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ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO

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ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO
Encontramos na Constituição Federal de 1988, as regras básicas sobre a organização do Poder Judiciário. Do art. 92 ao art. 126 estabelece normas referentes ao Supremo Tribunal Federal e todos os organismos do judiciário nacional.
Dando competência a cada Estado membro e Distrito Federal de legislar sobre sua própria organização judiciária, porem deverá observar as diretrizes estabelecidas nos art. 93 ao art. 97 da Constituição, bem como o Estatuto da Magistratura. Normas essas que regulamenta a carreira de Magistratura nas questões de inicio de carreira, promoções, cursos de aperfeiçoamento, garantias e restrições.
A ESTRUTURA JUDICIÁRIA NACIONAL 
A Constituição Federal, claramente, traz nos art. 101 ao 126, a composição, a competência, forma de escolha e nomeação dos componentes de cada organismo do Poder Judiciário nacional.
Os organismos que compõe a estrutura judiciária brasileira são:
Justiça Federal;
Justiça do Trabalho;
Justiça Eleitoral;
Justiça Militar; 
Justiças Estaduais Ordinárias,
Justiças Militares Estaduais
Dentre elas, só a Justiça do Trabalho não tem competência penal alguma, e só as Justiça Militares (da União e Estaduais) não têm qualquer competência civil. Alem disso, as Justiças exercem igualmente competência civil e criminal.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)
Com sede na capital da União e competência sobre todo território nacional, o Supremo Tribunal Federal representa o ápice da estrutura do judiciário nacional e articula-se quer com a Justiça Comum, quer com as Especiais, funcionando como a máxima instancia de superposição, em relação a todos os órgãos da jurisdição.
Conforme o art. 101 da CF, o STF compõe-se de onze Ministros, escolhidos entre os cidadãos de mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos de idade, notável saber jurídico e reputação ilibada.
No parágrafo único do mesmo artigo trás que os Ministros do STF serão nomeados pelo Presidente da Republica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
O art. 102 prevê a competência do STF da guarda da Constituição Federal, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
 b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; 
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; 
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; 
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)
Encontra-se logo abaixo do STF, também com sede no Distrito Federal e tem competência em todo território nacional.
O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros conforme art. 104 da CF.
Parágrafo único prevê que os Ministros serão nomeados pelo Presidente da República, dentre os brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela a maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
Um terço dentre os juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em listra tríplice elaborada pelo próprio tribunal.
Um terço em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados de forma no art., 94 da CF.
Compete ao Superior Tribunal de Justiça (art.105 da CF):
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáuticaou do próprio Tribunal; 
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de executar as cartas rogatórias; 
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correcionais, cujas decisões terão caráter vinculante.
 
TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS
É definida no art. 106 da Constituição Federal. E no art. 107 define a composição de no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre os brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
Um quinto dentre os advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
Os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente. A composição dos Tribunais Regionais Federais obedece também ao disposto no art. 94 da CF quanto ao “quinto constitucional”
São cinco os Tribunais Regionais Federais, cada um exercendo jurisdição de uma determinada região.
A 1ª Região compreende o distrito Federal e os Estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Mato Grosso, Amapá, Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia, Minas Gerais. Tendo sua sede em Brasília.
A 2ª Região compreende os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Tendo sua sede localizada na cidade do Rio de Janeiro.
A 3ª Região compreende os Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Sua sede encontra-se na cidade de São Paulo.
 A 4ª Região compreende os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Com sede em Posto Alegre.
A 5ª Região, por fim, compreende os Estados de Pernambuco, Ceará, Rio grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe. Com sua sede localizada em Recife.
O art. 108 traz a competência dos Tribunais Regionais Federais, sendo:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
JUIZES FEDERAIS
A 	expressão “juízes federais”, empregada pelo inciso II do art. 106 da CF significa “justiça federal comum” de primeira instância, isto é, aqueles órgãos jurisdicionais que não tem competência para matéria trabalhista, eleitoral ou militar mas, diferentemente, para apreciar e julgar causas que envolvam matéria cível e penal, a “jurisdição comum”.
O art. 109 da CF define a competência da Justiça Federal de primeira instância que podem processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; 
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o executar, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no forodo domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
CONSELHO DE JUSTIÇA FEDERAL
O Conselho de Justiça Federal foi previsto desde a Constituição Federal de 1988 e disciplinado originalmente pelos art. 6º a 8º da Lei nº 7.746/1989. Tendo como finalidade precípua de exercer a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de 1º e 2º ] graus como órgão centralizador das informações estratégicas daquele sistema em todo território brasileiro, alem de deter poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.
O Conselho é composto por dez membros: o Presidente, o Vice-Presidente e outros três Ministros a serem eleitos, todos do Superior Tribunal de Justiça, e pelos Presidentes dos cincos Tribunais Regionais Federais. Sua presidência é exercida pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça e o Ministro mais antigo exercerá as funções de Corregedor-Geral.
ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO E APERFEICOAMENTO DE MAGISTRADOS (ENFAM)
A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, funciona junto ao Superior Tribunal de Justiça, sendo criada na Emenda Constitucional nº 45/2004. Ela exerce a função de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e a promoção na carreira e a formação e aperfeiçoamento de magistrados
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)
 
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi criado e instituído pela Emenda Constitucional n° 45/2004, sendo composto por 15 Conselheiros e presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Foi formalmente instalado no dia 14 de junho de 2005. 
Trata-se de Órgão Administrativo auxiliar do Poder Judiciário encontrando-se na mesma linha de hierarquia do Supremo Tribunal Federal. Ao CNJ “compete o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário além de fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura.”
Os Conselheiros serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. A nomeação do Presidente prescindirá das seguintes indicações: o STF indica três Conselheiros: um ministro do próprio tribunal, um desembargador de Tribunal de Justiça e um juiz estadual; o STJ indica três Conselheiros: um ministro do próprio Tribunal que oficiará como Corregedor Nacional, um juiz do Tribunal Regional Federal e um juiz federal; o TST indica três Conselheiros: um ministro do próprio Tribunal; um juiz do Tribunal Regional do Trabalho; e um juiz do trabalho; ao Procurador-Geral cabe a indicação de dois Conselheiros: um do Ministério Público da União e outro do Ministério Público estadual; o Conselho Federal da OAB indica dois Conselheiros dos quadros da advocacia; e por fim mais dois cidadãos de notório saber jurídico e de conduta ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. Os Conselheiros deverão ter mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco, para exercerem um mandato de dois anos, sendo admitida somente uma recondução. 
Com essa distribuição temos nove membros do Poder Judiciário, dois membros do Ministério Público, dois membros da classe dos advogados e dois cidadãos de notório saber jurídico e conduta ilibada. Essa composição heterogênea propicia ao Conselho opiniões importantes de todos os seguimentos do meio jurídico o que, a meu ver, possibilita uma compreensão significativa do papel do Conselho na atuação de todas as instâncias e Estados da Federação. 
O CNJ é órgão administrativo e não jurisdicional, essa informação é essencial para analisar a sua atividade e atuação perante os demais órgãos do Poder Judiciário. 
O desenvolvimento de um mapeamento estatístico com a finalidade de conhecer bem os números para apontar soluções viáveis, deve ser prioridade para qualquer organização. Com esta finalidade o CNJ desenvolveu o projeto “Justiça Aberta” com o objetivo de colher informações de todos os tribunais estaduais e federais do país visando gerar um banco de dados capaz de apontar os buracos existentes em cada tribunal. 
Ainda em fase de elaboração, esse projeto visa a melhoria nos serviços notórias e judiciais de todo o país, bem como uma proposta de independência financeira do Judiciário que hoje depende do repasse do Executivo.
As atribuições do CNJ, dentre outras atribuições do Conselho podemos citar algumas como: zelar pela autonomia do Poder Judiciário; definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação institucional do Poder Judiciário; elaborar e publicar semestralmente relatório estatístico sobre movimentação processual e outros indicadores pertinentes à atividade jurisdicional em todo o país.
A exigência imposta pelo CNJ aos Tribunais referente aos relatórios de estatística sobre a movimentação dos processos, implica na obrigação indireta da melhoria da tramitação processual, nas cobranças de produtividade e na análise que indicam as falhas e demora injustificáveis, que refletem na insegurança jurídica. 
A Corregedoria Nacional de Justiça é o órgão responsável pelo recebimento e apuração das reclamações disciplinares, podendo determinar instauração de sindicâncias, correições ou inspeções em qualquer Tribunal, por iniciativa própria ou requerimento do Plenário. Compete, ainda, à Corregedoria do CNJ avocar processos disciplinares que se encontram em tramite em qualquer Corregedoria-Geral dos Tribunais do país, expedir instruções e provimentos.
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA E JUÍZES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
De acordo com o art. 125, caput, a organização das Justiças Estaduais e do Distrito Federal observara os “princípios estabelecidos nesta Constituição”, levando em conta também as expressas diretrizes constantes do seus parágrafos.
Com relação ao Poder Judiciário do Distrito Federal, é importante destacar que ele é organizado e mantido pela União Federal.
A Justiça Estadual e Distrital de primeira instancia e estruturada de acordo com os princípios da Constituição Federal, bem como pelas ditadas pelo Estatuto da Magistratura e pelas Constituições dos Estados. No Estado de São Paulo, a legislação básica sobre a organização da Justiça ordinária reside também do Código Judiciário do Estado de São Paulo.
 
JUSTIÇA MILITAR E ESTADUAL
Com base no permissivo constitucional, a Constituição do Estado de São Paulo mantém a Justiça Militar Estadual, cuja competência abrange os crimes militares dos quais sejam acusados os integrantes da Polícia Militar (inclusive bombeiros), assim como as ações judiciais contra os atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vitima for civil, cabendo ao Tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
São órgãos da Justiça Militar do Estado de São Paulo os Conselhos de Justiça (primeiro grau de jurisdição) e o Tribunal de Justiça Militar (segundo grau). Nos Estados em que o efetivo d Polícia Militar não supere vinte mil integrantes, não existe Tribunal de Justiça Militar e os julgamentos em segunda instância, nos feitos de competência dessa Justiça, competem ao Tribunal de Justiça. 
JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO
São órgãoda Justiça Militar da União, dotados de competência exclusivamente penal, o Superior Tribunal Militar e o Conselho de Justiça Militar, estes em primeiro grau de jurisdição.
O Superior Tribunal Militar, com sede no Distrito Federal e competência sobre todo o território nacional, compõe-se de quinze Ministros, todos brasileiros. A nomeação é feita mediante escolha do Presidente da República após aprovação do Senado Federal. Sendo dez militares (das três armas) e cinco civis (dois dos quais escolhidos dentre auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar). Tendo competência originária e recursal, sendo que esta se refere, em princípio, aos processos de competência originária dos conselhos.
JUSTIÇA ELEITORAL
Compõe-se a Justiça Eleitoral dos seguintes órgãos: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regionais Eleitorais, Juntas Eleitorais, Juízes Eleitorais ( de todos, só as Juntas não tem competência penal).
O Tribunal Superior Eleitoral, órgão máximo dessa Justiça especial, com sede no Distrito Federal e competência em todo Brasil, compõe-se de sete membros: três Ministros do STF, dois do STJ e dois advogados escolhidos pelo Presidente da República de uma lista sêxtupla. Tem competência originaria e recursal, sendo estas os recursos de decisões proferidas pelos Tribunais Regionais.
Há um Tribunal Regional Eleitoral no Distrito Federal e um em cada Estado. Os juízes eleitorais são os próprios juízes de direito estaduais vitalícios que exercerão jurisdição nas zonas eleitorais, tendo competência eleitoral civil e penal.
As Juntas Eleitorais compõe-se de um juiz eleitoral e mais dois a quatro cidadãos de notória idoneidade, estes nomeados pelo presidente do Tribunal Regional, mediante aprovação deste.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Os órgãos da Justiça do Trabalho são: Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho, conforme art. 111 da CF.
O Tribunal Superior do Trabalho, órgão de cúpula dessa Justiça especial, com sede na capital federal e competência em todo território brasileiro, sendo composto por vinte e sete Ministros togados e vitalícios, escolhidos entre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos de idade, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal. Um quinto de seus componentes vem do Ministério Público do Trabalho e da advocacia e os demais são escolhidos entre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho.
Bibliografia:
CINTRA, Antonio Carlos de Araujo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DIMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. 22. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2006
Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988.

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