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CASOS CONCRETOS

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Direito Penal 04
Semana 01
Caso concreto 01
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: Sim, de acordo com o artigo 327, CP, “ Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. ”
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente. 
Resposta: A conduta de Ronaldo Esperto se tipifica no crime de corrupção passiva, definido no art. 317 do CP como: “solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. Corrupção passiva consumada, o crime de corrupção passiva já é configurado pelo simples ato de solicitar ou receber vantagem indevida, sem que seja necessário que a pessoa solicitada atenda ao pedido.
Questão objetiva. Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável. 
b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que o sujeito ativo,funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração pública. 
c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador. 
d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP) e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado. 
e) Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como delito material, operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada.
Resposta: Sim, de acordo com o artigo 327, CP, “ Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. ”
Semana 02
Caso concreto 02
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Art 331, CP Desacato é quando o individo agredir verbalmente o agente público. Já o 
Art 329,CP Resistência, já que naquele eventual violência ou ameaça perpetrada contra funcionário público, como vimos Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário. 
Art 330, CP Desobediência ocorre quando o sujeito ativo da prática delitiva não atende a ordem legal emanada por funcionário público competente, através de um comando expresso àquele que tem o dever jurídico de obedecer. E no caso cima Flaviano não obedece a ordem do funcionario publico.
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? 
Responda de forma objetiva e fundamentada. Flaviano Bom de Tinta responderá nos art´s 329 e 330 do CP. Por Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário e Flaviano não obedece a ordem do funcionario publico. 
Questão objetiva. Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: 
I ? Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. 
II ? O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em Mandado de Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação.
 III ? Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem indevida, é necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular.
 IV ? Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa. 
V ? No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, não
incorre em corrupção ativa. 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. 
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras.
Semana 03
Caso concreto 03
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: A capitulação correta é crime da favorecimento real, conforme previsão do artigo 349 do CP, pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do roubo do veículo cometido por Arnaldo. Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já ele não agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do mesmo.
 b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO? 
Resposta: A menoridade de Arnaldo apenas o torna inimputável e, assim, fica isento de pena, mas sujeito à medida socioeducativa conforme previsto no ECA. Portanto, essa inimputabilidade do agente que cometeu o crime anterior, Arnaldo, é irrelevante para a tipificação da conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. Arnaldo incorreu no crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP.
Questão objetiva. 
Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando-se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste casoXisto cometeu crime de 
a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço. 
b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de um terço. 
c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. 
d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer majoração. 
e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração.
CASOS CONCRETOS – DIRIETO PENAL IV – ESTÁCIO
Caso concreto 01
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas:
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais?
Responda de forma objetiva e fundamentada.
R= Sim, conforme no art 327 CP , Ronaldo esperto é considerado funcionário público por está exercendo o cargo.
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou
tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer
montante ao agente.
R.= A conduta de Ronaldo esperto se tipifica no crime de corrupção passiva definido no art. 317,CP.
Questão objetiva.
Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta.
a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável. ( o crime de denunciação caluniosa no art. 339 ,cp., além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vitima determinada, ou ,ao menos, determinável.)
b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que
o sujeito ativo,funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração pública.
c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador.
d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP) e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado.
e) Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como delito material, operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada.
Caso Concreto 02
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas:
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada.
*Art 331 CP Desacato é quando o individo agredir verbalmente o agente público. Já o *art 329 Resistência, já que naquele eventual violência ou ameaça perpetrada contra funcionário público, como vimos Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário. *Art 330 Desobediência ocorre quando o sujeito ativo da prática delitiva não atende a ordem legal emanada por funcionário público competente, através de um comando expresso àquele que tem o dever jurídico de obedecer. E no caso cima Flaviano não obedece a ordem do funcionário publico.
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Flaviano Bom de Tinta responderar nos art´s 329 e 330 do CP. Por Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário e Flaviano não obedece a ordem do funcionario publico.
Questão objetiva.
Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta:
I ? Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Art. 319,cp
II ? O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em Mandado de Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação.- desobediencia
III ? Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem indevida, é necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular.- crime formal
 IV ? Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa.obs. previlegiada
V ? No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, não incorre em corrupção ativa.( – concussão- verbo exigir)
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras.
b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras.
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras.
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras.
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras.
Obs- apenas as assertivas I e V são verdadeiras
Caso concreto 3
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: A capitulação correta é crime da favorecimento real, conforme previsão do artigo 349 do CP, pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do roubo do veículo cometido por Arnaldo.
Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já ele não agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do mesmo.
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO?
R: A menoridade de Arnaldo apenas o torna inimputável e, assim, fica isento de pena, mas sujeito à medida socioeducativa conforme previsto no ECA. Portanto, essa inimputabilidade do agente que cometeu o crime anterior, Arnaldo, é irrelevante para a tipificação da conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. Arnaldo incorreu no crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP.
Questão objetiva.
Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando-se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é instauradopela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de
a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço.
b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de um terço.
c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte.
d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer majoração.
e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração.
Letra: C
CASO CONCRETO SEMANA 4
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre ocrime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de20 anos e cerca de um 1,80m de altura.
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às questões formuladas:
a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada.
De acordo com o tribunal o STF preve que a sumula 610 STF se consuma o crime mesmo não havendo subtraçao da coisa.
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada.
De acordo com a lei 8.072/90 do artigo 2 §2 o Motoquerio sendo Reincidente ele poderá progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Reincidente por crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007.
Questão objetiva
A respeito do que dispõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei n.º 8.072/1990, assinale a opção correta.
a) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo.
b) A prática de racismo constitui crime hediondo, inafiançável e imprescritível.
c) A tortura é crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia.
d) O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra parente consanguíneo até o quarto grau de agente da segurança pública, em razão dessa condição.
e) A lei penal e a processual penal retroagem para beneficiar o réu.
Caso concreto 5
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus-tratos, previsto no art.136,§1º, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta.
R: Não se configura crime de maus tratos, uma vez que no crime de maus tratos o agente visa educar a vítima mas acaba se excedendo no meio adotado para castigar visando educar. Se configura tortura castigo pois o dolo do agente é de dano, de causar intenso sofrimento físico ou mental à vítima. Caracterizado o crime de tortura. Lei n 9.455/97
QUESTÃO OBJETIVA
Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de esforços e desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento físico a Nicanor. Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, mesmo possuindo atribuição investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. Nesse contexto é correto afirmar que:
X a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é equiparada a crime hediondo.
b) o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.
c) O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.
d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455.
e) o policial militar cometeu crime militar, não hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.
Letra: A
Caso concreto 6
1) LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput, da Lei n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente:
atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância;
desclassificação para o delito de porte de drogas para uso.
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de aplicação das teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada
R: O entendimento que prevalece é pela não aplicabilidade do princípio da insignificância haja vista que é um crime de perigo abstrato e que tem como bem jurídico tutelado a saúde pública. Portanto a conduta ultrapassa a esfera pessoal do acusado e atinge toda a coletividade, em face da própria potencialidade ofensiva em delito de porte de drogas.
Questão Objetiva:
Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela
a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato.
b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à comunidade e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa.
c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo.
X d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial.
Letra D
Caso concreto 8
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com drogas e uma escopeta emFortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado negou ainda o direito de recorrer em liberdade. “A gravidade dos crimes imputados ao réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à saúde pública, justificam a segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem pública e a aplicação da lei penal, em caso de confirmação desta condenação”, destacou o juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais militares notaram uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por receber, guardar e distribuir no Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. Habeas corpus negado: A Justiça do Ceará também negou habeas corpus para Marcos Aurélio de Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante de uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros estados brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da operação, ele estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por policiais civis que estavam investigando, há vários meses, a existência e atuação da organização criminosa no Ceará. Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa para fins de tráfico de drogas.
R: Organização criminosa é preciso ao menos 4 integrantes, associação criminosa seria como um crime subsidiário e é requisitado ao menos 3 pessoas e só para cometer CRIMES, já a associação para o tráfico de drogas é um crime especial e o requisito são 2 ou mais pessoas, aplica-se o princípio da especialidade.
b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque.
R: Aplica-se a lei de drogas pelo princípio da especialidade, ainda que haja uma estrutura organizada, com 4 ou mais pessoas, irá se aplicar o Art. 35 da lei de drogas.
QUESTÃO OBJETIVA.
O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma conhecimento da existência de organização criminosa que atua na área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de grande gravidade. No curso das investigações, determinado indiciado procura o Ministério Público, acompanhado de seu advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos demais coautores. Para tanto, solicita esclarecimentos sobre os requisitos, pressupostos e consequências dessa colaboração. No caso, o Promotor de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as previsões da Lei nº 12.850/13, que:
a) considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser proferida com fundamento, apenas, nas declarações do agente colaborador;
b) em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13 não admite que o Ministério Público requeira ao magistrado a concessão de perdão judicial ao colaborador,
apesar de ser possível o requerimento pelo reconhecimento de causa de diminuição de pena;
c) a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação da sentença, de modo que qualquer auxílio após poderá apenas ser considerado como atenuante inominada;
d) de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização do acordo de colaboração contarão com a participação do magistrado, do Ministério Público e do acusado com seu defensor, podendo, ainda, haver contribuição do delegado de polícia;
X e) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.
Letra E
Caso concreto 9
Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. Indagado por policiais, informou que tinha conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas que não tinha a intenção de utilizálas, mas, de tornar-se um colecionador de armas, pois acreditava ser esta conduta permitida por lei. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda de forma objetiva e fundamentada às questões:
a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO?
R: Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma, configurando assim apenas uma irregularidade administrativa.
Já a segunda corrente entende que o caracterizaria o crime de posse ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, uma vez que que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo que autorizado a adquirir a arma, somente poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser renovado por meio de comprovação periódica.
b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas?
R: A tese defensiva seria a de mera infração administrativa, não respondendo assim por crime.
QUESTÃO OBJETIVA.
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, assinale a resposta correta.
a) O crime previsto no art. 14 do Estatuto (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) versa sobre armas de fogo e munições, não contem plando os acessórios entre suas elementares.
b) Entende-se como posse de arma de fogo a conduta de possuir ou manter arma em casa ou local de trabalho, qualquer que seja ele, em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
X c) Comete o crime do art. 14 do Estatuto o praticante de tiro esportivo que transporta arma de fogo municiada, quando a guia de tráfego autoriza apenas o transporte de arma desmuniciada.
d) Para a consumação da infração penal prevista no art. 13 do Estatuto, basta que o sujeito ativo omita as cautelas necessárias para impedir que pessoas menores de 18 anos ou portadores de deficiência mental se apoderem de munições.
e) O porte de simulacro de arma de fogo de uso restrito caracteriza o crime previsto no art. 16 do Estatuto.
Letra: C
Caso concreto 10
No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Estrada Velha de Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor caminhão VW, placa KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, o denunciado praticou lesão corporal na direção de veículo automotor, obrando com imperícia e causando lesões em FERDINANDO, descritas no Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de Delito. Momentos após, no mesmo local, NORBERTO, também de forma livre e consciente, desacatou funcionários públicos no exercício das suas funções. Na ocasião dos fatos, a vítima FERDINANDO estava trafegando na mesma Estrada quando, ao reduzir a velocidade para passar por quebra-molas, sentiu um forte impacto na traseira do seu veículo, qual seja, um FIAT UNO, cor vermelha, placa KYY- 1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na outra pista, quase colidindo com uma motocicleta que trafegava no sentido contrário. A colisão, que geroulesões corporais na vítima, foi provocada pelo denunciado, que dirigia embriagado e de maneira imprudente. Pouco depois, os policiais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local dos fatos, momento em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou de "viados", "policiais de merda", "ladrões", incitando-os a "cair na porrada". Em sede policial, o denunciado assumiu a prática do fato delituoso afirmando, para tanto, que, no dia dos fatos, estava embriagado e, conduzindo um caminhão, colidiu na traseira de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os policiais."
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do Delito e nos delitos previstos na Lei.9503/1997, indaga-se: qual a correta tipificação da conduta de NORBERTO? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Existem duas correntes que disputam este tema:
O agente responderá tanto pelo artigo 306 (embriaguez ao volante) quanto pelo artigo 303 do CTB, em concurso material. 2ª Corrente (Guilherme Nucci) entende que toda vez que tiver no mesmo contexto de fático o crime de perigo e o crime de dano, o segundo crime absorverá o primeiro, aplicando-se o princípio da consunção.
Quanto ao crime de desacato a doutrina entende que o fato dele estar embriagado ou mesmo com comportamento alterado não exclui o dolo para a pratica deste crime contra a administração da justiça.
QUESTÃO OBJETIVA.
Ao manobrar veículo automotor no interior de uma garagem particular, Felisberto, descuidadamente, atropela a amiga Marinalva, que orientava a manobra, a qual sofre lesões corporais de natureza leve. Durante a investigação do fato, descobre-se que Felisberto não possuía permissão ou habilitação para dirigir veículos automotores. Contudo, logo depois, a vítima comparece à Delegacia de Polícia e se retrata da representação anteriormente oferecida. Passados seis meses, é correto afirmar que Felisberto:
a) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (art. 303 da Lei n° 9.503).
X b) não poderá ser criminalmente responsabilizado.
c) poderá ser criminalmente responsabilizado por contravenção penal de dirigir veículo sem habilitação (art. 32 do Decreto-Lei n° 3.688).
d) poderá ser criminalmente responsabilizado por dirigir veículo automotor sem permissão ou habilitação, ou quando cassado o direito de dirigir (art. 309 da Lei n° 9.503).
e) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor majorada (art. 303, parágrafo único, da Lei n° 9.503).
Letra B
Foi instaurado inquérito policial pela Delegacia de Polícia Fazendária SR/DPF/RJ, em face de FERNANDO ALBERTO CHIQUE, com o fim de investigar suposto delito de sonegação fiscal, relativo à declaração do IRPF, entre os anos 2002 a 2005. Sendo certo que ainda tramitava procedimento administrativo-fiscal quando da instauração do inquérito policial, FERNANDO ALBERTO CHIQUE impetrou Habeas Corpus com vistas ao trancamento da ação penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a ordem econômica, indaga-se:
a) Identifique, sob o aspecto jurídico-penal, as condutas de sonegação fiscal na Legislação Penal Especial?
RESPOSTA: Condutas omissivas e comissivas. o elemento subjetivo dos crimes de sonegação fiscal consiste na vontade livre e consciente de praticar as condutas típicas, a saber as do Art 1º e 2º da Lei nº 8.137/90:
b) Qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de trancamento da ação penal?
RESPOSTA: A tese defensiva apresentada no habeas corpus é de que há necessidade que se tenha uma decisão definitiva no procedimento administrativo-fiscal em trâmite, isso tudo com base na Súmula Vinculante nº 24 do Supremo Tribunal Federal: “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.
QUESTÃO OBJETIVA.
Relativamente aos crimes contra a Ordem Tributária, a pena de multa será fixada.
RESPOSTA: A) entre dez e trezentos e sessenta dias -multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
CASO CONCRETO 12
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas:
CELSO, conhecido como Professor Celso, foi denunciado por ter estabelecido e explorado atividade irregular de Educação Infantil e Ensino Fundamental, bem como por ter promovido publicidade e celebrado contratos, omitindo de seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar. Tal denúncia teve por objeto a notícia crime apresentada por NAYAR A, mãe de alunos da referida escola, sob a alegação de que a escola contratada não estava apta a oferecer os serviços relativos à educação fundamental e no momento que optou por rescindir o referido contrato descobriu a inexistência da referida autorização, tendo sido necessário o ajuizamento de Ação de Reparação de Danos perante o Primeiro Juizado Especial Cível da Comarca da Capital.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra as relações de consumo, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a correta capitulação da conduta de CELSO?
R: A conduta de Celso se capitula no Art. 66 e 67 do Código de Defesa do
Consumidor, pois Celso promoveu publicidade (enganosa) e celebrou contratos, omitindo de seus contratante s que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria d e Estado de Educação do
Estado para funcionar, tu do previsto como infração penal no CDC, o u seja, capitulado nos seguintes artigos:
Art. 6 6. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.
§ 2º Se o crime é culposo;
Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:
Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
Questão objetiva
Ana contratou Cláudio, prestador de serviços, para consertar seu aparelho de televisão. Sem autorização de Ana e sem motivo justo, Cláudio uti lizou, dolos amente, peças de reposição usadas na reparação do aparelho. Nessa situação hipotética, a conduta de Cláudio é considerada
a) crime previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Art. 70,CDC
b) crime previsto no CP.
c) crime previsto na Lei n.º 8.137/1990, que define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências.
d) atípica, pois não há lei que preveja essa conduta como crime.
 e) contravenção penal.
R.: LETRA A
Plano de Aula: 13
Operação investiga empresa suspeita de lavagem de dinheiro em Jundiaí
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta sexta-feira (25).
Operação está relacionada com as atividades da empresa RDA.
(disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-
jundiai/noticia/2016/11/operacao-investigaempresa-suspeita-de-lavagem-de-
dinheiro-em-jundiai.html; atualizado em: 25/11/2016)
A Polícia Civil de Jundiaí (SP), por meio da Delegacia de Investigações Gerais
(DIG), cumpre 12 mandados busca e apreensão nesta sexta-feira (25), em uma
megaoperação que visa levantar informações e documentos de um esquema
de captação e lavagem de dinheiro. A operação está relacionada com as
atividades da empresa RDA de Jundiaí, que é investigada por fazer a captação
de recursos de várias pessoas e pagar uma taxa de juros muito superior ao que
é determinada pelo mercado. Desde 2014 os clientes desta empresa tentam
recuperar o dinheiro que investiram, sem sucesso. Durante a manhã, foram
apreendidos diversos computadores, 10 laptops, muitos contratos, extratos
bancários, documentos de veículos e até uma máquina para contardinheiro. “O
objetivo da operação é conseguir levantar ou pelo menos mensurar a
quantidade de vítimas, o prejuízo que elas sofreram. Além disso, é feito
também o levantamento de provas para saber o que era feito com esse
dinheiro, se ficava no Brasil ou se era aplicado”, explica o delegado da DIG de
Jundiaí, Carlos Eduardo Barbosa. Ainda segundo a polícia, a empresa fazia
contratos de gaveta para a prestação do serviço financeiro e a estimativa é que
pelo menos 10 mil pessoas tenham caído no golpe. “A gente sabe que existem
várias empresas dos mesmos donos e já temos uma movimentação financeira
apurada pelo setor em São Paulo onde foi descoberto que era tirado o dinheiro
de algumas empresas e colocadas em outras, o que não é permitido. Estamos
apurando para saber se tem mais locais que temos que levantar.” Durante o
cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais estranharam
que os suspeitos, mesmo não tendo uma fonte de renda, ostentavam moradias
e carros de alto padrão. “Das 12 residências que visitamos, algumas eram de
alto padrão, condomínios de luxo. Alguns veículos caros e é isso que
estranhamos, já que as pessoas que constam como suspeitas não teriam
condições de manter um padrão tão elevado", acrescenta o delegado da DIG.A
Polícia Civil já ouviu os envolvidos, inclusive o dono da empresa, e encaminhou
os inquéritos à Polícia Federal. Se condenados, os suspeitos podem responder
pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar a operação
da DIG.
A partir da situação narrada, identifique de forma objetiva e fundamentada a
tipificação do Delito de Lavagem de Capitais, sua finalidade, fases e técnicas.
R: Se condenados, os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato,
associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Resposta: Tipificação: Art. 1° da lei de lavagem de capitais. Todo e qualquer crime pode ser antecessor do crime de lavagem de capitais. Fases: Colação Dissimulação ou Mascaramento e Integração. Finalidade: Reintegrar valores no sistema financeiro.
QUESTÃO OBJETIVA.
Sobre o delito de lavagem de capitais, assinale a opção correta:
a) Em crimes de lavagem de dinheiro, dada a natureza do delito praticado, é
incabível a tentativa.
b) O reconhecimento do delito de lavagem de dinheiro opera a absorção do
crime anterior por este, e m virtude do concurso aparente de normas.
c) Somente responde por lavagem de dinheiro quem também foi autor do crime
antecedente.
d) A Lei nº 9.613, de 1998, não prevê expressamente o sequestro de bens em
nome do investigado , restando , para a medida assecuratória, a aplicação
subsidiária das normas processuais.
Caso concreto 14
JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre vontade e consciência, submeteu a filha adolescente E. A, de 14 anos à época dos fatos, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal, prevalecendo-se de relações domésticas e familiares. Em tese defensiva alegou não ter causado intenso sofrimento físico e mental, mas apenas ter batido na vítima com cinto sob o argumento de que a filha só queria ficar na rua, à noite e com más companhias, bem como relatou que a filha lhe disse que estava fumando NARGUILÉ, razão pela qual teria perdido o controle e batido nela, tendo a filha revidado o arranhando no rosto e braços. Dos fatos, JOSIVALDO restou denunciado pela conduta de tortura artigo 1º, inciso II c/c §4º, inciso II, da Lei 9.455/97, tendo a defesa suscitado a desclassificação para o delito de lesões corporais.Ante o exposto, com base nos estudos realizados, indaga-se:
a) Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de JOSIVALDO? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: O que ficou comprovado nos autos é que houve uma agressão, caracterizando-se o crime de lesão corporal. Não houve o dolo de causar intenso sofrimento físico e mental, mas sim o dolo de dano. A tipificação correta é lesão corporal dolosa contra sua filha.
b) Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica.
R: A violência discriminatória de gênero é praticada contra a mulher por discriminação, preconceito, superioridade física e econômica, enfim em razão da sua vulnerabilidade de sua própria constituição como indivíduo do sexo feminino. Já a violência doméstica e familiar é aquela circunstancialmente praticada contra a mulher no ambiente doméstico e familiar.
Questão objetiva
Adamastor, em ação baseada no gênero, praticou vias de fato contra sua sogra Carmelita, com quem coabitava, razão pela qual foram deferidas pelo juízo competente medidas protetivas que obrigaram o agressor a afastar-se do lar e a manter certa distância em relação à ofendida. Adamastor, no entanto, manifestou sua irresignação judicialmente, pleiteando a revogação das medidas com esteio nos seguintes argumentos:
(I) a Lei n° 11.340 não se aplicaria às relações de parentesco por afinidade; (II) igualmente, o diploma não teria incidência sobre as contravenções penais, por força de seu art. 41; e (III) a Lei n° 11.340 seria inconstitucional, por criar situação de desigualdade entre os gêneros masculino e feminino. Assim, com esteio na jurisprudência dominante nos tribunais superiores, a irresignação de Adamastor:
X a) não merece prosperar.
b) merece prosperar, com esteio no terceiro argumento.
c) merece prosperas com esteio nos dois primeiros argumentos.
d) merece prosperar, com esteio no primeiro argumento.
e) merece prosperas com esteio no segundo argumento
Letra: A
CASO CONCRETO 15
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas.
Condenado por um dos maiores crimes ambientais no PA é preso em SP (disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1732645-condenadopor-um-dos-maiores-crimes-ambientais-no-pa-e-preso-em-sp.shtml; atualizado em 22/01/2016)
O dono da empresa CBB (Companhia Brasileira de Bauxita), condenado por uma das maiores contaminações ambientais do Pará, foi preso em São Paulo na última quarta-feira (20), informou o Ministério Público do Estado. Pedro Antônio Pereira da Silva estava foragido desde novembro de 2014, quando foi decretada sua prisão preventiva. Responsável pela disposição inadequada de mais de 30 mil toneladas de resíduos tóxicos em Ulianópolis (a 390 km de Belém), Silva foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão e multa por crime ambiental e estelionato. Ele foi localizado por uma equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo no último dia 16, em um condomínio em Vinhedo, no interior paulista, e preso pela Polícia Militar. A Uspam (Usina de Passivos Ambientais), divisão da CBB, recebeu os rejeitos industriais de várias multinacionais entre 1999 e 2002 –entre elas, Pepsi, Vale, Petrobras, Shell, Brastemp, Philips e Yamaha. A Uspam deveria tratar e dar um destino final adequado aos resíduos tóxicos, que continham cloro, chumbo e pesticidas. Em dezembro, o MPE ajuizou denúncias contra 17 empresas que encaminharam seus rejeitos para a CBB, por entender que houve coautoria do crime ambiental praticado por Pedro Silva. Em nota, o Ministério Público do Pará afirma que o crime ambiental foi "um dos mais danosos já praticados contra a natureza do Estado do Pará, com repercussões gravíssimas para a flora, a fauna, os recursos hídricos e a saúde da população do Município de Ulianópolis". O órgão acrescenta que as substâncias, "em sua maioria de alta periculosidade", apresentam "elevado risco à saúde e à vida" daqueles que as manusearem ou ingerirem. Em 2003, a Justiça do Pará encerrou as atividades da Uspam, após perícias do governo do Estado apontarem contaminação do solo, com riscos à saúde humana e ao ambiente. O vazamento das substâncias era provocado por tambores danificados e chegava a atingir um rio nas proximidades da região. "Natramitação do processo criminal, ficaram evidenciados o desrespeito e o desinteresse de Pedro Antônio Pereira da Silva pela sociedade
e) A fase de layering, ou dissimulação, na lavagem de dinheiro, é aquela em
que se busca dar aos recursos financeiros a aparência de legítimos, à qual se
sucede a fase de integração (integration).
Plano de Aula: 14
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas:
 JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre
vontade e consciência, submeteu a filha adolescente E. A, de 14 anos à época
dos fatos, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico e mental,
como forma de aplicar castigo pessoal, prevalecendo -se de relações
domésticas e familiares. Em tese defensiva alegou não ter causado intenso
sofrimen to físico e mental, mas apenas ter batido na vítima com cinto sob o
argumento de que a filha só queria ficar na rua, à noite e com más companhias,
bem como relatou que a filha lhe disse que estava fumando NARGUILÉ, razão
pela qual teria perdido o controle e batido nela, tendo a filha revidado o
arranhando no rosto e braços. Dos fatos, JOSIVALDO restou denunciado pela
conduta de tortura artigo 1º, inciso II c/c §4º, inciso II, da Lei 9.455/97, tendo a
defesa suscitado a desclassificação para o delito de lesões corporais.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados, indaga-se:
a)Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de
JOSIVALDO? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: É considerado crime de tortura submeter alguém, com emprego de violência
ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar-
lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Lei n 9.945 de 1997,
Legislação Penal Especial.
b) Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica.
R: A violência de gênero (que pode ser física ou simbólica) relaciona-se com
padrões de crença sobre lugares e papéis sociais decorrentes do gênero e não
é exclusiva de mulheres e a Violência doméstica é todo tipo de violência
que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar em
comum.
Questão objetiva
Adamastor, em ação baseada no gênero, praticou vias de fato contra sua sogra
Carmelita, com quem coabitava, razão pela qual foram deferidas pelo juízo
competente medidas protetivas que obrigaram o agressor a afastar-se do lar e
a manter certa distância em relação à ofendida. Adamastor, no entanto,
manifestou sua irresignação judicialmente, pleiteando a revogação das
medidas com esteio nos seguintes argumentos:
(I) a Lei n° 11.340 não se aplicaria às relações de parentesco por afinidade; (II)
igualmente, o diploma não teria incidência sobre as contravenções penais, por
força de seu art. 41; e (III) a Lei n° 11.340 seria inconstitucional, por criar
situação de desigualdade entre os gêneros masculino e feminino. Assim, com
esteio na jurisprudência dominante nos tribunais superiores, a irresignação de
Adamastor:
a) não merece prosperar.
b) merece prosperar, com esteio no terceiro argumento.
c) merece prosperas com esteio nos dois primeiros argumentos.
 d) merece prosperar, com esteio no primeiro argumento.
e) merece prosperas com esteio no segundo Plano de Aula: 15
CASO CONCRETO 7
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi
visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência
e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi
denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas
alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se
fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA).
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas.
Resposta - Tráfico privilegiado ( art. 33, § 4°)
À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos?
Resposta - Não, pois uma vez que conhecido o privilégio, não há o que falar e m hediondez.
Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade?
Resposta - Sim, se respeitados os requisitos do art. 44, CP é perfeitamente viável a substituição de pena privativa de liberdade.
QUESTÃO OBJETIVA
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s)
(Resposta Letra C)
a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006.
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006.
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006.
e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006
AULA 01
Questão n.1 Renata conhecia Marcos, mas não sabia que ele trabalhava na divisão de recursos humanos da Caixa Econômica Federal. Os dois se encontraram numa lanchonete e ajustaram entrar no prédio da CEF, para tirar, às escondidas, alguns objetos, durante o intervalo da refeição. Ingressaram na sede da empresa e foram à sala do departamento jurídico. Estava vazia. Os servidores tinham saído para o almoço. Renata e Marcos aproveitaram a ocasião, subtraindo vários objetos - microcomputadores, cartuchos para impressoras, canetas etc - pertencentes à empresa pública federal. Dias depois, Valdomiro, que era dono de uma loja de informática e desconhecia a origem ilícita dos bens, comprou, por r$ 600,00 (seiscentos reais), os microcomputadores surrupiados, que custavam, no mercado, aproximadamente r$ 17.000,00 (dezessete mil reais)
 Com base nos estudos realizados sobre os crimes praticados por funcionário público contra a Administração Pública responda, de forma objetiva e fundamentada, qual a correta tipificação das condutas perpetradas por Renata, Marcos e Valdomiro. (PGR - 2005 procurador - modificada)
R: Valdomiro responde por receptação; Renata, por furto qualificado; Marcos, por peculato;
Questão n.2 Assinale a assertiva correta quanto ao que estabelece o Código Penal: (IESES - 2012 - TJ-RO - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento por remoção)
c) No que concerne aos crimes contra a administração pública, equipara-se a funcionário público quem tem emprego em empresa prestadora de serviço contratadapara a execução de atividade típica da Administração Pública.
Questão n.3 Particular que instiga pessoa, que sabe ser oficial do Cartório de Protesto de Títulos, a se utilizar de numerário correspondente aos títulos que lhe foram entregues, em razão do cargo, em benefício de ambos e em caráter não momentâneo, deve ser punido, caso praticado o desvio e constatada a relevância da instigação, por: (FUMARC - 2012 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Critério Provimento)
b)Peculato.
AULA 02
Questão n.1. Josefina, chefe de uma seção da Secretaria de Estado de Saúde, tomou conhecimento de que um funcionário de sua repartição havia subtraído uma impressora do órgão público. Por compaixão, em face de serem muito amigos, Josefina não leva o fato ao conhecimento dos seus superiores, para que as medidas cabíveis quanto à responsabilização do servidor fossem adotadas. Com base nos estudos realizados sobre os crimes praticados por funcionário público contra a Administração Pública responda, de forma objetiva e fundamentada, qual a correta tipificação da conduta perpetrada por Josefina: (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Delegado de Polícia : MODIFICADO)
R: Se sabendo da confusão desta questão, a banca coloca como prevaricação, mas, encontra-se elementos da condescendência criminosa.
 Questão n.2 Matias, diretor da Penitenciária XYZ, permite livremente o acesso de aparelho telefônico celular dentro da Penitenciária que dirige, o que está permitindo a comunicação dos presos com o ambiente externo. Neste caso, Matias: (FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública)
d) está praticando o crime de prevaricação imprópria.
Questão n.3 A caracterização do crime de advocacia administrativa exige que o: (FCC - 2011 - TCE-SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria Jurídica).
e) agente, além de ser funcionário público, valha-se das facilidades que a sua qualidade de funcionário lhe proporciona.
AULA 03
Questão n.1.
 Leonardo e Cláudio, policiais militares, no dia 05 de abril de 2009, por volta das 23h, no exercício das suas funções em uma blitz, foram ameaçados mediante violência física exercida pelo emprego de faca por Claudionor, tendo sido Leonardo ofendido em sua integridade física, tendo sofrido, desta forma, lesões corporais de natureza leve, bem como xingados de vagabundos pelo agente, ao opor-se à execução de ato de prisão em flagrante por trazer consigo 40 g de cannabis sativa sem autorização e em desacordo com determinação legal. Do fato, Claudionor restou denunciado como incurso nas sanções dos artigos 129, caput, 329 e 331 do Código Penal e art. 28, caput, da Lei nº. 11.343/06, na forma do art. 69, caput, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes praticados por particular contra Administração Pública em geral é possível o concurso de crimes entre os delitos previstos nos art. 329 e 331, ambos do Código Penal? Responda de forma objetiva e fundamentada a partir do confronto entre os delitos de desacato e resistência.
 R: Não é possível o concurso dos crimes do artigo 329 e 331 do CP, pois de acordo com Damásio de Jesus o agente que comete o crime de desacato e resistência, responde somente pelo crime de desacato, pois a resistência é absorvida pelo crime de desacato, vale ressaltar o principio da consunção nos crimes de menor gravidade objetiva que o integram.
Questão n.2. Em relação aos delitos contra a Administração Pública praticados por particular, assinale a opção INCORRETA:
b) O desacato difere da resistência, já que nesta a violência ou ameaça direcionada a funcionário visa à não realização de ato de ofício, ao passo que, naquele eventual violência ou ameaça perpetrada contra funcionário público tem por finalidade desprestigiar a função por ele exercida.
 Questão n.3 Em relação aos delitos contra a Administração Pública praticados por particular, assinale a opção CORRETA:
b) o delito de desacato consuma-se no momento em que o particular desacata o agente público, independentemente da ocorrência do efetivo prejuízo à Administração.
AULA 04
Questão n.1.
 Túlio, auditor da PBH, foi designado para verificar e avaliar o sistema de informação de um dos órgãos da Prefeitura de Belo Horizonte. Mário, funcionário da PBH, que havia introduzido informações falsas no sistema para beneficiar um parente, procura Carlos, também servidor da PBH, e lhe confidencia o fato, afirmando temer ser descoberto nas inspeções de Túlio. Carlos, então, diz que é muito amigo de Túlio e usaria de sua influência para que este acobertasse o nome de Mário, desde que este lhe pagasse a importância de R$ 3.000,00. Todavia, Carlos sequer conhecia Túlio e, após receber aquela quantia de Mário, oferece a Túlio o valor de R$ 1.500,00, para que não divulgasse o que seria facilmente descoberto, valor este aceito por Túlio. Contudo, mesmo recebendo o dinheiro, Túlio, em sua auditoria, detecta e relata a fraude praticada por Mário.
 Com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada, qual a correta tipificação das condutas de Carlos, Túlio e Mário. (FUNDEP - 2012 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Auditor - Direito MODIFICADA)
 R= Mário, ao introduzir informações falsas no sistema da PBH, comete o crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, tipificado no art. 313-a. Carlos, ao cobrar de Mário a importância de 3.000,00 para acobertar seu nome perante túlio nas informações falsas inseridas por ele (Mário), comete o crime de concussão, tipificado no art. 316 cp. E túlio, ao receber de Carlos, a metade da quantia paga por Mário à Carlos, comete o crime de corrupção passiva, tipificado no art. 317 cp.
Questão n. 2. Candidatos à motorista entregaram ao proprietário da autoescola quantia em dinheiro para ser repassada aos examinadores, objetivando obter aprovação em prova prática. Tais candidatos: (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal)
e) responderão por crime de corrupção ativa.
Questão n.3. Peter, advogado militante na região, dizendo-se amigo pessoal do juiz que acabara de assumir a jurisdição da Comarca, pessoa que, na verdade, sequer conhecia, procurou o réu de um processo criminal e solicitou a quantia de R$ 5.000,00 para influir na decisão do aludido magistrado. Peter responderá pelo crime de: (FCC – 2012
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DIREITO 2016 
 
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CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões 
formuladas: No dia 05 de maio do corrente ano, Jonas B. e Abelardo F, 
policiais civis, flagraram Lucas M., Marciano L., vulgo Martelão e sua 
companheira Neide S., mantendo em depósito, de forma livre e 
consciente, cerca de 35 (trinta e cinco) quilos de cocaína, sem autorização 
legal ou regulamentar, com vistas à posterior comercialização da citada 
droga. Jonas B. e Abelardo F valendo-se da condição de policiais civis, e 
sempre atuando em comunhão de desígnios, exigiram, para si, vantagem 
indevida consistente no recebimento da quantia aproximada de R$ 
200.000,00 (duzentos mil reais), em troca da liberdade dos integrantes do 
grupo criminoso. Para tanto, os policiais civis deixariam de cumprir seu 
dever de ofício, qual seja, não dariam voz de prisão em flagrante aos 
agentes. Sendo certo que os agentes receberam parte da quantia em 
bens móveis (veículo automotor) e a outra em dinheiro, com base nos 
estudos realizados sobre os crimes contra a Administração Pública, 
responda de forma objetiva e fundamentada: 
RESPOSTA A 
Qual a correta tipificação da conduta de Jonas B. e Abelardo F.? 
Incorrem no crime de concussão, previsto no art. 316, do Código Penal, 
pois o s p oliciais exigiram vantagem indevida em razão de sua função. É 
importante ressaltarque a vantagem exigida tem qu e estar de acordo 
com a função exercida, como no caso concreto, onde os p oliciais tinham 
legitimidade para prender os agentes. 
RESPOSTA B 
O recebimento da vantagem indevida é requisito para a consumação do 
delito? 
Não, por ser tratar de crime formal, portanto, a mera exigência da 
vantagem indevida já tipifica o crime, resultando o se u recebimento em 
mero exaurimento do crime. 
RESPOSTA C 
Diferencie os delitos de concussão e corrupção passiva. 
Na CONCUSSÃO, o funcionário público (ou servidor público, termo já 
consagrado pela doutrina e jurisprudência) exige uma vantagem 
indevida. Exigi r significa constranger, obrigar; existe necessariamente 
uma ameaça. 
Na CORRUPÇÃO PASSIVA, o funcionário não faz qualquer ameaça, 
apenas solicita, isto é, pede uma vantagem indevida. Não existe 
qualquer imposição de temor à vítima, e assim o crime é menos grave. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
Lucas, funcionário público do Tribunal de Justiça, e Laura, sua noiva, estudante de direito, 
resolveram subtrair notebooks de última geração adquiridos pela serventia onde Lucas exerce 
suas funções. Assim, para conseguir seu intento, combinaram dividir a execução do delito. 
Lucas, em determinado feriado municipal, valendo-se da facilidade que seu cargo lhe 
proporcionava, identificou-se na recepção e disse ao segurança que precisava ir até a 
serventia para buscar alguns pertences que havia esquecido. O segurança, que já conhecia 
Lucas de vista, não desconfiou de nada e permitiu o acesso. Ressalte-se que, além de ser 
serventuário, Lucas conhecia detalhadamente o prédio público, razão pela qual se dirigiu 
rapidamente ao local desejado, subtraindo todos os notebooks. Após, foi a uma janela e, dali, 
os entregou a Laura, que os colocou no carro e saiu. Ao final, Lucas conseguiu deixar o edifício 
sem que ninguém suspeitasse de nada. Todavia, cerca de uma semana após, Laura e Lucas 
têm uma discussão e terminam o noivado. Muito enraivecida, Laura procura a polícia e noticia 
os fatos, ocasião em que devolve todos os notebooks subtraídos. Com base nas informações 
do caso narrado, assinale a afirmativa correta. (OAB. Exame de Ordem Unificado. 2013) 
a) Laura e Lucas devem responder pelo delito de peculato- furto praticado em c oncurso 
de agentes. (Art 312 c/c Art 29 do CP) 
b) Laura deve responder por furto qualificado e Lucas deve responder por peculato -furto, 
dada à incomunicabilidade das circunstâncias. 
c) Laura e Lucas serão beneficiados pela causa extintiva de punibilidade, uma vez que 
houve reparação do dano ao erário anteriormente à denúncia. 
d) Laura será beneficiada pelo instituto do arrependimento eficaz, mas Lucas não poderá 
valer-se de tal benefício, pois a restituição dos bens, por parte dele, não foi voluntária. 
 
 Caso concreto
No dia 10 de março do corrente ano, por volta das 10h30min, Gabriela 
abordou Marinalva e indagou à mesma sobre a localização da agência dos 
Correios, eis que acabara de achar uma carteira com documentos e desejava 
entregá-la naquele local. Neste mesmo momento surgiu Penélope que se 
identificou como dona da carteira e falou que gostaria de recompensar 
Gabriela e Marinalva. Ato contínuo, Marinalva, Gabriela e Penélope se 
dirigiram ao endereço onde supostamente a recompensa iria ser paga, sendo 
no local, Marinalva induzida a deixar sua bolsa com as duas outras mulheres e 
ir à loja indicada onde receberia o valor de R$ 500,00. Ao chegar ao local 
descobriu que não havia loja alguma e que havia caído num go lpe, na medida 
em que Gabriela e Penélope fugiram com sua bolsa que não foi recuperada, 
vindo a perder um aparelho de telefone celular, um tablet, documentos 
pessoais e a quantia de R$ 70,00. Desesperada pela perda dos objetos 
pessoais Marinalva dirigiu-se à uma viatura policial que se encontrava próxima 
ao local em que foi abordada, narrou os fatos e solicitou auxílio na 
recuperação de seus pertences. O policial militar logrou êxito em al cançar 
Gabriela e Penélope, uma vez que as mesmas se encontravam a apenas dois 
quarteirões de distância abordando, como posteriormente foi demonstrado 
pelas prov as carreadas nos autos, outra vítima Analice. A fim de ev itar sua 
prisão Gabriela e Penélope ofereceram a quantia de R$ 900,00 para que o 
policial militar Augusto Mello não desse prosseguimento à prisão em flagrante 
delito, co nsoante depoimento do m esmo que descreveu toda dinâmica dos 
fatos, confirmando a conduta das acusadas. Ante o exposto, com base nos 
estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio e crimes contra a 
Administração Pública, sendo certo que Gabriela e Penélope agiram em 
comunhão de desígnios e vontade, tipifique suas condutas. 
RESPOSTA 
Com relação a primeira conduta trata-se de CRIME DE EST ELIONATO (Art. 
171 do CP) realizado em concurso de pessoas. 
Quanto ao oferecimento de vantagem indevida ao policial para que o 
mesmo deixasse de realizar sua atribuição, trata-se de CRI ME DE 
CORRUPÇÃO ATIVA (Art. 333 do CP) elencado no rol de CRIMES CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
Nota: O agente p olicial não aceitou tal vantagem, logo, ele não incorreu ao 
crime de corrupção passiva. Importante esclarecer que a criação desses dois 
tipos EXCEÇÃO PLURALISTA. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
Ana doou um automóvel ao filho de um fiscal, para que não autuasse sua empresa por 
fraudes que havia constatado. Anita, oficial de justiça, ex igiu R$ 5.000,00 de José, para não 
cumprir mandado de prisão que ordenava a sua prisão. Ângela decorou a casa de um policial 
para determiná-lo a deixar de investigar delito que havia praticado. Alice, médica de um posto 
de saúde, solicitou R$ 1.000,00 para fornecer atestado falso a pessoa interessada em justificar 
faltas ao serviço. Amanda, perita judicial, recebeu R$ 5.000,00 de uma das partes para 
favorecê-la no laudo pericial que estava elaborando. O crime de corrupção ativa será 
imputável somente a: (MPE-MA. Prova: Analista Ministerial Direito. 2013) 
a) Anita, Alice e Amanda. 
b) Ana e Ângela. 
c) Alice e Amanda. 
d) Alice. 
e) Ana, Alice e Ângela 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas: 
Chico Bento e Henrique Bom de Papo, em comunhão de vontades e 
desígnios decidem roubar o veículo automotor de Ludmila Rica, patroa da 
namorada de Chico Bento, quando esta saísse para ir à academia como fazia 
diariamente no mesmo horário. A grande dificuldade do plano criminoso 
estava no local em que seria escondido o v eículo antes de ser desmontado 
para a venda das peças, haja vista tratar-se de um veículo utilitário da marca 
Volvo de alto valor de venda e de fácil reconhecimento. Desta forma, Chico 
Bento e Henrique Bom de Papo procuraram Henrique, amigo de infância de 
e proprietário de uma oficina mecânica, e perguntaram se ele teria interesse 
em guardar o carro no estabelecimento por uma semana. Antônio Faztudo 
concordou, o acordo foi sacramentado e, então, o crime de roubo foi 
praticado. Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre os crimes 
contra o patrimônio e o s crimes contra a Administração Pública, analise sob 
o aspecto jurídico-penalas condutas de Chico Bento, Henrique Bom de Papo, 
Antônio Faztudo e Rosinha, namorada de Chico Bento, sendo certo que esta 
desconhecia a co nduta de seu namorado, ainda que tenha comentado com 
ele os horários e rotina da patroa - Ludmila Rica. Ainda, caso Antônio 
Faztudo fosse procurado por Chico Bento e Henrique Bom de Papo apenas 
após a subtração do veículo e os agentes o pedissem para guardá-lo em sua 
oficina narrando o delito de roubo e o mesmo consentisse, a tipificação seria 
a mesma? 
RESPOSTA 
Chico Bento e Henrique são coautores do CRIME DE ROUBO, com pena 
aumentada 1/3 terço, mediante concurso de duas ou mais p essoas Art. 
157, §2º, II do CP. 
Rosinha (conduta atípica) não sofrera qualquer tipo de pena, pois 
desconhecia o dolo dos agentes ao informar a rotina de sua empregadora. 
Com relação a Antonio Faztudo, ele seria enquadrado em Favorecimento 
Real, conforme Art. 349 do CP. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
No que concerne aos crimes contra a Administração da Justiça, é correto afirmar que: 
a) Constitui favorecimento pessoal prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou 
receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. 
b) No crime de favorecimento pessoal, algumas pessoas, pela sua qualidade pessoal, 
ficam isentas de pena em decorrência do auxílio prestado ao criminoso, como por 
exemplo, seu irmão. 
c) O agente que auxilia pessoa a tornar seguro o proveito do crime é considerado 
partícipe do delito em qualquer caso. 
d) Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública o autor de crime a que é cominada 
pena de reclusão caracteriza o delito de favorecimento real. 
e) São considerados crimes contra a Administração da Justiça os delitos de favorecimento 
PLANO DE AULA - 6 
RESUMO DA AULA 
Lei nº 8092/1990 e aspectos gerais 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
No dia 10 de janeiro do corrente ano, Anastácia Lima compareceu à XY 
Delegacia de Polícia da Comarca da capital acompanhada de sua filha 
M.L. para informar que havia flagrado seu namorado Aguinaldo 
abusando sexualmente de sua filha de apenas nove anos, oportunidade 
em que solicitou que fossem tomadas as devidas providências legais para 
que Aguinaldo fosse preso. Saliente-se que Anastácia possui parca 
instrução e condições financeiras, bem como, após o fato, conduziu de 
imediato sua filha vítima para a perícia. Segue, abaixo, trecho das 
declarações fornecidas pela vítima M .L reduzidas a termo: [...] depoi s 
disso, o réu disse v amos por ali que vai subir o morro e vamos chegar na 
casa do seu tio X ; que era subindo o morro; lá em cima o réu agarrou a 
vítima e a levou para um pé de mangueira; começou a abusar da mesma; 
disse para ela ficar quieta, não gritar e não falar nada, senão ia lhe bater; 
o réu empurrou a vítima no chão e tentou beijar sua boca ... ficou 
passando a mão em mim, aí começou a abusar, aí tentou botar dedo, aí 
não foi direito; machucou e não lembra direito se doeu; o réu abriu a 
calça que usava; abaixou sua calcinha [...]. Ante o exposto, responda às 
questões formuladas: 
RESPOSTA A 
Qual a correta tipificação da conduta de Aguinaldo? 
Estupro de vulnerável, na forma do Arts. 217ª c/c 226, II do CP. 
RESPOSTA B 
Caso o fato tivesse sido levado a conhecimento da autoridade pública por 
vizinhos, a representação de Anastácia seria imprescindível para a 
deflagração da ação penal? 
Não. É crime de ação penal pública incondicionada a representação, 
Art. 225, § único do CP. 
RESPOSTA C 
Uma vez condenado, a pena definitiva deverá ser cumprida, desde o 
início obrigatoriamente, em regime fechado? 
Inicialmente será em regime fechado, Art. 2º, § 2º da Lei 8072/90. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
“oe o tea Cies Hediodos, aalise as assetivas aaixo e assiale a opção oeta: 
I. O texto l egal da Lei . / ão coceituou crie hediodo, tedo o 
legislador optado pela adoção de um critério taxativo. 
II. A lei n.8072/1990 não pode ser considerada nova lei inc riminadora, mas, sim, novatio 
legis i n pejus, na medida em que trouxe uma série de r estrições aos direitos e 
garantias fundamentais. 
III. Consoante entendimento do Superior Tribunal de Justiça Os condenados por cr imes 
hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 
sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 ( Lei de Execução Penal) para 
a progressão de regime prisional. 
IV. Em caso de sentença condenatória, o réu não poderá apelar em l iberdade, 
independentemente de fundamentação do juiz. 
a) São corretas as assertivas I, II e III. 
b) São corretas as assertivas I, II e IV. 
c) São corretas as assertivas I, III e IV. 
d) São corretas as assertivas II, III e IV.
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões 
formuladas: Acusado de matar a pauladas por causa de uma tábua de 
carne vai a júri na terça-feira 28/7 por BEA — publicado em 27/07/2015 
17:35, disponível em: 
http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2015. 
O Tribunal do Júri do Gama v ai julgar na próxima terça-feira, 28/7, Cícero 
Rodrigues do s Santos, acusado de matar Ismael Rodrigues da Silva. A 
sessão de julgamento está prevista para começar às 8h30. Segundo a 
sentença de pronúncia, o motivo do crime teria si do a insatisfação do 
acusado com a atitude da vítima de cobrar lhe a devolução de uma tábua 
de cortar carne. 
RESPOSTA A 
Qual a co rreta tipificação da conduta de Cícero? Incidem sobre a conduta 
os institutos repressores da lei de crimes hediondos? 
O crime de HOMICÍDIO DOLOSO QUALIFICADO PELO MOTIVO FÚTIL, Art. 
121, §2° inciso II do CP praticado por Cicero, é considerado crime 
hediondo pelo Art. 1 inciso I, parte final, da Lei 8072/90, sendo assim 
incidira sobre a conduta os institutos repressores da lei de crimes 
hediondos. 
RESPOSTA B 
Caso o motivo do crime tivesse sido o domínio da violenta emoção logo 
em seguida à injusta provocação da vítima, ainda que praticado mediante 
pauladas, a resposta seria a mesma? 
Estaríamos diante do delido de HOMICÍDIO PRIVILEGIADO-
QUALIFICADO, sendo p rivilegiado por ser em resposta a injusta 
provocação da vítima e qualificado pel o ataque do agente pelas costas 
impossibilitando a defesa da vítima. 
RESPOSTA C 
Uma vez condenado, qual o prazo mínimo de cumprimento de pena para 
fins de progressão de regimes? 
Visto que o crime tem sua correta tipificação como homicídio 
qualificado, e por isso é um delito h ediondo, o Art. 2 §2° da Lei 8 072/90 
traz a progressão de regime com o período de 2/5 da pena, se o 
apenado for primário, e de 3/5, se reincidente. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
Sobre crimes hediondos analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
I. Os delitos de extorsão qualificado pela restrição de liberdade da vítima com resultado 
morte (art.158, §3º, CP) e extorsão mediante sequestro (art.159, CP) são ti pificados 
como delitos hediondos. 
II. Com o advento da Lei n.12015/2009, a figura t ípica prevista no art.214, CP (atentado 
violento ao pudor) foi revogada, sem, contudo, ter ocorrido abolitio criminis, mas, 
apenas, a denominada continuidade normativa. 
III. O delito de latrocínio, configura-se como delito hediondo, entretanto, não admite 
tentativa. 
IV. O delito de favorecimento da prostituição

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