Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2 1 PRIMEIROS SOCORROS É o atendimento prestado a uma vitima de acidente ou mal súbito no ambiente pré-hospitalar realizado por pessoa treinada. Picos de morte 1º Pico de morte: 50% de todos os óbitos. É a morte imediata, resultado de lesões orgânicas severas a importantes órgãos vitais como cérebro, tronco cerebral, medula cervical, coração. 2º Pico de morte: 30% dos politraumatizados. Morte ocorre dentro da primeira hora do acidente. Nesses acidentes o serviço pré-hospitalar especializado consegue reduzir a morbi-mortalidade (mortes evitáveis). 3º Pico de morte: 20% de óbitos restantes. Óbito ocorre dias após o sinistro. Tem relação direta com os cuidados pré-hospitalares, transporte e atendimento hospitalar. Minutos de “PLATINA” - lesões graves, com possibilidade de morte iminente, está diretamente ligada às condutas adotadas no ambiente pré-hospitalar nos primeiros 10 minutos (minutos de platina), a contar do momento do acidente. 0 - 4 MINUTOS IMPROVÁVEL DANOS CEREBRAIS 4 - 6 MINUTOS POSSIVÉIS DANOS CEREBRAIS 6 – 10 MINUTOS PROVÁVEIS DANOS CEREBRAIS MAIS DE 10 MINUTOS SEVEROS DANOS CEREBRAIS OU MORTE CEREBRAL “Hora de OURO” - Igualmente, maior chance de sobrevivência terá o acidentado que receber o atendimento hospitalar nos primeiros 60 minutos (hora de ouro). Penalidade/ Responsabilidade Omissão de socorro (Artigo 135 – Código Penal) – “deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro a autoridade pública”. Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. “A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e é triplicada, se resulta em morte”. Alteração de local de crime – Todo local de acidente é potencialmente um local de crime e alvo de investigação, razão pela qual dever ser preservado para a análise e perícia e apuração, pela autoridade policial (delegado de polícia da área) de responsabilidade penal. Dentre as causas que justificam a alteração do local estão: -Necessidade de socorro imediato às vítimas -Risco de vida para a(s) vítima(s) -Risco de vida para os socorristas -Risco de vida para outras pessoas ou risco de novos acidentes -Impossibilidade física de acesso à(s) vítima(s) -Impossibilidade de outra forma de salvamento Para efeito de exame do local de crime, não deverá ser alterado o estado das coisas, a não ser que seja absolutamente necessário. 4 3 Um bom socorrista deve possuir alguns atributos básicos -Autocontrole; -Capacidade de raciocinar sob stress; -Liderança; -Responsabilidade. Compete ao socorrista -Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI’s); -Controlar o local de acidente, promovendo condições de segurança no cenário do acidente; -Identificar riscos no ambiente e possíveis lesões no acidentado; -Iniciar assistência pré-hospitalar ao vitimado, conforme treinamentos; -Acionar as autoridades competentes e equipes profissionais para o local do acidente; -Registrar as informações para subsidiar as autoridades competentes. Saber fazer o certo na hora certa pode significar a diferença entre a vida e a morte para um acidentado. Um socorrista deve: -Estar mentalmente e fisicamente preparado; -Se responsabilizar pela própria segurança e da vítima, antes de qualquer ação efetiva; -Ter por obrigação procurar: conservar a vida, aliviar o sofrimento, promover a saúde, não causar danos, encorajar a qualidade e a disponibilidade de procedimentos de urgência e emergências; -Providenciar o suporte básico de vida, respeitando a dignidade da pessoa humana, sem restrições de raça, crença, cor, nacionalidade ou classe social; -Usar os conhecimentos e habilidades que possui sem comprometer a própria integridade física ou moral, bem como a da vítima; -Respeitar sempre as atitudes das pessoas que vai socorrer; -Na presença de profissional médico ou do atendimento pré-hospitalar qualificado, conforme consta à legislação em vigor, deverá passar a eles toda as informações referentes ao atendimento. Biossegurança Deve ser entendido como o conjunto de condutas que visam proteger todo aquele que auxilie ou preste socorro ao vitimado, do contato direto com agentes biológicos, microorganismos patogênicos. Portas de entrada: Olhos, Ouvidos, Nariz, Boca, Uretra, Ânus, Ferimentos, dentre outras. Equipamento de Proteção Individual - Providenciar equipamentos (EPIs) contra possíveis agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos; Medidas de prevenção e controle de infecção -Considerar toda vítima como provável fonte de transmissão de doença infecto- contagiosa; -Acondicionar materiais e equipamentos que forem contaminados em sacos apropriados para posterior limpeza e desinfecção; -Depositar pérfuro-cortantes em recipientes; -Descontaminar o compartimento de transporte do veículo; -Recolher o lixo pré-hospitalar, acondicioná-los em sacos próprios e depositá-los no lixo infectante do hospital; O lixo produzido no atendimento pré-hospitalar é classificado como lixo hospitalar, deve ser depositado no lixo biológico do hospital onde a vítima for entregue. Biomecânica do Trauma “Compreender a biomecânica do trauma é fundamental para que lesões importantes não passem despercebidas.” TRAUMA - lesão caracterizada por alterações estruturais ou desequilíbrio fisiológico, decorrente de exposição aguda a várias formas de energia: mecânica, elétrica, térmica, química, irradiações, etc. 6 5 Ao chega socorrista deve verificar na cena do acidente: -Avaliar sua própria segurança -Observar danos: (Impacto Frontal, Impacto Posterior, Impacto Lateral, Impacto Capotamento) -Observar a distância da frenagem -Posição das Vítimas -Procurar por pessoas projetadas no raio de ação do acidente -Se as vítimas usavam equipamentos de segurança -Avaliar lesões aparentes Como acionar o serviço especializado Mantenha a tranquilidade, observe os riscos existentes, estabeleça contato com a vítima, quando possível, conforte-o o vitimado à medida que repassa informações importantes por telefone ao sistema de emergência local: -Nome e telefone do solicitante do socorro; -Local da ocorrência; -Tipo da ocorrência; -Número de vítimas; -Riscos potenciais;Gravidade dos acidentados -Recursos necessários, dentre outros solicitados. Sinalização e isolamento São fundamentais para garantir a segurança das equipes vítimas e populares. Sinalização é a forma de indicação o ou advertência quanto à existência de obstáculos ou riscos. Isolamento visa compartimentar setores classificando-os áreas de maior ou menor risco através da demarcação de zonas (zona quente, zona morna ou zona fria). Observe: Na zona quente só devem permanecer os profissionais que poderãoauxiliar o(s) acidentado(s). AVALIAÇÃO GERAL DO ACIDENTADO Identificar, no menor tempo possível, situações que comprometam ou venham a comprometer a vida do acidentado nos primeiros minutos após o acidente, OU SEJA , Situações que comprometem o funcionamento dos sistemas respiratório ou circulatório. Lembre-se dos procedimentos: Segurança :certifique-se que você, a vítima e todos estão seguros. Ambiente -Condições de segurança do cenário; -Isolar a área; -Avaliar biomecânica do acidente; -Questionar testemunhas. 8 7 Biossegurança -Utilizar barreiras de proteção; -Demais EPIs necessários. Conjunto de aspectos que contém as ações necessárias a serem realizadas para o atendimento adequado às pessoas vítimas de situações emergenciais: 1 - Avaliação da cena: -Chamada de Emergência - ao ser identificada uma situação de emergência deve-se comunicar imediatamente ao serviço de emergência; -Avaliação do Local - O ambiente deve ser avaliado para que se identifique circunstâncias que possam causar risco para o socorrista, a vítima e os curiosos; -Gerenciamento dos Riscos – saber avaliar lesões e vítimas que tem mais chance de morte e são mais perigosas; -Equipamento de Proteção Individual - Providenciar equipamentos (EPIs) contra possíveis agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos; -Aproximação & Posicionamento adequado -Sentido podal-cranial; -Joelhos ao solo ao lado da vítima -Avaliar Responsividade -Repousar as mãos nos ombros e efetuando leves toques, chamar o vitimado: “CIDADÃO, CIDADÃO ESTÁ ME OUVINDO?” Promovendo estimulo de dor no trapézio se não há resposta aos primeiros chamamentos. - Avaliação Primária: Identificar lesões que impliquem em risco a vida A – (AIRWAY)Vias aéreas com proteção da coluna cervical 10 9 B – (BREATHING) Respiração e Ventilação -Nas vítimas responsivas busca-se verificar as condições de respiração e ventilação; -Nas irresponsivas ou com respiração anormal, inicia-se o protocolo de RCP. C –(CIRCULATION) Circulação com controle da hemorragia -Nas vítimas responsivas busca-se constatar as condições de circulação e o controle imediato das hemorragias; -Nas irresponsivas ou com respiração anormal, inicia-se o protocolo de RCP. 12 11 11 1 D – (DISABILITY) Incapacidade, estado neurológico -Em vítimas responsivas, observa-se as condições de consciência; oxigenação cerebral diminuída (devida à hipóxia e/ou hipoperfusão), lesão do sistema nervoso central (SNC), intoxicação por álcool ou drogas e distúrbio metabólico (diabetes, convulsão, parada cardíaca). -Nas irresponsivas inicia-se o protocolo de RCP; ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG) 13 14 E – Exposição / Controle do Ambiente -Áreas do corpo não expostas serão examinadas para identificar a presença de lesão ou condição, para isso as vestes da vítima precisam ser afastadas; -Cuidado evite exposições desnecessárias que podem levar a problemas éticos e legais; -Mantenha a temperatura corporal dentro de níveis adequados, agasalhar, para evitar a hipotermia. Em ambientes frios ou úmidos é importante. Avaliação secundária: Inicia-se após conclusão da avaliação primária com a finalidade de identificar as lesões que, no primeiro momento, não comprometem a vida do acidentado, mas, se não forem adequadamente tratadas, poderão comprometê-la nas horas seguintes. Quantificação dos sinais vitais Frequência respiratória, Frequência cardíaca, Pressão arterial e Temperatura corpórea Coleta de informações; método mnemônico denominado “SAMPLA” poderá ser utilizado: S- Sinais e Sintomas; A-Alergias; M- Medicamentos de uso habitual; P- Passado médico / Prenhez /Patologia; L- Local, eventos associados, mecanismo do trauma e ambiente do acidente; A-Alimentação, horário da última refeição. Exame céfalo-caudal Consiste na avaliação criteriosa e sequenciada da vítima, em que o socorrista procura por sinais e sintomas através da inspeção e palpação (superficial), iniciando-se pela cabeça, pescoço, ombros (cintura escapular), tórax, abdome, cintura pélvica, membros superiores, membros inferiores e exame do dorso. Frequência respiratória: Adulto: 12 a 20 Inc / min. Criança: 15 a 30 Inc / min. Bebê: 20 a 50 Inc / min. 15 Frequência cardíaca : Adulto: 60 a 100 bpm. Criança: 75 a 120 bpm. Bebê: 120 a 160 bpm. Pressão arterial : Adulto: 120 X 80 mmHg. Alterações na frequência e volume do pulso representam dados importantes no atendimento pré-hospitalar. SUPORTE BÁSICO DE VIDA PARADA CARDIORESPIRATÓRIA É a cessação súbita e inesperada da atividade mecânica ventricular útil e suficiente para gerar fluxo sanguíneo efetivo, deixando assim de fornecer oxigênio e energia ao encéfalo. O coração deixa de bombear sangue efetivamente juntamente com as atividades respiratórias do individuo. Reanimação Cardiopulmonar (RCP) As manobras de reanimação cardiopulmonar - RCP visa promover oxigenação cerebral através de compressões cardíacas externas e ventilação mecânica positiva. Essas condutas são denominadas de suporte básico de vida e devem perdurar até que sejam implementadas medidas de suporte avançado de vida, ou seja, intervenção médica. Essas manobras deverão ser realizar nas vítimas irresponsivas se respiração agônica ou inexistente, obedecendo o protocolo peculiar a cada faixa etária, visando garantir oxigenação encefálica. Cadeia de Sobrevivência de Adultos em Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) da AHA Enquanto mais rápido a vitima receber os 5 elos da vida maior a probabilidade de sobrevivência 16 18 17 ETAPA 1: AVALIAÇÃO E SEGURANÇA DO LOCAL-SEGURANÇA DO SOCORRISTA E DA VÍTIMA -CHECAR RESPONSIVIDADE ✓ Resposta verbal (ex: você está bem?) ✓ Não responsivo, sem respiração ou com respiração anormal (apenas com gasping) 1 SOCORRISTA CHAME POR AJUDA (OBS: SE NINGUEM RESPONDER) ACIONE SISTEMA DE EMERGENCIA BUSQUE O DEA RETORNE À VITIMA PARA VERIFICAR O PULSO E INICIAR A RCP 2 SOCORRISTAS 1º CHAME POR AJUDA (OBS: SE RESPOSTA) VERIFICAR O PULSO E INICIAR A RCP 2º ACIONE SISTEMA DE EMERGENCIA BUSQUE O DEA ETAPA 2: ACIONE O SISTEMA DE RESPOSTA DE EMERGENCIA / URGENCIA E BUSCAR UM DEA CRIANÇA E BEBÊS 1 SOCORRISTA • SE PCR NÃO PRESENCIADA, APLIQUE 2 MINUTOS DE RCP ANTES DE ACIONAR A EMERGENCIA. • SE PCR SUBITA E PRESENCIADA, DEIXE O BEBÊ E LIGUE PARA A EMERGENCIA. ETAPA 3. VERIFICAÇÃO DO PULSO “Profissionais de saúde” Localização: ✓ Adulto – artéria carótida ✓ Criança – artéria carótida ou femoral ✓ Bebês – artéria Braquial ( obs: em crianças e bebês se FC < 60 bpm , com sinais de perfusão deficiente inicie RCP) Tempo: • Mínimo 5 seg • Maximo 10 seg 19 20 ETAPA 4. INICIAR COMPRESSÕES E VENTILAÇÕES (C-A-B) RELAÇÃO COMPRESSÃO-VENTILAÇÃO 30:2 - 2 SOCORRISTAS (adultos) 15:2 - 2 SOCORRISTAS (crianças e bebês) Caso o socorrista esteja sozinho, a relação passa a ser 30:2 independente da faixa etária. ETAPA 4. INICIAR COMPRESSÕES E VENTILAÇÕES (C-A-B) TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA Posicionamento Vítima: Posicionar vítima em decúbito dorsal sobre superfície plana e rígida; Socorrista: -Ao lado da vítima -Localize o terço médio do osso esterno; -Apoie uma mão sobre a outra em cima desse ponto (região tenar e hipotenar); -Manter o(s) braço(s) estendido(s) perpendicular(es) ao esterno; -Crianças: pode ser usada apenas 1 das mãos. -Bebês: compressão com 2 dedos. 22 22 21 PROFUNDIDADE Adulto: no mínimo 2 polegadas (5 cm – limite 6cm) Criança: no mínimo⅓ do diâmetro AP, cerca de 2 polegadas (5 cm) Bebê: no mínimo ⅓ do diâmetro AP, cerca de 1⅟2 polegada (4 cm) IMPORTANTE: -A frequência de compressão deve ser, no mínimo, de 100 a 120minuto; -Ao final de cada compressão, permita o retorno do tórax; -Minimizar interrupções nas compressões (10 seg) DESFIBRILADOR AUTOMÁTICO EXTERNO – DAE/DEA AVALIAR RITMO APÓS 2 MINUTOS DESFIBRILAR (FV / TV sem pulso) ✓ Uso por leigos ✓ Seguros para o socorrista e para a vítima ✓ Reconhecimento da fibrilação ventricular ✓ Portáteis, baratos, operados por bateria ✓ Capacidade de registro dos eventos CERTO ERRADO Informações sobre o uso do DEA/DAE -Tórax da vítima molhado; -Caso seja a vítima que esteja dentro de ambiente molhado, remova-a da água, posicionando-a na prancha, antes de instalar o DEA; -Tórax da vítima muito peludo; -Dispositivos implantados no tórax da vítima (ex marca-passo) Siga as instruções do aparelho Os procedimentos de suporte básico de vida, não poderão cessar, exceto se: -Houver retorno da respiração espontânea; -A equipe de suporte avançado de vida, assumir os procedimentos no ambiente pré-hospitalar; -A vítima for entregue aos cuidados da equipe de suporte avançado de vida. Os procedimentos de suporte básico de vida, não poderão cessar, exceto se: -Houver retorno da respiração espontânea; -A equipe de suporte avançado de vida, assumir os procedimentos no ambiente pré-hospitalar; -A vítima for entregue aos cuidados da equipe de suporte avançado de vida. 23 24 DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS - OVACE ALÍVIO DO ENGASGO EM VÍTIMAS DE ASFIXIA A PARTIR DE 1 ANO DE IDADE OBSTRUÇAO PARCIAL DAS VIAS AEREAS Sinais: ✓ Boa troca de ar ✓ Capaz de tossir de maneira forcada ✓ Pode sibilar entre as tosses AÇÕES DO SOCORRISTA ✓ Desde que continue a boa troca de ar, incentive a vítima a continuar tossindo e esforçando-se em respirar espontaneamente. ✓ Não interfira nas tentativas da vítima de expelir o corpo estranho, mas permaneça ao lado dela e monitore sua condição. ✓ Se a obstrução parcial das aéreas persistir, acionar o sistema de emergência. OBSTRUÇAO COMPLETA DAS VIAS AEREAS Sinais: -troca de ar deficiente ou ausente -Tosse fraca e ineficaz ou incapaz de tossir -Ruídos agudos durante a inspiração ou absoluta ausência de ruído -Maior dificuldades respiratória -Incapaz de falar -Agarramento no pescoço com o polegar e os dedos “sinal universal de asfixia AÇÕES DO SOCORRISTA ✓ Pergunte a vítima se ela está se sentindo sem ar. Se SIM e não puder falar, há presença de obstrução completa das vias aéreas ALÍVIO DO ENGASGO EM VÍTIMAS RESPONSIVAS/CONSCIENTES A PARTIR DE 1 ANO DE IDADE ✓ MANOBRA DE HEIMLICH Compressões Abdominais com a Vítima em Pé ou Sentada ALÍVIO DO ENGASGO EM BEBÊS RECONHECIMENTO DE ASFIXIA EM BEBÊS OBSTRUÇAO PARCIAL DAS VIAS AEREAS Sinais: ✓ Boa troca de ar ✓ Capaz de tossir de maneira forcada ✓ Pode sibilar entre as tosses AÇÕES DO SOCORRISTA -Não interfira nas tentativas do bebê de expelir o corpo estranho, mas permaneça ao lado dela e monitore sua condição. -Se a obstrução parcial das aéreas persistir, acionar o sistema de emergência. OBSTRUÇAO COMPLETA DAS VIAS AEREAS EM BEBÊS Sinais: ✓ Troca de ar deficiente ou ausente ✓ Tosse fraca e ineficaz ou incapaz de tossir ✓ Ruídos agudos durante a inspiração ou absoluta ausência de ruído ✓ Maior dificuldades respiratória ✓ Possível cianose ✓ Incapaz de chorar AÇÕES DO SOCORRISTA -Se o bebê não conseguir fazer nenhum som ou não respirar, há presença de obstrução completa das vias aéreas. 26 25 FERIDAS, HEMORRAGIAS E ESTADO DE CHOQUE Lesão ou perturbação em qualquer tecido, como resultado de um trauma ou ainda ser desencadeada por uma afecção que acione as defesas do organismo. Classificação: podemos classificar uma ferida por diversas formas, quanto à profundidade (superficiais ou profundas) , à complexidade (simples ou complexas) , quanto ao formato e agente causador de ferida seja traumática ou não (Ferida puntiforme, incisa, corto-contusa,pérfuro-contusa, pérfuro-incisa , Ferida causada por queimadura, causada por geladura, causada por fatores endógenos). 28 27 ▪ CORPOS ESTRANHOS – todo e qualquer objeto que se encontre no ferimento ▪ OBJETOS IMPACTADOS OU EMPALADOS – objetos que estejam encravados no corpo da vitima EVICERAÇÃO – exposição das vísceras por ruptura da pele na parede abdominal Hemorragias Um Adulto tem em média de Volume sangüíneo aproximadamente 7% de seu peso corporal, em quanto uma Crianças corresponderá de 8% a 9% do peso corporal, ou seja, de 80 a 90 ml/Kg. Chamamos de hemorragias A perda aguda (excessiva) desse volume, ou seja, de perda sanguínea para o meio extravascular decorrente de lesão vascular, Tipos de Hemorragia venosa ou arterial - Hemorragia interna ou externa Os sinais e sintomas Os sinais e sintomas apresentados pela vítima, possibilitam estimar o volume de sangue perdido na hemorragia e, consequentemente, presumir a gravidade da situação. Classificação quanto ao volume de sangue perdido em quatro classes: Hemorragia Classe I: Perda sanguínea de até 15% da volemia (750ml para um homem de 70Kg), pulso abaixo de 100bpm, freqüência respiratória entre 14 a 20 mpm, vítima com leve ansiedade. Hemorragia Classe II Perda sanguínea de 15% a 30% da volemia (750 a 1500ml para um homem de 70Kg), pulso acima de 100bpm, freqüência respiratória entre 20 a 30 mpm, vítima com ansiedade moderada. Hemorragia Classe III Perda sanguínea de 30% a 40% da volemia (1500 a 2000ml para um homem de 70Kg), pulso acima de 120bpm, freqüência respiratória entre 30 a 40 mpm, vítima confusa e ansiosa. Hemorragia Classe IV Perda sanguínea acima de 40% da volemia (mais de 2000ml para um homem de 70Kg), pulso acima de 140bpm, freqüência respiratória acima de 40 mpm, vítima confusa e letárgica. 29 30 00 Para que as células continuem recebendo sangue oxigenado e glicose para sobreviver e desempenhar suas funções, faz-se necessário: Identificar fontes de hemorragias externas: - Controlar a hemorragia externa; - Prevenir o estado de choque; Sob orientação médica direta – Médico no local, estabelecer acesso venoso Hemorragias Externa - conduta: -Pressão direta; -Curativo compressivo -Torniquete ( em último caso) -Elevação do membro e Curativo oclusivo Hemorragias Internas – conduta: -A conduta objetiva manter as funções vitais estabilizadas, até que seja iniciado o tratamento adequado. -Deve-se observar sinais de hemorragia como grandes hematomas, saída de sangue pelos orifícios naturais (ouvido, nariz, boca), sinais de choque -hemodinâmico, queixa principal da vítima e cinemática do trauma. -Nas situações onde existir exteriorização de sangue pelos orifícios naturais, não dever-se-á utilizar qualquer método que vise impedir sua saída. Estado de Choque É o Colapso do Sistema Cardiovascular decorrente da perda aguda de sangue, repercutindo na inadequada perfusão e oxigenação dos tecidos e que poderá causar à morte. Deficiência: Bomba = Coração Choque cardiogênico Reservatório = Sistema Vascular Choque neurogênico, psicogênico, séptico e anafilático Líquido circulante = Sangue Choque Hipovolêmico (causa mais frequente de choque) Sinais e sintomas = Pele pálida e/ou cianótica; fria e sudoreica, Taquicardia e taquipnéia, Sede, Pulso filiforme (fraco e rápido), Pressão baixa, Perfusão capilar lenta ou inexistente, Tontura e/ou perda de consciência. Condutas: -Objetivando prevenir o estado de choque a vítima deve ser mantida em repouso, em decúbito dorsal, se possível com os membros inferiores elevados em torno de 20 a 30 cm em relação ao solo ou ao coração. -A roupa deve ser afrouxada, retirar sapatos e, se houver disponibilidade, oxigênio poderá ser administrado; -Controlar hemorragias externas; -Posicionar a vítima em decúbito dorsal sob superfície rígida (prancha longa); -Agasalhar a vítima prevenindo a hipotermia; -Imobilizar fraturas de extremidades reduz a velocidade da hemorragia no foco da fratura; -Transportar rapidamente. Observações: -Idade, Gravidez, Hipotermia, Atletas, Medicações, Marca-passo, Tempo de atendimento são fatores que podem confundir os sinais e sintomas. -Repor volemia é um procedimento exclusivo para profissionais da área de saúde, sob orientação Médica. 32 2 31 TRAUMA DE EXTREMIDADES Consiste nas lesões ocasionadas por trauma que comprometam as articulações e os ligamentos, os músculos e os ossos. Também conhecido como trauma de musculoesquelético, de maneira geral, o diagnóstico destas lesões são realizados através da história e do exame clínico, quando não tratadas adequadamente podem resultar em incapacidade funcional permanente ou em complicações decorrentes da hemorragia. Fraturas, luxações, entorses, contusões e distensões são exemplos comuns desse tipo de lesão. Podemos ainda considerar como principais as fraturas múltiplas, da pelve ou bilaterais do fêmur. Fratura: é lesão óssea caracterizada pela interrupção na continuidade de um osso, podemos classificá-la quanto: Fraturas : Fraturas fechadas: -(simples): dor referenciada ou à palpação, -deformidade, -Desalinhamento, -Edema, -Hematomas, -Equimoses, -creptação óssea, -impotência funcional. Fraturas abertas (compostas ou expostas): -Os mesmos sinais e sintomas das fraturas fechadas; -Há comunicação entre o sítio da fratura e o meio externo. CUIDADOS: -A área comprometida deve ser exposta para melhor visualização da lesão e a imobilização melhor realizada, as vezes é necessário que as roupas da vítima sejam cortadas e removidas; -Verificar o pulso e perfusão distal antes e após a imobilização; -Imobilização realizada respeitando a posição que o membro apresenta; -Jamais tentar colocar fragmentos ósseos dentro do ferimento; -Jamais tente reduzir a fratura; -Quando presentes as hemorragias devem ser controladas; -As feridas devem ser cobertas e, se possível, serem limpas com soro fisiológico ou água para reduzir possibilidade de infecção; 34 33 Os princípios básicos das imobilizações são: • Imobilizar antes de movimentar a vítima; • Imobilize o local da fratura e as articulações próximas, acima e abaixo da fratura; • Improvise telas com o materialque estiver à mão; • Cortar a roupa que estiver sobre a parte afetada, caso não seja possível visualizar a lesão; • Proteger ferimentos com gazes ou pano limpo; • Respeitar sempre a posição (não reduza fraturas ou luxações); • Não apertar excessivamente as amarrações, ( para não garrotear e impedir a circulação); • Transporte o acidentado para um Hospital. TRAUMA DE SEGUIMENTOS Trauma Crânio-encefálico Crânio-Encefálico – TCE e Face Causa importante de morte por trauma Alteração do nível de consciência 80% = leves, 10% = moderados, 10% = graves Pacientes graves -Mortalidade ≈ 10% a 30% -Déficit permanente ≈ 50 -90% Principais causas: ↓ 65 anos = acidentes automobilísticos Idoso = quedas Traumatismo de Face O principal problema é a possibilidade do sangue e fragmentos ósseos causarem obstrução das vias aéreas. Avaliação Biomecânica Exame primário : A-Vias aéreas e proteção de coluna cervical B-Respiração e ventilação C-Circulação e controle da hemorragia D-Estado neurológico E-Exposição/Ambiente – Exame secundário -Corrigir os problemas que ameaçam a vida; -Manter vias aéreas abertas e dar assistência a respiração e ventilação; -Manter oxigenação de células cerebrais -Considerar existência de lesão cervical associada e manter cuidados adequados a -preservação da coluna; -Controlar hemorragias e não impedir saída de sangue ou líquor pelo nariz ou ouvidos e controlar choque; -Cobrir lesões; -Manter a vítima em repouso e estar alerta para convulsão e vômito; Evitar hipotermia; -Monitorar estado de consciência; respiração e pulso; -Evitar que a vítima faça ingestão de alimentos e líquidos; -Jamais tentar retirar objeto preso a cabeça; Transporte rápido; Reavaliações frequentes 36 35 Trauma Raquimedular -Lesão medular = não regenera paralisia 16 a 35 anos = faixa etária mais frequente -Causas mais comuns : acidentes automobilísticos (48%), quedas (21%), lesões penetrantes(15%), lesões por práticas esportivas(14%) outras lesões (2%) IMOBILIZAÇÃO INADEQUADA causa importante de lesões Raquimedulares Conduta Imobilização em posição supina e alinhada em uma prancha longa Colar cervical (limita movimentação em 50%) Imobilizar articulação acima e abaixo Ventilação e oxigenação Estabilização hemodinâmica Trauma de Tórax -Mortalidade ≈ 10% -1 em cada 4 mortes por trauma -Maioria, cerca de 85% procedimentos simples como analgesia, fisioterapia respiratória e ventilação adequada ou procedimentos cirúrgicos como drenagem torácica. -Toracotomia 15% Avaliação Sintomas: -Taquipnéia -Dificuldade para respirar -Dor torácica Avaliação -Exame = InspeçãO -Identificar possibilidade de lesões com risco a vida Trauma Abdominal Introdução -2ª causa mais freqüente de morte evitável no trauma -Extensão da lesão difícil de determinar no ambiente pré-hospitalar -Perda sangüínea maciça -Complicações tardias -Penetrante x Fechado Alto índice de suspeita Mecanismo de lesão Escoriações, dor, hipersensibilidade, rigidez, distensão abdominal Paciente inconsciente Choque de fonte inexplicada. 37 38 Mecanismos de lesão Traumas contusos: -Compressão -Esmagamento -Desaceleração Traumas penetrantes: -Armas brancas -Projéteis de arma de fogo Manuseio -Rapidamente avaliar o paciente -Iniciar tratamento para o choque -Imobilização e transporte rápidos -Imobilização pélvica Na avaliação secundária: Exame especícifico: 39 Fontes: -slides do PEPEAV (PROGRAMA DE ENSINO E PESQUISA EM EMERGÊNCIAS, ACIDENTES E VIOLÊNCIAS - Material de Primeiros socorros de Felipe Oliveira da turma 101 -Livro PHTLS 6ª EDIÇÃO. -Qualquer bronca: manuellegraciano@hotmail.com PRIMEIROS SOCORROS MEDICINA-1M Manuelle Graciano Ferreira Turma:107 UPE-FCM
Compartilhar