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TRAUMATISMO EM ÁREAS ESPECÍFICAS

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21/03/2016 
1 
TRAUMATISMO EM ÁREAS 
ESPECÍFICAS 
CRÂNIO – TÓRAX – ABDOME – 
MÚSCULO ESQUELÉTICO 
 
Profa. Marion Vecina A. Vecina 
 
 
"O destino do traumatizado está nas mãos 
daquele que faz o primeiro curativo." 
 Nicholas Senn, Cirurgião 
 
VELOCIDADE / IMPACTO / 
ACELERAÇÃO - DESACELERAÇÃO 
MECANISMOS DO TRAUMA 
INTRODUÇÃO 
• Segundo o Ministério da Saúde, ocorreram 127.633 
óbitos por traumas no Brasil em 2005, representando 
12,67% do total de óbitos. 
• Trauma foi a principal causa de morte entre um e 39 
anos de idade, principalmente a população jovem! 
• O trauma representa, atualmente, a terceira causa de 
morte mundial . 
• Segundo estatísticas, em um dia médio, 170.000 
homens, mulheres e crianças sofrem traumatismos, e 
aproximadamente 400 morrem com resultado de suas 
lesões. 
INTRODUÇÃO 
• O tratamento do paciente com 
politraumatismo, após a estabilização 
hemodinâmica, restabelecimento das 
funções vitais e otimização da oxigenação e 
perfusão dos tecidos, depende diretamente 
da sua área de acometimento. 
• Assim, para melhor entendimento o 
tratamento será divido por estas áreas. 
21/03/2016 
2 
TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO 
(TCE) 
 
• O TCE é causa importante de 
morte nos traumas. O 
Traumatismo Raqui-Medular 
(TRM) ocorre em 5 a 10% dos 
casos de TCE. 
• Os traumatismos da cabeça 
podem envolver o couro cabeludo, 
crânio e encéfalo, isoladamente 
ou em qualquer combinação. 
• Trauma com sonolência, 
confusão, agitação ou 
inconsciência de curta ou longa 
duração pensar em TCE. 
 
TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO 
(TCE) 
 
ABORDAGEM DA VÍTIMA 
 
1. Exame Primário - ABCDE da vida. 
2. Observar cuidados com a coluna cervical: Estabilizar manualmente a cabeça e o pescoço. 
3. Controlar hemorragias 
4. Exame Secundário: 
5. Sangramentos via nasal (rinorragia) e pelo ouvido (otorragia) geralmente é sinônimo de TCE. 
6. Nos casos onde ocorra vômitos, a vítima deve ser virada em bloco para o decúbito lateral de 
forma a preservar a imobilização da coluna cervical. 
 
• Suspeitar sempre de lesão de coluna cervical em pacientes com TCE. 
 
TRAUMA CRÂNIOENCEFÁLICO 
• TCE Leve 
• O paciente com trauma craniano leve, após a 
avaliação primária, é encaminhado para a 
observação sem a realização de exame 
complementar neurológico, na sala de 
emergência, na ausência de algum dos fatores, 
• A observação da vítima que não apresenta fator 
de risco pode ser de menor duração (3-6 horas). 
TRAUMA CRÂNIOENCEFÁLICO 
• TCE Moderado 
• É um grupo heterogêneo de pacientes, alguns 
dos quais apresentam evolução similar 
àquelas dos traumatismos cranianos leves, ou 
então evoluem como traumatismo craniano 
grave. 
TRAUMA CRÂNIOENCEFÁLICO 
• TCE Grave 
• No traumatismo craniano grave é indispensável reduzir ao 
mínimo a possibilidade de dano secundário, garantindo 
oxigenação e perfusão adequadas. 
• Após realização da TC de crânio, o neurocirurgião avalia se 
há necessidade de intervenção cirúrgica e/ou 
monitoramento invasivo. Se a craniotomia não é indicada, 
a TC deverá ser repetida como no traumatismo craniano 
moderado. 
• Nos pacientes em coma e com lesão hemorrágica 
intracraniana que requerem reanimação volêmica 
significativa, a TC deve sempre ser repetida depois da 
estabilização. 
TRAUMA MAXILOFACIAL 
• No TMF, em que há epistaxe, 
hemorragia da cavidade oral ou das 
partes moles, o tratamento consiste 
no tamponamento e, eventualmente 
e quando possível, a angiografia . 
• O tamponamento nasal deve ser 
cuidadoso nos casos de epistaxe de 
origem traumática devido o risco das 
fraturas de base de crânio estarem 
associadas. 
• Em caso de urgência hemorrágica 
após trauma fechado de mandíbula, 
a redução e estabilização imediata 
temporárias da fratura com a 
aplicação de fio de aço em torno do 
colo de dois dentes dispostos ao lado 
da linha de fratura, controla a maioria 
dos sangramentos. 
21/03/2016 
3 
TRAUMA MAXILOFACIAL 
• O tempo para correção da fratura pode ser 
variável dependendo das condições gerais do 
paciente, existência de outros procedimentos 
mais urgentes ou edema importante no foco 
de fratura, em média de 7 a 10 dias após o 
trauma. 
TRAUMA RAQUIMEDULAR - TRM 
• Todos os pacientes com 
trauma grave devem ser 
considerados, desde a 
cena até o hospital, 
como potencial 
portador de TRM até a 
completa avaliação 
diagnóstica clínico-
radiológica. 
TRAUMA RAQUIMEDULAR 
 
CUIDADOS NO TRM 
 
• Exame primário - ABCDE da vida 
• Imobilize a cabeça/pescoço em posição neutra com 
colar cervical ou com as mãos. 
• Remova o capacete em caso de PCR ou insuficiência 
respiratória. 
• Não mova o paciente a menos que seja necessário. 
Caso tenha que movê-lo utilize a técnica em monobloco 
• Suspeitar sempre de lesão de coluna cervical em 
pacientes com TCE 
• A proteção da coluna cervical deve ser uma das 
prioridades do tratamento pré-hospitalar, a não ser que 
outra situação esteja produzindo risco de vida iminente. 
CUIDADOS NO T.R.M 
EQUIPAMENTOS DE IMOBILIZAÇÃO CERVICAL 
Colar Cervical 
Técnica de aplicação: 
• Alinhe a cabeça e pescoço do paciente se 
não houver resistência ou dor e mantenha a 
estabilização manual. 
• Outro socorrista aplica o colar ao pescoço da 
vítima. 
• O paciente lúcido deve ser alertado contra o 
risco de movimentar-se. 
• Mantenha a imobilização manual mesmo 
com o colar aplicado. 
Improvisação: cobertor ou camisa e cintos 
TRAUMA TORÁCICO 
 
• No trauma de tórax, as condições de imediato risco de 
morte são causadas por lesão da via aérea alta, 
pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, tórax 
instável, hemotórax maciço e tamponamento cardíaco que 
devem ser identificadas e tratadas na fase de avaliação 
inicial. 
• Todas as outras condições: pneumotórax simples, 
hemotórax simples, contusão pulmonar não associada a 
tórax instável, fratura de esterno e costela, lesão 
traqueobrônquica, lesão esofágica, contusão cardíaca, 
lesão de grandes vasos e ruptura diafragmática podem ser 
diagnosticadas sucessivamente com exames 
complementares apropriados e tratadas em tempo hábil. 
21/03/2016 
4 
TRAUMA TORÁCICO 
• SINAIS E SINTOMAS DE POSSÍVEL LESÃO 
TORÁCICA: 
• Dificuldade para respirar 
• Aumento da frequência respiratória 
• Escarro com sangue ( hemoptise) 
• Aumento da sensibilidade à palpação 
• Dor durante a inspiração ou expiração. 
TRAUMA TORÁCICO 
• As lesões torácicas mais comuns são as 
fraturas de costelas. Estes pacientes quase 
sempre tem dor torácica e podem ter 
dificuldade para respirar. 
• O tratamento do paciente com suspeita de 
lesão torácica consta de suporte ventilatório 
e/ ou oxigênio suplementar se disponível 
*Não restrinja o tórax do paciente, pode 
dificultar a respiração* 
TRAUMA ABDOMINAL 
• O trauma abdominal é o sofrimento resultante de uma ação 
súbita e violenta, exercida contra o abdome por diversos agentes 
causadores: mecânicos, químicos, elétricos e irradiações. 
• A incidência desse traumatismo vem aumentando 
progressivamente e sua gravidade é determinada pela lesão de 
órgãos ou estruturas vitais do abdome e pela associação com outras 
lesões, principalmente crânio e tórax. 
 
• O sucesso no manejo do trauma abdominal é caracterizado pela 
eficiência da abordagem inicial que permite instituir o diagnóstico 
precoce e o tratamento oportuno das lesões intra-abdominais, 
quando presentes. 
 
 
TRAUMA ABDOMINAL 
• Classifica-se esse trauma em dois tipos principais - 
aberto ou fechado. 
• No aberto existe solução de continuidade da pele; 
enquanto que no fechado, também denominado 
contusão abdominal, a pele está íntegra, sendo que os 
efeitos do agente agressorsão transmitidos às vísceras 
através da parede abdominal, ou se dão por 
contragolpe ou desaceleração. 
• Por sua vez, os traumatismos abertos são subdivididos 
em penetrantes e não penetrantes na cavidade 
abdominal. 
 
TRAUMA ABDOMINAL 
Campos JM, Hospital da Restauração ,1999 
TRAUMA ABDOMINAL 
• Exame primário - ABCDE da vida. 
 
• Posicionar a vítima deitada, 
• Aplicar curativo impermeável e oclusivo umedecido em soro 
fisiológico nas feridas abertas com alças evisceradas (para fora). 
• Nunca tentar recolocar as alças intestinais para dentro do abdome. 
• Aqueça a vítima com cobertores. 
• Não retire objetos empalados. Estabilize-os na situação encontrada. 
• Paciente politraumatizado evoluindo com choque, suspeitar sempre 
de hemorragia interna por lesão de órgãos abdominais. 
• Não forneça líquido ou alimentos a pacientes com trauma 
abdominal. 
• Transporte o paciente ao hospital para avaliação médica o mais breve 
possível. 
21/03/2016 
5 
FRATURA PÉLVICA 
Campos JM, Hospital das Clínicas, 1999 
TRAUMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO 
• A maioria das lesões músculo-esqueléticas resulta de 
algum tipo de trauma. O trauma é o resultado de uma 
força externa ( direta, indireta ou torção) que tem um 
impacto negativo sobre o corpo. 
• Uma lesão direta é o resultado de uma força aplicada 
diretamente sobre a parte lesada do corpo ex: impacto 
de um bastão no braço de uma pessoa. 
• Uma lesão indireta é causada por uma força aplicada a 
uma outra região do corpo, que então é transmitida a 
parte lesada ex: joelho sofrer impacto contra o painel 
em uma colisão automobilística, a força de volta pode 
lesar a “bacia”. 
ESTRUTURAS POTENCIALMENTE 
LESADAS 
PELE 
MUSCULOS 
TENDÕES 
OSSOS 
VASOS 
NERVOS 
ARTICULAÇÕES 
Movimento das articulações 
• Flexão: é o movimento de uma parte do corpo contra a outra. 
São exemplos os atos de dobrar o cotovelo ou levantar a coxa 
contra o abdome. 
• Extensão: é o movimento de afastar uma parte corporal da 
outra. Exemplo: inclinação do pescoço para trás. 
• Abdução: é o afastamento de um membro do plano mediano 
do corpo ou no caso dos dedos, distanciamento do eixo da 
mão. 
• Adução: aproximação de um membro ao plano mediano do 
corpo, ou para os dedos ao eixo da mão ou do pé. 
• Circundação: é a combinação sucessiva de flexão, abdução, 
extensão e adução de um membro. A porção distal do 
membro descreve um círculo. A cabeça do úmero é o ápice de 
um cone descrito. 
TRAUMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO 
• TIPOS DE LESÃO MÚSCULO-ESQUELÉTICA: 
 
• Uma forma de classificar uma lesão músculo esquelética é em 
exposta( pele está lesada) ou fechada ( pele estiver íntegra). 
• Outras classificações: 
• Fratura: “osso quebrado”, perda da continuação óssea,geralmente 
envolvem lesões de partes moles, nervos e vasos sanguíneos. 
• Entorse: lesão na qual os ligamentos sofrem distensão ou ruptura; 
não ocorre lesão no osso. 
• Distensão: estiramento muscular ao redor de uma articulação. Há 
pouco ou nenhum edema 
• Luxação: deslocamento de um osso de sua posição normal na 
articulação. As luxações também podem ser associadas as fraturas 
TRAUMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO 
Sangramento externo 
Três S: Stop, splint, stabilize 
Stop: Parar o sangramento 
Splint: Imobilizar extremidades 
Stabilize: Estabilizar a bacia 
Campos JM, Hospital da Restauração, 1999 
21/03/2016 
6 
TRATAMENTO DAS LESÕES MÚSCULO-
ESQUELÉTICAS 
• Se possível, as lesões músculo-esqueléticas 
devem ser imobilizadas. O imobilizador (tala)é 
um equipamento utilizado para imobilizar ou 
evitar o movimento dos ossos e articulações e 
prevenir mais lesão. 
• Estabilize manualmente a lesão, 
• Remova ou corte as roupas sobre o local da lesão, 
• Avalie a perfusão e sensibilidade, 
• Imobilize a articulação acima e abaixo do local 
lesado. 
 
REFERÊNCIAS 
• ATLS – Manual do curso para alunos – 
Tradução da 7ª Edição. 
• PHTLS – Atendimento Pré-hospitalar ao 
traumatizado – Tradução da 6ª Edição

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