Buscar

a04 t09

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 
O fim profissional do contrato e as 
responsabilidades 
 
O trabalho realizado em pós-venda é fundamental para o 
fortalecimento da posição do corretor junto ao seu mercado. É comum 
um comprador não gostar da oferta em carteira do corretor; portanto, 
o imóvel com as características desejadas pode estar disponível em 
outra oportunidade. 
 
A ausência de um contrato formal não quer dizer que o processo de 
término da intermediação seja efetivado. 
 
A falta de comprovação formal da relação jurídica não impede que o 
corretor venha a cobrar seus direitos como se estivesse contratado. 
Terá direito a sua remuneração em caso de sucesso, 
independentemente da exigência de formalização. 
 
O término do contrato não significa que as responsabilidades cessem. 
As regras do Código de Defesa do Consumidor – CDC deverão ser 
aplicadas à relação jurídica entre o corretor e seu cliente. Cabe 
lembrar o art. 3º e parágrafo 2º do CDC: 
 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou 
comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, 
de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter 
trabalhista. 
 
O entendimento dos tribunais é no sentido de estender a 
responsabilidade do prestador de serviços mesmo ao findar o contrato. 
 
 
 
 
 2 
Vamos supor que a venda tenha sido realizada e, concluída a 
negociação, descobre-se que o imóvel está localizado em um prédio 
que apresenta um problema sério de estrutura. 
 
Esse fato não foi comunicado ao comprador, apesar do conhecimento 
do corretor. O comprador, sentindo-se injustiçado, poderá entrar com 
ação judicial indenizatória contra o vendedor e/ou corretor de imóveis. 
 
Esse profissional, entretanto, não pode ser responsabilizado por todos 
os fatos negativos advindos da relação contratual. 
 
O cliente pode esconder informações sobre o imóvel que resultam em 
prejuízo posterior ao comprador. O profissional não pode ser 
responsabilizado por ato praticado por seu cliente em que não teve 
participação. 
 
O art. 14º parágrafos 3º e 4º do Código de Defesa do Consumidor 
reforça essa tese, em que define que o fornecedor de serviços 
responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação 
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à 
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou 
inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
 
O fornecedor de serviços só não é responsabilizado quando prova que, 
tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; ou seja, a culpa é 
exclusiva do consumidor ou de terceiro. A responsabilidade pessoal 
dos profissionais liberais é apurada mediante a verificação de culpa. 
 
Portanto, a responsabilidade pessoal do prestador de serviços é apurada; 
no entanto, caso provada a culpa de terceiro, o corretor não é 
responsabilizado pelo ato. No caso do cliente ser o causador do prejuízo, 
ele é responsabilizado. 
 
O Código de Ética do Corretor de Imóveis, em seus art. 3º e 4º, reforça a 
questão da responsabilidade do profissional e o fato de que ao exercer com 
 
 
 
 3 
zelo suas atividades ele não será responsabilizado por nenhum ato lesivo 
tanto ao seu cliente quanto ao eventual comprador do imóvel: 
 
Art. 3º Cumpre ao corretor de imóveis, em relação ao exercício da 
profissão, à classe e aos colegas [...]: 
 
VI - Exercer a profissão com zelo, discrição, lealdade e probidade, 
observando as prescrições legais e regulamentares; 
 
Art. 4º Cumpre ao corretor de imóveis, em relação aos clientes: 
 
I - Inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-
lo; 
II - Apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, 
nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos 
riscos e demais circunstâncias que possam comprometer o negócio.

Outros materiais