXTENSÃO: A extensão leva o membro inferior para trás do plano frontal. Os músculos extensores do quadril estão situados atrás do plano frontal que passa pelo centro da articulação, os extensores do quadril tem a função de estabilizar a pelve no sentido antero-posterior. Na marcha normal a extensão do quadril é realizada pelos ísquios-tibiais, na corrida ou caminhada em terreno aclive o glúteo maior é indispensável.Quando há o tensionamento do ligamento ílio-femoral. A extensão ativa é menos ampla que a passiva, quando o joelho está estendido a extensão é 20 graus mais ampla do que quando esta fletido. Isso se deve ao fato do músculo ísquios-tibiais perderem a sua eficiência enquanto realizam a extensão do quadril, pois eles utilizam grande parte de seu percurso para flexão do joelho.A extensão passiva é de somente 20 graus na abertura anterior, ela atinge 30 graus quando o membro inferior é fortemente puxado para trás. A extensão do quadril é notavelmente aumentada pela báscula anterior da pelve, graças a uma hiperlordose lombar.Essas amplitudes dadas referem-se a um indivíduo não treinado, pois elas podem ser aumentadas pelos exercícios e pelo treinamento.
 
3. ABDUÇÃO: A abdução leva o membro inferior diretamente para fora e o afasta do plano de simetria do corpo. Os músculos abdutores do quadril estão situados por fora do plano sagital que passa pelo centro da articulação e cujo trajeto passa por fora e acima do eixo antero-posterior de adução e abdução contido neste plano. Para obter uma abdução direta, sem nenhum componente parasita é necessário que toda musculatura entre em contração antagonista-sinérgica equilibrada. A abdução de um quadril é acompanhada automaticamente de uma abdução igual no outro quadril, ficando nítido a partir de 30 graus, amplitude na qual se começa a observar a báscula da pelve. Observa-se que nesta posição cada um dos quadris está com 15 graus de abdução. Nos graus de abdução máxima o ângulo entre os membros inferiores é de 90 graus, assim cada quadril está em um ângulo de 45 graus A abdução está limitada pelo apoio ósseo do colo femoral sobre a borda acetabular, mas antes disso intervém os músculos adutores e os ligamentos ílio e pubo-femorais.Com o exercício e o treinamento é possível aumentar notavelmente a amplitude, pois os indivíduos treinados podem atingir os 180 graus que na realidade, não se trata mais da abdução pura, pois para distender os ligamentos, temos a báscula para frente da pelve.
 
4) ADUÇÃO: A adução leva o membro inferior para dentro e o aproxima do plano de simetria do corpo. A adução do quadril é realizada por movimentos combinados como; adução e extensão do quadril, adução e flexão do quadril, adução com flexão e rotação externa, sendo esta a posição mais instável, e adução de um quadril e abdução do outro. Estes movimentos são necessários para assegurar o equilíbrio do corpo.Os músculos adutores são numerosos e fortes , passam por baixo e por dentro do eixo antero-posterior de abdução-adução, situado no plano sagital.Estes movimentos de adução combinada, a amplitude máxima de adução é de 30 graus.
 
5. ROTAÇÃO: Os movimentos de rotação longitudinal do quadril efetuam-se em torno do eixo mecânico do membro inferior. A rotação externa é o movimento que leva a ponta do pé para fora, enquanto que a rotação interna leva a ponta do pé para dentro. Estando o joelho completamente estendido, não existe a seu nível nenhum movimento de rotação, e somente o quadril é responsável por esse movimento.Em decúbito ventral, a posição de referência é obtida quando a perna fletida em ângulo reto está vertical. A partirdesta posição quando a perna se inclina para fora, mede-se a rotação interna, cuja amplitude total é de 30 a 40 graus. Quando a perna se inclina para dentro mede-se rotação externa, cuja amplitude total é de 60 graus. Em posição de Buda a rotação externa combina-se com a flexão que ultrapassa 90 graus de uma abdução. Os músculos rotadores externos do quadril são numerosos e potentes cujo seu trajeto cruza por trás do eixo vertical do quadril, os músculos rotadores internos são mais fracos, e seu trajeto passa anteriormente ao eixo vertical do quadril.
 
6. CIRCUNDUÇÃO: Como para todas as articulações de três graus de liberdade, o movimento de circundução do quadril define-se como sendo a combinação dos movimentos elementares simultaneamente em trono dos três eixos.Plano sagital, no qual efetuam-se movimentos de flexão-extensão.Plano frontal, no qual acontece o movimento de abdução e adução e plano horizontal. A circundução levada a sua amplitude extrema, forma no espaço um cone irregular, cujo vértice é ocupado pelo centro da articulação coxo-femoral. É o cone de circundução.
 
 
CARACTERÍSTICAS
 
A articulação coxo-femural ou do quadril é uma articulação triaxial do tipo bola-e-soquete (esferóide), sustentada por uma cápsula articular forte que é reforçada pelos ligamentos iliofemoral, pubofemoral e isqueofemoral. As duas articulações do quadril são ligadas entre si através do osso pélvico e ligadas à coluna vertebral através do sacro e articulação lombossacral.
A parte óssea côncava, o acetábulo, é formado pela fusão dos ossos ílio, ísquio e púbis e, é aprofundado por um anel de fibrocartilagem, o lábio do acetábulo, que está localizado na face lateral da pelve e dá vista para o lado, para frente e para baixo. A cartilagem articular do acetábulo tem formato de ferradura, sendo mais espessa na região lateral. A porção central do acetábulo é chamada de fossa do acetábulo e, é não articular.
A cabeça do fêmur é uma estrutura óssea convexa e esférica que fica ligada ao colo do fêmur. Projeta-se anteriormente, medialmente e superiormente para encaixar-se no acetábulo.
 
ESTABILIDADE
 
Os músculos representam um papel importante e essencial na estabilidade do quadril, desde de que a sua direção seja transversal.Os músculos cuja direção é semelhante à do colo do fêmur forçam a cabeça do fêmur para o acetábulo, isso também é verdadeiro para os pelvi-trocanterianos e o obturador externo, isto também acontece com os glúteos, principalmente o pequeno e o médio cujo componente de coaptação é importante e que devido a sua potência representam papel primordial, por esta razão nós o denominamos músculos sustentadores do quadril.
 
MÚSCULOS
 
Os músculos que atuam na articulação do quadril são em numero de vinte e dois, atuando da seguinte forma: Três flexores; psoas, ilíaco e reto femoral. Um flexor-adutor; pectíneo. Três extensores; bíceps femoral, semimembranáceo, semitendíneo. Um extensor rotador externo; glúteo máximo. Um abdutor; glúteo médio. Quatro adutores; grácil, adutor longo, adutor curto, adutor magno. Dois rotadores internos; tensor da fácia lata, glúteo mínimo. Seis rotadores externos; Piriforme, obturador externo, obturador interno, gêmeo superior, gêmeo inferior, quadrado da coxa. Um flexor-abdutor-rotador-externo; Sartório.
 
	MÚSCULOS
	3 flexores
	Psoas Maior, ilíaco, reto femoral
	1 flexor-adutor
	Pectíneo
	4 adutores
	Grácil, adutor longo, adutor curto e adutor magno
	3 extensores
	Bíceps femoral (porção longa), semimembranáceo, semitendíneo.
	1 extensor rotador externo
	Glúteo máximo
	1 abdutor
	Glúteo médio
	1 flexor-abdutor-rotador externo
	Sartório
	2 rotadores internos
	Tensor da fáscia lata, glúteo mínimo
	6 rotadores externos
	Piriforme, obturador externo, obturador interno, gêmeo superior, gêmeo inferior, quadrado da coxa.
 
 
 
BIBLIOGRAFIASETTINERI, Luiz Irineu Cibils - Biomecânica - Noções Gerais - Editora Atheneu - 1988
 
 
Título : Cinesiologia do Joelho 
Conteúdo :
 
Articulação do Joelho
 
A articulação do joelho é classificada como sendo uma articulção sinovial complexa e, é considerada uma das articulações mais acometidas por lesões, principalmente no meio desportivo.
A articulação do joelho é composta pelos seguintes elementos ósseos:
- pela extremidade distal fêmur,
- pela extremidade proximal da tíbia
- pela patela.
Na extremidade distal do fêmur observa-se, anteriormente, a superfície patelar e, posteriormente, a fossa intercondilar femoral, lateralmente o epicôndilo femoral lateral e o côndilo femoral lateral. Na tíbia, a extremidade proximal, que faz parte da articulação do joelho, tem como acidentes ósseos: a tuberosidade da tíbia, tubérculos da eminência intercondilar lateral, sulco para o tendão do poplíteo, côndilo lateral e côndilo medial. A patela é um osso sesamóide de forma triangular, situado no tendão do quadríceps, sua face anterior é convexa e a face posterior apresenta uma área articular lisa e oval dividida em duas facetas por uma crista vertical; a crista correspondente ao sulco na face patelar do fêmur e as facetas às partes medial e lateral da mesma face, a faceta lateral é mais larga e a mais profunda.
 
COMPONENTES ARTICULARES
 
Segundo Gray, 1995, o complexo da articulação do joelho é formado por duas articulações sinoviais condilares, entre o fêmur e a tíbia, e por uma articulação sinovial plana entre a patela e o fêmur. As primeiras são parcialmente divididas pelos meniscos, entre as faces articulares correspondentes.
Contradizendo Gray, 1995 , Lippert ,1996, dita que o joelho é classificado como articulação sinovial em dobradiça (sinovial gíglimo), porém tal menção não leva em consideração os movimentos de rotação realizado pelo joelho que só é possível à partir de ligeira flexão.
O joelho não é mantido por suas estruturas ósseas, mas por ligamentos e músculos. Os ligamentos cruzados estão localizados no interior da cápsula articular e, por isso, são chamados ligamentos intra-capsulares. Localizados entre o côndilo medial e o lateral, eles se cruzam obliquamente e são nomeados por sua fixação na área intercondilar tibial. O ligamento cruzado anterior ocupa o joelho lateralmente ao ligamento cruzado posterior e estende-se numa direção superior e posterior para fixar-se posteriormente no côndilo lateral do fêmur. Segundo Lippert, 1996, o ligamento cruzado posterior fixa-se na tíbia na área intercondilar posterior e estende-se numa direção superior e anterior sobre a parte medial do ligamento cruzado anterior. Fixa-se no fêmur anterior sobre o côndilo medial. Para resumir estas fixações, o ligamento cruzado anterior vai da tíbia anterior ao fêmur posterior, e o ligamento cruzado posterior estende-se da tíbia posterior ao fêmur anterior. O ligamento cruzado anterior impede o fêmur de deslocar-se posteriormente sobre a tíbia ou, inversamente, a tíbia de se deslocar anteriormente sobre o fêmur. Os ligamentos cruzados anteriores ficam estirados durante a extensão, prevenindo a hiperextensão excessiva do joelho. Quando o joelho está parcialmente flexionado, o ligamento cruzado anterior impede a tíbia de mover-se anteriormente. Da mesma forma, o ligamento cruzado posterior impede o fêmur de deslocar-se posteriormente sobre a tíbia ou a tíbia de deslocar-se posteriormente sobre o fêmur. Ele também se estica durante a flexão e tem problemas menos freqüentes que o ligamento cruzado anterior. Localizados na parte lateral do joelho encontramos os ligamentos colaterais. O colateral medial ou colateral tibial é um ligamento chato e largo que se fixa nos côndilos mediais do fêmur e tíbia. Fibras do menisco medial estão fixadas neste ligamento, o que contribui para freqüente ruptura do menisco medial quando há estiramento excessivo no ligamento colateral medial. O ligamento colateral fibular, que é um ligamento em forma de cordão arredondado que se fixa no côndilo lateral do fêmur e dirige-se para baixo em direçãoa cabeça da fíbula, independente de qualquer fixação no menisco lateral. Ele protege a articulação de estiramento excessivo no lado lateral do joelho e é bastante forte, não lesionado freqüentemente. Os ligamentos colaterais são estabilizadores no plano frontal. O colateral medial, fornece estabilidade ao plano médio, previne movimento excessivo de choque na parte lateral do joelho. O ligamento colateral oferece estabilidade oposta. Como suas fixações estão deslocadas posterior e superiormente ao eixo de flexão, os ligamentos colaterais tornam-se tencionados durante a extensão, contribuindo para a estabilidade do joelho.
Os meniscos medial e lateral são dois discos fibrocartilaginosos em forma de meia-lua, localizados na superfície superior da tíbia. Estão destinados a absorver choques. Como são mais espessos lateralmente e côncavos na superfície articular proximal, os meniscos estão inseridos na superfície articular tibial, relativamente chata. Como existe pouco suprimento sanguíneo na fibrocartilagem, principalmente em sua porção central, as lesões não podem ser reparadas sozinhas.
O propósito de uma bolsa sinovial é reduzir fricção. Cerca de 13 bolsas sinoviais, estão localizados na articulação do joelho. Elas são necessárias porque os tendões localizados ao redor do joelho possuem uma linha de tração relativamente vertical contra áreas ósseas ou outros tendões. As bolsas sinovias situadas nas proximidades do joelho são as seguintes; Anteriormente há quatro bolsas sinoviais: uma grande, interposta ente a patela e a pele; uma pequena, entre a parte superior da tíbia e o ligamento patelar; uma terceira entra a parte inferior da tuberosidade e da tíbia e a pele; e uma quarta entre a face anterior da parte inferior do fêmur e a face profunda do quadríceps femoral,a qual geralmente se comunica coma a cavidade articular. Lateralmente há, também, quatro bolsas: (1) uma (que as vezes se comunica com a cavidade articular) entre o feixe lateral do gastrocnêmio e a cápsula; (2) uma entre o ligamento colateral fibular e o tendão do bíceps; (3) outra entre o ligamento colateral fibular e o tendão do poplíteo (esta é as vezes, apenas uma expansão da bolsa seguinte); (4) uma última , entre o tendão do poplíteo e o côndilo lateral do fêmur, que geralmente, é uma extensão da membrana sinovial. Medialmente há cinco bolsas: (1) uma entre o feixe medial do gastrocnêmio e a capsula; ela envia um prolongamento entre o tendão do feixe medial do gastrocnêmio e o tendão do semimembranácio e, com freqüência comunica-se com a cavidade articular; (2) uma situada superficialmente ao ligamento colateral tibial, entre ele e os tendões do sartório, grácil e semitendíneo; (3) outra situada profundamente ao ligamento colateral tibial, entre ele e o tendão do semimembranáceo ( esta é , as vezes só uma expansão da bolsa seguinte; (4) uma outra, entre o tendão do semimembranáceo e a cabeça da tíbia; (5) ocasionalmente há uma bolsa entre os tendões do semimembranáceo e do semitendíneo.
 
 
MUSCULATURA
 
Os músculos que fazem parte da articulação do joelho são:
- Quadríceps: músculo reto femoral com origem na espinha ilíaca antero-inferior e inserção na tuberosidade tibial, através do tendão patelar; músculo vasto lateral com inserção na linha áspera e inserção na tuberosidade tibial através do tendão patelar; músculo vasto medial com origem na linha áspera e inserção na tuberosidade tibial, através do tendão patelar; músculo vasto intermediário com inserção no fêmur anterior e inserção na tuberosidade tibial através do tendão patelar.
- Semimembranáceo: com origem na tuberosidade isquiática e origem superfície posterior do côndilo medial e tibial;
- Semitendíneo: com origem na tuberosidade isquiática e origem na superfície antero-medial da tíbia proximal; músculo bíceps femoral com origem : porção longa, tuberosidade isquiática; porção curta, parte lateral da linha áspera e inserção na cabeça da fíbula.
- Poplíteo: com origem no côndilo lateral do fêmur e inserção posteriormente sobre o côndilo medial da tíbia;
- Gastrocnêmio: com origem no côndilo medial e lateral do fêmur e inserção no calcâneo posterior.
- grácil, sartório e tensor fáscia lata ocupam a articulação do joelho, posteriormente, mas , devido ao ângulo de tração, ao seu tamanho em relação aos outros músculos, não tem função como músculo principal. Todavia, dão estabilidade à articulação do joelho.
 
 
ANÁLISE DE MOVIMENTOS
 
A articulação do joelho possui dois graus de liberdade: flexão-extensão e rotação axial. No plano sagital, a flexão ocorre de 0º a mais ou menos 120º dependendo do tamanho da massa muscular da panturrilha em contato com a face posterior da coxa. Quando o quadril está estendido, a amplitude de flexão do joelho diminui, devido à limitação do músculo reto femoral. A hiperextensão é mínima e normalmente não excede os 15º.
O eixo de movimento está localizado poucos centímetros acima das superfícies articulares, passando transversalmente através dos côndilos femorais. O raio de curvatura dos côndilos não é constante, e é menor quando o joelho está fletido, aumentando com a extensão. O movimento de rotação axial ocorre no plano transverso quando o joelho está fletido. Na extensão plena do joelho, os ligamentos colaterais medial e laterais estão relativamente tensos, o que contribui para a estabilidade desta articulação.Estes ligamentos afrouxam com a flexão, e esta é uma das vazões da quantidade considerável de rotação transversa que pode ocorrer na posição fletida. Durante a flexão do joelho, o ligamento colateral fica mais frouxo que o medial, por isso o movimento entre os côndilos femorais e tibiais é mais extenso lateral que medialmente. A rotação transversa ocorre ao redor de um eixo longitudinal localizado medial à crista intercondilar da tíbia, de modo que, grosseiramente, pode-se afirmar que o côndilo lateral roda ao redor do medial. Normalmente, quando o joelho move-se em extensão, a tíbia roda externamente mais ou menos 20º sobre o fêmur fixo. Este movimento pode ser observado nos últimos 20º da extensão do joelho, e é denominada rotação terminal do joelho. Isto é um evento puramente mecânico que ocorre tanto na extensão passiva quando ativa do joelho, e que não pode ser produzido voluntariamente. Nos movimentos em cadeia cinética fechada, tal como levantar de uma cadeira, esta rotação terminal é vista como rotação interna do fêmur sobre a tíbia fixada. Embora muitas espécies caminhem com os joelhos fletidos, a rotação terminal oferece aos humanos um mecanismo excelente e eficiente em termo de energia para o joelho estendido. Este mecanismo de parafuso oferece estabilidade mecânica para o suporte de forças que ocorram no plano sagital. Ele permite aos humanos permanecerem retos sem contração muscular do quadríceps, e suportar força muscular reduzida. Embora a quantidade de rotação terminal do joelho seja modesta, ela é, como a rotação axial, um requisito para a função normal desta articulação. Os dois movimentos devem ser avaliados e recuperados para uma reabilitação bem sucedida do joelho.
 
Título : Cinesiologia do Tornozelo e Pé 
Conteúdo :
 
CINESIOLOGIA DO TORNOZELO E PÉ
 
 
Músculos
 
Os movimentos do pé são desempenhados pelos músculos. Os músculos são denominados em extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos se inserem abaixo do joelho e vão até o pé, e realizam os movimentos do tornozelo como a plantiflexão, a dorsiflexão a eversão e inversão, além de atuarem na movimentação dos dedos. Os músculos intrínsecos são os que se originam abaixo da articulação do tornozelo, podendo posicionar-se na planta ou no dorso do pé, estes músculos desempenham a movimentação dos dedos. Os músculos são subdivididos e, quatro compartimentos: anterior, posterior, profundos e laterais.
Os músculos do compartimento anterior também podem ser denominados músculos pré-tibiais e são os seguintes músculos: tibial anterior, extensor longo do hálux e o extensor longo dos dedose são inervados pelo nervo fíbular profundo e a artéria tibial anterior responsável pelo suprimento sanguíneo desta região. A ação primaria destes músculos é realizar a extensão do tornozelo e controla a redução da flexão plantar do tornozelo excentricamente.
Os músculos do compartimento posterior incluem os gastrocnêmios medial e lateral e o sóleo designados em um conjunto como o tríceps sural, alem do plantar longo, os gastrocnêmios e o sóleo são principalmente flexores plantares poderosos, enquanto o plantar longo contribui pouco para a função, por ser um músculo muito longo e fino, semelhante a um tendão em toda a sua extensão. Os músculos do compartimento posterior recebem inervação do nervo tibial e suprimento sanguíneo da artéria tibial posterior.
Os músculos do compartimento profundo são o flexor longo do hálux, o flexor longo dos dedos e o tibial posterior. Estes músculos também são inervados pelo nervo tibial e recebem suprimento sanguíneo da artéria tibial posterior. Cada músculo cruza a articulação do tornozelo e estão localizados posteriormente. Eles contribuem para a flexão plantar do tornozelo. Todavia, a principal ação do flexor longo do hálux e do flexor longo dos dedos é realizar a flexão do hálux e dos e dos quatro dedos laterais, respectivamente.
O compartimento lateral conte os músculos responsáveis pela realização da eversão do tornozelo. Estes músculos consistem nos fibulares longo, curto e terceiro. O fíbular terceiro também contribui para a flexão dorsal do tornozelo. Como um grupo o nervo fíbular superficial fornece o suprimento primário, bem como a artéria fíbular. Uma lesão no nervo fíbular comum antes de sua decisão nos componentes fibulares superficial e profundo, logo abaixo da cabeça da fíbula, resultara em incapacidade dos flexores dorsais e eversores do tornozelo realizam suas funções. Esta condição é denominada pé em gota (ou pé caído).
Já os músculos intrínsecos do pé são agrupados nas seguintes camadas: primeira, segunda, terceira e quarta. Cada uma dessas camadas está localizada na superfície plantar do pé. Os músculos intrínsecos localizados no dorso do pé são os extensores curto dos dedos e do hálux, sendo responsável pela extensão do primeiro ao quinto dedo. A primeira camada de músculos intrínsecos da região plantar inclui o abdutor do hálux, o flexor curto dos dedos e o abdutor do dedo mínimo. Alem de contribuírem para o movimento dos dedos, ele também atuam como sinergistas para a estabilidade dos arcos nos pés. A segunda camada inclui o flexor acessório e os lumbricais. A terceira camada é constituída pelo flexor do de do mínimo. A quarta camada inclui os músculos interósseos dorsal e plantar.
 
 
Movimentos 
 
            O tornozelo normal realiza 40 graus de flexão plantar e 30 graus de flexão dorsal. 
Os movimentos da articulação talocrural e do pé necessitam ser definidos porque há diferença entre autores.
Flexão plantar é o movimento em direção a face plantar do pé, a amplitude desse movimento é em média de 50°. Esse movimento é efetivado, sobretudo pelos músculos gastrocnêmicos e sóleo. E dorsiflexão é o movimento em direção a face dorsal do pé, a amplitude desse movimento é em torno de 20°. Os músculos que atuam neste movimento são o tibial anterior, o extensor longo dos dedos e o fíbular terceiro. Estes movimentos ocorrem no plano sagital. Os termos flexão e extensão devem ser evitados devido aos conflitos de definição. Funcionalmente flexão plantar é o mesmo que extensão, parte do movimento de extensão geral do quadril, joelho e tornozelo. Contudo, anatomicamente falando, dorsiflexão é o mesmo que extensão, significando movimento em direção ao lado extensor do pé.
Os movimentos no plano frontal são chamados inversão e eversão. Inversão é a elevação da margem medial do pé ou rotação nas articulações tarsais, girando o pé de anterior para medial, a amplitude máxima deste movimento é de 20°. Realizado principalmente pelo músculo tibial posterior, e auxiliado pelos músculos gastrocnêmicos, sóleo e flexor longo dos dedos. Eversão, o movimento oposto, é a elevação da margem lateral do pé ou rotação das articulações tarsais, girando o ante pé para lateral, a amplitude máxima é de 5°. Realizado principalmente pelos músculos fíbular curto e longo, auxiliado pelos músculos extensor longo dos dedos e fíbular terceiro. Os movimentos no plano transverso são chamados adução e abdução. Estes movimentos ocorrem no pé anterior e acompanham a inversão e eversão. Supinação descreve uma combinação de flexão plantar, inversão e adução, e pronação descreve uma combinação de dorsiflexão, eversão e abdução.
 
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