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Metástases tumorais Letícia Wanderley Gabrielle Tenório Raphael Tenório Daniel Galvão Miguel Metástase CONCEITO Disseminação das células tumorais para tecidos distantes de onde o processo neoplásico e iniciou. Apenas tumores malignos produzem metástase. No local onde ocorre o extravasamento a distância, há liberação de fatores angiogênicos que promover a nutrição do tumor e seu crescimento. INVASÃO X METÁSTASE INVASÃO: células neoplásicas penetram os tecidos vizinhos, mantendo continuidade anatômica com a massa neoplásica de origem. METÁSTASE: crescimento à distância sem continuidade anatômica com a massa neoplásica de origem. Metástase: vias de disseminação VIAS DE DISSEMINAÇÃO Implante direto nas cavidades corporais ou nas superfícies - Principalmente a cavidade peritoneal Disseminação linfática - Preferível dos carcinomas Disseminação hematogênica - Preferível dos sarcomas Mecanismo de metástase Para que a célula neoplásica obtenha sucesso na metastatização ela deve inicialmente se destacar do tumor primário. Invadir e migrar nos tecidos adjacentes. Infiltrar e sobreviver na corrente circulatória. Aderir e atravessar os capilares sanguíneos. Sobreviver em um tecido estranho ao de sua origem. ESTADIAMENTO A necessidade de se classificar os casos de câncer em estádios baseia-se na constatação de que as taxas de sobrevida são diferentes quando a doença está restrita ao órgão de origem ou quando ela se estende a outros órgãos. O estadiamento serve para prognóstico e tratamento do câncer. Tipo de câncer e localização. Estágio, tamanho e se atingiu outras partes do corpo. Idade e estilo de vida do indivíduo.Resposta ao tratamento. TC e rm TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Pode ser exame padrão outro para alguns tumores. Faz estadiamento, metástases e avalia cadeia linfonodais regional. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Restrita para casos em que há DÚVIDA em relação a um nódulo no fígado ou alteração na PELVE. CA de colo de útero: pede diretamente a RM da pelve e TC de abdome superior. CA de próstata e canal anal: pede diretamente a RM da pelve PET-TC Capta os sinais de radiação emitidos pelo elemento radioativo injetado junto com a glicose (FDG – fármaco glicose marcada: vai para onde há alto metabolismo glicolítico), transformando-os em imagens e mostrando os lugares com esse metabolismo glicolítico elevado. Pesquisa de metástases múltiplas e localização de tumores primários ocultos. OBS: a gordura marrom capta muita glicose, bem como o córtex cerebral. Além disso, a bexiga é a via de excreção do FDG e, consequentemente, irão brilhar mais no exame, aspecto NORMAL. Metástases das neoplasias pulmonares Via hematogênica Metástase pleural Metástase para linfonodos regionais Metástase Óssea ocorre em 30-40%, envolvendo vértebras, costelas e ossos pélvicos Metástase hepática Metástase nas adrenais Metástase cerebrais Metástases pleurais São comuns em tumores de pulmão Podem ocorrer por disseminação hematogênica ou linfagítica Derrames pleurais são suspeitos para malignidade quando unilaterais, tendo relação direta com o aumento da faixa etária e o volume do derrame, e quando bilateralmente, com a área cardíaca normal, são responsáveis por até 50% dos casos O diagnóstico pode ser feito por USG, TC (com contraste), RM e PET-CT Os achados de nódulos e espessamentos pleurais são mais específicos, mas tem a sensibilidade menor que 50%. Os achados de espessamento pleural, mediastinal ou circunferencial são suspeitos para malignidade Metástase Nas adrenais RM Biópsia por agulha fina TC Investigação inicial Principais tumores: linfoma, melanoma, pulmão, estômago, fígado, pâncreas e rins (mais comum a ocorrência de metástase com os carcinomas). APRESENTAÇÃO MASSAS FOCAIS UNILATERAIS BILATERAIS Achados imaginológicos mais sutis ALTERAÇÕES CONTORNO DIMENSÕES CARACTERÍSTICAS INTERNAS USG: Metástases sólidas com ecogenicidade heterogênea, geralmente menor que a gordura adjacente. TC: As lesões maiores podem apresentar hemorragia e necrose, e as menores podem ser homogêneas. RM: Lesões com sinal hipointenso em T1 e intermediário em T2. Podem exibir hipersinal em T2, simulando feocromotocicoma, e as metástases de melanoma podem apresentar hipersinal em T1. Sequência de chemical shift: Ajudam a excluir doença metastática na adrenal. Contraste: Maiores massas podem exibir reforço periférico e irregular, e podem invadir órgãos adjacentes como os rins. As metástases hipervasculares podem ser semelhantes ao feocromotocicoma, particularmente as lesões de carcinoma de células renais. Metástases cerebrais TUMORES PRIMÁRIOS MAIS FREQUENTES QUE CAUSAM MAMA TIREOIDE MELANOMA PULMÃO TGI Pode haver tanto comprometimento meníngeo como encefálico EXAMES DE ESCOLHA TC COM OU SEM CONTRASTE RM COM CONTRASTE LESÕES ISO OU HIPOINTENSAS EM T1 LESÕES HIPERINTENSAS EM T2 OU FLAIR LESÕES HIPO OU ISOATENUANTES, CIRCUNDADA POR EDEMA VASOGÊNICO Metástases ósseas Representa 30 a 70% do casos de câncer, sendo o de mama a principal causa em mulheres e o de próstata nos homens, seguidos por pulmão em ambos os sexos. Sendo a principal forma de disseminação a hematogênica(sistema venoso). As metástases ósseas podem ser classificada em três tipos: Osteoblástica (hiperdensa) Osteolítica (hipodensa) Mista Radiografia simples Apropriado para indicar lesões corticais, embora não avalie a integridade da medula óssea. A principal limitação é a necessidade de uma destruição óssea considerável para que possa ser detectável. Tomografia computadorizada Apresenta boa relação anatômica e bom contraste do osso em relações as partes moles. Requer uma destruição óssea considerável para visualização de uma metástase, fazendo com que a sensibilidade do exame não seja tão alta na detecção precoce. Não tem boa sensibilidade para visualização de lesões medulares. Ressonância magnética Tem boa relação espacial e de contraste. Método de escolha na avaliação de cometimento de medula óssea, permitindo inclusive diferenciar entre medula hematopoiética e não hematopoiética. A medula normal apresenta hipersinal em T1, enquanto metástases apresentam áreas de hiposinal em T1 e T2. Superior a TC na diferenciação de causas benignas ou malignas de compressão medular. Cintilografia Óssea É o exame de escolha para pacientes de alto risco ou com suspeita de metástases ósseas, como nos tumores avançados de próstata e mama. Mais comumente utilizado pela sua alta disponibilidade, possibilidade de visualização de todo esqueleto com uma baixa dose de radiação e bom custo benefício. O radiofármaco utilizado é o metilenodifosfonado marcado com tecnécio-99m(MDP-9mTc), concentrando-se nas células de maior atividade É o exame de imagem com maior sensibilidade global quando se incluem todos os tipos de metástase. Adenocarcinoma colorretal O adenocarcinoma colorretal pode disseminar-se: Através da parede do intestino até a gordura pericolônica e o mesentério, invadindo os órgãos adjacentes; Através dos linfáticos para os linfonodos regionais; Através da veia porta para o fígado (mais frequente, quase metade dos casos); Para toda a cavidade peritoneal, para os ossos e pulmões; METÁSTASE HEPÁTICA ULTRASSONOGRAFIA: Método mais utilizado de neoplasias hepáticas oriundas do colo retal; Devido ao baixo custo, imagem em tempo real, não invasivo, ausência de radiação. Dificuldades pacientes com esteatose e lesões indeterminadas acaba sendo necessária a utilização de outros métodos. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA - Método com especificidades de 90% e sensibilidade de 87%. - Utilizada após tratamento de neoplasias primária colorretal. - Dificuldade de visualizar pequenas lesões. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Método que possui melhor visibilidade em pequenas lesões; Utilização de contrastes extra-celular como: gadopentetato e Dimeglumina; Possui padrão ouro para visualização de metástases; Raio – x Geralmente utiliza-se o raio-x de perfil em PA . Apresenta-se como uma boa sensibilidade. Não é utilizado para se fazer biopsia. METÁSTASE pulmonar METÁSTASE pulmonar TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA - TC é muito mais sensível para detecção de nódulos pulmonares, devido a ausência de sobreposição no plano axial e à alta resolução de contraste. - Se a radiografia de tórax for negativa, a TC é recomendada se a malignidade extratorácica subjacente for uma das que têm uma alta propensão para disseminação nos pulmões. - Utilizado para realização de biopsias. mETÁSTASES ORAIS Disseminação: Linfonodos submentonianos (nível Ia); Submandibulares (níveis Ib); Jugulocarotídeos altos (níveis IIa e IIb). Demais níveis Metástases: Raras no diagnóstico inicial; Não tão raras quando há recidiva; Sítios como pulmão e esterno. Câncer da Orofaringe Base da língua; Amígdalas; Palato mole; Parede posterior. Metastáses Linfonodos metastáticos são comuns; 75% dos casos; Disseminação para linfonodos retrofaríngeos não é acessível por exame clínico; Metástases bilaterais em palato mole e base de língua; Pulmões, fígado e osso como sítios mais frequentes. REFERÊNCIAS Hamm B, Mahfouz AE, Taupitz M. Liver metastases: improved detection with dynamic gadolinium-enhanced MR imaging? Radiology. 1997;202(3):677-82. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estimativas da incidência e mortalidade por câncer no Brasil em 2006 [citado em 6 mar. 2008]. Disponível em: http://www.inca. gov.br Cerfolio RJ, Allen MS, Deschamps C, et al. Pulmonary resection of metastatic renal cell carcinoma. Ann Thorac Surg 1994; 57(2):339-344. Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil, Instituto Nacional de Câncer, 2014.
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