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RESUMO DE DIREITO EMPRESARIAL I

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RESUMO DE DIREITO EMPRESARIAL I
Direito Empresarial ≠ Direito Comercial
Empresarial → empresário
Comercial → comerciante
Mudança de paradigma: Itália
EmpresárioArt. 966 - CC
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços”
Sociedade empresaria = PJ
Sócios = PF
O patrimônio dos sócios não é confiscado em caso de falência da empresa → é usado o patrimônio da empresa (mas há exceções)
Pessoa física também quebra → basta ser empresário 
Não é necessário ter CNPJ para ser considerado empresário
Os benefícios estão atrelados à formalidade
História do Direito Comercial
Pré-história 
Código de Hamurabi
Regulava os institutos ligados ao comércio
Contrato de depósito (para guardar bens)
Contrato de transporte
Contrato de empréstimo
Alijamento de mercadorias
“Lex rhodia de iactu”
Século IX a.C. – Grécia
Os proprietários dos bens, que estavam sendo transportados no barco e foram jogados ao mar em casos de tsunamis, dividem os prejuízos ➔ assemelha-se ao seguro
1ª FASE → Direito Comercial Subjetivo
A partir do século IX
Itália ainda não era um Estado
Com tantas moedas e governos, qual direito seria utilizado para dirimir litígios advindos do comércio? DIREITO CANÔNICO
Porém, este direito condenava a usura, prática corrente dos comerciantes. Tendo isso em vista, os comerciantes estabeleceram usos comerciais para resolver os problemas ➔ As regras foram criadas uniformemente nas cidades italianas
Mas quem aplica o Direito? AS CORPORAÇÕES Só poderia praticar o comércio se a pessoa estivesse associada a alguma corporação
Institutos utilizados na 1ª fase que vigoram até hoje:
Matrícula
Registro que o comerciante era obrigado a fazer em uma corporação, o que o possibilitava exercer a atividade comercial e a usufruir dos usos e costumes
Hoje = registro na Junta Comercial
Matrícula → condição para ser comerciante; era obrigatória
Junta Comercial → é obrigatória, porém não é condição para ser comerciante
Livros
O comerciante deveria registrar suas atividades comercias. Ex.: Eu devo tanto para Fulano. Sicrano me deve tanto.
Autogerenciamento 
Têm força de prova
Força probante
O livro prova as atividades comercias
Letras de câmbio
Assemelha-se ao cheque
Evita o transporte de riquezas
Deposita o dinheiro em uma cidade e retira em outra
Documento que possibilita a troca de moeda
Falência
Procedimento para comerciantes insolventes
Perdura nos dias de hoje no Brasil
Os não comerciantes procuraram as corporações para poder usufruir do direito comercial, já que quando havia algum litígio, o direito aplicado, qual seja, o canônico, era inadequado, insuficiente, ineficaz.
As corporações aceitaram, tendo em vista que a matrícula era feita mediante pagamento, o que gerava um bom rendimento financeiro
Dessa forma, quem se registrava era considerado comerciante (Direito Comercial Subjetivo). Essa prática disseminou-se nas outras corporações
NACIONALIZAÇÃO DO COMÉRCIO (Sécs. XVI, XVII) = Com o surgimento dos Estados, ocorreu o fenômeno da nacionalização do comércio. Agora é o Estado que regula e aplica o direito, muito embora tal ação ainda sofresse influência dos anseios dos comerciantes
FRANÇA: Séc. XVIII ➔ Ordonnance sur commerce de terre (decreto de comércio terrestre); Ordonnance sur commerce de mer (decreto de comércio marítimo)
A Revolução Francesa provocou uma mudança substancial no Direito Comercial. O fato do registro para ser comerciante ser uma ação efetuada mediante pagamento, não se adequava a um dos pilares da revolução = isonomia
2ª FASE
França, Séc. XIX
Código Napoleônico
“É comerciante quem exerce atos de comércio profissionalmente”
Profissionalmente = exercer uma função que dá a remuneração necessária à subsistência. Não é necessariamente uma ação habitual (profissionalidade ≠ habitualidade)
Atos de comércio = os franceses criaram uma lista com os atos que, praticados, tornava o cidadão um comerciante. Ex.: compra e venda (ato de comércio por natureza), instituições financeiras, indústria, transportadora, armazém, seguradora (atos úteis e necessários à compra e venda)
Obs.: produtor rural, por retirar seu produto da natureza (sendo, destarte, o primeiro na cadeia), não sendo intermediário, NÃO é considerado um comerciante, empresário (ideia que perdura até os dias atuais)
Código de 1804 (França): serviu de inspiração para os outros códigos que surgiram, como o da Espanha (1829) e Portugal (1833)
Século XIX → Código de Comércio do Brasil
Antes da Independência, vigorava o Código português
Código de Comércio do Brasil foi criado em 1850
Entre a Independência e a criação do Código há um hiato, momento em que foi utilizada a Lei da Boa Razão
Lei da Boa Razão ➔ Em casos de ausência de lei nacional, aplica-se a lei estrangeira
A segunda fase da história do Direito Comercial no Brasil inicia-se com a criação do Código, em 1850 → inspirou-se no Código francês
Comerciante = atos de comércio profissionalmente
= MERCANCIA
No código comercial, há uma lista de mercancias
Estruturas do Código Comercial
1ª parte: Do Comércio em Geral
Regulava o comércio terrestre
Define mercancia
Inspirou-se no francês
2ª parte: Do Comércio Marítimo
3ª parte: Das Quebras
Regulava a falência
Título Único
Traz regras sobre os juízos e tribunais do comércio
As partes do comércio se encontram em um tribunal próprio para resolver os litígios. Em caso de recurso, encontram-se num tribunal chamado Justiça Comercial, que não existe mais
Processo de descodificação
Revogou-se a 3ª parte: o legislador preferiu legislar em leis especiais
Revogou-se o Título Único: não há mais um órgão jurisdicional próprio
Revogou-se a 1ª parte em 2003
Hoje, juridicamente, não existe mais comerciante
Só está em vigor a 2ª parte
Autonomia do Direito Comercial
O CC e o Cód. Comercial regulavam concomitantemente acerca da compra e venda, locação, empréstimos, etc.
É necessário manter tal separação? → Indagação feita pelos italianos
Argumentos a favor da separação = as relações entre os comerciantes são mais céleres. Além disso, o CC serve para tornar os atos solenes
Argumentos contra a separação = os comerciantes compram imóveis? Sim. Então para quê fazer tal distinção? (argumento que desbancou o outro)
Utilidade prática: saber quem está sujeito à falência
Registro do comerciante na Junta Comercial
Comerciante individual
Sociedade comercial
Sociedade de médicos = não comerciantes = sociedade civil
Registro: Cartório de registro civil de pessoas jurídicas
A condição de ser comerciante é exercer a mercancia
3ª FASE
Causas
Critério ineficiente
Questão da autonomia
O registro continuou sendo obrigatório, porém não é condição. Para usufruir dos benefícios da lei comercial, o comerciante tem que estar registrado
1942 = os italianos unificaram o direito privado
Extinção do modelo dos atos de comércio
Surge a figura do EMPRESÁRIO
Brasil adotou este modelo com a criação do CC/02
Empresário
Definição ➔ Art. 966, caput, CC
“Quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”
Tem que se encaixar em todos os requisitos acima mencionados
PROFISSIONALMENTE
Ligado aos meios de subsistência 
ATIVIDADE ECONÔMICA
Também chamada de economicidade
Geração de riqueza, não necessariamente lucro
Ter lucro não significa que é empresário. Ex.: PUC (sociedade filantrópica)
Todo empresário ambiciona o lucro. Porém, caso não o obtiver, isso não significa que deixou de ser empresário 
ORGANIZADA
Definição 1 = exercer uma atividade na medida em que existe um padrão, um sistema para exercê-la ➔ Conceito subjetivo
Definição 2 = vincula-se com a utilização de mão de obra alheia 
➔ Preciso ter empregados para ser considerada empresária? 
➔ Ou no sentido de uma cadeia econômica? O vendedor de cachorro quente precisa comprar de outra pessoa o pão, asalsicha, etc. 
PARA A PRODUÇÃO OU A CIRCULAÇÃO DE BENS OU DE SERVIÇOS
Empresário = aquele que produz algo para o mercado
Antes do CC = comerciante – atos de comércio
Depois do CC = empresário – art. 966, caput
Desvinculou-se de uma concepção fechada, vulnerável a interpretações, para uma concepção mais geral – “expansão dos horizontes”
MAS, restringe-se a concepção de empresário no Art. 966, § único
“Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”
Depreende-se que: médicos, escritores, professores, cantores, advogados, etc., não são empresários 
Não soluciona o problema = caráter subjetivo
Profissão intelectual = queremos que a atividade intelectual esteja à frente da ambição do dinheiro
Questão de ética
A ética das profissões intelectuais é diferente da ética dos empresários 
Empresa = atividade
Se a profissão intelectual não for a única atividade exercida pelo profissional, ou seja, exerce conjuntamente atividade intelectual e atividade não-intelectual ➔ considera-se empresário 
Ex.: Hospital = atividade científica + hotelaria + alimentação → empresário 
Obs.: O escritório de advocacia não pode fazer outro exercício além do intelectual, no âmbito do escritório (proibido pela OAB)
Sociedade de médicos: não são empresários 
Registro
1ª fase = condição de comerciante vinculada ao registro
2ª fase = registro é obrigatório, mas não é condição
3ª fase = registro é obrigatório, mas não é condição
Art. 967 – registro de empresas mercantis
O Art. 966 não condiciona ao status de registro
Obs.: Lei nº 11.101/05 – regula a falência
Só os empresários podem ter a falência decretada.
Vantagens e desvantagens do registro:
Há benefícios concedidos aos que se registram
Os ônus, por sua vez, afetam a todos, independentemente do registro
Desvantagem = pagar impostos
Para atuar em mercados pequenos, o empresário não precisa de nota fiscal, etc. Mas, para mercados grandes, provavelmente será necessário 
Vantagens: Exercício legal da atividade, emissão de nota fiscal, CNPJ
Recuperação judicial
Regulada pela Lei nº 11.101/05
Condição = ser empresário registrado há, no mínimo, 2 anos.
Trata-se de um benefício
Capacidade
Adquire-se a capacidade com a maioridade e com emancipação
É condição para ser empresário (para se registrar)
Porém, exercer atividade empresarial emancipa menor de idade
Perda da capacidade: o curador cuidará das atividades comerciais
Incapaz: não pode ser empresário em nome próprio. E ser sócio? Depende
Tipos de sociedade
Sociedade LTDA
Sociedade Anônima (S.A.)
Sociedade em nome coletivo
Sociedade comandita simples
Sociedade por ações
Nas sociedades LTDA e SA, há limitação da responsabilidade
Capital social = capital inicialmente investido
LTDA = divide-se em quotas
S.A. = divide-se em ações
Obs.: alteração do capital social → com aporte dos sócios 
O capital social não tem equivalência com o patrimônio, apenas quando a sociedade é constituída
Quando a empresa deve mais do que o valor de seu patrimônio, NINGUÉM paga a dívida existente ➔ sociedade limitada ao capital social (LTDA/S.A.) ➔ Arca-se com o que tiver no patrimônio
O sócio pode pagar sua parte do capital social parceladamente
Os sócios são solidariamente responsáveis pela integralização do capital social – Isso na Sociedade LTDA.
Obs.: Capital social = R$ 20 milhões – Sócio A pagou os R$ 10 milhões, mas o B só pagou R$ 5 milhões. O sócio A pode ser demandado para pagar a quota do sócio B
Socialização dos riscos = o povo, em geral, paga mais caros nos produtos, de modo que nesse valor aumentado estão incluídos os eventuais prejuízos do empresário 
Responsabilidade dos sócios limitada ao capital social
Responsabilidade solidária
Tanto na sociedade LTDA quanto na S.A.
Responsabilidade da sociedade limitada ao patrimônio
A integralização do capital deve ser feita da maneira que os sócios preferirem, desde que sejam bens suscetíveis de avaliação financeira 
Se uma das partes não pagar a sua quota do capital social, qualquer parte poderá ser acionada a pagar
Mas, em sociedades em que há um sócio incapaz, o capital social da sociedade LTDA deve estar completamente integralizado
Na S.A., não há responsabilidade solidária entre os acionistas para a integralização do capital
Não há, portanto, restrição para que um incapaz seja um acionista
Sociedade entre cônjuges
Art. 977 – CC
Os cônjuges podem constituir uma sociedade, desde que não optem por estes regimes de bens:
Comunhão universal de bens
Essa vedação surgiu com o CC/02
Por que? Devido à confusão patrimonial: não se consegue delimitar a participação societária, além de os sócios confundirem o seu patrimônio com o da sociedade
Art. 2031/2035 → as sociedades entre os cônjuges deveriam se adaptar ao novo código
Porém, a Junta Comercial decidiu que as sociedades entre cônjuges constituídas antes do CC/02 não precisariam se adaptar → Argumento: é um direito adquirido, de modo que não poderiam ser obrigados a seguir o CC/02
Separação obrigatória
Dentro da sociedade, as partes transferiam patrimônio
Burla-se o regime de bens 
Quem é empresário no Brasil?
Art. 966, caput
Empresário → Pessoa física ou jurídica
Pessoa física
Microempreendedor individual: MEI
Ex.: trabalho em casa, vendedor de cachorro-quente, etc.
Paga uma taxa mensalmente
Faturamento anual de R$ 60 mil 
Firma individual
Distingue-se do MEI no que tange à carga tributária. São, portanto, igualmente empresários
Trata-se de pessoa física, e não jurídica → firma é sinônimo de pessoa física
Faturamento acima de R$ 60 mil por ano
Todo patrimônio da pessoa física responde em caso de falência 
Podem ser ME e EPP – Classificação tributária 
Pessoa jurídica
Empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI
PJ constituída por 1 única PF
Distingue-se da firma individual no tocante à responsabilidade limitada → patrimônio limitado à eireli
Podem ser ME e EPP – Classificação tributária 
Sociedades empresárias
Sociedade em nome coletivo
Sociedade comandita simples
Sociedade comandita por ações
Sociedade anônima 
Sociedade limitada
Podem ser ME e EPP – Classificação tributária 
Exclusão
Art. 966, § único
Art. 971 = o produtor rural não é empresário 
Mas, de acordo com o artigo 971, é garantido ao produtor rural o direito de ser empresário, desde que se registre na Junta Comercial
Assemelha-se à 1ª fase ➔ registro como condição para ser empresário 
A maioria dos produtores rurais não se registra, uma vez que os produtores rurais possuem uma série de benefícios (incentivos fiscais)
Qual benefício que o produtor rural perde ao não se registrar? A recuperação judicial
Obs.: 2008 – os primeiros atingidos pela crise foram as empresas com contrato derivativo de exportação; contrato de câmbio (transformam moeda estrangeira em real – ACC [adiantamento, espécie de empréstimo]; SWAP [o banco cobra 2x a cada centavo acima do estipulado na valorização do dólar]). Os produtores rurais alegaram interpretação literal do artigo 971, pois o legislador teria classificado-os como empresários, possibilitando a recuperação judicial → argumento não aceito pelo judiciário 
Proibição
Agentes políticos = magistrados e membros do MP não podem ser empresários e administradores de sociedade empresaria (podem ser sócios) deputados e senadores (art. 56, II, “a”, CF)
Serviço público = não podem ser sócios e administradores
Falidos = Lei 11.101/05 → os sócios da PJ falida são considerados falidos. Não podem ser empresários e administradores de sociedade empresaria: 
Processados criminalmente
Não-processados criminalmente
Quando houver a declaração de extinção das obrigações (pagamento ou prescrição) podem voltam a ser empresários ou administradores de sociedade empresaria 
Prescrição = 5 anos. Começa a correr quando o processo de falência acabar 
Código Tributário Nacional= dívida tributária não se extingue com prescrição, mas somente com o pagamento
Estabelecimento empresarial (= comercial)
Conceito prévio = designar o local
Definição: é o conjunto de bens que o empresário reúne para o exercício de sua atividade – Art. 1142, CC
Lugar é, também, um bem que o empresário reúne
Pode ser local físico, virtual
O conceito não está atrelado ao local/bens físicos
Bens materiais = Ex.: máquinas e equipamentos; local; veículos; estoque; dinheiro → compõem o estabelecimento. São auto-explicáveis 
Bens imateriais = Ex.: patente; domínio; marca, ponto comercial; título do estabelecimento
Obs.1: funcionário não é um bem que o empresário possui
Obs. 2: as ações não são bens imateriais
Título do estabelecimento
Nome, designação que o empresário dá ao local em que exercerá a sua atividade
A principal atividade deve estar no nome empresarial
Ex.: nome da sociedade = razão social = “Cantella e Abreu e Silva Comércio de Roupas LTDA” → emite nota fiscal
Razão social ≠ título do estabelecimento
Título do estabelecimento. Ex.: Cantella ➔ Não há proteção legal no tocante à exclusividade → O empresário pode transformar o título do estabelecimento em marca, a fim de garantir a exclusividade
Registra-se no INPI → No país inteiro não poderá ser usado o nome da marca para a mesma atividade comercial, salvo as marcas de grande expressão que são protegidas no âmbito mundial
Não é só o nome do estabelecimento que pode ser transformado em marca. Produto também pode, dentre outros. 
Domínio
Direito ao uso/espaço na rede mundial de computadores
Patente
Vinculada ao produto que o empresário criou
Patente de utilidade = inventar uma nova utilidade para um bem já existente
Patente de invenção = criação de um produto original. Ex.: princípio ativo de um remédio
Registra-se no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual)
Quebra de patente
Ponto comercial
Direito que o empresário tem do uso do imóvel para exercer a sua atividade
Não passa a ser dono do imóvel
Direito à renovação do contrato de locação → o proprietário pode não querer mais que seja renovado, mas o empresário tem direito 
Requisitos para que o empresário tenha esse direito:
Contrato escrito de locação
Prazo ininterrupto de 5 anos
Exercício da mesma atividade nos últimos 3 anos de locação
Renovar = novo contrato com o mesmo prazo do contrato anterior
Ação renovatória de aluguel = a sentença judicial vale como contrato de locação. Deve-se fazer uma proposta dentro do valor do mercado, sob pena de perder a ação
Prazo decadencial = deve ser ajuizada nos primeiros 6 meses do último ano de locação
Já o acordo pode ser feito a qualquer momento, menos nos últimos 6 meses do último ano de locação
“Passa-se o ponto” = quer vender o estabelecimento
Estabelecimento = não possui direito → é coisa
Todo empresário tem estabelecimento
Valor do estabelecimento
Não é somente a soma dos valores dos bens materiais e imateriais
As características do estabelecimento também devem ser levadas em consideração
Quais características?
Know-how
Clientela
Localização
Forma como é organizado
BENS MATERIAIS
BENS IMATERIAIS
CARACTERÍSTICAS/ATRIBUTOS
AVIAMENTO
GOODWILL 
Valor agregado ao estabelecimento em virtude de suas características
Natureza jurídica do estabelecimento
Art. 90, CC – natureza jurídica de universalidade de fato
Alienação do estabelecimento
Contrato de trespasse
Contrato típico de venda de estabelecimento
Obs.: patrimônio do devedor é garantia do credor
1º requisito: anuência de todos os credores acerca da venda do estabelecimento. O dono do estabelecimento deve notificar os credores sobre a intenção de venda, sendo que os credores têm o prazo de 30 dias para que se manifestem
2º requisito: firmar o contrato de trespasse, publicar em jornal de grande circulação e registrar na Junta Comercial
A viabilidade prática do contrato de trespasse é baixa ➔ o credor não aceitará que o devedor venda seu patrimônio
Em caso de venda do estabelecimento sem a anuência de todos os credores e o patrimônio do empresário não for suficiente para pagar todos os débitos existentes → o credor prejudicado pode ajuizar ação pleiteando a falência do devedor
CC/02 o adquirente do estabelecimento é sucessor universal do vendedor, existindo uma solidariedade entre ambos
A dívida segue o estabelecimento
Contrato de sucessão onerosa de cotas
Os empresários podem transferir o estabelecimento comercial para os compradores sem precisar firmar um contrato de trespasse
Ao invés de vender o estabelecimento, vendem-se as quotas da sociedade
Não se está transferindo o estabelecimento, mas apenas as quotas da sociedade
Utilidade prática = não serão necessários atender aos requisitos do contrato de trespasse
SÓCIOS 
A E B
NOVOS SÓCIOS 
C E D
ESTABELECIMENTO
Vendem suas quotas para C e D
E se a sociedade é proprietária de 2 estabelecimentos, mas deseja-se vender somente 1 deles?
Faz-se a cisão da sociedade = uma sociedade será proprietária de 1 estabelecimento e, a outra, do outro estabelecimento
Vendem-se as ações da sociedade do estabelecimento que é objeto de venda
Há uma cláusula implícita de não-restabelecimento (Art. 1.147 CC)
O empresário que vende seu estabelecimento fica proibido de se restabelecer no prazo de 5 anos
Restabelecer = na mesma atividade
Objetivo = evitar que o antigo dono concorra com o novo dono naquela atividade
Esta cláusula pode ser objeto de negociação: pode ser abrandada ou até excluída
Abrandada = menos prazo, distância de novo estabelecimento, etc.
Se as partes nada dispuserem, haverá esta cláusula implícita
Não há limite espacial → o CC não estipula um limite
Obrigações dos empresários 
Obrigações de natureza diversa
Serão estudadas as obrigações previstas pelo CC e por leis que regulam a atividade empresarial
Registro na Junta Comercial
Antes de iniciar o exercício da atividade
Realizada na Junta Comercial
1850: os registros eram feitos nos tribunais de comércio
Carot = secretaria que trata dos recursos que “não subiram”
Dentro dos tribunais havia um órgão responsável (= Junta Comercial) pelo registro dos comerciantes → O Poder Judiciário era responsável pelo registro
1875 → extinção dos tribunais
A Junta Comercial tornou-se autônoma, ligados ao Poder Executivo
São autarquias estaduais
Lei nº 8934/94: lei que regula o registro
Cria-se um sistema registral
São órgãos do registro:
As Juntas Comerciais
Órgãos executivos
Função = executar o registro
O empresário deverá registrar-se na JC em que estabelecer o seu comércio
Atos de registro executados pela JC:
A.1. MATRÍCULA
Forma de registro dos auxiliares do comércio (não são empresários) → outros profissionais
Em tese, suas atividades são úteis ao comércio
Ex.: leiloeiros, tradutores, intérpretes, trapicheiro (administra armazém no porto), administrador de armazém geral
Precisam se registrar para exercer sua atividade
A.2. ARQUIVAMENTO
Diz respeito aos atos de constituição do empresário 
É um formulário preenchido pelo empresário e arquivado pela JC
Para ter efeitos sobre terceiros, tais atos devem ser arquivados
Firma individual, sociedade empresaria e eireli 
Diz respeito, também, aos atos de alteração: aditivo do contrato
Tudo que diz respeito ao empresário deve ser registrado
Há, também, atos de transformação. Ex.: transformar uma sociedade LTDA em S.A. Dentro, tem-se fusão, cisão e incorporação (de ações)
As atas de assembleia devem ser arquivadas também, igualmente as atas de extinção e os decretos de falência
Há mais exemplos de atos que devem ser arquivados
A.3. AUTENTICAÇÃO
Diz respeito aos livros comerciais
Os livros que os empresários têm que escriturar devem ser autenticados (= registrado na JC)
Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC)
Órgão que atua no âmbito federal, ou seja, ligado ao Governo Federal
Funções = normatizar, fiscalizar e supervisionar os registros
Ao supervisionar, tem a função de corrigireventualmente algum erro praticado pela Junta Comercial
Registro
Estrutura na Junta Comercial
Presidência
Função exclusivamente administrativa
O presidente cuida de remuneração, servidor, etc.
Plenário 
Dividido em turmas, que são compostas por vogais
Função: deliberação acerca dos atos mencionados na última aula
Vogal → analisa atos do empresário dando parecer acerca do arquivamento
Turma → 3 vogais analisam os atos mais complexos
O Plenário analisa os recursos recusados pela vogal e pela turma
Caso o Plenário se negue, quem irá analisar o registro é o DNRC
Secretaria-geral
Executa o registro 
Na prática, quem faz tudo é a secretaria-geral 
Encaminha, em tese, para vogal ou turma, dependendo da complexidade
Procuradoria
Fiscalizar a secretaria-geral e representar judicialmente a Junta Comercial
Obs.: maioria do capital social = quem detém mais $$
Para abrir filial é necessário alterar o contrato social
A Junta Comercial tem dupla vinculação hierárquica 
Administrativa = Governo Estadual
Atos que praticam = Governo Federal
Procedimento do Arquivamento
O arquivamento está sujeito a 2 tipos de tramitação:
Regime de decisão singular = atos simples = 2 dias úteis
Soc. LTDA / Firma Individual / Eirelli = tratam-se de atos simples, estando sujeitos ao regime singular
Regime de decisão colegiada = atos complexos = 5 dias úteis
Soc. S.A. = tanto singular quanto colegiada
Ex.: Lavrar ata → simples → singular
Fusão de S.A. → complexo → colegiada
Obs.: é comum devolver os atos por não ter atendido a todos os requisitos
O registro ou não do ato depende de uma análise formal (preenche os requisitos da lei? Preenche os requisitos do contrato da sociedade?)
A Junta Comercial não faz análise do mérito do ato, apenas da forma (aspecto formal)
Realizado o ato, este tem que ser levado a registro no prazo de 30 dias corridos, qualquer que seja o ato
Efeitos do registro
Se o ato for levado a registro em 30 dias, produz efeitos “EX TUNC” (retroação dos efeitos) → embora haja pendências 
Se o ato não for levado a registro no prazo de 30 dias, produzir-se-ão efeitos a partir da data do registro efetivo → efeito “EX NUNC” → não há retroação de efeitos 
Consequência da falta de registro
Falta de acesso a instrumentos básicos para funcionamento legal
Sem CNPJ → sem nota fiscal → não paga tributos
Informal = não tem CNPJ
Falta de acesso à crédito. Ex.: empréstimo junto ao banco
Não faz jus aos benefícios que a lei dá a eles. Ex.: recuperação judicial
Não pode requerer a falência de outro empresário 
Está sujeito à falência (recaem os ônus)
Crime falimentar = ter falência decretada, embora seja empresário sem registro
O crime está vinculado à decretação de falência do empresário – ser empresário sem registro não é crime
Alteração do registro
Ex.: mudar a sede, a posição societária, o capital social, etc.
É possível passar anos sem alterar o registro
Instituto da Inatividade
Regulado pela Lei nº 8934/94
O empresário (gênero) que ficar mais de 10 anos sem levar 1 ato para ser arquivado na JC terá aberto um procedimento administrativo para o cancelamento do registro
Como se dá esse procedimento?
1 – A Junta Comercial notifica o empresário para que ele se manifeste. Caso ele dê algum sinal de vida, não há cancelamento. Se ele não se manifestar, a JC cancela o registro dele
2 – A JC notifica os órgãos estaduais e federais acerca do cancelamento daquele registro
Objetivo = limpar os arquivos de empresas inativas
Efeitos = o nome do empresário torna-se disponível para uso por terceiros
Hipótese = João e José são sócios de uma sociedade LTDA. Por falta de necessidade, ficaram sem alterar o registro por 10 anos. A notificação da JC não chega ao conhecimento deles e a JC cancela o registro. Os sócios terão responsabilidade ilimitada → a garantia da limitação da responsabilidade dos sócios está subordinada ao registro. A sociedade que teve seu registro cancelado ou se não tiver registro denomina-se de Sociedade em Comum
Manter a escrituração regular
Documentos que formam os livros comerciais
O empresário deve gravar todos os acontecimentos da empresa em um livro comercial. Há vários livros diferentes, tendo em vista cada tipo de atividade e as hipóteses de cada atividade
A escrituração deve seguir uma regra. Em alguns casos pode ser virtual
Funções dos livros: (reproduzem a evolução da escrituração do empresário)
Gerencial
Para o empresário gerenciar as finanças 
O que eu tenho que pagar, quanto tenho a receber, o que eu vendi, etc.
Desde o século XII
Documental
É um documento perante terceiros
Função que surgiu a partir do momento em que a escrituração tornou-se obrigatória
Fiscal
Fiscalização pelo fisco (Poder Público) para verificar se houve o recolhimento correto de tributos
Método universal de escrituração
Desde o século XIV
Método universal das partidas dobradas = a todo lançamento de ativo corresponde a um passivo. Ex.: para comprar um carro, paguei com $. 
No balanço de uma empresa, o valor do ativo deve sempre corresponder ao valor passivo
Ativo: circulante / imobilizado
Passivo: perante terceiros / líquido (dívida da sociedade perante os sócios)
Patrimônio líquido = (ATIVO) – (PASSIVO PERANTE 3º)
	⎣ Esse valor pode ser negativo - o valor do ativo será igual ao passivo – os sócios nada recebem
Os livros são de escrituração obrigatória
A obrigatoriedade de escriturar determinado tipo de livro dependerá da atividade exercida pelo empresário 
Sou empresário e só presto serviços = não precisa de livro de entrada e saída de mercadorias; não tenho empregados = não precisa do livro de registro de empresários 
Livros contábeis:
Diário 
Livro contábil 
Lançamento diário contábil 
Todo empresário é obrigado a escriturar, de acordo com o CC
Algumas empresas (MEI, ME e EPP) têm a possibilidade de usar um método de escrituração mais simples → sujeitos à tributação mais simples 
Serão obrigados a fazer a contabilidade no livro caixa
Não são, portanto, obrigados a ter um livro diário, mas apenas caixa
Caixa 
São lançamentos semanais/mensais de entrada e saída 
Demonstração de onde será lançado aonde houve o crédito e aonde houve o débito
Obs.: duplicata = título de crédito → nota fiscal não é título de crédito. A duplicata representa a venda à prazo, duplica as informações constantes na nota fiscal – Registro de duplicatas
Desconto de duplicata = manda para o banco, que adiantará o dinheiro e cobrará do devedor
Razão
Livros memoriais
Não contêm dados financeiros
Ex.: registro de transferência de ações, registro de ações, atas de assembleia geral, presença de acionistas, registro de empregados, etc.
Requisitos da escrituração:
INTRÍNSECOS
Trata-se do preenchimento do livro
Uso do vernáculo
Inexistência de intervalos, entrelinhas, rasuras, emendas e borraduras
O lançamento das informações deve estar em ordem cronológica
Clareza no lançamento das informações
EXTRÍNSECOS
Dizem respeito à forma
Termo de Abertura
Termo de Encerramento
Autenticação (feita pela JC)
Processo de escrituração
Depende se é contábil ou memorial
Livro contábil = as informações estão contidas num computador
Memorial = preenche-se somente após a autenticação
SPED = Sistema Público de Escrituração Digital. Há pessoas que fazem os livros contábeis (somente) digitais
Perda ou extravio de livro → Procedimento
Publicação em jornal de grande circulação
48 horas após a publicação, comunica-se à JC
Recomposição de escrituração
Exibição dos livros
Os livros comerciais do empresário são protegidos por sigilo absoluto = a única pessoa que pode ter acesso é o empresário (regra)
Exceções:
Autoridades fiscais
Acesso aos fatos que dizem respeito na petição inicial
Restringe-se ao objeto da ação
Não é um acesso indiscriminado → é uma ordem específica, que contém um prazo
Ordem judicial
Apuração de haveres por morte de sócio 
Dissolução parcial da sociedade
Falência
Exibição parcial ou total
Eficácia probatória
Eficáciarelativa em favor do empresário
Eficácia absoluta contra o empresário 
Tem-se outros meios para provar a existência de crédito
Eficácia absoluta contra os empresários que não possuem escrituração
Consequências da falta de escrituração
Associada à falência → crime falimentar
Não tem acesso à recuperação judicial
Prova de eficácia absoluta contra o empresário 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
Interesse na constituição de Pessoa Jurídica
Administração do negócio (“sozinha eu não consigo”)
Divisão de custas
Porte dos negócios: dependendo do tamanho dos negócios, é mais interessante constituir uma sociedade
LTDA.
S/A
A S/A é escolhida para atividades de grande porte, com custo maior
Mas pode haver empresas de pequeno e médio porte S/A
As obrigações de uma S/A são maiores do que a LTDA → custo de funcionamento maior → mais exigências na escrituração
Na S/A, o sócio-majoritário manda em tudo. Manda a maioria do capital social
Na LTDA., manda quem possui ¾ do capital social (75%)
Obs.: Banco tem que ser S/A
Personalização: uma sociedade detém personalidade
Adquire com a sua constituição
A personalidade dos sócios é diferente da personalidade da sociedade
Promiscuidade entre a sociedade e os sócios = utilização do patrimônio da sociedade por parte dos sócios
Art. 45, CC → início da existência LEGAL da PJ privada → REGISTRO // ILEGAL → a sociedade existe e possui personalidade
O credor pode exigir a falência de uma sociedade não registrada
Sociedade não registrada = Sociedade não personificada = a sociedade existe a partir do momento em que é constituída → no caso de sem registro, não existe legalmente
É muito comum a sociedade continuar exercendo atividades quando perde o registro (sociedade em comum) → Assemelha-se à situação em que nunca houve registro 
EXISTÊNCIA LEGAL E PERSONALIDADE PLENA APÓS O REGISTRO
Efeitos da personificação (que surge após a constituição da sociedade):
Titularidade obrigacional
A partir do momento que a sociedade é constituída, há obrigações da sociedade
Assunção de obrigações pela pessoa jurídica
Os sócios não assumem obrigações da sociedade
Titularidade processual
A sociedade será parte na ação judicial, e não os sócios 
Cita-se o administrador da sociedade (não necessariamente o sócio)
Responsabilidade patrimonial
Toda sociedade tem patrimônio
O patrimônio pertence à sociedade, e não aos sócios 
O patrimônio é garantia dos credores da sociedade
SOCIEDADES NÃO-PERSONIFICADAS
Sociedade em comum
Irregular; sem registro
Antigamente, era denominada sociedade de fato (nunca teve registro) / sociedade irregular (perdeu o registro)
Sociedade em conta de participação
- Objeto da última aula do semestre 
SOCIEDADES PERSONIFICADAS
Sociedade simples
Sociedade empresária 
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
Sociedade em comandita por ações
Sociedade LTDA
Sociedade anônima 
As sociedades simples e empresárias se diferenciam pelo OBJETO 
Se a atividade exercida está excluída do conceito de empresário, a sociedade será simples
Se a atividade exercida for constante no conceito de empresário (Art. 966, caput), a sociedade será empresária 
As sociedades simples podem ser constituídas sob a forma de sociedade empresaria, mas não se torna tal. Ex.: sociedade que presta serviços de natureza intelectual pode ser limitada, mas isso não significa que será sociedade empresaria → continuará sendo simples 
TODA S/A É EMPRESÁRIA POR DEFINIÇÃO LEGAL
TODA COOPERATIVA É SOCIEDADE SIMPLES POR DEFINIÇÃO LEGAL
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
Grau de dependência da sociedade em relação a(s) pessoa(s) do(s) sócio(s)
De pessoas
Sociedades que têm dependência integral em relação à um ou mais sócios, a tal ponto que a saída de tal sócio determina o fim da sociedade
De capital
Sociedade e sócio tem, simplesmente, uma relação financeira
A relação se restringe ao capital investido pelo sócio 
Não há dependência pessoal 
OBS.: Dependendo da relação entre os acionistas, o judiciário entende que a relação na S/A seria de pessoas 
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO DE PESSOAS
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES DE PESSOAS
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES DE CAPITAL
SOCIEDADE LIMITADA DE PESSOA OU CAPITAL (depende do contrato social, das cláusulas contratuais)
SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL
d
Forma de constituição e dissolução da sociedade
Contratuais
Constituídas através de contrato
Regra geral do Direito Contratual = não sou obrigado a contratar
O que prevalece é a vontade dos sócios, tanto na constituição quanto na dissolução
1 vontade é suficiente, no caso de sociedade de pessoas 
Institucionais
Constituídas por escritura pública ou através de uma assembleia geral
Basta apenas 1 única pessoa
Para dissolver, é preciso da vontade unânime de todos os envolvidos
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO CONTRATUAL
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES CONTRATUAL
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES INSTITUCIONAL
SOCIEDADE LIMITADA CONTRATUAL
SOCIEDADE ANÔNIMA INSTITUCIONAL
Responsabilidade dos sócios 
Ilimitada 
A responsabilidade dos sócios é subsidiária
Os sócios serão responsáveis após o patrimônio acabar
Tal responsabilidade é solidária 
Nas sociedades em comum, a responsabilidade é limitada, mas NÃO é subsidiária → O credor pode ir diretamente no patrimônio dos sócios, ou seja, não é necessário que haja a exaurimento do patrimônio da sociedade para recorrer ao patrimônio dos sócios 
Limitada
2 hipóteses: Na LTDA. e na S/A
Na LTDA., os sócios são responsáveis pela integralização do capital social, independentemente de suas parcelas
Já na S/A, o acionista é responsável somente pela sua parcela do capital social
Mista 
Há sócios com responsabilidade limitada e, outros, ilimitada
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO ILIMITADA
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES MISTA
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES MISTA
SOCIEDADE LIMITADA LIMITADA
SOCIEDADE ANÔNIMA LIMITADA
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
Responsabilidade Limitada = os sócios não respondem pelas dívidas da sociedade
Hipóteses em que terceiros respondem pelas dívidas da sociedade
Prática de atos “Ultra vires societati”
Toda sociedade empresária tem que ter um administrador (pode ou não ser sócio; 1 ou mais)
Contrato (LTDA.) – Cláusulas: objeto e administração ➔ Obrigatório 
Estatuto social (S/A) – Cláusulas: objeto e administração ➔ Obrigatório
Administrador
Dever de lealdade com a sociedade
Vinculado ao objeto
Deve ser probo (honesto)
Há possibilidade do contrato/estatuto estabelecer limites nos atos do administrador 
Desde que o contrato não proíba (silêncio), o administrador tudo pode, desde que relacionado ao objeto
Ato praticado pelo administrador que vai além do que a sociedade pode suportar
Ato que não respeita o objeto ou que é contrário aos limites impostos
Regulados no Art. 1015, § único, CC
A sociedade pode se opor no cumprimento da obrigação se entender que ela veio de um ato “Ultra vires societati”
Quem responde é o administrador
Em certos casos, aplica-se a Teoria da Aparência ➔ o contratante acreditou nos poderes do administrador, a sociedade responde e, posteriormente, cobra do administrador
Responsabilidade tributária
Art. 135, CTN
São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes às obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatuto 
III – Diretores (S/A), gerentes (LTDA.) ou representantes de PJ de Direito Privado (cooperativa,...) 
LTDA. → Decreto nº 3708/19 (gerente) ➔ CC (administrador) ➔ Gerente e administrador assinam pela pessoa jurídica 
S/A → Lei 6404/76 (diretor)
Não inclui os sócios na lei, mas existem ações contra os sócios 
Obrigação tributária 
IPVA = ter um carro
ITCD = transmitir bens imóveis 
Hipótese: Sociedade AB é uma gráfica. O sócio A compra tinta e não paga o ICMS → O sócio não responde
Atos praticados com:
Excesso de poder;
Infração de:LeiObrigações tributárias Créditos responsabilidade pessoal administrador 
Contrato social
Estatuto
Desconsideração da personalidade jurídica
Alemão → Serick
Final do século XIX, início do século XX = surgimento da responsabilidade limitada; Objetivo = incentivar a formação de empresas
No entanto, isso foi utilizado com a intenção de prejudicar terceiros → FRAUDE
A Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica surgiu para evitar a fraude
Rolf Serick = criou uma teoria baseada nas jurisprudências dos EUA
O juiz, para evitar a realização do ilícito, diante do abuso de forma de pessoa jurídica, pode desconsiderar a separação patrimonial entre sócios e sociedade
Abuso de forma = quando a sociedade utilizava, de forma abusiva, sua condição de limitada; qualquer ato, ainda que lícito, que seja utilizado para prejudicar 
Atrelada à existência de fraude
Componentes da fraude: PREJUÍZO e MÁ-FÉ 
TEORIA SUBJETIVA / MAIOR / CLÁSSICA
Forte aspecto subjetivo = deve-se enxergar a intenção, a vontade → Difícil de verificar 
S/A = não tem como desconsiderar a personalidade jurídica dos acionistas, uma vez que este não possui poderes de administração
Surgiu como meio de preservar as sociedades limitadas, punindo aqueles que a utilizam de forma abusiva
A desconsideração é EPISÓDICA → apenas naquele caso em que foi desconsiderada pelo juiz
Hipótese em que um sócio (administrador; A – 99% // B – 1%) agiu de má-fé e o outro não: o entendimento da jurisprudência é que o sócio B foi omisso. A responsabilidade é solidária - Todos respondem pelo todo
Com o passar do tempo, a Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica sofreu variações:
TEORIA SUBJETIVA = para haver desconsideração da personalidade jurídica, é necessário que reste comprovada a fraude e a má-fé do agente 
TEORIA OBJETIVA = tem que haver confusão patrimonial (quando tem-se o mesmo gerenciamento em duas empresas). Ex.: Pai e Mãe são sócios de um Posto de Gasolina e, os filhos, da Loja de Convivência 
TEORIA INVERSA = o sócio coloca o seu patrimônio em uma sociedade, para não pagar os credores. Então, desconsidera-se o patrimônio da sociedade. Esta teoria surgiu na Vara da Família (PJ pagando dívida dos sócios)
TEORIA MENOR = basta provar que houve prejuízo. Ocorre na Justiça do Trabalho. Se não houve pagamento da verba trabalhista por parte da sociedade, os sócios pagarão

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